1000 resultados para espécies novas
Resumo:
Inventários e estudos faunísticos detalhados sobre vertebrados são uma das fontes mais relevantes de dados para interpretações de padrões detalhados de diversidade biológica. Dados básicos e de boa qualidade sobre faunística são ainda mais urgentes em regiões pouco estudadas e sob intensa ameaça antrópica, tais como a região do Cerrado, um dos 34 hotspots globais para a conservação da biodiversidade. Apresentamos aqui uma síntese dos resultados dos inventários de vertebrados na Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins (~716.000 ha), a segunda maior unidade de conservação em todo o Cerrado. Foram registradas 450 espécies de vertebrados na EESGT e entorno imediato, incluindo 17 espécies ameaçadas, 50 espécies endêmicas do Cerrado e 11 espécies com distribuição potencialmente restrita. Do total de espécies amostradas, 180 são novos registros para a região do Jalapão. Ao menos 12 espécies amostradas foram consideradas potenciais espécies novas, das quais quatro foram descritas recentemente, a partir do material obtido no inventário. Os resultados evidenciam que a EESGT é uma das mais importantes áreas protegidas no Brasil central, contribuindo para a persistência de espécies ameaçadas, dependentes dos últimos grandes blocos contínuos de vegetação nativa de Cerrado. Nossos resultados indicam ainda que a conservação da EESGT e suas principais subunidades é crucial para a representatividade do sistema de áreas protegidas do Cerrado, protegendo potenciais endemismos restritos que aliam alta vulnerabilidade intrínseca e valor como indicadores de padrões e processos biogeográficos formadores da rica e cada vez mais ameaçada fauna Neotropical.
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The ariid genus Cathorops includes species that occur mainly in estuarine and freshwater habitats of the eastern and western coasts of southern Mexico, Central and South America. The species of Cathorops from the Mesoamerica (Atlantic slope) and Caribbean Central America are revised, and three new species are described: C. belizensis from mangrove areas in Belize; C. higuchii from shallow coastal areas and coastal rivers in the Central American Caribbean, from Honduras to Panama; and C. kailolae from río Usumacinta and lago Izabal basins in Mexico and Guatemala. Additionally, C. aguadulce, from the río Papaloapan basin in Mexico, and C. melanopus from the río Motagua basin in Guatemala and Honduras, are redescribed and their geographic distributions are revised.
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New species described and figured: Megacyllene (M.) nevermanni sp. nov. from Costa Rica (Limón); M. (M.) punensis sp. nov. from Peru (Puno); Neoclytus fraterculus sp. nov. from Venezuela (Guárico); N. zonatus from Guatemala (Alta Verapaz); N. vitellinus sp. nov. from Costa Rica (Guanacaste); Mecometopus erratus sp. nov. from Colombia (Boyacá); M. latithorax sp. nov. from Panama (Panama).
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O gênero Ommata é revisto e dividido em quatro gêneros: Ommata sensu strictu, Acatainga gen. nov. (espécie-tipo Odontocera (?) maia Newman, 1841), Etimasu gen. nov. (espécie-tipo Ommata cosmipes Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2003) e Pyrpotyra gen. nov. (espécie-tipo Ommata (Ommata) paradisiaca Tippmann, 1953). São descritas cinco espécies novas provenientes do Brasil e Bolívia: Ommata nigricollis (Brasil, Espírito Santo), O. andina (Bolívia), Pyrpotyra pytinga (Brasil, Pará), P. capixaba (Brasil, Espírito Santo) e P. paraensis (Brasil, Pará). As seguintes espécies são transferidas de Ommata para os novos gêneros, além das espécies-tipos: Acatinga boucheri (Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2005), comb. nov.; A. gallardi (Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004), comb. nov.; A. quinquemaculata (Zajciw, 1966), comb. nov.; Pyrpotyra albitarsis (Galileo & Martins, 2010), comb. nov.
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Polyrhaphis Audinet-Serville, 1835, gênero de Lamiinae distribuído entre o México e América do Sul (excluindo o Chile e abaixo da latitude 35°S), é revisado. Três espécies novas são descritas: P. baloupae, procedente da Guiana Francesa; P. lanei, proveniente do Brasil (Amazonas e Pará); e P. peruana, do Peru. Duas espécies são sinonimizadas: P. testacea Lane, 1965 (= P. gracilis Bates, 1862) e P. paraensis [= P. papulosa (Olivier, 1795)]. É designado neótipo para P. papulosa. A autoria de P. horrida [= P. spinosa (Drury, 1773)] é discutida. Cerambyx armatus Voet (1778?) é considerado um nome inválido e Lamia armiger Schöenherr, 1817 (= Polyrhaphis armiger) o nome válido dessa espécie. Polyrhaphis spinipennis Laporte, 1840, é excluída da fauna da Colômbia. Novos registros de distribuição: P. argentina Lane, 1978, para o estado de São Paulo (Brasil); P. batesi Hovore & McCarty, 1998, para o Equador; P. belti Hovore & McCarty, 1998 para o Equador e Colômbia; P. gracilis Bates, 1862, para a guiana Francesa; e P. turnbowi Hovore & McCarty, 1998, em dúvida, para o Peru. É apresentada chave para as espécies do gênero.
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Novas espécies descritas e ilustradas: Adesmus nigrolineatus sp. nov. do México (Oaxaca). Da Costa Rica: A. moruna sp. nov. (Heredia); Corcovado bezarki sp. nov. (Guanacaste); Alampyris fuscus sp. nov. (Guanacaste), Cariua gen. nov. espécie-tipo C. sulphurea sp. nov., (Guanacaste). Da Bolívia: Phoebemima albomaculata sp. nov. (Cochabamba); Ipepo gen. nov. espécie-tipo I. dilatatus sp. nov. (Santa Cruz). Do Brasil: Adesmus facetus sp. nov. e Canarana arguta sp. nov. (Rondônia). É acrescentado novo registro na Costa Rica para Piruanycha pitilla Galileo & Martins, 2005. As três espécies novas de Adesmus distinguem-se: A. nigrolineatus sp. nov. pelas faixas longitudinais de tegumento preto nos élitros; A. moruna sp. nov. pelos élitros inteiramente pretos; A. facetus pelas faixas oblíquas de pubescência branca após o meio dos élitros além das manchas do quarto apical e das epipleuras. Phoebemima albomaculata sp. nov. caracteriza-se pela mancha basal de pubescência branca dos élitros estendendo-se sobre a sutura. Corcovado bezarki sp. nov. distingue-se pelo escapo preto e antenômeros esbranquiçados. Canarana arguta sp. nov. tem o protórax e os urosternitos I a IV cobertos por densa pubescência amarelada. Alampyris fusca sp. nov. difere de A. cretaria principalmente pelo antenômero III mais longo que o escapo. Cariua sulphurea sp. nov. separa-se pela presença de urosternitos revestidos por pubescência branca compacta e Ipepo dilatatus sp. nov. caracteriza-se pelos élitros tri-carenados.
Resumo:
São registradas 116 espécies de Cerambycidae para o Maranhão: Prioninae, seis, Cerambycinae, 61 e Lamiinae, 49. Do total, 97 espécies configuram-se como novo registro. A maioria das espécies ocorre em dois ou mais domínios morfoclimáticos do Brasil. Espécies novas descritas em Lamiinae: Punctozotroctes inhamum sp. nov. (Acanthoderini) e Oncideres coites sp. nov. de Caxias; Oncideres mirador sp. nov. (Onciderini) de Mirador.
Resumo:
São discriminados em chave os gêneros semelhantes a Anoreina Bates, 1861, Trichoanoreina Julio & Monné, 2005 e Pyrianoreina gen. nov. Espécies novas descritas: Pyrianoreina piranga sp. nov. do Equador; P. hovorei sp. nov. da Bolívia; do Brasil Anoreina piara sp. nov. (Pará) e A. pinimaiuba sp. nov. (Amazonas); A. ayri sp. nov. do Equador.
Resumo:
Descrevem-se e ilustram-se espécies novas da Bolívia (Santa Cruz), em Ectenessini, Ectenessa zamalloae sp. nov. e Bomarion amborense sp. nov.; em Eburiini, Beraba pallida sp. nov.; em Piezocerini, Gorybia quadrispinosa sp. nov. e em Tillomorphini, Epropetes bolivianus sp. nov.; da Costa Rica (Guanacaste), Xalitla lezamai sp. nov.
Resumo:
Descreve-se o gênero Mexicoscylus para incluir M. rosae sp. nov., do México, espécie-tipo do gênero, e M. bivittatus (Gahan, 1892), comb. nov. Acrescenta-se chave para as espécies de Mexicoscylus. Mais três espécies são descritas: Cotycuara villosa sp. nov., da Costa Rica; Phoebe parvimacula sp. nov., da Bolívia e Adesmus beruri sp. nov., do Brasil (Amazonas). Todas as espécies novas são ilustradas.
Resumo:
Foram estudadas as espécies de Anisepyris Kieffer, 1905, coletadas em 31 localidades ao longo da Mata Atlântica Brasileira. Foram descritas e ilustradas as seguintes espécies novas: A. basilongus Santos sp. nov., A. foveapertus Santos sp. nov., A. artus Santos sp. nov., A. basilargus Santos sp. nov., A. cepus Santos sp. nov. e A. ramosus Santos sp. nov.. Foram examinados espécimes adicionais de dezesseis espécies previamente descritas: A. amazonicus Westwood, 1874, A. bifidus Evans, 1966, A. bipartitus Santos & Azevedo, 2000, A. delicatus Evans, 1966, A. dentatus Santos & Azevedo, 2000, A. divisus Santos, 2002, A. inconspicuus Santos, 2002, A. lobatus Santos & Azevedo, 2000, A. longimerus Santos & Azevedo, 2000, A. nigripes Evans, 1966, A. proteus Evans, 1966, A. rotundus Santos, 2002, A. similis Santos & Azevedo, 2000, A. triangularis Moreira & Azevedo, 2003, A. trinitatis Evans, 1966 e A. tuberosus Santos & Azevedo, 2000, incluindo citações geográficas novas e suas variações taxonômicas, sendo o primeiro registro de A. bipartitus, A. dentatus, A. similis e A. trinitatis para a Mata Atlântica.
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Os roedores Echimyidae tem distribuição Neotropical e são a família mais diversa de roedores Caviomorpha. Apesar da grande diversidade, pouco se sabe sobre a distribuição geográfica, história natural e evolução de vários grupos de equimídeos. O histórico taxonômico dessa família é confuso, sendo alguns grupos raramente coletados e, consequentemente, inferências sobre aspectos evolutivos e biológicos são pouco conclusivas e limitadas à análise de poucos exemplares. Filogenias moleculares não corroboram a classificação taxonômica para a família baseada em dados morfológicos, evidenciando a complexidade da história evolutiva desse grupo. Na Mata Atlântica são registrados cinco gêneros de Echimyidae: o rato-do-bambu, Kannabateomys; os arborícolas Phyllomys e Callistomys; o terrestre Trinomys, e o semi-fossorial Euryzygomatomys. O presente trabalho se baseou na utilização de sequências de DNA para abordar aspectos da evolução e filogenia de roedores equimídeos da Mata Atlântica em três níveis taxonômicos: família, gênero e espécie. O primeiro capítulo aborda a posição filogenética do gênero Callistomys dentro da família, utilizando sequências de 1 marcador mitocondrial (CitB) e 3 nucleares (GHR, RAG1 e vWF). Os resultados mostram que Callistomys forma um clado com o ratão-do-banhado (Myocastor), roedor semi-aquático das regiões abertas no cone sul da América do Sul e com o rato-de-espinho terrestre Proechimys com ocorrência na Amazônia. Esse clado é irmão de Thrichomys, um equimídeo terrestre que ocupa as áreas secas do centro da América do Sul. O agrupamento encontrado é inesperado, uma vez que seus membros apresentam aspectos morfológico, ecológicos e distribuição geográfica distintos e contrastantes. A filogenia resultante indica que Callistomys não é proximamente relacionado aos outros equimídeos arborícolas e sugere que o hábito arborícolas evoluiu mais de uma vez na família. O segundo capítulo investiga aspectos da filogenia, evolução e limites entre espécies de Phyllomys utilizando dois marcadores mitocondriais (CitB e COI) e três nucleares (GHR, RAG1 e vWF). Foram identificados três grupos principais de espécies: um com distribuição longitudinal pela porção central da Mata Atlântica (P. pattoni (P. mantiqueirensis, Phyllomys sp. 4)); e a partir daí dois outros grupos, um com distribuição na porção norte da Mata Atlântica (Phyllomys sp. 2 (P. blainvilii (P. brasiliensis, P. lamarum))); e outro na porção sul (Phyllomys sp. 3 ((Phyllomys sp. 1, P. lundi), (Phyllomys sp. 5 (P. dasythrix (P. nigrispinus (P. sulinus, Phyllomys sp. 6)))))). Foram identificadas duas linhagens independentes representando possíveis espécies novas, elevando o potencial número de espécies do gênero de 17 para 19. As filogenias associadas aos dados de distribuição geográfica sugerem que a diversificação e distribuição das espécies de Phyllomys foi influenciada pela ação conjunta de vários fatores como atividade neotectônica, gradientes altitudinais e latitudinais e mudanças climáticas que atuaram desde o Mioceno, marcando os primeiros eventos de diversificação do gênero até as especiações mais recentes, no Pleistoceno. O terceiro capítulo avalia a variação genética, distribuição geográfica e status taxonômico da espécie Euryzygomaotmys spinosus utilizando dois marcadores mitocondriais (CitB e D-loop). Os resultados mostraram que E.spinosus apresenta distribuição em áreas de Mata Atlântica e adjacências ao sul do Rio Doce, no Brasil, Paraguai e Argentina, incluindo um registro confirmado no Cerrado. A espécie ocupa habitats muito diversos e pode ser considerada generalista. As populações são geneticamente estruturadas ao longo da sua distribuição e os dados genéticos corroboram a taxonomia atual que considera apenas uma espécie, E. spinosus, para o gênero.
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São descritas três espécies novas para o subgênero Simulium (Psaroniocompsa) Enderlein: S. (P.) siolii com distribuição geográfica abrangendo as Províncias Hidrogeológicas do Escudo Central e Centro-oeste (nas subprovíncias Chapadas dos Parecis e Alto Paraguai), S.(P)lourencoi das Províncias Hidrogeológicas do Escudo Central e Parnaíba, S.(P.) damascenoi das Províncias Hidrogeológicas do Amazonas e Escudo Setentrional. Estas espécies apresentam caracteres convergentes, assinalados pela primeira vez para a região Neotropical, ao nível larval, com os subgêneros Edwardsellum (Etiópico) e Byssodon (Etiópico e Holoártico). São apresentadas chaves diferenciativas para larvas e pupas do subgênero Psaroniocompsa cujas pupas apresentam quatro filamentos branquiais terminais.
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São fornecidos aspectos ecológicos gerais da vegetação "rupestre" da Serra dos Carajás, envolvendo informações sobre composição floristica, associação solo/planta, fauna/planta e distribuição geográfica das espécies. Nesta vegetação foi registrado um total de 232 espécies, a maioria ervas, distribuídas em 145 gêneros e 58 famílias botânicas. As duas famílias mais bem representadas foram Gramineae e Leguminosae, seguidas de Cyperaceae, Myrtaceae, Rubiaceae, Malpighiaceae, Euphorbiaceae e Compositae. Algumas famílias apresentam espécies arbóreas esporadicamente representadas em "capões de árvores" ou isoladas como Anacardiaceae, Rutaceae, Sapotaceae e Vochysiaceae. Há famílias de ocorrência restrita em locais onde há acumulo de água, como Begoniaceae, Burmaniaceae, Eriocaulaceae, Gentíanaceae, etc. E finalmente aquelas famílias de ocorrência apenas ocasional, como Acanthaceae, Annonaceae. Chrysobalanaceae, Palmae, Sterculiaceae, etc. Parece que os polinizadores mais comumente encontrados na vegetação rupestre são as abelhas. Há também outros animais ali associados à biologia das plantas como meliponídeos, tabanídeos, répteis e pássaros. Além de apresentar uma insignificante camada lodosa, associada a musgos e líquens o solo onde se assenta a vegetação "rupestre" apresenta uma grande quantidade de ninhos de cupins, na transição entre as estações seca e chuvosa. A necessidade de preservação da área estudada justifica-se pela presença de inúmeras espécies endêmicas (ex. Ipomoea cavalcanteiAustin), espécies novas para a ciência (ex. Erytroxylum nelson-rosaePlowman), espécies medicinais (ex. Pilocarpus micmphylusStapf. ex. Wardleworth) e espécies ornamentais (ex. Vellozia glochideaPohl), todas associadas a uma fauna e a um tipo de solo que ainda carecem de pesquisas mais aprofundadas para melhor conhecê-los.
Resumo:
As espécies de Scarabaeinae coletadas em seis diferentes sistemas de uso da terra em Benjamin Constant, AM, Brasil, são listadas com comentários gerais sobre os gêneros e espécies registradas. Os besouros foram capturados com armadilhas do tipo pitfall iscadas com fezes humanas. Foram coletados 6792 indivíduos pertencentes a 63 espécies, 18 gêneros e seis tribos (Ateuchini, Canthonini, Coprini, Oniticellini, Onthophagini e Phanaeini). As espécies mais frequentes foram Pseudocanthon aff. xanthurus (Blanchard 1845), Eurysternus caribaeus (Herbst 1789), Eurysternus hypocrita Balthasar 1939, Onthophagus aff. acuminatus Harold 1880, Onthophagus aff. haematopus Harold 1875 e Onthophagus aff. bidentatus (Drapiez 1819). Foi encontrado um novo gênero de Scarabaeinae ainda não descrito e provavelmente outras espécies novas.