1000 resultados para Coração Teses
Resumo:
OBJETIVOS: Relatar uma estratgia cirrgica para a operao de Norwood na sndrome de hipoplasia do coração esquerdo (SHCE), que possibilite tempo curto de parada circulatria hipotrmica e reconstruo do arco artico com pericrdio autlogo. Comparar os resultados das tcnicas anastomose de Blalock-Taussig modificado (B-Tm) e tubo ventrculo direito para artria pulmonar (VD-AP) no restabelecimento da circulao pulmonar. MTODOS: Estudo retrospectivo compreendendo 71 neonatos portadores de SHCE, consecutivamente operados entre maro de 1999 e fevereiro de 2006. Foi usada a mesma tcnica de reconstruo da neo-aorta e duas tcnicas diferentes de restabelecimento da circulao pulmonar: anastomose de B-Tm nos primeiros 37 neonatos e tubo VD-AP nos ltimos 34. A canulao do canal arterial para a perfuso arterial foi a parte principal da estratgia cirrgica para diminuir o tempo de parada circulatria hipotrmica. RESULTADOS: A sobrevida geral foi de 74,64%, sendo de 67,57% no grupo B-Tm e de 82,35% no grupo tubo VD-AP (p = 0,1808). Os ndices de mortalidade entre o primeiro e o segundo estgios foram de 40% e de 4,4%, respectivamente, nos grupo B-Tm e tubo VD-AP (p = 0,0054). Os tempos de parada circulatria hipotrmica foram, respectivamente, de 45,79 + 1,99 minutos e de 36,62 + 1,62 minutos (p = 0,0012). Coarctao tardia da aorta ocorreu em cinco pacientes (7,2%). CONCLUSO: Essa estratgia cirrgica resultou em tempo curto de parada circulatria, baixa mortalidade e boa morfologia da neo-aorta, com baixa incidncia tardia de coarctao artica. A maior sobrevida ao primeiro estgio com o tubo VD-AP no foi significante, mas a mortalidade interestgios foi estatisticamente menor na comparao com o procedimento B-Tm.
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FUNDAMENTO: Dados da literatura sobre a concomitncia da doena de Chagas e hipertenso arterial so controversos e, quando presentes, no se referem repercusso da simultaneidade na histria natural da doena de Chagas ou na hipertenso. OBJETIVO: Avaliar a freqncia da concomitncia entre a doena de Chagas e a hipertenso arterial e suas repercusses clnicas e anatomopatolgicas. MTODOS: Selecionamos necropsias realizadas no Departamento de Anatomia Patolgica do Hospital e Maternidade Celso Pierr, da Pontifcia Universidade Catlica de Campinas e as dividimos em trs grupos: grupo CH + HAS - chagsicos hipertensos; grupo CH - chagsicos no-hipertensos; e grupo HAS - hipertensos no-chagsicos. Analisamos estatisticamente as variveis sexo, idade, raa, formas clnicas da doena de Chagas, achados eletrocardiogrficos e anatomopatolgicos. RESULTADOS: Nessa avaliao, foram encontrados 101 (2,9%) casos de pacientes com doena de Chagas, sendo 33 (32,7%) deles tambm hipertensos. Houve discreto predomnio do sexo masculino, sendo a distribuio racial e a idade mdia semelhantes nos trs grupos. Hipertenso arterial grave no foi encontrada com freqncia entre os chagsicos. Quando presente, a hipertenso no alterou os achados clnicos ou anatomopatolgicos compatveis com a doena de Chagas. CONCLUSO: A freqncia da hipertenso arterial nos chagsicos foi semelhante observada na populao geral. A hipertenso arterial, quando presente nos chagsicos, ocorreu em pacientes com maior mdia de idade. A concomitncia de hipertenso arterial e doena de Chagas no alterou a histria natural de ambas as doenas.
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A cardiopatia induzida por estresse (precipitada por estresse emocional), tambm chamada de balonamento apical transitrio do ventrculo esquerdo, sndrome do coração partido e, no Japo, sndrome de takotsubo, caracterizada pela presena de movimento discintico transitrio da parede anterior do ventrculo esquerdo, com acentuao da cintica da base ventricular. O curso clnico da cardiomiopatia de takotsubo pode se assemelhar ao do infarto agudo do miocrdio, com dor torcica tpica e alteraes eletrocardiogrficas, sendo a cineangiocoronariografia realizada para distinguir as duas condies na fase aguda.
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FUNDAMENTO: Anlises de mortalidade por doenas cujo desfecho depende de interveno mdica adequada e oportuna permitem apontar fragilidades e desigualdades de acesso no cuidado sade. Doenas isqumicas do coração servem como modelo para essa avaliao. OBJETIVO: O estudo investiga os fatores associados ao bito hospitalar nas internaes por infarto agudo do miocrdio (IAM) e insuficincia coronariana (IC), e se a via de internao pela Central de Internao (CI) da Secretaria Municipal de Sade de Belo Horizonte (SMSA-BH) esteve associada ao bito hospitalar aps ajuste por fatores relevantes. MTODOS: Dados obtidos das Autorizaes de Internaes Hospitalares (AIH) e dos laudos e pedidos de vaga para internaes da SMSA sobre a ltima internao realizada com hiptese diagnstica de IAM ou IC. Anlise multivariada foi realizada para identificar fatores de risco para o bito hospitalar. RESULTADOS: No houve associao entre via de acesso internao e risco de bito hospitalar por essas causas. Anlise multivariada demonstrou maior risco de bito para pacientes com 60 anos de idade ou mais velhos (odds ratio [OR] = 2,9), hiptese diagnstica de IAM (OR = 3,0), uso de Unidade de Terapia Intensiva [UTI] (OR = 1,6), sexo feminino (OR = 1,4), especialidade cirrgica (OR = 1,9) e hospital pblico (OR = 3,5). Nas internaes por IAM, houve tambm maior risco de morte de pacientes internados no fim de semana (OR = 1,7). CONCLUSO: Novas investigaes so necessrias para avaliar a assistncia prestada nos finais de semana e a realizada nos hospitais pblicos, levando em considerao outros fatores dos hospitais, dos pacientes e do processo da assistncia, para subsidiar propostas que garantam maior eqidade e maior qualidade da assistncia pblica.
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Relatamos um caso de sndrome de Takotsubo induzida por ecocardiograma de estresse com dobutamina em uma paciente de 76 anos, hipertensa com queixas clnicas de dor precordial, em consulta cardiolgica eletiva. Para excluso de dor torcica de etiologia coronariana foi solicitado ecocardiograma de estresse com dobutamina. O exame foi realizado e, no pico do esforo mximo, o ecocardiograma mostrou acinesia apical com o eletrocardiograma mostrando supradesnivelamento do segmento ST em D1, AVL e V2. A paciente foi internada e submetida a coronariografia, que mostrou coronrias normais e VE com balonamento apical. A paciente evoluiu estvel com reverso do quadro 21 dias aps o quadro inicial.
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FUNDAMENTO: A cirurgia cardiovascular vem passando por transformaes em decorrncia do avano das tcnicas percutneas, do tratamento clnico e da preveno primria. OBJETIVO: Avaliar a incidncia e a mortalidade de operaes cardiovasculares realizadas no Instituto do Coração (InCor-HCFMUSP). MTODOS: A PARtir do banco de dados do Instituto do Coração, foram analisadas as operaes cardiovasculares realizadas entre 1984 e 2007, considerando-se a tendncia dos principais procedimentos e as taxas de mortalidade. RESULTADOS: Em 24 anos, foram realizadas 71.305 operaes cardiovasculares, com uma mdia anual de 2.971 procedimentos. O nmero de cirurgias de revascularizao miocrdica, que na dcada de 1980 tinha uma mdia de 856/ano, atualmente est por volta de 1.106/ano. Os procedimentos das valvas cardacas passaram de 400 para 597 operaes/ano, com um crescimento de 36,7% em relao dcada de 1990. As correes das cardiopatias congnitas tambm tiveram um aumento expressivo de 50,8% em relao ltima dcada. A mortalidade global mdia, que no incio era de 7,5%, atualmente de 7,0%, sendo de 4,9% entre os procedimentos eletivos. Nas cirurgias de revascularizao miocrdica, a mortalidade mdia atual de 4,8% e entre as operaes valvares de 8,5%. Nas correes das cardiopatias congnitas corresponde a 5,3%. CONCLUSO: A cirurgia cardiovascular continua em ascenso. A revascularizao miocrdica ainda a operao mais realizada. Entretanto, o perfil dos procedimentos vem se alterando com o maior crescimento da abordagem sobre as valvas cardacas e das cardiopatias congnitas. As taxas de mortalidade so superiores quando comparadas aos ndices internacionais, refletindo a alta complexidade apresentada em um servio tercirio e de referncia nacional.
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FUNDAMENTO: As doenas cardiovasculares so a primeira causa de morte no Brasil, especialmente entre idosos. No municpio do Rio de Janeiro (MRJ), predomina a mortalidade por doenas isqumicas do coração (DIC). Estudos mostram uma associao entre o processo de urbanizao, as condies socioeconmicas e a mudana no estilo de vida com a ocorrncia de DIC. OBJETIVO: Descrever a distribuio geogrfica da taxa de mortalidade por DIC em idosos do MRJ em 2000 e sua correlao com variveis socioeconmicas. MTODOS: Estudo ecolgico, com anlise espacial da distribuio da taxa de mortalidade por DIC em idosos que residiam no MRJ em 2000, padronizada por sexo e faixa etria, e de suas correlaes com variveis socioeconmicas do censo demogrfico. RESULTADOS: No foram observadas correlaes fortes entre as variveis socioeconmicas e a mortalidade por DIC em idosos no mbito dos bairros. Algumas correlaes encontradas, embora fracas, apontaram uma maior mortalidade associada a um melhor nvel socioeconmico. Aps correo da taxa de mortalidade por DIC por meio do acrscimo das causas mal definidas (CMD) de bito, algumas associaes adquiriram o sentido de piores condies socioeconmicas e maior mortalidade por DIC. Foi encontrada dependncia espacial para variveis socioeconmicas, mas no para a mortalidade por DIC. CONCLUSO: A dependncia espacial encontrada nas variveis socioeconmicas mostra que o espao urbano no MRJ, embora heterogneo, possui certa dose de discriminao no mbito dos bairros. Algumas correlaes encontradas entre DIC e variveis socioeconmicas apresentaram sentido oposto ao da literatura, o que pode estar em parte relacionado s propores de CMD ou ao perfil distinto nessa faixa etria.
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FUNDAMENTO: As doenas isqumicas do coração (DIC) so causa importante de internao no Vale do Paraba paulista. OBJETIVO: Identificar padres de distribuio espacial para internaes por infarto agudo do miocrdio (IAM) e DIC no Vale do Paraba paulista. MTODOS: Realizou-se um estudo ecolgico e exploratrio utilizando tcnicas de anlise espacial dos dados de internao por infarto agudo do miocrdio e doena isqumica do coração no Vale do Paraba paulista entre 2004 e 2005. A anlise estatstica espacial utilizou uma base de dados georreferenciados de 35 municpios e rotinas de estatstica espacial. Os dados de internaes foram obtidos no Portal Datasus do Ministrio da Sade. As variveis estudadas foram o nmero de internaes por sexo masculino e feminino, na faixa etria acima dos 30 anos. Para avaliao da dependncia espacial foram utilizados os coeficientes de autocorrelao global de Moran e o ndice local de Moran. Tambm foram analisadas as correlaes entre as variveis pelo programa TerraView. O nvel de significncia foi de 5%. RESULTADOS: Foram identificadas 6.287 internaes. As taxas foram de 161,66/100 mil. Do total dos 35 municpios, 31,4% possuem taxas acima da mdia. Os coeficientes de Moran (global) mostraram significncia estatstica. Os ndices locais mostraram agrupamentos, apontando um aglomerado com 9 municpios onde ocorre dependncia espacial com dinmicas prprias. CONCLUSO: A anlise espacial permitiu identificar aglomerado espacial no mdio Vale do Paraba paulista para as internaes por infarto agudo do miocrdio e doena isqumica do coração, permitindo interveno para reduo das taxas. (Arq Bras Cardiol 2007;88(6):624-628)
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FUNDAMENTO: O Transplante Cardaco (TC) uma alternativa para os indivduos com doena cardaca terminal. Na evoluo ps-transplante, a ocorrncia de episdios de Rejeio Cardaca (RC) evento frequente que aumenta a morbimortalidade, sendo necessrio o emprego de exame no invasivo com boa acurcia para seu diagnstico, pois a Bipsia Endomiocrdica (BEM) no um procedimento isento de complicaes. OBJETIVO: Comparar parmetros obtidos com o princpio Doppler, entre os pacientes transplantados com RC (TX1) e os pacientes transplantados sem rejeio (TX0); utilizando como referncia o Grupo Controle (GC) e observando o comportamento da funo sistodiastlica ventricular esquerda expressa por meio do ndice de Performance Miocrdica (IPM). MTODOS: Foram realizados ecocardiogramas transtorcicos no perodo de janeiro de 2006 a janeiro de 2008, para a avaliao prospectiva de 47 pacientes, subdivididos em GC (36,2%), TX0 (38,3%) e TX1 (25,5%), comparando-se o IPM entre eles. Para a anlise dos dados foram realizados os testes exato de Fisher e o no paramtrico de Kruskal-Wallis, ambos com nvel de significncia de 5%. RESULTADOS: Os grupos no diferiram em relao a idade, peso, altura e superfcie corprea. Quando comparado ao GC, TX0 e TX1 apresentaram alterao da funo sistodiastlica ventricular esquerda, expressa como aumento do IPM, que foi mais intenso no TX1 [0,38 (0,29 - 0,44) X 0,47 (0,43 - 0,56) X 0,58 (0,52 - 0,74) p < 0,001]. CONCLUSO: O ecocardiograma mostrou-se como exame de boa acurcia na deteco das alteraes da funo sistodiastlica do coração transplantado; entretanto, no foi confivel como mtodo substituto da BEM para o diagnstico seguro de RC.
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FUNDAMENTO: Em estudo anterior, utilizando o modelo de ratos, a exposio fumaa do cigarro durante 5 semanas aumentou a sobrevida aps IAM, apesar da idade similar e tamanho do infarto entre fumantes e no fumantes, e da ausncia de reperfuso. OBJETIVO: Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo analisar os efeitos da exposio fumaa do cigarro sobre a intensidade, distribuio ou fosforilao da conexina 43 no coração de ratos. MTODOS: Ratos Wistar, pesando 100 g, foram distribudos aleatoriamente em 2 grupos: 1) Controle (n = 25); 2) Expostos fumaa do cigarro (ETS), n = 23. Depois de 5 semanas, foram conduzidas anlise morfomtrica do ventrculo esquerdo, imuno-histoqumica e Western blot para conexina 43 (Cx43). RESULTADOS: A frao do volume de colgeno, as reas transversais e o peso ventricular no foram estatisticamente diferentes entre os grupos controle e ETS. O grupo ETS apresentou uma colorao de menor intensidade da Cx43 em discos intercalados (Controle: 2,32 0,19; ETS: 1,73 0,18; p = 0,04). A distribuio da Cx43 em discos intercalados no diferiu entre os grupos (Controle: 3,73 0,12; ETS: 3,20 0,17; p = 0,18). Os ratos do grupo ETS mostraram um nvel maior de forma desfosforilada da Cx43 (Controle: 0,45 0,11; ETS: 0,90 0,11; p = 0,03). Por outro lado, o Cx43 total no diferiu entre os grupos de controle e ETS (Controle: 0,75 0,19; ETS: 0,93 0,27; p = 0,58). CONCLUSO: A exposio fumaa do cigarro resultou na remodelao das junes comunicantes cardacas, caracterizada por alteraes na quantidade e fosforilao da Cx43 em coraes de ratos. Essa constatao pode explicar o paradoxo dos fumantes observado em alguns estudos.
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FUNDAMENTO: Medidas ainda hoje utilizadas como referncia na ressonncia magntica cardaca foram obtidas principalmente de estudos realizados em populaes norte-americanas e europeias. OBJETIVO: Obter medidas do dimetro diastlico, dimetro sistlico, volume diastlico final, volume sistlico final, frao de ejeo e massa miocrdica dos ventrculos esquerdo e direito em brasileiros. MTODOS: Foram submetidos ressonncia magntica cardaca, utilizando tcnica de precesso livre em estado de equilbrio, 54 homens e 53 mulheres, com idade mdia de 43,4 13,1 anos, assintomticos, sem cardiopatias. RESULTADOS: As mdias e os desvios padro dos parmetros do ventrculo esquerdo foram: dimetro diastlico = 4,8 0,5 cm; dimetro sistlico = 3,0 0,6 cm; volume diastlico final = 128,4 29,6 mL; volume sistlico final = 45,2 16,6 mL; frao de ejeo = 65,5 6,3%; massa = 95,2 30,8 g. Para o ventrculo direito, foram: dimetro diastlico = 3,9 1,3 cm; dimetro sistlico = 2,5 0,5 cm; volume diastlico final = 126,5 30,7 mL; volume sistlico final = 53,6 18,4 mL; frao de ejeo = 58,3 8,0% e massa = 26,1 6,1 g. As massas e os volumes foram significativamente maiores nos homens, exceto para o volume sistlico final do ventrculo esquerdo. A frao de ejeo do ventrculo direito foi significativamente maior nas mulheres. Houve correlao significativa e inversa do volume sistlico do volume direito com o aumento da idade. CONCLUSO: Este estudo descreveu, pela primeira vez, medidas cardacas obtidas pela ressonncia magntica cardaca em brasileiros assintomticos, sem cardiopatias, mostrando diferenas de acordo com o gnero e a idade.