1000 resultados para período pré-patente e
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FUNDAMENTO: Fibrilação atrial é uma complicação frequente no pós-operatório de cirurgia cardíaca. O uso prévio de estatinas pode reduzir a incidência dessa arritmia. OBJETIVO: Avaliar se o uso crônico e regular de estatina, por um período de seis meses, previne fibrilação atrial no pós-operatório de cirurgia cardíaca eletiva. MÉTODOS: Estudo realizado em 107 pacientes submetidos à cirurgia cardíaca, 66% do sexo masculino e com idade média de 60,4 anos (25 a 84). Avaliou-se a presença de fibrilação atrial entre os pacientes que usavam ou não estatina de forma regular no pré-operatório. Foram excluídos pacientes com cirurgia cardíaca de urgência, insuficiência renal, doenças inflamatórias, fibrilação atrial prévia, portadores de tireoidopatia e aqueles em uso de marca-passo definitivo. RESULTADOS: No período pós-operatório, fibrilação atrial esteve presente em 42 pacientes (39%) da amostra, sendo 11 (26%) em uso regular de estatina no período pré-operatório e 31 (74%) não. Observou-se que, em 22% do total de pacientes em uso de estatina, não houve desenvolvimento de fibrilação atrial, enquanto 45% dos que não usavam estatina apresentaram arritmia (ρ=0,02). Na revascularização miocárdica isolada, 47% dos pacientes que não usavam estatina e 23% dos que usavam desenvolveram fibrilação atrial (ρ =0,02). Não houve diferença estatística significativa na análise dos grupos com ou sem estatina quanto à presença dos fatores de risco para desenvolvimento de fibrilação atrial ( ρ=0,34). CONCLUSÃO: O uso regular de estatina, por seis meses ou mais no período pré-operatório, reduziu a incidência de fibrilação atrial no pós-operatório de cirurgia cardíaca eletiva.
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FUNDAMENTO: O manejo ideal da anticoagulação oral (ACO) no período pré- e pós-ablação de fibrilação atrial (FA) ainda é motivo de controvérsia. OBJETIVO: Comparar duas estratégias de anticoagulação: suspensão da warfarina com a utilização de heparina de baixo peso molecular (HBPM) e a realização da ablação sem a suspensão da warfarina, mantendo o RNI terapêutico (entre 2,0 e 3,0). MÉTODOS: 140 pacientes (pt) portadores de FA persistente/ permanente submetidos à ablação por cateter de FA foram divididos em dois grupos: no grupo I (70 pt), a warfarina foi suspensa cinco dias antes do procedimento e utilizada terapia de transição com HBPM (enoxaparina 1 mg/kg 2x/dia pré-ablação e 0,5 mg/kg 2x/dia após o procedimento); no grupo II (70 pt), a warfarina não foi suspensa e o procedimento foi realizado com RNI terapêutico. Ambos os grupos receberam heparina intravenosa (TCA > 350 seg) durante o procedimento. RESULTADOS: No Grupo I, observou-se complicação hemorrágica maior (1,4%) e 4 pt (5,7%) com complicações hemorrágicas menores. No Grupo II, 2 pt (2,8%) apresentaram complicações hemorrágicas menores e 1 pt apresentou sangramento maior; porém, este ocorreu após uso de HBPM por RNI < 2,0. Não houve complicação tromboembólica ou morte cardiovascular nos dois grupos após 16 ± 8 meses. CONCLUSÃO: A realização de ablação por cateter de FA sem a suspensão de ACO e RNI terapêutico é uma estratégia semelhante em segurança e eficácia quando comparada à tradicional transição com HBPM, evitando um período inicial pós-ablação de anticoagulação potencialmente inadequada.
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FUNDAMENTO: Tempo porta-balão adequado (< 120 minutos) é a condição necessária para que a eficácia da angioplastia primária no infarto se traduza em efetividade. OBJETIVO: Descrever a efetividade de um protocolo de qualidade assistencial para redução do tempo porta-balão. MÉTODOS: Entre maio de 2010 e agosto de 2012, foram analisados todos os indivíduos que realizaram angioplastia primária em nosso hospital. O momento porta foi registrado eletronicamente, pela retirada de senha para atendimento na emergência, o que antecede o preenchimento da ficha e a triagem. O momento balão foi definido como o início da abertura da artéria (passagem do primeiro dispositivo). Os primeiros 5 meses de monitoramento corresponderam ao período pré-implementação do protocolo. O protocolo se constituiu de definição do fluxo de ações, desde a chegada do paciente ao hospital, a sensibilização da equipe quanto à priorização do tempo e a apresentação periódica de parecer dos resultados e de possíveis inadequações. RESULTADOS: Foram avaliados 50 indivíduos, divididos em cinco grupos de 10 pacientes sequenciais (um grupo pré e quatro grupos pós-protocolo). O tempo porta-balão referente aos 10 casos registrados antes da implementação do protocolo foi de 200 ± 77 minutos. Após a implementação do protocolo, houve progressiva melhora do tempo porta-balão, para 142 ± 78 minutos nos 10 primeiros pacientes, seguida de 150±50 minutos, 131±37 minutos e, finalmente, 116 ± 29 minutos no três grupos sequenciais de 10 pacientes, respectivamente. Regressão linear entre pacientes sequenciais e tempo porta-balão (r = - 0,41) evidenciou coeficiente de regressão de - 1,74 minutos. CONCLUSÃO: A implementação do protocolo se mostrou efetiva na redução do tempo porta-balão.
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Os objetivos deste estudo foram identificar o estado de ansiedade e os mecanismos de coping utilizados por pacientes cirúrgicos ambulatoriais no período pré-operatório, suas manifestações clínicas e respectivas correlações. Os resultados obtidos identificam que a amostra de 40 pacientes apresentou baixa ansiedade e o mecanismo de coping mais utilizado foi o suporte social, porém, não obtivemos relação estatisticamente significante entre estado de ansiedade e mecanismos de coping e alterações clínicas.
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Foi conduzido experimento no campo da Embrapa-Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópico Úmido, em Belém, PA (1°28' S; 48°27' W), de junho/91 a maio/94, com plantas de cupuaçuzeiro (Theobroma grandiflorum (Willd. ex Spreng.) K. Schum.) com sete anos de idade, objetivando acompanhar o desenvolvimento de vassouras-de-bruxa vegetativas causadas por Crinipellis perniciosa ((Stahel) Singer), desde a sua emissão até a produção de basidiocarpos. Foram determinados coeficientes de correlação entre as variáveis epidemiológicas (emissão de vassouras, período verde, período de secamento, período pré-frutificativo, produção de basidiocarpos) e as variáveis climáticas (umidade relativa do ar máxima, brilho solar, precipitação pluvial). A emissão de vassouras vegetativas foi maior em julho e agosto. Estas permaneceram verdes por 34,9 a 65,2 dias e secaram entre 5,8 e 10 dias. Após sua emissão, as vassouras demoraram de 79,5 a 347 dias para iniciar a produção de basidiocarpos, que ocorreu principalmente a partir de maio, com pico em junho. As variáveis climáticas, umidade relativa do ar máxima e brilho solar, correlacionaram-se significativamente apenas com a produção de basidiocarpos, com efeito negativo e positivo, respectivamente.
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O objetivo deste trabalho foi determinar a influência do reprodutor nas características de crescimento de 303 cordeiros para abate, dos grupos genéticos ½ sangue Somalis Brasileira x Sem Raça Definida (SRD) e ½ sangue Santa Inês x SRD. Os animais foram pesados a intervalos de 14 dias, até o desmame na época seca, e até 140 dias de idade na época chuvosa. O grupo genético e o ano de nascimento não influenciaram (P>0,05) nenhuma das características avaliadas. O mês de nascimento influenciou (P<0,05) os pesos ao nascer, aos 56 dias de idade e ao desmame, e o ganho em peso até o desmame. Fevereiro foi o melhor mês para nascimento de cordeiros. Animais de nascimentos simples pesaram mais e ganharam mais peso (P<0,05) que os de nascimentos múltiplos, em todas as idades e intervalos de ganhos estudados, exceto no período compreendido entre o desmame e a idade de 140 dias. Os machos pesaram mais e ganharam mais peso que as fêmeas, tanto no período de cria como no pós-desmame. Os dois grupos genéticos avaliados são semelhantes quanto ao peso corporal e ao ganho em peso, tanto no período pré-desmame como no pós-desmame.
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O objetivo deste trabalho foi desenvolver um protocolo experimental para avaliar o impacto do algodoeiro Bt na bionomia e na escolha de plantas para colonização pelo pulgão-do-algodoeiro (Aphis gossypii). A bionomia do pulgão foi avaliada em casa de vegetação com insetos criados em gaiolas individuais com plantas de algodão Bt, da variedade DP 404 BG (Bollgard), ou sua isolinha não transformada DP 4049. Gaiolas contendo vasos com plantas de algodoeiro Bt e não-Bt foram usadas como arena de escolha, para a avaliação de preferência de adultos alados. O período pré-reprodutivo e reprodutivo, a longevidade, a curva de sobrevivência, a produção de prole total e diária por fêmea e a curva acumulada de produção de prole da população não apresentaram diferenças significativas. Não foi observada diferença na escolha de plantas para colonização por indivíduos alados, o que indica taxas equivalentes de colonização nas populações iniciais. O algodoeiro Bt não afeta a dinâmica populacional de A. gossypii e não aumenta seu potencial de risco como praga.
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A correta avaliação do estado nutricional de uma planta e a correção das suas deficiências são fatores importantes para a obtenção de frutos de excelente qualidade e alta produtividade. Este trabalho objetivou avaliar o efeito da aplicação do boro sobre seus teores, distribuição na planta e características dos frutos, além de discutir a faixa de B considerada adequada para o abacaxizeiro. Determinou-se a variação do teor de B em partes das folhas 'D' ao longo do ciclo de crescimento de plantas de abacaxi. O experimento foi conduzido no município de São Francisco do Itabapoana-RJ, em solo Argissolo Amarelo álico. Constou de cinco tratamentos: sem aplicação de B; pulverizações mensais de bórax, no período pré-indução floral, durante seis meses; pulverizações mensais de bórax, no período pós- indução floral, durante seis meses; pulverizações mensais de bórax, no período de seis meses pré e pós-indução floral e aplicação de B, na axila das folhas basais da planta, 30 dias antes da indução floral. Utilizou-se o delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições. A solução de B utilizada na aplicação foliar foi de Bórax a 0,3%, e nas axilas das folhas foi aplicado 0,5g de Bórax. Cada amostra consistiu de cinco folhas 'D', coletadas aos 230; 300; 370; 450 e 520 dias após o plantio. A aplicação foliar de B determinou tendência de aumento no teor de sólidos solúveis totais do fruto de abacaxi. O peso e o tamanho do fruto não foram significativamente influenciados pelos tratamentos. No geral, a maior concentração de B foi observada na porção apical da folha, e a menor, na porção aclorofilada. As aplicações foliares de bórax aumentaram os teores de B nas porções mediana e apical das folhas, mas não alteraram os teores nas porções aclorofilada e basal. As concentrações de boro bem abaixo do limite inferior da faixa considerada adequada, obtidas em folhas de abacaxizeiro sem sintomas de deficiência, sugerem que tal limite inferior esteja acima do mínimo necessário.
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A ocorrência de poliembrionia, elevada heterozigosidade e longo período pré-reprodutivo são os principais obstáculos à geração de variedades híbridas de citros. Este trabalho teve como objetivo a obtenção de indivíduos com potencial de uso como porta-enxertos através de cruzamentos entre diversas variedades. Observou-se que as hibridações envolvendo a tangerineira 'Sunki da Flórida' (TSKFL) como parental feminino possibilitaram a geração de maiores quantidades de híbridos, dando-se o contrário em relação àquelas em que os parentais femininos foram as tangerineiras 'Cleópatra', 'Sunki Maravilha', 'Sunki Tropical' e 'Dancy', assim como o limeiro 'Rugoso da Flórida', ocupando posições intermediárias os limoeiros 'Cravo Santa Cruz' e 'Rugoso CNPMF-001'. Confrontando essas observações com as relativas ao grau de poliembrionia dos parentais femininos utilizados, constatou-se, de modo geral, uma relação inversa entre o grau de poliembrionia e o número de híbridos gerados. Os cruzamentos TSKFL x (limoeiro 'Cravo x Poncirus trifolata), TSKFL x citrange 'Yuma', TSKFL x citrangequat 'Thomasville', TSKFL x Citrus webberi, TSKFL x citrange 'Argentina' e TSKFL x citrange 'Coleman', notadamente os quatro primeiros, permitiram a obtenção de elevadas quantidades de híbridos.
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Este trabalho teve como objetivo estudar a mobilização de reservas de sementes de Caesalpinia peltophoroides Benth. durante a germinação e crescimento inicial das plântulas. As variações nas reservas de carbiodratos, lipídios e proteínas foram analisadas desde o período pré-germinativo (0 a 5 dias após a semeadura - DAS) até a total senescência e abscisão dos cotilédones, aos 35 DAS, por meio de testes bioquímicos nos cotilédones das sementes. Os resultados indicaram que os lipídios constituem o principal composto de reserva nos cotilédones, contribuindo com cerca de 50% de massa seca. Carboidratos solúveis representaram 32%, as proteínas solúveis 7,7% e o amido 6,8% de massa seca dos cotilédones. Os lipídios sofreram marcante decréscimo entre 5 e 10 dias após a semeadura, período em que se observou elevada taxa de crescimento das plântulas. Carboidratos e proteínas solúveis exibiram tendência gradativa de queda, enquanto no amido, isso quase não foi detectado. A redução do peso de massa seca dos cotilédones foi bem correlacionada com o aumento da biomassa da plântula.
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O encontro de fatores preditivos de metástase cervical seria de grande valia para o tratamento de pacientes com tumores de alto potencial metastatizante e com pescoço clinicamente negativo. Procuramos encontrar fatores clínicos e histológicos em tumores iniciais de língua e soalho de boca que pudessem indicar a realização de um esvaziamento cervical eletivo.Foram estudados os seguintes fatores: sexo, idade, tabagismo, etilismo, raça, tamanho da lesão, sítio primário, dor, tempo de queixa, primeira queixa, aspecto macroscópico da lesão, infiltrado inflamatório peritumoral, grau de diferenciação da biópsia, desmoplasia, invasão vascular, invasão perineural e número de mitoses por 10 campos de maior aumento. Nenhum dos fatores estudados foi capaz de predizer a ocorrência de metástase cervical no período pré-operatório. Acreditamos que outros fatores devam ser estudados e explorados para que se consiga indicar o esvaziamento cervical eletivo de modo criterioso para o tratamento destas lesões.
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As alterações da função pulmonar nos pacientes submetidos a cirurgias com auxílio da Circulação Extracorpórea (CEC) têm sido relatadas na literatura. O objetivo do presente estudo foi analisar a função pulmonar de um grupo de pacientes submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio sem o uso da CEC. Foram estudados de maneira prospectiva 23 pacientes portadores de insuficiência coronariana e submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio sem CEC. A idade variou de 36 a 69 anos, sendo 16 pacientes do sexo masculino e sete do sexo feminino. A avaliação da função pulmonar foi feita através de espirometria e prova alvéolo-respiratória, realizadas no período pré-operatório, no quarto dia (PO4) e no décimo dia (PO10> pós-operatório. A análise dos dados revelou redução da Capacidade Vital (CV) em 37,84% (p<0,01) no PO4 em comparação aos valores pré-operatórios, persistindo esta redução no PO10 porém em menor magnitude 26,85% (p<0,01). A Capacidade Vital Forçada (CVF) também apresentou diminuição no PO4 em média ± 38,37% (p<0,01) em relação aos valores de pré e no PO10 houve melhora, permanecendo diminuição de 28,80% (p<0,01). O Volume Expiratório Forçado no primeiro segundo (VEF1 e o Fluxo Expiratório Forçado entre 25 e 75% da CVF (FEF25-75) estiveram diminuídos no P0(4) em 36,88% (p<0,01) e 30,47% (p<0,01) respectivamente e no PO10 havia diminuição de 29,29% (p<0,01) para o VEF1, e 27,61 % (p<0,01) para o FEF25-75. As relações VEF1/CVF e FEF25-75/CVF não mostraram alterações significantes. A Ventilação Voluntária Máxima (VVM) mostrou-se diminuída no PO4 em média de 37,4% (p<0,0l) em relação ao pré e no PO10 26,22% (p<0,0l). A Gasometria em ar ambiente mostrou haver redução da pressão parcial do Oxigênio (PaO2) no PO4 em média de 12,92% (p<0,01), permanecendo até o PO10 a média de 10,80% (p<0,01) de redução em relação ao pré. A pressão parcial do Gás Carbônico (PaCO2) apresentou redução média de 5,22% (p<0,05) no PO4 e havia ainda redução no PO10 em média de 0,51 % (não significante). O cálculo do "shunt" (Q,/Q) mostrou haver aumento em média de 69,03% (p<0,0l) no PO4 e de 58,73% (p<0,0l) no PO10. Concluiu-se que todos os pacientes apresentaram no PO4 diminuição dos valores obtidos na espirometria (CV, CVF, VEF1 FEF25-75 ,VVM) e nas medidas dos gases (PaO2 e PaCO2 e aumento do "shunt" calculado. No PO10 houve recuperação da CV, CVF, VEFI, VVM e PaCO2. No PO10 em relação ao pré-operatório persistiam ainda alterações da CY, CVF, VEF1, FEF25-75, VVM, PaO2 e "shunt".
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Avaliou-se, retrospectivamente, a evolução pós-operatória das varizes esofagogástricas em 40 pacientes submetidos a um dos seguintes procedimentos cirúrgicos: a (n=27) derivação esplenorrenal distal (ERD) e B (n=13) derivação esplenorrenal proximal (ERP). Todos os pacientes tinham hipertensão porta esquistossomótica com diagnóstico prévio de varizes do esôfago, presentes ou não no estômago, com um ou mais episódios de sangramento. Os pacientes foram submetidos a um dos procedimentos cirúrgicos de acordo com a preferência do cirurgião assistente. Foram realizadas, nesses pacientes, endoscopias no período pré-operatório e aos seis, 12 e 18 meses no pós-operatório. Os dados de cada endoscopia foram coletados e comparados entre os grupos, verificando-se a presença de varizes do esôfago e estômago nos diferentes períodos, comparando esses achados através do teste do qui-quadrado, com significância para p<0,05. Os resultados obtidos não mostraram casos de ressangramento até o 18º mês pós-operatório, nem casos de encefalopatia. Foram diagnosticadas varizes esofágicas, no pré-operatório, em 100% dos pacientes nos dois grupos. No período pós-operatório, houve redução significativa das varizes do esôfago, quando estudados os dois grupos conjuntamente, para 40% no sexto mês (p = 0,0002), 30% no 12º mês (p = 0,003) e 27,5% no 18º mês (p = 0,003). No sexto mês pós-operatório, a incidência de varizes do esôfago foi maior nos pacientes com ERD quando comparados àqueles com ERP (51,9% vs. 15,4%, p = 0,03). Quando estudadas as varizes aos 12 e 18 meses não foi observada diferença significativa entre pacientes submetidos a ERD ou ERP (12º mês, 37% vs. 15,4%; 18º mês, 25,9% vs. 30,8%). Foram vistas varizes gástricas em 37,5% dos pacientes, com redução significativa no sexto mês (2,5%, p = 0,005). Entretanto, quando comparada com a freqüência do sexto mês, houve aumento significativo no 12º mês (5%, p = 0,00001) e 18º mês (7,5%, p = 0,02). Quando comparados os grupos, no período pré-operatório, estas varizes estiveram presentes mais freqüentemente no grupo submetido a ERP (69,2% vs. 26%, p = 0,0005), sem diferença significativa no período pós-operatório (6º mês, 16,6% vs. 0%; 12º mês, 33,3% vs. 0%; 18º mês, 33,3% vs. 11,1%). Este trabalho demonstrou que os dois tipos de cirurgia têm resultado semelhante em relação à resolução das varizes do esôfago e estômago no 18º mês, mas os resultados indicam que a redução na incidência das varizes do esôfago se acompanha de aumento das varizes gástricas, provavelmente devido à abertura de novas vias colaterais de drenagem em casos de persistência de uma pressão porta aumentada ou mau funcionamento da derivação esplenorrenal.
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O objetivo deste estudo foi determinar o padrão eletromiográfico do reflexo gastrocólico no cólon esquerdo (sigmóide), através da avaliação da atividade elétrica de controle (AEC), atividade elétrica de resposta (AER) e complexo motor migrante (CMM). Foram avaliadas 15 pacientes, do sexo feminino, submetidas à histerectomia, sem alteração clínica do trato gastrointestinal. A idade média foi de 40,2 anos. As pacientes foram controles de si próprias, tendo sido comparado o período pré com o per e pósprandial. Eletrodos bipolares cobertos por Téflon foram implantados a nível da tênia anterior do cólon esquerdo. Após a recuperação do íleo paralítico, realizou-se a coleta dos dados. Foi utilizado um sistema de aquisição de dados (DATA Q Série 200), que captou frequência entre 0,02 a 10 Hz e um software de análise de dados, (WINDAQ 200) que funcionou no ambiente Windows. Os resultados obtidos evidenciaram que a AEC e AER de curta duração (n/h) não apresentaram diferença estatística. A AER de longa duração (n/h, apresentou uma diminuição estatisticamente significativa. O CMM apresentou aumento estatístico. A conclusão do estudo foi que houve diminuição da atividade elétrica de resposta colônica de longa duração e um aumento da atividade motora do cólon esquerdc após a alimentação.
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OBJETIVO: Apresentar dados epidemiológicos de pacientes esquistossomóticos na forma hepatoesplênica com varizes do fundo gástrico, assim como avaliar os resultados de uma estratégia cirúrgica no manuseio destas varizes. MÉTODO: No período de janeiro de 1992 à julho de 2001 foram acompanhados no Serviço de Cirurgia Geral do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco 125 pacientes submetidos à esplenectomia com ligadura da veia gástrica esquerda (LVGE), desvascularização da grande curvatura do estômago e esclerose endoscópica pós-operatória, para o tratamento da hipertensão portal esquistossomótica com antecedentes de hemorragia digestiva. Quando da presença de varizes de fundo gástrico (44/125) foi associado ao procedimento cirúrgico, a abertura do estômago e sutura das varizes. RESULTADOS: Varizes de fundo gástrico foram identificadas em 35,2% (44/125) dos pacientes com esquistossomose hepatoesplênica e antecedentes de hemorragia digestiva alta. Durante o seguimento de 26 meses o procedimento cirúrgico erradicou 76,5% das varizes de fundo gástrico. A incidência de trombose da veia porta no período pós-operatório foi maior no grupo de pacientes sem varizes de fundo gástrico (16,3%) quando comparado com os pacientes portadores de varizes de fundo gástrico (8,8%), sem que, no entanto, esta diferença tivesse respaldo estatístico (p = 0,62). Não se identificou correlação entre a presença de varizes do fundo gástrico e o grau de fibrose periportal e o peso do baço. Na análise bioquímica e hematológica, no período pré-operatório dos grupos estudados, o número de leucócitos foi estatisticamente menor no grupo de pacientes que apresentavam varizes de fundo gástrico. CONCLUSÃO: A esplenectomia associada a desvascularização da grande curvatura do estômago, ligadura da veia gástrica esquerda, gastrotomia e sutura da varizes de fundo gástrico, erradicou 76,5% das varizes de fundo gástrico, em um seguimento tardio médio de 26 meses.