991 resultados para Obesidade Prevenção - Teses


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Anticoagulantes orais so amplamente indicados para prevenção de eventos tromboemblicos. No entanto, nem sempre os pacientes atingem a faixa teraputica recomendada. Os objetivos desse estudo foram avaliar a associao entre periodontite e nveis de anticoagulao (fase 1) e o efeito do tratamento periodontal nos nveis de anticoagulao (fase 2) em pacientes que faziam uso do anticoagulante oral varfarina. O exame clnico incluiu ndice CPO-D, ndice de placa, sangramento sondagem, profundidade de bolsa e nvel de insero clnica. Coeficiente normalizado internacional (INR), nveis de albumina, protena C-reativa (PCR) e fibrinognio foram avaliados no dia zero e at 180 dias aps tratamento periodontal. Na fase 1 do estudo foram examinados 62 pacientes (42 mulheres e 20 homens, com idade mdia de 50,8 9,2 anos). Observamos uma correlao negativa entre extenso e severidade da doena periodontal e ndice de placa com valores de INR. No houve associao entre diagnstico periodontal e nveis de anticoagulao. Dentre os pacientes fora do alvo teraputico, 87% apresentavam diagnstico de periodontite, enquanto no grupo na faixa teraputica apenas 56%. Participaram da fase 2 do estudo 26 pacientes com periodontite severa (15 mulheres e 11 homens, com idade mdia de 51,3 9,2 anos). O tratamento periodontal resultou em melhora significativa de todos os parmetros periodontais e dos nveis de anticoagulao 30, 60 90 e 180 dias aps concluso da terapia periodontal. No houve alterao significativa na dose semanal da varfarina. Foi observada reduo significativa entre nveis sricos de albumina dos dia 90 e 180 aps a terapia periodontal, quando comparado aos valores do dia 0 (p < 0,05). De acordo com o alvo teraputico estabelecido, observamos que no dia 0 doze pacientes (46,15%) estavam fora dessa faixa. Esse percentual foi reduzido significativamente aps tratamento periodontal, sendo 26,1% e 29,2% nos dias 60 e 90, respectivamente. Embora tenha ocorrido melhora nos nveis de anticoagulao, no houve alterao significativa nos nveis de PCR e fibrinognio. Sendo assim, pacientes com periodontite severa podem apresentar dificuldade para atingir a faixa teraputica e o tratamento periodontal pode resultar em benefcios na busca da anticoagulao plena. Novos estudos so necessrios para avaliar se formas menos severas de doena periodontal tambm podem interferir com a varfarina.

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O presente estudo teve como objetivo descrever o contedo das representaes sociais acerca da Aids para os usurios soropositivos em acompanhamento ambulatorial da rede pblica de sade e analisar a interface das representaes sociais da Aids com o cotidiano dos indivduos que vivem com o HIV, especialmente no que concerne sua organizao e ao processo de adeso ao tratamento. Trata-se de um estudo exploratrio-descritivo, pautado na abordagem qualitativa e orientado pela Teoria das Representaes Sociais. Os sujeitos consistiram em 30 usurios em acompanhamento ambulatorial de um Hospital Pblico Municipal localizado na cidade do Rio de Janeiro referenciado para clientes soropositivos ao HIV/Aids. Os dados foram coletados por meio de entrevista e analisados atravs da anlise de contedo. Como resultados, emergiram 6 categorias, quais sejam: Elementos de memria da Ancoragem da Aids na sociedade e o seu processo de transformao, onde foi explicitada a ancoragem da Aids no outro, na frica, no macaco, no homossexual e uma nova ancoragem apresentada consiste na cronicidade do diabetes, deixando a sndrome de ser sinnimo de morte; Transmisso e Prevenção da Aids segundo as pessoas que convivem com a sndrome, na qual os sujeitos apresentaram quase todas as formas cientificamente comprovadas quanto aos meios de transmisso do vrus HIV; O cotidiano dos indivduos soropositivos permeado pelo processo de vulnerabilidade ao HIV, no mbito do qual entende-se que o reconhecimento do risco individual frente epidemia ir influenciar, sobretudo, as prticas e os comportamentos das pessoas; Discriminao e ocultamento no conviver com o HIV, onde se apresenta como estratgias de sobrevivncia social o ocultamento do estado de soropositividade ao HIV. Assim, podem continuar a vida como pessoas consideradas normais, sem serem acusadas e discriminadas, sejam no mbito familiar, social ou no trabalho; alm disso, os sujeitos do estudo declararam que eram preconceituosos antes do diagnstico; o processo de adeso ao tratamento na cotidianidade de indivduos soropositivos, observando-se, nesta categoria, que um dos grandes motivadores da adeso ao tratamento consiste no fato dos usurios acreditarem no resultado positivo da teraputica; o enfrentamento cotidiano experinciado pelos sujeitos que convivem com o HIV, onde a forma como os sujeitos organizam o seu cotidiano para enfrentar e conviver com o HIV reflete diretamente em suas atitudes e em suas prticas, tanto no processo da adeso, como nas relaes sociais (o outro) e, principalmente, na relao individual (o eu). Conclui-se que a representao social da Aids apresenta-se multifacetada e dependente do contexto histrico e social no qual o indivduo est inserido, seus valores, cultura, nvel de informao e conhecimento.

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A utilizao de testes de biocompatibilidade de materiais odontolgicos necessria para avaliar a segurana dos mesmos. Listerine um enxaguatrio comercial usado para a prevenção e tratamento da gengivite. O objetivo do estudo foi avaliar os efeitos citotxico e genotxico do Listerine em culturas de Escherichia coli e plasmdios. Na avaliao da citotoxicidade, culturas de E. coli AB1157 e BW9091 foram incubadas com Listerine (10, 50 e 100%) e o crescimento acompanhado pela densidade ptica (DO) em 600nm por 7 horas(h). Para avaliar a sobrevivncia, culturas de E. coli AB1157, em fase exponencial, foram centrifugadas, ressuspensas em soluo salina (NaCl 0,9%) e incubadas (1h, 37C) com Listerine (10, 50, 100%, 1h, 37 C). Alquotas foram semeadas em placas de Petri contendo meio nutritivo nos tempos 0, 30 e 60 minutos e armazenadas em estufa bacteriolgica (18h, 37 C). As unidades formadoras de colnias contadas e as fraes de sobrevivncia (FS) calculadas. Como controles, culturas tratadas salina ou etanol (21,6%). Para genotoxicidade, plasmdios pBSK foram incubados com Listerine (10, 50 e 100%) e com etanol (2,16%, 10,8% e 21,6%), associados ou no ao SnCl2(200g/mL, 30 minutos, temperatura ambiente), realizada eletroforese em gel de agarose (0,8%, 8V/cm), observados por transiluminao UV e obtido o percentual da forma superespiralada (%SE). Os resultados indicam que o enxaguatrio Listerine foi capaz de inibir o crescimento bacteriano de culturas de E. coli na maior concentrao utilizada. O enxaguatrio, na maior concentrao, diminuiu a sobrevivncia das culturas bacterianas testadas. Listerine no modificou o perfil eletrofortico do plasmdios, indicando ausncia de efeito genotxico e tambm foi capaz de proteger os plamdios da ao do SnCl2. Alm disso, o etanol, na mesma concentrao presente no Listerine, no alterou o perfil eletrofortico dos plasmdios, sendo capaz de proteg-lo da ao do SnCl2. Os resultados indicaram que o Listerine apresentou efeito citotxico em culturas de E. coli e ausncia de potencial genotxico em plamdios, sendo capaz de proteg-los, bem como o etanol, dos efeitos genotxicos do SnCl2.

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A droga na atualidade considerada uma ameaa para a humanidade. Nos pases em desenvolvimento, o lcool o principal fator de risco, dentre as demais substncias psicoativas. Existem poucos estudos sobre a prevalncia do uso de drogas nos locais de trabalho no Brasil, e sobre os meios de enfrentamento das instituies empregadoras frente ao consumo de drogas por seus trabalhadores e as condies que levam a tal uso. O estudo foi estruturado em duas etapas: 1) reviso bibliogrfica de instrumentos auto-aplicveis sobre drogas entre trabalhadores e 2) elaborao e aplicao de um questionrio auto-aplicvel sobre o consumo de drogas entre trabalhadores. Foi traado os seguintes objetivos: 1 etapa - Levantar os estudos publicados, que apresentam como objeto o uso de lcool e drogas por trabalhadores, entre os anos de 1998 e 2008; Identificar e analisar os instrumentos auto-aplicveis, que mensuram a prevalncia e o padro de consumo de drogas em trabalhadores, utilizados pelos estudos; e Subsidiar o desenvolvimento de um questionrio auto-aplicvel sobre o padro de consumo de lcool e drogas entre trabalhadores; 2 etapa - Desenvolver um questionrio auto-aplicvel que permite identificar a prevalncia e padro de consumo de lcool e drogas entre profissionais de sade, assim como, as formas de enfrentamento por parte do trabalhador e das instituies empregadoras; Realizar anlise descritiva do questionrio desenvolvido e de seus principais resultados; e Avaliar a compreenso das perguntas do questionrio desenvolvido, a partir das sugestes e respostas marcadas pelos sujeitos do estudo. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva e exploratria realizada com 111 alunos de ps-graduao latu sensu de uma Faculdade Pblica de Enfermagem situada na Cidade do Rio de Janeiro. Atravs da reviso bibliogrfica verificamos que existem poucos instrumentos auto-aplicveis sobre o padro de consumo de lcool e drogas entre trabalhadores. Foi construdo um questionrio visando identificar informaes scio-demogrficas, a histria profissional, informaes sobre o consumo de lcool e outras drogas, informaes sobre o estresse laboral, e informaes sobre as formas de enfrentamento por parte do trabalhador e das instituies empregadoras sobre o consumo de drogas. Pela anlise do questionrio aplicado, observou-se que algumas questes foram de difcil compreenso e precisam ser reformuladas, a fim de melhorar a compreenso dos respondentes, j que um questionrio auto-aplicvel deve ser auto-explicativo. As escalas AUDIT e Job Stress Scale se mostraram importantes para identificar problemas relacionados ao lcool e o estresse laboral. O lcool foi a droga mais utilizada pelos profissionais de sade, seguido pelas substncias psicoativas. Portanto, deve-se dar um enfoque sobressalente para a questo do fenmeno das drogas no ambiente de trabalho, promovendo programas de prevenção e de qualidade de vida ao trabalhador. Ressalta-se, tambm, a importncia de abordar as questes sobre drogas nas graduaes da rea da sade, promovendo o conhecimento do futuro profissional quanto aos riscos e danos decorrentes do uso e abuso de drogas.

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Tratou-se de um estudo descritivo exploratrio com abordagem quantitativa acerca da vulnerabilidade de mulheres com mais de 60 anos em relao ao HIV/AIDS, cujo problema foi descobrir qual o processo de vulnerabilidade auto referido por mulheres de 60 anos e mais em relao ao HIV/AIDS a partir de suas atitudes sexuais.Os objetivos foram: Descrever o processo de vulnerabilidade auto referido por mulheres com 60 anos e mais em relao ao HIV/AIDS a partir de suas atitudes sexuais. Identificar atitudes sexuais entre mulheres com mais de 60 anos e mais. Descrever o conhecimento sobre HIV/AIDS das mulheres com mais de 60 anos.Descrever o processo de vulnerabilidade auto referido por mulheres com mais de 60 anos em relao ao HIV/AIDS.O estudo foi realizado com mulheres com mais de 60 anos freqentadoras das atividades do Projeto Longegividade da Secretria Especial de Envelhecimento Saudvel e Qualidade de vida do Rio de Janeiro. O local escolhido foram espaos pblicos aonde se realizavam as atividades do Projeto. A coleta de dados aconteceu no perodo dos meses de setembro e outubro de 2009. Em atendimento ao preconizado pela resoluo 196/96, todos os sujeitos assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. O estudo foi submetido apreciao do Comit de tica da Prefeitura do Rio de Janeiro a fim obter a autorizao para a divulgao do nome da Instituio aonde foi realizada a pesquisa, sob o parecer de nmero 84 A-2009. Participaram do estudo 256 mulheres. O questionrio foi criado partir de quatro dimenses estabelecidas. Dimenso scio econmico e demogrfica, processo de vulnerabilidade auto referido, conhecimento sobre HIV/AIDS e prticas sexuais. Os dados coletados foram organizados em bancos de dados, criados pelo pesquisador atravs de um sistema Gerenciador de Banco de Dados Microsoft Excel verso 2003. Foram utilizadas medidas estatsticas descritivas como freqncia absoluta e a freqncia relativa para atender aos objetivos do estudo. Concluiu-se que em nossa amostra as mulheres idosas se colocam em situao de risco, quando ao possuir vida sexual ativa no usam preservativos. Compem um grupo bem informado acerca dos mtodos de prevenção, porm a utilizao do preservativo esta relacionada, a muito mais do que informao e sim a um objeto de confiana nas relaes. Entendeu-se que a prevenção ao HIV/AIDS em mulheres com mais de 60 anos deveria incluir, alm de estratgias de repasse de repasse de informao, estratgia de fortalecimento individual, reforo na auto estima e estimulo a autonomia de uma forma geral.

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Pesquisa realizada em um Hospital Universitrio do Estado do Rio de Janeiro, atravs de uma abordagem quantitativa descritiva, com objetivo de identificar os fatores de riscos ambientais presentes nas situaes de trabalho dos profissionais de enfermagem, a partir da observao sistemtica dos locais de trabalho pelos profissionais de sade e segurana do trabalho e dos chefes de enfermagem de clnicas de um Hospital Universitrio, visando gerar resultados que possam trazer a discusso, os riscos ocupacionais aos quais esto expostos os profissionais de enfermagem, seu conhecimento a respeito destes riscos e sua atuao na identificao e ao sobre os mesmos. A populao foi composta por treis profissionais de sade e segurana no trabalho e trinta enfermeiros chefes de unidade de internao. Para a coleta de dados foi utilizado um questionrio fechado proposto no Guia de Avaliao de Riscos nos Locais de Trabalho de Boix e Vogel (1997) e adaptado para aplicao em estabelecimentos de sade por Mauro (2001). Os dados foram analisados atravs do software Statical Package for the Social Sciences (SPSS) verso 15.0. Os resultados evidenciaram que os fatores de riscos ocupacionais de maior relevncia do estudo foram: os sistemas inadequados de prevenção de incndio, de sada de emergncia e dispositivos e instrues de segurana e manuteno preventiva inadequada, exposio riscos biolgicos, desenho arquitetnico dos locais de trabalho inadequado, distribuio inadequada de pessoal e conhecimento ergonmico insuficiente do trabalhador. Estes fatores atuam de forma direta ou indireta nos locais de trabalho, propiciando aos profissionais um ambiente desfavorvel para a realizao das atividades, o que pode comprometer a sua sade e vida profissional. Concluiu-se que os profissionais enfermeiros no cargo de gestores, em sua maioria, no possuem a visibilidade sobre os fatores de riscos aos quais eles prprios e a equipe sob sua gerncia encontram-se expostos, mesmo porque desempenham suas tarefas quase em sua integralidade com alto risco de acidentes e doenas. O estudo proporcionou melhor compreenso dos fatores de risco presentes no ambiente, suas repercusses no processo de trabalho de enfermagem e na sade dos profissionais, da importncia da insero e comprometimento dos gestores sobre os fatores de risco no ambiente de trabalho e da ergonomia participativa na anlise e prevenção de riscos ocupacionais.

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Trata-se de uma pesquisa de mestrado do Programa de Ps-Graduao da Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Teve como objetivo geral compreender e analisar as prticas do enfermeiro na assistncia sade no Programa HIV/AIDS nos Centros Municipais de Sade do Rio de Janeiro a partir do princpio da integralidade. Buscou-se a compreenso da prtica do enfermeiro, pois devido complexidade da epidemia, o paciente requer assistncia que estabelea qualidade de vida. Neste sentido, explorou-se o conceito de integralidade como embasamento para as aes em sade nos diversos nveis de assistncia em especial na ateno bsica. O enfermeiro diante de uma perspectiva de integralidade quer no manejo clinico do portador, quer na prevenção da disseminao da doena nos diversos grupos populacionais, deve buscar uma prtica profissional com vistas a priorizar as necessidades de sade dos usurios. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa, sendo esta abordagem a que possibilita a compreenso dos fenmenos e das aes humanas no que se refere prtica. A pesquisa foi desenvolvida no perodo 2008 a 2009, sendo o trabalho de campo desenvolvido atravs de observao livre e entrevistas semi-estruturadas. Os sujeitos consistiram de 12 enfermeiros que trabalham nos CMS no Programa HIV/AIDS. Os dados foram analisados visando buscar eixos temticos a fim de transparecer as prticas e seus contextos, utilizando tambm os registros da observao livre. Atravs da anlise temtica emergiram duas categorias: O cotidiano da assistncia no programa HIV/AIDS e a Prtica do enfermeiro no programa HIV/AIDS, as quais deram origem a cinco subcategorias descritas a seguir: O cotidiano dos CMS e a organizao da assistncia voltada para o HIV/AIDS; Limitaes poltico-institucionais que dificultam as aes de enfermagem no programa HIV/AIDS; A relao da equipe de sade e o processo de trabalho no programa HIV/AIDS; Bases tericas que orientam a prtica do enfermeiro em HIV/AIDS nos CMS; e Modelos de ateno sade e a realidade vivenciada no programa HIV/AIDS. Podemos constatar que os servios que atendem HIV/AIDS so estruturados basicamente com a presena dos profissionais de sade e na estrutura fsica disponvel para a assistncia. Este fato influencia a chegada do paciente ao servio e sua forma de atendimento. Constatou-se que a falta de estrutura fsica prejudica a percepo das necessidades de sade do grupo populacional assistido, mas tambm isto nos remete a falta de preparo do profissional. H muita dificuldade em articular o conhecimento terico com a prtica diria, isto , com suas atividades de rotina. Neste caso, o enfermeiro busca, a partir das aes que so postas no dia-a-dia, superar essa indefinio na tentativa de dar respostas aos problemas de sade que lhes so direcionados. Conclumos que h necessidade de condies mais especficas para o desenvolvimento de aes que possibilitem a visualizao das necessidades de sade desta clientela para que possa desenvolver a integralidade de forma consistente nos CMS do Rio de Janeiro.

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A menopausa est associada a algumas alteraes metablicas como a obesidade, dislipidemia e inflamao, entre outras anomalias presentes na sndrome metablica humana. Uma dieta hiperlipdica ou high-fat (HF) associada menopausa piora tais alteraes, aumentando ainda mais o risco de doena cardiovascular. A hiptese de que uma dieta HF agrava as complicaes relacionadas ovariectomia foi testada. Foram avaliadas fmeas C57BL/6 ovariectomizadas (OVX) ou com operao SHAM e alimentados com rao padro ou Standard Chow (SC, 10% de gordura) ou uma dieta HF (60% de gordura) por 18 semanas. A eficincia alimentar (EA), massa corporal (MC), distribuio regional das massas de gordura e a morfometria dos adipcitos foram estudados. As anlises de sangue (colesterol total, CT, triglicerdeos, TG, citocinas e adipocinas) foram realizadas. Camundongas OVX-HF apresentaram maior EA e maior MC do que os demais grupos (P<0,05). A gordura visceral (ovariana e retroperitoneal) e a gordura subcutnea (gordura inguinal) tiveram o mesmo padro de distribuio entre os grupos SHAM-SC, SHAM-HF e OVX-SC, mas o grupo OVX-HF apresentou um padro diferente de acmulo de gordura - muito maior do que no rupo SHAM-SC. A associao da ovariectomia com a dieta HF aumentou significativamente o dimetro dos adipcitos dos animais OVX-HF em comparao aos SHAM-HF (P<0,0001) e tambm agravou a elevao dos nveis de CT, TG e de leptina nas camundongas OVX-HF, em relao aos OVX-SC (P<0,0001). Os nveis de adiponectina foram maiores nas camundongas OVX-SC comparados com as das camundongas SHAM-SC e OVX-HF (P<0,001). A associao da ovariectomia com a dieta HF agravou o aumento dos nveis sricos de leptina em camundongas OVX-HF, em relao aos OVX-SC (P<0,005). TNF-alfa no foi diferente entre os grupos, mas a IL-6 foi significativamente maior nas camundongas OVX-HF comparados a ambos os grupos SHAM-HF e OVX-SC (P<0,0001). Concluindo, a ingesto de uma dieta hiperlipdica por camundongas ovariectomizadas, leva ao aumento do acmulo e redistribuio inadequada de gordura, piora dos nveis de citocinas e adipocinas, assim como desordem metablica, o que aumenta os fatores de risco para doenas cardiovasculares.

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Trata-se de um estudo descritivo cujo objeto a sade dos trabalhadores de enfermagem e sua relao com as condies de trabalho em enfermarias de clnica mdica, desenvolvido em um Hospital Universitrio na cidade do Rio de Janeiro. Os objetivos orientaram para: caracterizar o perfil profissional dos trabalhadores de enfermagem; identificar, na perspectiva dos trabalhadores de enfermagem, as condies de trabalho e os fatores de risco sade existentes nas enfermarias de clnica mdica; analisar os problemas de sade identificados pelo trabalhador de enfermagem e a sua relao com as condies de trabalho por ele descrita em enfermarias de clnica mdica. A pesquisa foi realizada no perodo de 2004 a 2005. O referencial terico fundamentou-se nos estudos de especialistas das reas de ergonomia, sade do trabalhador e riscos no trabalho de enfermagem. A populao foi de 41 trabalhadores de enfermagem que atuam nas unidades especializadas de clnica mdica, sendo 73,2% de servidores pblicos e 26,8% de prestadores de servio temporrio e bolsistas; a faixa etria predominante de 40 a 49 anos; 73% so do sexo feminino; 90% com dupla e tripla jornada, com carga horria semanal de mais de 50 horas. Os riscos ocupacionais percebidos foram: manuteno de posturas inadequadas, esforo fsico que produz fadiga, ritmo de trabalho acelerado, manipulao de cargas pesadas, risco de contrair infeco, temperatura inadequada, falta de materiais e insumos e iluminao insuficiente. Os problemas de sade relacionados com as condies de trabalho foram: distrbios osteomusculares, varizes e estresse. Os trabalhadores se interessam pela prevenção de riscos ocupacionais, porm no participam na instituio, da elaborao das polticas e estratgias na rea de sade do trabalhador. Com os resultados deste estudo e o respaldo da literatura, pode-se concluir que os problemas de sade e condies de trabalho esto inter-relacionados; que a carga horria excessiva devido a dupla e tripla jornada, acrescido do cuidado com os filhos, idosos e afazeres domsticos, sem a prtica regular de cuidados com sua sade, tornam esses sujeitos mais vulnerveis a problemas de sade.

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Nas comunidades, a transmisso se d via oral. No samba no diferente. Desde a fundao das escolas de samba, crianas e adolescentes participam ativamente, junto com as suas famlias, das atividades dessas escolas, inclusive do desfile carnavalesco. Essas crianas e adolescentes tm, h dcadas, espaos prprios nas escolas de samba: a ala das crianas e mais recentemente escolinhas de mestre-sala e porta-bandeira, e participao em baterias mirins, trazendo perspectiva de profissionalizao e de renovao nas prprias escolas e por fim, a criao, a partir de 1980, das escolas de samba mirins, que atualmente abrem o carnaval do Rio de Janeiro. Hoje h 16 escolas, agregadas em uma associao especfica, majoritariamente derivadas das escolas mes, que trazem nos desfiles mais de vinte e cinco mil crianas e adolescentes na sexta-feira que antecede o Carnaval. As Escolas de Samba Mirins tentam inserir-se nas polticas sociais para a juventude, principalmente a pobre, para a promoo da cidadania e a revitalizao do sentido de comunidade. Fundadas nas reas mais antigas do Rio de Janeiro, principalmente a rea de planejamento trs os subrbios onde se concentram, estas escolas de samba mirins mantm estreito lao com sua vizinhana, estimulando a sociabilidade, as relaes intergeracionais e a construo da confiana, fundamental para o surgimento da eficcia coletiva e do desenvolvimento do capital social nestes espaos. Alm disso, suprem a ausncia de reas de lazer e equipamentos culturais destes espaos, fortalecendo os laos com os vizinhos e amigos e evitando, de alguma maneira, que o trfico de drogas violento fragmente ainda mais a vida social e cultural da regio. Nesse sentido, as escolas de samba mirins contribuem para a valorizao da cultura carioca e se constituem enquanto proposta para promoo da sade e prevenção da violncia, principalmente a gerada pelo trfico de drogas e a represso policial contra este trfico com um carter desagregador nas vizinhanas onde essas escolas se organizaram originalmente.

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O municpio de Petrpolis, palco de recorrente de problemas ambientais envolvendo movimentos de massa concentrados historicamente na sua rea mais urbanizada, os distritos Sede e Cascatinha, vive nas ltimas dcadas um crescimento populacional que se orienta basicamente para antigas reas rurais de Itaipava, Pedro do Rio e Posse. O objetivo geral da pesquisa investigar como este crescimento vem ocorrendo, analisando as caractersticas geolgico-geomorfolgicas dos novos espaos ocupados, os fatores predisponentes s novas condies de risco envolvendo os movimentos de massa e as inundaes. Assim, foi elaborado um panorama scio-evolutivo do processo de ocupao do solo em Petrpolis, considerando especialmente a dinmica demogrfica registrada nos distritos atravs dos censos demogrficos a partir da dcada de 1940. Utilizando o geoprocessamento como ferramenta e a classificao visual de segmentao de OrtofotosCarta IBGE na escala 1: 25.000, foram produzidos mapas de uso do solo para o municpio e distritos detalhando a rea ocupada. Com o fim de atender ao diagnstico das situaes de risco foi realizado o levantamento da situao atual da ocorrncia dos movimentos de massa e inundaes no municpio, comparando levantamentos anteriores e verificando a distribuio das ocorrncias e a populao atingida. Por fim, a avaliao da execuo da poltica de desenvolvimento e expanso urbana definida no Plano Diretor de Petrpolis e na Lei de Uso, Parcelamento e Ocupao do Solo, analisando o zoneamento e seus usos (rural, rururbano, urbano e zona de proteo especial) resultando no entendimento de como os aspectos normativos vem sendo tratados, naquilo que so respeitados e naquilo que no so cumpridos na dinmica da ocupao do espao, levantando as aes de prevenção, ou no, dos problemas ambientais. Contudo, a definio dos objetivos do trabalho teve dois momentos. O primeiro com a anlise da expanso urbana construindo novas condies de risco e o segundo momento, lamentavelmente, aquele no qual as evidncias ganharam contorno de realidade com o ocorrido em dezembro de 2010 e em janeiro de 2011, principalmente quando inundaes bruscas associadas aos deslizamentos de terra nas encostas atingiram reas de Petrpolis e de outros municpios da regio Serrana do Estado do Rio de Janeiro, certamente, a maior tragdia ambiental ocorrida no Centro-Sul do pas at ento. Com mais de 900 mortos, centenas de desaparecidos e milhares de desabrigados e desalojados, os eventos suplantaram os objetivos do trabalho, colocando novas questes, ao mesmo tempo em que a realidade demonstrou a coerncia e pertinncia daqueles objetivos com os problemas apresentados. Assim, dentre os objetivos passou a constar tambm a verificao in loco das conseqncias de movimentos de massa e inundaes nas reas apontadas anteriormente, como foi o caso do vale do Rio Santo Antnio em Itaipava. O trabalho, assim, se pautou por indicar a necessidade ter-se maior ateno s novas reas de ocupao no municpio, considerando a natureza do territrio, contribuindo como um subsdio na prevenção ao risco.

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O cncer de pulmo atualmente a neoplasia mais frequentemente diagnosticada, considerando ambos os sexos, e a principal causa de bito por cncer em todo o mundo. A incidncia e a mortalidade do cncer de pulmo vm sendo influenciadas ao longo do tempo pela histria do tabagismo e seus aspectos scio-demogrficos. Este estudo tem como objetivo analisar a sobrevida e fatores prognsticos em mulheres com cncer de pulmo assistidas em uma clnica especializada no Rio de Janeiro no perodo de 2000 a 2009. Foram analisadas 193 mulheres com diagnstico de cncer de pulmo confirmado por exame histopatolgico. Os dados foram obtidos diretamente do sistema informatizado de registros mdicos do referido servio. A idade do diagnstico foi categorizada em quatro faixas etrias: at 49 anos, 50 a 59 anos, 60 a 69 anos e maior de 70anos. O tabagismo foi categorizado como no fumante, ex-fumante, fumante e fumante passiva. O estado nutricional foi avaliado pelo ndice de Massa Corprea (IMC). A classificao histolgica seguiu a diviso entre tumores de clulas no-pequenas (CPCNP) e tumores de pequenas clulas (CPCP). O estadiamento clnico se baseou na classificao do American Joint Committee on Cancer (AJCC) e Veterans Administration Lung Cancer Study Group (VALCSG) para os tumores de clulas no-pequenas e tumores de clulas pequenas, respectivamente. A modalidade de tratamento foi categorizada pela inteno da abordagem teraputica em quatro grupos: controle, neoadjuvncia, adjuvncia e paliativa. Foram calculadas funes de sobrevida pelo mtodo de Kaplan-Meier. Para os fatores prognsticos de risco, foram calculados os hazards ratios brutos e ajustados com intervalos de confiana de 95%, atravs do modelo de riscos proporcionais de Cox. A idade mdia das pacientes foi de 63 anos. Destas, 47,7% eram fumantes, 26,9% no fumantes, 19,7% ex-fumantes e 3,6% fumantes passivas. Em relao ao estado nutricional, 2,6% das pacientes apresentavam IMC baixo peso, 52,8% normal, 29,5% sobrepeso e 15% obesidade. A maioria dos casos, 169 (87,6%) pacientes, foi classificado como cncer de pulmo de clulas no-pequenas (CPCNP). Apenas 24 casos (12,4%) foram de cncer de pequenas clulas (CPCP). Durante o perodo estudado ocorreram 132 bitos; 114 por CPCNP e 18 por CPCP. O tempo mediano de sobrevida para toda a coorte foi de 23,2 meses (IC95%: 16,9-33,5). Quando os dados foram estratificados por classificao tumoral, a sobrevida mediana nas pacientes com diagnstico de CPCNP foi de 18,2 meses (IC95%: 15,6-25,5) e para aquelas com CPCP foi de 10,3 meses (IC95%: 8,4-19,3). A sobrevida encontrada em 24 meses foi de 49% (IC95%: 42,25-56,9), sendo 22,95 (IC95%: 0,6-49,3) para os tumores de pequenas clulas e 50,29% (IC95%: 43,1-58,7) para os tumores de clulas no- pequenas. Para o total das pacientes, as curvas de sobrevida estratificadas pelas variveis selecionadas mostraram diferenas em relao idade do diagnstico (p=0,0023) nas faixas etrias intermedirias de 50-59 anos e 60-69 anos, se comparadas com os limites extremos (as mais idosas e as mais jovens). No houve diferenas para o status de tabagismo (p=0,1484) nem para o IMC (p=0,6230). Na anlise multivariada para todos os tumores, nenhum fator prognstico influenciou no risco de morte. A idade nas categorias intermedirias (50-59 anos e 60-69 anos) e o IMC na categoria sobrepeso mostraram uma tendncia proteo, porm, no houve significncia estatstica. Para o grupo de mulheres com CPCNP, o modelo de riscos proporcionais apontou diferena em relao ao estadiamento clnico, especificamente o estdio IV (HR=3,36, IC95%: 1,66-6,8; p=0,001). As pacientes com idade entre 50-59 anos e sobrepeso mostraram uma tendncia diminuio do risco, embora sem significncia estatstica. Esses resultados mostram a necessidade de conhecer melhor o perfil das mulheres que desenvolvem cncer de pulmo e de realizar pesquisas que investiguem de forma mais aprofundada as condies que influenciam a evoluo clnica dos casos e assim contribuir para o aprimoramento da abordagem teraputica.

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Alteraes nutricionais, hormonais e ambientais nos perodos crticos do desenvolvimento como a gestao e/ou lactao podem influenciar a estrutura e a fisiologia de rgos e tecidos, predispondo ao aparecimento de doenas na vida adulta. Esse fenmeno conhecido como programao metablica. O fumo materno na gestao/lactao tem sido associado ao sobrepeso/obesidade na infncia e na vida adulta em ambos os sexos. Porm, estudos evidenciam diferenas entre os gneros em resposta a exposio nicotina. J foi demonstrado que muitas mulheres param de fumar na gestao, mas a maioria destas volta a fumar na lactao. Anteriormente, mostramos que machos adultos cujas mes foram expostas nicotina na lactao, desenvolveram obesidade central, hiperleptinemia e hipotireoidismo. Como a nicotina afeta a funo adrenal e como catecolaminas e glicocorticides tm efeitos bem conhecidos sobre o tecido adiposo, avaliamos a funo da medula adrenal e o contedo de leptina no tecido adiposo e msculo de machos e fmeas cujas mes foram expostas nicotina na lactao. Dois dias ps-parto, implantamos minibombas osmticas nas ratas lactantes dividas em: NIC infuso de nicotina (6mg/Kg/dia s.c.) por 14 dias, e C infuso de salina pelo mesmo perodo. Estas lactantes foram divididas de acordo com o sexo das proles. O sacrifcio das proles de ambos os sexos ocorreu aos 15 (fim da exposio nicotina) e 180 dias de vida. Aos 15 dias, os machos da prole NIC apresentaram aumento de MGV absoluta e relativa ao peso corporal (+72% e +73% respectivamente), hiperleptinemia (+35%), hipercorticosteronemia (+67%), maior peso adrenal (+39%), contedo de catecolaminas totais (absoluto: +69% e relativo: +41%), embora diminuio da enzima TH (-33%). Quando adultos, os machos programados exibiram maior massa corporal (+10%), MGV absoluta (+47%) e relativa (+33%), alm de hiperleptinemia (+41%) e maior contedo de leptina no TAV (+23%). Esses animais tambm apresentaram hipercorticosteronemia (+77%), maior contedo de catecolaminas totais absoluto e relativo (+79% e +89% respectivamente) e de TH (+38%) embora tenham menor secreo de catecolaminas in vitro estimulada por cafena (-19%) e maior expresso do ADRB3 no TAV (+59%). Em relao as fmeas da prole NIC aos 15 dias de vida, estas apresentaram menor massa corporal (-6%) e hiperleptinemia (+41%) embora sem alterao da MGV. Aos 180 dias, as fmeas da prole NIC apresentaram menor contedo de leptina no TAS (-46%) e maior contedo de leptina no msculo solear (+22%) e diminuio da expresso do ADRB3 no TAV (-39%). Conclumos que a nicotina materna afeta ambos, medula adrenal e tecido adiposo de forma gnero dependente, tanto em curto prazo (quando a nicotina est presente no leite materno), quanto em longo prazo (repercusses na vida adulta). De forma geral, as fmeas da prole NIC apresentam alteraes mais discretas do que os machos em ambos os perodos estudados.

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Pesquisa de natureza descritiva e abordagem quantitativa de dados sobre a Aplicabilidade da Norma Regulamentadora-32 (NR 32) do Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE), visando mobilizar os trabalhadores de enfermagem para reduzir a exposio aos riscos inerentes do trabalho em estabelecimentos de sade. Problema de pesquisa: Quais os fatores que interferem na implantao da Norma Regulamentadora-32 nas enfermarias de um Hospital Pblico Estadual do Rio de Janeiro, na viso dos trabalhadores de enfermagem? Teve como objetivo geral analisar os fatores que interferem na aplicabilidade da NR 32 pela enfermagem, em um hospital pblico do Rio de Janeiro. A populao foi composta de 138 trabalhadores de enfermagem das enfermarias de clnica mdica, cirrgica e ortopdica. Utilizou-se para a coleta de dados um questionrio estruturado com perguntas fechadas. Os dados foram coletados no perodo de 28 de janeiro a 14 de fevereiro de 2009, e analisados atravs do Programa Statical Package for the Social Sciences (SPSS) verso 13 for Windows e Microsoft Office Excel 2003. Os resultados apontaram que os trabalhadores de enfermagem desse hospital esto, em sua maioria, na faixa etria de 30-49 anos, com pelo menos 1 ano de atuao no mesmo setor e formaram-se h 15 anos ou mais, alm disso, 68,1% so estatutrios. Constatou-se que h recomendaes da NR-32 e precaues-padro no so seguidas pelos participantes da pesquisa. Os fatores que interferem no cumprimento da atual legislao vo desde o desconhecimento dos riscos ocupacionais e comportamento dos trabalhadores, at a falta de uma ao efetiva de Educao Continuada e da Comisso de Controle de Infeco Hospitalar (CCIH). Destacaram-se, entre outros, o uso de adornos (51,8%); calado aberto (48,9%); alimentao no posto de trabalho (46,3%); uso da pia para outras finalidades (44,9%), reencape ou desconexo manual de agulhas (36,4%); sair do local de trabalho com uniforme ou Equipamento de Proteo Individual - EPI (21%); limite de recipiente de descarte de perfurocortantes no respeitado (11,8%), falta de uso de EPI quando auxilia no exame com Raios-X (32,6%) e na manipulao de quimioterpicos (7,8%). A instituio no fornece uniformes nem calados. Outros fatores institucionais foram a falta de equipamentos, a falta de um poltica de prevenção e promoo da sade, inexistncia de servio de sade ocupacional e instalaes fsicas inadequadas. Tal descumprimento expe, de forma excessiva, os trabalhadores de enfermagem aos mais variados fatores de riscos ocupacionais, podendo refletir na sua sade e no processo de trabalho. Recomenda-se um trabalho efetivo e integrado dos Programas de Educao Continuada e CCIH para esclarecimento dos trabalhadores de enfermagem, e implantao do Servio de Sade do Trabalhador. Sugere-se aos gestores expandirem este estudo para os demais setores das unidades hospitalares e outras instituies pblicas de sade para o conhecimento da situao de trabalho, bem como a criao de espaos de discusso para a busca de solues dos problemas com a participao dos trabalhadores.

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Apesar da crescente prevalncia da obesidade em pases desenvolvidos e em desenvolvimento, h pouca evidncia da associao com fatores ambientais. Objetivos: Investigar a evoluo temporal do IMC em jovens alistados do sexo masculino de 18 anos no Brasil entre 1980 e 2005; identificar pontos especficos de maior varincia na srie temporal e comparar pontos especficos no tempo, a evoluo temporal do IMC com as mudanas socioeconmicas no Brasil. Mtodos: O presente estudo explorou uma srie temporal de 26 anos em homens brasileiros que se alistaram no perodo de 1980 a 2005. A amostra compreendeu cerca de 35-40% de todos os jovens brasileiros de 18 anos de idade. O peso corporal e a estatura foram obtidos no momento do exame mdico durante o alistamento militar. Todas as mensuraes antropomtricas foram realizadas por pessoal especializado e treinado. As prevalncias do sobrepeso e da obesidade foram calculadas com intervalos de confiana de 95%. Com a finalidade de testar a presena de heterocedasticidade na srie do IMC, realizou-se o teste de Multiplicador de Lagrange (LM). Para os pontos no tempo, com oscilaes acima da mdia do IMC, variveis dummies foram testadas utilizando-se o modelo ARCH (Autoregressivo de Heterocedasticidade Condicionada), com um nvel de significncia de p <0,05. Para aqueles pontos no tempo com oscilaes acima da mdia do IMC (anos de 1985, 1994 e 2000), variveis dummy foram includos sob a hiptese foi de que a taxa de crescimento do IMC no fosse a mesma ao longo da srie temporal. Para as possveis explicaes para os aumentos bruscos na curva do IMC, foram consideradas as alteraes nos principais indicadores econmicos do Brasil (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica e Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada). Os fatores econmicos analisados foram: taxa de inflao anual, produo de alimentos, pobreza (%), o consumo de refrigerantes e o rendimento mdio anual. Resultados: A prevalncia de sobrepeso tambm passou de 4,5%, em 1980, para 12,5%, em 2005, um aumento de 2,6 vezes, enquanto a prevalncia de obesidade aumentou de 0,5%, em 1980, para 1,9%, em 2005, um aumento de quase 300%, mas por comparao internacional esto abaixo da mdia. Particularmente em 1985-6 e 1994-5, houve um aumento acentuado e significativo do IMC. Em 1985-6, a mdia do IMC aumentou de 21,4 kg/m2 para 21,5 kg/m2 e, em 1994-5, a mdia do IMC mdio aumentou de 21,7 kg/m2 para 21,9 kg/m2. Nesses dois pontos (1985-1986 e 1994-1995) ocorreram logo aps duas grandes mudanas polticas econmicas que aumentaram o poder de compra da populao. Em 1985-6, as mudanas foram principalmente relacionadas a fatores econmicos, tais como: a reduo do nvel de desigualdade social; aumento da renda familiar; reduo da pobreza; o controle da inflao; aumento do tempo assistindo televiso e aumento do consumo de alimentos. Em 1994-5, alm das mudanas no poder de compra, houve uma modificao na atividade fsica obrigatria nas escolas. Concluso: O presente estudo mostrou um aumento abrupto da obesidade na populao de homens jovens no Brasil em duas ocasies durante esta srie temporal (anos de 1985-6 e 1994-5), quando uma possvel reduo no gasto calrico e aumento do consumo de alimentos da populao foram observados.