1000 resultados para Inquéritos de morbidade
Resumo:
OBJETIVO: Descrever o perfil psiquiátrico, destacando os transtornos em co-morbidade entre os adolescentes em conflito com a lei da Casa de Acolhimento ao Menor (CAM), Salvador-BA, em 2003. MÉTODOS: Estudo de corte transversal, de caráter censitário, em população de 290 jovens cumprindo medidas de privação de liberdade. Utilizaram-se questionário para identificar dados demográficos, sinais e sintomas psicopatológicos e entrevista semi-estruturada para o exame dos adolescentes. RESULTADOS: Perfil sociodemográfico: 89,3% sexo masculino; 63,9% entre 15 e 18 anos incompletos; 95,1% com ensino fundamental incompleto ou analfabeto; 67,6% com renda familiar menor que um salário mínimo e 54% naturais da capital do estado da Bahia. Dos 290 indivíduos, 24,8% não apresentaram transtornos mentais e 75,2% preencheram critérios para um ou mais transtornos psiquiátricos de acordo com a décima revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-10). Entre os 218 jovens portadores de patologia, 47,7% apresentaram transtornos em co-morbidade.Aassociação de patologia mais prevalente foi entre transtornos de conduta e transtornos por uso nocivo de substância psicoativa (13,4%). Transtornos hipercinéticos só foram freqüentes quando associados a outras condições (10,7%). O uso nocivo de substância psicoativa foi identificado em combinação com os diversos quadros psiquiátricos. CONCLUSÃO: Observou-se alta taxa de co-morbidade psiquiátrica, sugerindo a necessidade de estratégias terapêuticas específicas entre jovens portadores de transtornos mentais envolvidos com a justiça.
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FUNDAMENTO: O monitoramento periódico do tabagismo na população é de interesse para a saúde pública. OBJETIVOS: Comparar a prevalência do tabagismo e atitudes em relação ao tabagismo em uma amostra de residentes do município de São Paulo, em 1987 e em 2002. MÉTODOS: Foram realizados dois inquéritos domiciliários por amostragem probabilística em residentes do município de São Paulo, em 1987 e em 2002, respectivamente com 1.471 e 2.103 entrevistados na faixa etária de 15 a 59 anos. RESULTADOS: A prevalência de tabagismo ajustada para idade caiu de 41,8% (em 1987) para 25,5% (em 2002) no sexo masculino e, respectivamente, de 30,6% para 19,8% no sexo feminino. Houve redução do tabagismo em todos os níveis de escolaridade, diminuição da média diária de cigarros no sexo masculino (mas elevação no feminino), crescimento pela procura de cigarros com baixo teor, aumento dos que deixaram de fumar havia mais de 10 anos, crescimento dos que tentaram seriamente parar de fumar, aumento dos que cogitavam em parar totalmente e aumento do reconhecimento de que "fumar faz mal para a saúde". CONCLUSÃO: Houve mudança favorável na situação do tabagismo na cidade de São Paulo de 1987 para 2002.
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FUNDAMENTO: Fatores relacionados ao nível sócio-econômico, à qualidade e à gestão assistencial podem influenciar na letalidade e morbidade por infarto agudo do miocárdio (IAM). OBJETIVO: Comparar letalidade e morbidade por IAM entre hospital público e privado. MÉTODOS: Estudo observacional, com grupos de comparação. Avaliação clínica na admissão e registro de dados diagnósticos, terapêuticos e evolutivos até a alta ou o óbito. Comparação das características clínicas por análise univariada seguida de análise bivariada, avaliando a associação de preditores com óbito e morbidade (Killip >I), SPSS, versão 13,0. RESULTADOS: Avaliados 150 pacientes, 63 (42,0%) privados e 87 (58,0%) públicos, com 63,1% e 62,1% de homens e idades de 61,1±13,8 e 60,0±11,6 anos, respectivamente. A letalidade por IAM foi de 19,5% nos públicos vs 4,8% nos privados (p=0,001) e a morbidade (Killip classe >1) de 34,3% nos públicos vs 15,0% nos privados (p=0,012). Houve diferença significativa nos públicos devido à menor renda familiar e escolaridade (70,1% com um a dois salários vs 19,0%, p<0,001, e 49,4% de analfabetos vs 6,3%, p<0,001, respectivamente), maior tempo de chegada ao hospital (TDH>1 hora: 76,9% vs 48,6%; p=0,003) e maior tempo para ser medicado (THM>15 minutos: 47,1% vs 8,0%, p<0,001), UTI para 8% vs 94% nos privados e trombólise para 20,6% vs 54,0%, respectivamente (p<0,001). CONCLUSÃO: Letalidade e morbidade maior no paciente público, que se apresentou mais grave, mais tardiamente e recebeu tratamento de menor qualidade.
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No período de vinte anos (1960-1979), os autores observaram na Clínica de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, sediada no Pavilhão Carlos Chagas do Hospital São Francisco de Assis, 4.652 casos de esquistossomose mansoni procedentes de 18 Estados do Brasil. Entre os casos observados 87,18% eram da forma hepatointestinal e 12,82% da forma hepatoesplênica entre os quais 30 tinham a forma pulmonar associada. Adicionalmente 30 casos da forma aguda ou toxémica foram estudados no mesmo Serviço, em famílias residentes no Rio de Janeiro. Além da observação clínica e do estudo epidemiológico incluindo o perfil migratório de cada caso e da casuística como um todo, foram realizados exames complementares como hemograma, mielograma, dosagem de transaminases, provas de função hepática, eletroforese de proteínas séricas, biópsia hepática, radiografias de tórax e de esôfago, esplenoportografia, eletrocardiograma e estudos hemodinâmicos do sistema porta, do coração e da artéria pulmonar em grupos de pacientes selecionados.
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Os autores fazem um estudo comparativo sobre a morbidade da esquistossomose mansoni em 4 áreas de campo no Brasil, duas na região Sudeste (Capitão Andrade, município de Inhomi e Padre Paraíso, ambas no Estado de Minas Gerais) e duas outras na região nordeste (Riachuelo, no Estado de Sergipe e Alhandra, no Estado da Paraíba). A população total estudada nas 4 áreas foi de 4.870 pessoas, das quais 1.369 em Capitão Andrade (área 1), 850 em Riachuelo (área 2), 1.736 em Padre Paraíso (área 3) e 915 em alhandra (área 4). Na área 1, com uma população de 1.480 habitantes, foi tentado um estudo de toda a pupulação. Nas áreas 2, 3 e 4, devido ao grande número de habitantes, foi estudada uma amostra sistemática por conglomerado de aproximadamente 25% da população (grupamento familiar de uma em cada 4 residências). O estudo constou e uma avaliação das condições econômicas e sanitárias da população, do seu contacto com os focos locais de transmissão da esquistossomose, dos índices e intensidade da infecção pelo S. mansoni e das relações da carga parasitária com as diversas formas clínicas da doença em diferentes grupos etários. Paralelamente, foi feito um estudo dos hospedeiros intermediários de cada área e dos seus índices de infecção com cercárias de S. mansoni. Demonstrou-se uma prevalência de 60,8, 50,5, 63,1 e 46,6% de infecção ativa pelo S. mansoni para as áreas 1, 2, 3 e 4, com a mediana de eliminação de ovos de 207, 77,6, 391 e 211 respectivamente. Verificou-se, ainda, nas áreas da região Sudeste um aumento mais tardio dos parâmetros mencionados. Outras correlações com grupos etários, sexo, cor dos pacientes, bem como os índices de infecção dos planorbídeos com a forma clínica da doença foram feitas.
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Um estudo da morbidade através de exames clínicos, eletrocardiográficos, radiológicos, sorológicos, xenodiagnósticos e outros exames laboratoriais seriados, foi feito em 510 pacientes com sorologia positiva para doença de Chagas, procedentes de vários Estados do Brasil e observados no Rio de Janeiro a partir de 1960. Os pacientes foram classificados, de acordo com a forma clínica, em assintomáticos (forma indeterminada), cardíacos, portadores de "megas" ou com formas clínicas associadas. Foi observada uma prevalência de cardiopatia em 52,1% dos pacientes, de "megas" em 14,3% e de associação entre cardiopatia e "megas" em 10,7% e entre megaesôfago e megacolon em 10,9% dos casos. A forma indeterminada (assintomática) foi observada em 39% dos pacientes. A proporção de casos de cardiopatia aumentou progressivamente da 1ª a 5ª décadas de vida, enquanto a dos "megas" continuou aumentando até a 7ª década. Entretanto, em número de casos o pico de ambas as formas ocorreu na 4ª década. Não houve diferenças significativas de formas clínicas com relação ao sexo, apesar de uma discreta predominância de cardiopatia no sexo masculino e de "megas" no sexo feminino. Com relação à raça, entre os pacientes classificados como brancos, pretos e mestiços, não foi possível determinar a significância entre as diversas formas clínicas, por desconhecimento da constituição do universo da procedência de cada paciente. Embora o reduzido número de casos não possa ser considerado como representativo da prevalência das fomas clínicas nas regiões de origem dos pacientes, tomando-se os quatro Estados representados com maior número de casos, verificou-se que as proporções de cardiopatia e "megas" foram respectivamente de 65,7 e 20,1% nos casos procedentes da Bahia, de 55,7 e 14,7% nos de Minas Gerais, de 50,9 e 15% nos de Pernambuco e de 23,3 e 0% nos procedentes da Paraíba. O reduzido número de casos procedentes dos demais Estados não permitiu qualquer inferência de proporção entre as formas...
Resumo:
Foi realizado um estudo seccional de campo do tipo "caso controle" sobre a morbilidade da doença de Chagas em quatro áreas endêmicas no Brasil, duas no Estado de Minas Gerais, uma no Estado do Piauí e outra no Estado da Paraíba, incluindo 716 pares de indivíduos da mesma idade e sexo, cada par constando de um indivíduo com sorologia positiva e outro com sorologia negativa para a infecção chagásica. Com esse tipo de estudo procurou-se determinar o componente exclusivamente chagásico na morbidade da doença em diferentes áreas do país. O gradiente de manifestações clínicas e alterações eletrocardiográficas entre o grupo com sorologia positiva e outro com sorologia negativa, estudado em 264 pares na área de Iguatama-Paris e 274 em Virgem da Lapa, ambas em Minas Gerais, e em 109 pares estudados nas localidades de Colônia e Oitis, em Oeiras, Piauí e em 69 nos municípios de Aguiar e Boqueirão dos Cochos na Paraíba, mostra nitidas diferenças regionais na morbilidade da doença. Nas áreas de Minas Gerais, embora a transmissão natural da infecção estivesse interrompida há 15 e 5 anos, respectivamente, o grau de morbilidade cardiológica pelo componente chagásico, considerando apenas as alterações eletrocardiográficas mais expressivas e específicas, no momento do estudo, foi de aproximadamente 30%, enquanto em Oeiras, no Piauí e em Aguiar e Boqueirão dos Cochos, na Paraíba, mesmo com transmissão ativa da infecção, a morbidade cardiológica pelo componente chagásico foi inferior a 15 e 10%, respectivamente
Resumo:
Quatro estudos sobre a morbilidade da esquistossomose mansoni foram realizados na localidade de Capitão Andrade, município de Itanhomi, no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais, Brasil, respectivamente em 1973, 1974, 1979 e 1983, constando basicamente do exame de fezes quantitativo e do exame clínico da população residente, acrescidos do estudo da dinâmica e índices de infecção dos planorbídeos e do contacto homem-água entre os dois primeiros estudos. O presente trabalho compara a situação da infecção na localidade em 1973 a 1983 e estuda a evolução da doença em uma amostra de 324 pessoas residentes na área desde o primeiro estudo, dos quais 190 eram infectados com S. mansoni naquela época (26,3% dos infectados) e 134 não infectados (27,6% dos não infectados). A prevalência da infecção era de 60,8% entre as 1.234 pessoas examinadas em 1973 e de 26,2% entre 1.269 examinadas em 1983, havendo, portanto, uma redução de 24,6% sem nenhum tipo de intervenção dirigida. Entretanto, a grande mobilidade da população da área e o tratamento por iniciativa própria de 7% das pessoas estudadas podem justificar essa redução da prevalência. Embora tenha havido uma redução de mais de 50% do número mediano de ovos de S. mansoni eliminados pela população, não se modificou a morbilidade da doença nem a proporção entre as formas clínicas no período. A incidência da infecção entre os 134 casos negativos acompanhados, foi de 40,3% nos dez anos (média anual de 4%), com 61,9% entre os indivíduos do sexo masculino. A incidência das formas clínicas nesse grupo foi de 51,8% para o tipo I (infecção), 38,9% para o tipo II (hepatointestinal) e 9,3% para o tipo III (hepatoesplênica). A evolução clínica dos 190 casos anteriormente infectados ficou inalterada em 75,3%, evoluiu progressivamente em 12,1% (agravamento) e regressivamente em 12,6% (melhora), entre os quais 8,4% ou seja, dois terços fizeram tratamento específico por conta própria.
Morbidade da doença de Chagas: III. Estudo longitudinal, de seis anos, em Virgem da Lapa, MG, Brasil
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Um estudo longitudinal clínico, radiológico e eletrocardiográfico do tipo caso-controle realizado no município de Virgem da Lapa, Minas Gerais, Brasil, com o acompanhamento de 124 chagásicos crônicos durante seis anos, revelou que 62,1% dos pacientes permaneceram com o quadro inicial inalterado, a maioria deles na forma indeterminada, 32,3% evoluíram com progressão da doença e 5,6% tiveram normalização do eletrocardiograma. Os resultados mencionados, quando comparados aos obtidos no grupo controle composto de pares não chagásicos da mesma idade e sexo, demonstraram uma progressão de 27,4% maior entre os pacientes com sorologia positiva, o que representa o excesso de risco ou componente exclusivamente chagásico na evolução da doença. Não houve diferença de progressão da doença em relação ao sexo, porém ela foi mais precoce e sete vezes mais freqüente em relação à cardiopatia do que ao megaesôfago, ambas ocorrendo na maioria das vezes em grau leve ou moderada. Em 192 chagásicos e 188 não chagásicos observados na área, no referido período, houve uma mortalidade 3,6 vezes maior entre os chagásicos, com uma letalidade pela cardiopatia de 8,9%, sem diferença entre os sexos, porém mais precoce no sexo masculino. A morte súbita foi mais freqüente do que a morte por insuficiência cardíaca. O prognóstico foi bom para os pacientes da forma indeterminada e digestiva e reservado para os casos de cardiopatia, principalmente os de graus mais elevados.
Resumo:
Um estudo evolutivo do tipo caso-controle sobre a morbidade da doença de Chagas foi feito com indivíduos pareados por idade e sexo, utilizando-se duas avaliações, eletrocardiográficas e radiológicas com intervalo de dez anos. No primeiro estudo foram analizados 264 de indivíduos com sorologia positiva e outros tantos com sorologia negativa, e no último, foram obtidoas informações sobre 235 pacientes entre positivos e 216 entre os negativos dos quais foram reconstituídos e reexaminados 110 pares com a mesma metodologia inicial. A incidência da cardiopatia chagásica nos casos da forma inderteminada e o gravamento da forma cardíaca já instalada foi de 38,3 e 24%, respectivamente, no peíodo considerado. A evolução da doença como um todo foi progressiva em 34,5% dos casos, inalterada e, 57,3% e regressiva (normalização do ECG) em 8.2%. A mortalidade geral foi 23% no grupo chagásico e 10,6% no grupo controle, enquanto a letalidade por cardiopatia chagásica foi de 17% e por cardiopatias de outras etiologias no grupo controle foi de 2,3%. Não houve óbitos entre os 130 casos inicialmente na forma indeterminada nem entre seis casos de megaesôfogo. A mortalidade por doença de chagas foi duas vezes mais elevada no sexo masculino, com grande predominância no grupo etário de 30 a 59 anos de idade.
Resumo:
Um estudo comparativo sobre a evolução da morbidade da esquistossomose mansoni em pacientes tratados e não tratados em uma área endêmica, foi realizado após um e seis anos do tratamento inicial. No primeiro ano após o tratamento verificou-se uma drástica redução do número de ovos de S. mansoni por grama de fezes eliminadas pelos pacientes tratados em relação aos controles e também melhores condições clínicas dos pacientes tratados. Entretanto, ao final de seis anos de observação, embora o número de ovos de S. mansoni eliminados pelos pacientes tratados ainda fosse menor do que no grupo controle ele se aproximava do número inicial antes do tratamento. Em ambos os grupos houve evolução para formas clínicas mais graves, embora com uma certa tendência para maior gravidade no grupo controle. Recomenda-se que o tratamento da população em áreas endêmicas deva ser feito com intervalos de dois a três anos e não se dispensam medidas profiláticas como suprimento de aguá encanada nas casas e educação de base da população.
Resumo:
A extensa área em que há transmissão de esquistossomose (11% do território do país) e o fato de que a distribuição é sempre focal, dependente de condições locais, faz com que o controle seja metodológica e operacionalmente difícil. Desde o ano de 1976, com o Programa Especial de Controle da Esquistossomose (PECE), tem sido cumpridas atividades regulares, desde então sistematizadas em um programa vertical, que assim se manterá até que se alcance taxas de prevalência iguais ou inferiores a 5% em exames coproscópicos, rotineiramente realizados sob a forma de inquéritos que orientam o tratamento humano. A partir daí, os serviços permanentes de saúde deverão assumir as ações de controle. O uso de moluscicidas vem sendo racionalizado, a partir de uma melhor definição dos criadouros de importância epidemiológica. O saneamento e as atividades de educação em áreas localizadas, e nos limites dos recursos disponíveis, são ações complementares algumas vezes, desenvolvidas, em caráter até aqui mais ou menos esporádico. Os resultados colhidos indicam claramente a redução do número de casos de forma grave da doença, e a redução da morbidade, quando examinados os dados a um maior nível de agregação.
Resumo:
O estudo teve como objetivos caracterizar e identificar a comorbidade entre fadiga e depressão em pacientes com câncer colorretal. A amostra não-probabilística foi de 154 pacientes ambulatoriais (53% homens; idade média 49,6±11,7 anos; escolaridade média 8,9±5,4 anos). A fadiga foi avaliada pela Escala de Fadiga de Piper Revisada e o humor pelo Inventário de Depressão de Beck. A Fadiga foi relatada por 76 (49,4%) pacientes e foi intensa (escore total > 6) para 19,7% deles. Escores que sugerem depressão (IDB>20) foram encontrados em 11 (7,1%) pacientes. Fadiga e depressão estavam correlacionadas (r=0,395; p 0,001). A co-morbidade fadiga moderada/intensa e disforia/depressão ocorreu em 12,3%. A Fadiga estava presente na totalidade dos doentes deprimidos (100%), e a depressão ocorreu em 18% dos doentes fatigados. Fadiga e depressão são fenômenos relacionados, a sua comorbidade pode ser muito deletéria ao doente; a depressão foi mais importante para a ocorrência de fadiga do que a fadiga para a depressão.
Correlação entre qualidade de vida e morbidade do cuidador de idoso com acidente vascular encefálico
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Este estudo objetivou descrever as características sociodemográficas e a qualidade de vida dos cuidadores de idosos com histórico de acidente vascular cerebral e correlacionar o número de morbidades com os escores de qualidade de vida do cuidador. Inquérito domiciliar transversal que entrevistou cuidadores de idosos utilizando-se de instrumentos: semi-estruturado; World Health Organization Quality of Life-abreviado e Brazilian Multidimensional Functional Assessment Questionnaire. Foi realizada análise descritiva e correlação de Pearson (p<0,05). Prevaleceu o sexo feminino (93,5%), idade média de 55,4±14,17 anos, casados ou moram com companheiro (58,7%), com 4| - 8 anos de estudo (28,3%) e renda de 1 salário mínimo (34,8%). O maior escore de qualidade de vida foi no domínio relações sociais (67,57) e, menor no meio ambiente (54,82). O maior número de morbidades do cuidador correlacionou-se com menores escores em todos os domínios de qualidade de vida.
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OBJETIVO: Avaliar aspectos ultrassonográficos associados à morbidade em pacientes com formas clínicas crônicas de esquistossomose mansônica, utilizando-se protocolo proposto pela Organização Mundial da Saúde (OMS). MATERIAIS E MÉTODOS: Foram avaliadas duas populações distintas: a) área endêmica e b) institucional terciária, com histopatológico confirmando fibrose. Critérios de inclusão: diagnóstico confirmado por parasitológico de fezes para Schistosoma mansoni (método Kato-Katz). Critérios de exclusão: sorologia positiva para HIV, HTLV-1, VHB ou VHC. Foi utilizado protocolo ultrassonográfico de Niamey, proposto pela OMS. RESULTADOS: Avaliando-se isoladamente as medidas dos espaços periportais, estas se mostraram sem alterações em 21% dos indivíduos com doença avançada da instituição terciária. Utilizando-se todos os parâmetros do protocolo, 100% dos indivíduos da instituição terciária, com forma grave da doença, apresentaram fibrose periportal avançada. Em pacientes hepatoesplênicos da área endêmica não se identificou fibrose à ultrassonografia. CONCLUSÃO: O protocolo ultrassonográfico proposto pela OMS detecta fibrose periportal avançada nos pacientes com forma grave da doença, com maior sensibilidade do que a medida do espaço periportal isoladamente. A complexidade de identificação das fases iniciais da fibrose periportal, em áreas endêmicas, pela ultrassonografia, pode suscitar o campo da complementação diagnóstica e a continuidade do aprimoramento dos protocolos ultrassonográficos nestas áreas.