316 resultados para lagarta-rosca
Resumo:
A lagarta-das-fruteiras, Argyrotaenia sphaleropa (Meyrick, 1909) (Lepidoptera: Tortricidae), é uma espécie freqüentemente encontrada danificando a cultura da videira e outras frutíferas de clima temperado na região Sul do Brasil e no Uruguai. Estudou-se a flutuação populacional de A. sphaleropa na cultura da videira com emprego do feromônio sexual sintético. Com base na avaliação semanal de machos de A. sphaleropa capturados em armadilha Delta contendo o feromônio sexual sintético (Z11,13-14Ac + Z11,13-14Al + Z11-14Al na proporção 4:4:1, impregnada em liberadores de borracha na dose de 1.000µg/septo), durante a safra 2003-2004, foram observados quatro picos populacionais na cultura da videira cultivar Cabernet Sauvignon. O primeiro pico populacional ocorreu no início do mês de outubro, o segundo no início de fevereiro, o terceiro teve o acme em meados do mês de março e o quarto no mês de junho. A temperatura média diária e a precipitação pluviométrica não exerceram influência sobre a captura dos insetos nas armadilhas. As informações deste trabalho permitem direcionar as táticas de controle para os períodos em que a população do inseto é mais elevada nos parreirais.
Resumo:
O presente trabalho teve por objetivo determinar o efeito de genótipos de maracujazeiro quanto à atratividade e à não-preferência para alimentação de lagartas de Dione juno juno, em diferentes idades, através de testes com e sem chance de escolha. Os experimentos foram conduzidos no Departamento de Fitossanidade da FCAV/UNESP de Jaboticabal-SP, sob condições ambientais controladas (T=26=±=1°C=U.=R.= 60 ± 10% e fotofase = 14 horas), utilizando-se dos genótipos Passiflora edulis, P. gibertii, P. alata, Sul Brasil, IAC-275, Flora FB 300, P. serrato-digitata, P. edulis f. flavicarpa, Maguary FB-100 e P. foetida. Para o teste com chance de escolha, foram utilizadas placas de Petri, onde foram distribuídos, de forma eqüidistante, um disco foliar (3,2 cm) de cada genótipo estudado e liberando-se em seguida, no centro da placa, 5 lagartas recém-eclodidas ou uma lagarta com 10 dias de idade por material. No teste sem chance de escolha, foi colocado apenas um disco de cada genótipo por placa de Petri (9 cm de diâmetro), mantendo-se o mesmo padrão de infestação utilizado no teste com chance. As avaliações foram realizadas em duas etapas, sendo que, na primeira, avaliou-se a atratividade, contando o número de lagartas em cada material a 1; 3; 5; 10; 15; 30; 60; 120; 240 minutos e 24 horas após a liberação das mesmas. Na segunda etapa, observou-se o consumo foliar 24 horas após o início do teste. O genótipo menos atrativo às lagartas recém-eclodidas e de 10 dias de idade foi P. alata em testes com e sem chance de escolha. O genótipo P. alata foi o menos consumido em teste com chance de escolha, sendo que, no teste sem chance, P. alata e P. foetida destacaram-se como os menos consumidos para as duas fases larvais.
Resumo:
Avaliou-se o efeito de genótipos de maracujazeiro no desenvolvimento de Dione juno juno (Cramer) (Lepidoptera: Nymphalidae). O experimento foi conduzido em laboratório, sob condições ambientais controladas (temperatura de 26 ± 1ºC, U. R. de 60 ± 10% e fotofase de 14 horas). Lagartas recém-eclodidas foram alimentadas com folhas de genótipos de maracujazeiro: Passiflora edulis Sims., P. alata Dryand., P. serrato-digitata L., P. edulis f. flavicarpa Deg. ('Sul Brasil'), P. edulis f. flavicarpa, P. edulis f. flavicarpa ('Maguary FB-100') e P. foetida L. Para cada genótipo estudado, utilizaram-se 50 lagartas, provenientes de ovos coletados no campo. Essas lagartas foram mantidas em ramos de maracijazeiro, no interior de tubos de PVC até a pupação. Observações e reposição do alimento (ramos), diárias, foram realizadas. Os parâmetros avaliados foram duração e viabilidade das fases larval e pupal, peso das lagartas, peso das pupas e longevidade do adulto. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados, com sete tratamentos e dez repetições. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância, e quando observadas diferenças, as médias foram comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Os genótipos P. alata, P. serrato-digitata e P. foetida não são adequados ao desenvolvimento de D. juno juno, impossibilitando a sobrevivência das lagartas, o que mostra o alto grau de antibiose desses materiais. Entre os demais, P. edulis, P. edulis f. flavicarpa, Maguary FB-100 e Sul Brasil foram mais adequados.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência de diferentes embalagens no ensacamento de maçãs para o controle de pragas e doenças, e sua influência na maturação e qualidade dos frutos, em pomar sob sistema orgânico. O experimento foi conduzido em pomar com plantas de dez anos de idade da cultivar Imperial Gala, sobre porta-enxerto 'Marubakaido', com filtro EM-9, localizado no município de São Joaquim-SC, nas safras 2007/2008 e 2008/2009. Os frutos foram ensacados, após o raleio, com embalagens plásticas transparentes microperfuradas ou de tecido não texturizado (TNT). Frutos não ensacados constituíram o tratamento-controle. Na colheita, os frutos foram avaliados quanto aos danos provocados por mosca-das-frutas (Anastrepha fraterculus), mariposa-oriental (Grapholita molesta), lagarta-enroladeira (Bonagota salubricola) e pulgão-lanígero (Eriosoma lanigerum), incidência das doenças sarna-da-macieira (Venturia inaequalis) e podridão-amarga (Colletotrichum gloeosporioides), e atributos físico-químicos de maturação e qualidade e teor de cálcio (Ca) nos frutos. O ensacamento, independentemente do tipo de material utilizado, reduziu os danos de insetos-praga, porém não foi eficiente no controle de doenças nos frutos. O ensacamento não comprometeu o desenvolvimento de coloração vermelha na casca e o teor de Ca nos frutos. De modo geral, o ensacamento antecipou o processo de maturação, caracterizado pela redução na firmeza de polpa e na textura da casca e da polpa, e pelo aumento no índice de iodoamido.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência e os efeitos subletais de um inseticida à base de nim (10 g.L-1 de azadiractina A) sobre a lagarta-enroladeira Bonagota salubricola em laboratório. Nos bioensaios, foi utilizado o produto à base de azadiractina NeemAzal-T/S® nas concentrações de 0,06%; 0,09%; 0,12%; 0,16%; 0,18% e 0,20% do produto comercial (p.c) e uma testemunha (água destilada). A dieta artificial foi cortada em cubos e imersa nas caldas das respectivas concentrações do produto, e, em seguida, lagartas recém-eclodidas foram transferidas para tubos de vidro, contendo os cubos de dieta tratados. Quando a dieta artificial foi tratada com concentração de 0,20% do produto comercial, houve 100% da mortalidade aos 6 dias após a inoculação. Por outro lado, as concentrações de 0,16 e 0,18% prolongaram a fase larval, reduziram a viabilidade de pupas e afetaram negativamente a fecundidade do inseto.
Resumo:
O trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de inseticidas reguladores de crescimento de insetos (RCI) sobre ovos, lagartas e adultos de G. molesta, em laboratório. Os inseticidas avaliados foram lufenurom e novalurom (4,0g de i.a. 100L-1) metoxifenozida e tebufenozida (9,6g de i.a. 100L-1) e uma testemunha (água destilada). Em aplicação antes da oviposição, somente o metoxifenozida causou mortalidade significativa de ovos (26,3%), quando comparado à testemunha. A aplicação dos inseticidas sobre ovos com diferentes idades (24; 48 e 72 horas) apresentou variações na mortalidade da espécie em função do inseticida e tempo de desenvolvimento embrionário. Somente metoxifenozida e novalurom reduziram a viabilidade de lagartas que eclodiram dos ovos tratados, com um máximo de 35,9 e 39,5% de viabilidade larval quando aplicados em ovos de 48-72 horas, respectivamente. O tratamento dos frutos de maçã com inseticidas causou mortalidade significativa das lagartas, contudo não foram observadas diferenças entre os inseticidas, tanto para lagartas pequenas (eficiência média de 47,2%), quanto para lagartas de 3º-4º instar (média de 45,3%). Lufenurom reduziu sua eficácia com o aumento do tamanho da lagarta. A ingestão de lufenurom, metoxifenozida, novalurom, tebufenozida e por adultos de G. molesta reduziu a fecundidade e a fertilidade, porém a longevidade dos adultos somente foi afetada negativamente pela ingestão de metoxifenozida e tebufenozida.
Resumo:
Em monitoramentos de pragas realizados na cultura da macieira foram observadas maiores infestações da mariposa oriental (Grapholita molesta) em frutos provenientes de pomares com maior incidência de lesões causadas pela sarna-da-macieira (Venturia inaequalis). Para validar esta observação, conduziu-se um experimento em laboratório com o objetivo de verificar a influência de lesões da sarna da macieira em frutos, na capacidade de infestação por G. molesta. Foram utilizados frutos (n=200) de macieira da variedade Gala com sintomas da sarna (n=100) e frutos sadios (n=100). Uma lagarta recém-eclodida foi inoculada em cada fruto e a avaliação foi realizada 10 dias após a infestação, determinando-se o número de lagartas que conseguiram penetrar nos frutos. Houve diferença significativa na capacidade de penetração das lagartas associado a presença de lesões da sarna (87%) quando comparado com frutos sadios (61%). Conclui-se que frutos de maçã da cv. Gala atacados por Venturia inaequalis são mais infestados por lagartas de primeiro ínstar de Grapholita molesta.
Resumo:
A biologia de Spodoptera eridania foi estudada em laboratório (22±1ºC, UR 70±10%, fotofase de 14 horas), em folhas de morangueiro (Fragaria x ananassa cv. 'Aromas') e videira (Vitis vinifera cv. 'Cabernet Sauvignon'). A duração e a viabilidade do ciclo total foram, respectivamente, de 52,2±1,32 dias e 37,6% para morangueiro e 42,2±0,45 dias e 25,5% para videira. A razão sexual em morangueiro foi de 0,58, e 0,48 em videira. A longevidade média de machos e fêmeas em morangueiro foi de 16,3±1,16 e 15,8±1,85 dias, respectivamente, e 5,6±0,88 e 7,3±0,83 dias em videira. A fecundidade média total foi de 1.747,5±187,32 ovos por fêmea em morangueiro, e 1.764,9±289,04 em videira. A tabela de vida de fertilidade mostrou que a taxa líquida de reprodução e a razão finita de aumento foram de 394,89 e 1,10, respectivamente, para morangueiro, e de 213,98 e 1,12 para videira. As culturas do morangueiro cv. 'Aromas' e da videira cv. 'Cabernet Sauvignon' são hospedeiras favoráveis e equivalentes quanto ao potencial de crescimento populacional de S. eridania.
Resumo:
The corrosion resistance of the new Ti-6Al-4V-1Zr alloy in comparison with ternary Ti-6Al-4V alloy in Ringer-Brown solution and artificial Carter-Brugirard saliva of different pH values was studied. In Ringer-Brown solution, the new alloy presented an improvement of all electrochemical parameters due to the alloying with Zr; also, impedance spectra revealed better protective properties of its passive layer. In Carter-Brugirard artificial saliva, an increase of the passive film thickness was proved. Fluoride ions had a slight negative influence on the corrosion and ion release rates, without to affect the very good stability of the new Ti-6Al-4V-1Zr alloy.
Resumo:
Com este estudo, objetivou-se avaliar os aspectos envolvidos na transferência de serapilheira e nutrientes ao solo em um povoamento de acácia-negra (Acacia mearnsii De Wild.) com 3 anos de idade, em Butiá-RS. Para tanto, foram alocadas, sistematicamente, cinco parcelas de 18 x 24 m, onde foram distribuídos 20 coletores de serapilheira de 1 m² (quatro em cada). Para coleta de galhos, foram demarcadas na superfície do solo 15 subparcelas de 3 x 3 m. O material interceptado foi coletado mensalmente entre maio/1999 e dezembro/2001. Após a coleta, o material foi separado em frações (folhas, galhos, flores, frutos e fezes), seco em estufa, pesado, moído e analisado quanto aos teores de N, P, K, Ca e Mg. A deposição média anual de serapilheira alcançou 5,85 Mg/ha, sendo composta por 77% de folhas, 3,7% de galhos, 2,5% de flores, 2,4% de frutos e 14,3% de fezes de lagarta. A baixa deposição de galhos foi atribuída à pequena intensidade do processo de desrama natural da espécie, principalmente nessa idade do povoamento. A deposição de serapilheira foi mais concentrada no verão. O maior fornecimento de nutrientes ao solo ocorreu através da fração folhas. As frações com maiores teores de N, P e Mg foram flores e frutos, somente perdendo para as folhas e fezes quanto à concentração de Ca e não diferindo em relação ao K. A magnitude de transferência de nutrientes ao solo, em kg/ha, foi igual a 106,2 de N > 62,8 de Ca > 41,8 de K > 9,4 de Mg > 3,4 de P.
Resumo:
Os insetos podem causar perdas consideráveis aos seus hospedeiros, entretanto alguns deles habitam em plantas sem causar-lhes danos. Por exemplo, Thyrinteina leucoceraea, herbívoro da entomofauna brasileira, pode ser encontrado na goiabeira, hospedeiro nativo da família Myrtaceae, sem que cause danos severos a essa planta. Os Eucalyptus ssp., entretanto, são hospedeiros exóticos (também da família Myrtaceae) no Brasil, vindos da Austrália, os quais sofrem ataques das lagartas de T. leucoceraea, que se tornaram pragas severas dessas plantas. Sabe-se que as plantas podem se defender contra o ataque de herbívoros e que um dos seus mecanismos de defesa pode ser a produção de inibidores de proteases, que possuem a capacidade de diminuir o desenvolvimento dos insetos e podem levá-los à morte. Baseado no desempenho da lagarta de T. leucoceraea nesses dois hospedeiros e na possibilidade de defesa da planta, o objetivo deste trabalho foi verificar a produção de inibidores de proteases por plantas de eucalipto e de goiaba quando atacadas por essas lagartas, bem como observar a resposta bioquímica no intestino das lagartas a esses inibidores. Notou-se que as plantas de eucalipto produzem mais inibidores de proteases que as goiabeiras. O bom desenvolvimento de T. leucoceraea em plantas de eucalipto, apesar da alta concentração de inibidores de proteases, pode ser devido ao aumento da atividade enzimática nos intestinos das lagartas quando alimentadas com essa planta. Os dados evidenciaram que T. leucoceraea desenvolveu uma adaptação aos inibidores de proteases produzidos pelo eucalipto, por meio do aumento das atividades de serino-proteases e cisteíno-proteases.
Resumo:
Teve-se o objetivo de avaliar o espectro e a uniformidade de gotas em função de equipamentos de pulverização, volumes de calda e dosagem de inseticida na mortalidade de Pseudoplusia includens em laboratório. O trabalho foi conduzido na UNESP de Jaboticabal, sendo realizada uma aplicação sobre as lagartas com os tratamentos: dois equipamentos (bico rotativo e bico hidráulico); dois volumes de calda (17 e 50 L ha-1 para o bico rotativo, e 50 e 100 L ha-1 para o bico hidráulico), e duas dosagens do inseticida endosulfan (0,5 e 1,0 L p.c. ha-1), segundo delineamento inteiramente casualizado, no esquema fatorial 2x2x2 + 1 testemunha. Avaliou-se diariamente a mortalidade das lagartas até o sexto dia após a aplicação dos tratamentos. O espectro de gotas foi avaliado em aparelho medidor de tamanho de partículas, em tempo real, que determina o diâmetro das gotas do espectro pulverizado por meio do desvio de trajetória que sofrem os raios de um feixe de laser ao atingi-las. Verifica-se que, na aplicação em laboratório, onde o produto atinge diretamente o alvo, o volume pode ser reduzido para até 17 L ha-1, sem prejudicar o controle de P. includens; a dosagem de 0,5 L ha-1 do produto comercial endosulfan (recomendada para Anticarsia gemmatalis) não controla satisfatoriamente a lagarta P. includens; o bico rotativo produz gotas de maior uniformidade (AR: 0,52) e com menor percentagem suscetível à deriva (3,3%), comparada à ponta de pulverização de energia hidráulica (AR:1,34 e % gotas ≤ 100 µm: 15,2).
Resumo:
No manejo de Spodoptera frugiperda na cultura do sorgo, a utilização de inseticida ainda é a principal tática recomendada, contudo este método de controle precisa ser otimizado. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da utilização de três pontas e dois volumes de calda na aplicação de inseticida para o controle químico de Spodoptera frugiperda na cultura do sorgo. O ensaio foi conduzido no delineamento em blocos ao acaso, com quatro repetições, em esquema fatorial (3 x 2) + 1: três tipos de pontas de pulverização (jato cônico vazio, jato plano defletor duplo e jato plano defletor com indução de ar), dois volumes de calda (200 e 130 L ha-1) e um tratamento adicional que não recebeu inseticida. Realizou-se a semeadura direta de uma cultivar de sorgo forrageiro, avaliando-se, após a aplicação do inseticida clorpirifós, a deposição de calda no dossel da cultura, o controle de Spodoptera frugiperda e a produtividade. Pôde-se concluir que as pontas de jato plano defletor duplo e jato plano defletor com indução de ar proporcionaram maior cobertura do dossel das plantas de sorgo do que a ponta de jato cônico, resultando em maior eficácia de controle de Spodoptera frugiperda e maior produtividade. O volume de calda de 200 L ha-1; quando comparado ao volume de 130 L ha-1; também proporcionou melhor eficácia de controle.
Resumo:
OBJETIVOS: Comparar os parâmetros metabólicos, a composição corporal e a força muscular de mulheres com Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) em relação a mulheres com ciclos menstruais ovulatórios. MÉTODOS: Estudo caso-controle com 27 mulheres com SOP e 28 mulheres controles com ciclos ovulatórios, com idade entre 18 e 37 anos, índice de massa corpórea entre 18 e 39,9 kg/m², que não praticassem atividade física regular. Níveis séricos de testosterona, androstenediona, prolactina, globulina carreadora dos hormônios sexuais (SHBG), insulina e glicemia foram avaliados. Índice de andrógeno livre (FAI) e resistência insulina (por HOMA) foram calculados. As voluntárias submetidas avaliação de composição corporal por dobras cutâneas e absorciometria de raio X de dupla energia (DEXA) e testes de força muscular máxima de 1-RM em três exercícios após procedimento de familiarização e de força isométrica de preensão manual. RESULTADOS: Os níveis de testosterona foram mais elevados no grupo SOP em relação ao CO (68,0±20,2 versus 58,2±12,8 ng/dL; p=0,02), assim como o FAI (282,5±223,8 versus 127,0±77,2; p=0,01), a insulina (8,4±7,0 versus 4,0±2,7 uIU/mL; p=0,01), e o HOMA (2,3±2,3 versus1,0±0,8; p=0,01). O SBHG foi inferior no grupo SOP comparado ao controle (52,5±43,3 versus 65,1±27,4 nmol/L; p=0,04). Não foram observadas diferenças significativas na composição corporal com os métodos propostos entre os grupos. O grupo SOP apresentou maior força muscular no teste de 1-RM nos exercícios supino reto (31,2±4,75 versus 27,8±3,6 kg; p=0,04) e cadeira extensora (27,9±6,2 versus 23,4±4,2 kg; p=0,01), assim como nos testes de força isométrica de preensão manual (5079,6±1035,7 versus 4477,3±69,6 kgf/m²; p=0,04). Ser portadora de SOP foi um preditor independente de aumento de força muscular nos exercícios supino reto (estimativa (E)=2,7) (p=0,04) e cadeira extensora (E=3,5) (p=0,04). Assim como o IMC no exercício de força isométrica de preensão manual do membro dominante (E=72,2) (p<0,01), supino reto (E=0,2) (p=0,02) e rosca direta (E=0,3) (p<0,01). Nenhuma associação foi encontrada entre HOMA-IR e força muscular. CONCLUSÕES: Mulheres com SOP apresentam maior força muscular, sem diferença na composição corporal. A RI não esteve associada ao desempenho da força muscular. Possivelmente, a força muscular pode estar relacionada aos níveis elevados de androgênios nessas mulheres.
Resumo:
Este trabalho teve o objetivo de avaliar os efeitos da associação do herbicida glyphosate com 10 inseticidas de diferentes grupos químicos sobre a cultura da soja Roundup Ready® (cultivar Monsoy 8585 RR®), o controle de plantas daninhas e o controle da lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis). O experimento foi realizado em lavoura no município de Nova Xavantina - MT, no período de novembro de 2005 a abril de 2006, em solo classificado como Latossolo Vermelho distrófico. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, em esquema fatorial 11 x 2, sendo os fatores constituídos por 11 tratamentos inseticidas [lambdacyhalothrin (3,75 g ha-1); permethrin (12,50 g ha-1); methamidophos (300,00 g ha-1); chlorpyriphos (240,00 g ha-1); acephate (150,00 g ha-1); endosulfan (175,00 g ha-1); methomyl (107,50 g ha-1); lufenuron (7,50 g ha-1); triflumuron (14,40 g ha-1); spinosad (24,00 g ha-1); e testemunha sem inseticida], com ou sem a adição (mistura em tanque) de 960 g e.a. ha-1 de glyphosate, formando 22 tratamentos, conduzidos em quatro repetições. Os tratamentos foram aplicados 30 dias depois da emergência da cultura. A mistura do herbicida glyphosate com o inseticida chlorpyriphos causou fitotoxicidade inicial à cultura da soja RR®. O controle das plantas daninhas Chamaesyce hirta, Alternanthera tenella, Euphorbia heterophylla e Cenchrus echinatus não foi afetado pelas misturas de glyphosate com todos os inseticidas avaliados. A adição do glyphosate à calda de aplicação prejudicou a eficiência inicial dos inseticidas methomyl, methamidophos, chlorpyriphos e acephate no controle de Anticarsia gemmatalis, porém incrementou o controle dessa praga quando associado aos inseticidas spinosad, lambdacyhalothrin e lufenuron. A combinação de glyphosate com os inseticidas methamidophos, chlorpyriphos, lufenuron, triflumuron e spinosad proporcionou os maiores níveis de produtividade de grãos da soja RR®.