911 resultados para Práticas docentes
Resumo:
No segundo capítulo – intitulado Individualismo e colaboração dos professores em situação de formação – destacam-se as relações que se estabelecem entre professores no terreno, os seus formadores e coordenadores no âmbito de Programas Nacionais de Formação Contínua, procurando compreender o significado do trabalho docente e da formação numa perspetiva de colaboração. O estabelecimento de um modelo de trabalho baseado na perspetiva colaborativa com fins e interesses comuns implica momentos de partilha de experiências e entreajuda entre pessoas, permite refletir sobre o que cada um faz e pensa e pressupõe a vontade de introduzir outras formas e outros métodos de abordagem e de ação, sobretudo quando alicerçados em programas de integração curricular e de cooperação profissional.
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No terceiro capítulo – intitulado Docência e integração na educação básica em Portugal – problematiza-se a relação entre a educação tradicional e a educação democrática visando compreender por que é que, sendo mais adequada a pedagogia da participação para o desenvolvimento global da criança, se continua a manter, nas escolas portuguesas, uma pedagogia suportada pela uniformidade de métodos e programas. Metodologicamente fundamentado nos princípios orientadores relativos à investigação-ação, este capítulo estuda as práticas potenciadoras de uma educação integrada e os contributos da formação em contexto. O discurso dos professores envolvidos no estudo realça a parca formação (inicial e contínua) relativamente à prática de um ensino integrado e participado e salienta a compartimentação disciplinar como fator constrangedor. Afirma também a necessidade de redefinição no trabalho do professor, nomeadamente na autorreflexão das práticas, na partilha dessas práticas com os seus pares e no desenvolvimento profissional ao longo da vida. Constata, porém, que o trabalho de cooperação expressa-se sobretudo na partilha a dois. A análise dos discursos atesta também a hipótese das práticas pedagógicas tenderem mais para uma pedagogia transmissiva do que para uma pedagogia da participação.
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Este trabalho tem por objetivo apresentar resultados preliminares de uma pesquisa de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional (PPGDR) da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Pato Branco (UTFPR-PB). Essa pesquisa está vinculada ao Programa de Formação Docente Continuada intitulado “Práticas Docentes: dialogar, compartilhar & refletir”, em andamento na mesma Instituição. A fundamentação teórica se respalda em Bakhtin, Vigotski e Clot. A metodologia é desenvolvimentista e o método é o da autoconfrontação simples e cruzada. Os protagonistas da intervenção foram uma dupla de Professores da Área de Informática. Os dados foram gravados audiovisualmente, transcritos e posteriormente analisados.
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Esta investigação foi realizada no âmbito do Doutoramento em Educação, na vertente de Educação e Interculturalidade, tendo como título “A educação intercultural na aula de Português no 3º Ciclo do Ensino Básico”. O principal objetivo foi não só o de conhecer as representações e práticas docentes relativamente à diversidade cultural nas turmas de 3º ciclo do Ensino Básico dos Agrupamentos de Escolas e das Escola Não Agrupadas da freguesia de Arrentela, - concelho do Seixal, península de Setúbal -, como também propor uma “matriz sociocultural” para a disciplina de Português no 3º Ciclo do Ensino Básico e aplicá-la a turmas alvo, permitindo verificar se a mesma propicia uma maior e efetiva participação de todos os alunos, contribuindo para o seu sucesso educativo. Esta investigação alicerçou-se no quadro teórico da educação para a cidadania intercultural, nomeadamente na educação intercultural e no modelo coorientacional de Byram. Este trabalho tomou a forma de estudo de caso, tendo-se recorrido ao paradigma quantitativo e qualitativo, tornando-os complementares na recolha de dados. No decorrer desta investigação, efetuou-se um processo de investigação exploratória, tendo-se realizado pesquisa documental para uma breve caracterização da Península de Setúbal, do concelho do Seixal, da freguesia de Arrentela. Fez-se um levantamento de dados sobre a diversidade cultural das escolas com 3º ciclo do Ensino Básico desta freguesia e sobre o insucesso dos alunos no exame de Português de 9º ano. Utilizou-se, ainda, um inquérito por questionário a vinte e um docentes do grupo 300 que lecionaram Português no 3º ciclo do Ensino Básico das escolas supra mencionadas, nos anos letivos 2011/2012, 2012/2013/ 2013-2014 (alguns dos quais ainda lecionam), para conhecer as representações docentes e práticas letivas recorrentes em escolas pluriculturais. A análise dos primeiros dados recolhidos por inquérito por questionário demonstrou que, para os docentes inquiridos, o objetivo primordial da educação intercultural é a abertura e aproximação ao Outro. No que concerne as práticas letivas, há uma preocupação dos professores em aproveitar uma parte do manancial e da riqueza da diversidade cultural das turmas heterogéneas, nomeadamente na prática da leitura/escuta, (re)escrita, na divulgação de textos enriquecedores entre cultura(s), na comparação entre culturas, na promoção de atividades colaborativas, nas atividades integrando a cultura de origem ou de herança. Verificou-se ainda que os materiais privilegiados na sala de aula são maioritariamente os manuais escolares e a compilação de textos emanados pelas editoras de livros escolares. Uma vez que os manuais escolares não contemplam muitas culturas, os docentes utilizam, em menor percentagem, textos de todo o género que permitem a comparação entre culturas, uma atitude crítica e a descentração. Relativamente à colaboração entre alunos, esta é essencialmente realizada através do trabalho de pares, enquanto a cooperação entre escola/comunidade é desenvolvida sobretudo por exposição e eventos escolares abertos à população e por atividades que podem ser corealizadas por alunos e Encarregados de Educação e/ou seus familiares. Como causas para a não implementação da educação intercultural nas aulas de Português, os inquiridos denunciaram fatores fulcrais como a ausência de formação adequada e de materiais didáticos e pedagógicos adequados ou o comportamento dos alunos, entre outros. Posteriormente, foi produzido e aplicado um inquérito por questionário a três turmas heterogéneas escolhidas (7.°, 8.° e 9.° anos) para sua posterior caracterização. Após esta etapa, foram recolhidos e selecionados materiais e atividades pedagógicos que foram integrados numa proposta de “matriz sociocultural” (Costa Afonso, 2002) aberta a modificações, transversal a outras disciplinas, baseada nas diversas identidades socioculturais dos alunos presentes em sala de aula, alicerçada, por um lado, essencialmente, no domínio da educação literária, por outro, na ponte que deve ser, continuamente, estabelecida entre escola/ comunidade local/ comunidade global. Nesta proposta é visível a preocupação na procura de textos literários canónicos, cujos conteúdos culturais permitam o contacto com a alteridade, com outras cosmovisões capazes de promover, por um lado, a desconstrução de preconceitos, estereótipos, do racismo e/ou suas manifestações, por outro, proporcionar a compreensão, a valorização crítica de culturas, a consciencialização da necessidade de liberdade, criatividade e reflexão crítica na criação de um mundo mais justo e na sustentação de um estado democrático. Aquando da aplicação experimental da “matriz”, envolvido nas interações comunicacionais interculturais propiciadas pelos materiais e atividades/projetos subsequentes, o discente assumiu o papel de sujeito sociocultural crítico, cidadão ativo e responsável. Da aplicação experimental foi efetuado um registo dos acontecimentos mais pertinentes. Outras sugestões de atividades/projetos foram veiculadas.
Resumo:
A partir de uma conceção de currículo em sentido lato, e tendo como referência acontecimentos recentes ocorridos em Portugal, o artigo discute a impossibilidade de o currículo poder constituir-se em fonte de transgressão, assumindo-se, pelo contrário, como fonte de mesmice e de ortodoxia. Além disso, rejeita também a possibilidade de inovação curricular e inovação pedagógica serem expressões sinónimas e de que a operacionalização do currículo na escola através das práticas (docentes) de desenvolvimento curricular possa equivaler ou conduzir a inovação curricular. Em oposição, relaciona inovação pedagógica e heterodoxia, cuja probabilidade é muito maior fora do espaço colonizado pelo currículo da escola.
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A partir de uma conceção de currículo em sentido lato, e tendo como referência acontecimentos recentes ocorridos em Portugal, o artigo discute a impossibilidade de o currículo poder constituir-se em fonte de transgressão, assumindo-se, pelo contrário, como fonte de mesmice e de ortodoxia. Além disso, rejeita também a possibilidade de inovação curricular e inovação pedagógica serem expressões sinónimas e de que a operacionalização do currículo na escola através das práticas (docentes) de desenvolvimento curricular possa equivaler ou conduzir a inovação curricular. Em oposição, relaciona inovação pedagógica e heterodoxia, cuja probabilidade é muito maior fora do espaço colonizado pelo currículo da escola.
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Trata-se de uma artigo que analisa as ações didáticas e o envolvimento dos professores de geografia a luz de resultados de pesquisas que tiveram a preocupação de focar discussões nas práticas docentes – a didática da sala de aula – com o intuito de alterar a lógica da organização do currículo escolar. Trata-se, também, de fazer uma análise sobre o ensino e a aprendizagem em geografia a qual considero importante na medida em que o conhecimento geográfico possibilita uma compreensão dos lugares e das ações humanas.
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This paper aims to relate the generative assumptions and possible collaborations they have given to the "teaching" of Portuguese. With a methodology of research and reflection, it investigates the contribution of the concepts of generative theory and related studies to her in three areas related to the classroom: (a) the delivered content, what is meant by grammar; (b) the effectiveness of teaching materials, given the concepts that express; and (c) the teaching practices, difficulties and issues in "teaching" the mother tongue and the teaching methodology. Is adopted as theoretical frameworks, Chomsky's research (1965 and underlying works) to the basic concepts of Principles and Parameters Theory, the theory Kato (2005) on the grammar of the literate, the proposed VanPatten (2003) on the input and output, the precursor work of Silva (2013) which relates gerativismo and teaching, and the papers of Neves (1994), Costa and Barin (2003) and Pilati (2014) on the current reality of the classroom. It concludes that the gerativismo has contributed indeed with concepts that can mitigate the problems faced in "teaching" mother tongue and bring a significant change to education. The need for innovation in teaching practices is imminent and linguistic studies have proven the delay and inefficiency of the methodologies used in the school.
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This text presents the interlocution that literacy teachers maintain with didactic textbook and traditional/normative grammar, and how these books become constitutive elements – the Others – of these teachers and theirs mother tongue teaching practices. The analysis focuses on teachers statements/enunciation and is based on Bakhtin's circle concepts, especially in the categories of statement/enunciation, dialogism and otherness. The cited elements appears updated in teachers enunciations and signalize a permanent tom in their practices, as a result of the cultural tradition in grammar teaching and the legitimate use of the didactic textbook
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Este estudo tem como propostas pensar os processos formativos que acontecem nos movimentos estudantis e como as experiências vivenciadas neste espaçotempo influenciaram e influenciam práticas educacionais que busquem ser mais democráticas. Assim, neste texto, dedicar-me-ei a refletir um pouco mais sobre a noção de democracia que venho assumindo nesta pesquisa e meus caminhos formativos como pesquisadora e professora. Dialogo com Oliveira (2009) e Santos (2007) para pensar a democracia, partindo da noção de que uma sociedade seria realmente democrática quando as relações tecidas entre os diferentes conhecimentos, culturas e valores se darem de maneira horizontal, nas quais não sejam estabelecidas formas de inferiorização e marginalização entre as diferentes perspectivas de estar no mundo. Este trabalho parte da ideia de que as experiências vividas por ex-militantes/praticantes dos movimentos estudantis ajudam na promoção de subjetividades mais democráticas eo fortalecimento desta premissa se dá através das narrativas de professores/professoras que tiveram experiências nos espaçostempos dos movimentos estudantis. Assim, procuro tecer uma narrativa através do compartilhamento de diferentes experiências docentes, não como objetivo de qualificar ou quantificar o grau de democracia desenvolvida nessas práticas, mas sim, de apresentar que são múltiplas as práticas que partilham da noção de solidariedade entre os conhecimentos, valores e sentimentos, ocorrendo elas dentrofora do ambiente escolar.
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Resumen basado en la publicación
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Estamos vivendo no século da criatividade em que os sujeitos precisam ser estimulados a criar e inovar nos processos de aprendizagem escolar. Nesse sentido, a criatividade precisa ser compreendida como um bem cultural, um direito de todos e uma condição histórica e cultural do sujeito, e não como uma capacidade inerente ao sujeito ou pertencente alguns poucos eleitos. Para que a criatividade do aluno seja estimulada, faz-se necessário, dentre outros elementos, que o conhecimento profissional do professor considere as crenças como componente de seu processo de profissionalização com o objetivo de reconhecer o seu papel e influências como formas de nortear as ações profissionais docentes. Para tanto, a presente tese tem o objetivo de estudar as crenças dos professores sobre a criatividade dos estudantes no Ensino Médio Inovador. O ensino, nessa perspectiva, mais especificamente, o ensino médio precisa inovar-se, e nesse processo, o Programa Ensino Médio Inovador PROEMI emerge como uma das iniciativas das políticas públicas educacionais vigentes. Para tanto, no intuito de fundamentar as nossas discussões dialogamos com autores que discutem a criatividade no contexto da educação, às crenças, o conhecimento profissional do professor e o ensino médio. Nessa pesquisa, 207 professores que atuam no ensino médio em escolas estaduais na cidade de Natal e sua Região Metropolitana dentro do PROEMI constituíram-se em nosso público-alvo. O instrumento de coleta de dados foi um questionário normativo de crenças contendo perguntas fechadas e abertas. Para a organização dos dados utilizamos os softwares estatísticos R. 2.15.1 e o Modalisa. O tratamento dos dados se deu mediante análises estatísticas como a análise descritiva dos enunciados, da média, do desvio padrão e a Análise de Componentes Principais ACP em relação aos resultados oriundos das perguntas fechadas e a análise de conteúdo em se tratando dos resultados referentes às perguntas abertas. Os resultados corroboraram com a tese de que os professores apresentam em suas crenças a predominância do enfoque tradicional ou clássico da criatividade, ou seja, creem-na como algo inato ao ser humano e que se desenvolve independentemente dos fatores sociais e culturais. No tocante às principais características do aluno criativo, a autonomia e o alto grau de originalidade em sua aprendizagem se destacaram, dentre outras características. Suas crenças, em relação aos elementos que inibem a criatividade do aluno apontaram que a escola, ao privilegiar os conteúdos escolares compromete a criatividade dos alunos e sobre os elementos que favorecem, destacaram-se as áreas da Arte, da Educação Física e da Literatura como disciplinas, que preferencialmente, desenvolvem a criatividade dos alunos no contexto escolar. Assim, constatamos que as crenças dos professores se configuram de forma reducionista e inatista e que precisam, urgentemente, ser repensadas para que não continue a comprometer o desenvolvimento da criatividade do aluno no contexto escolar, e nesse caso, as crenças se constituem em um dos elementos básicos da profissionalização docente que precisam constantemente ser repensadas e incluídas nas discussões sobre a formação e atuação docente, principalmente, dentro do PROEMI que tem como objetivo principal inovar e estimular a criatividade dos alunos no ensino médio
Resumo:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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Pós-graduação em Educação Escolar - FCLAR