998 resultados para biópsia óssea
Resumo:
OBJETIVO: No grupo pediátrico, o diagnóstico radiológico dos tumores dos ossos ilíacos, ísquios e púbis apresenta dificuldades e peculiaridades próprias, mas a literatura revisada não trata especificamente desse tema. Este trabalho pretende investigar a existência de padrões radiológicos confiáveis para o diagnóstico diferencial desses tumores. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram revistos os achados radiológicos de tumores dos ossos do quadril em dez pacientes com idades entre 8 e 19 anos. RESULTADOS: Reação óssea (esclerose ou lise), reação periosteal (lamelar em camada única, múltiplas camadas ou radial), extensão do tumor no osso e grau de invasão das partes moles revelaram baixa especificidade. As calcificações nas partes moles, consideradas em conjunto, foram inespecíficas. Contudo, separando as próximas do osso comprometido, que apresentam formas e tamanhos variados - padrão I -, daquelas afastadas do osso, finas e amorfas - padrão II -, observamos que o padrão I foi totalmente inespecífico e o padrão II foi identificado nos três casos de osteossarcoma (100%) e em apenas um dos casos de Ewing (16,6%). CONCLUSÃO: Neste material, as calcificações padrão II revelaram sensibilidade de 100% e especificidade de 90% para osteossarcoma. Contudo, sua importância pode não se limitar ao diagnóstico radiológico. As calcificações padrão II indicam, provavelmente, os sítios ideais para biópsia.
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OBJETIVO: Comparar a nova normatização de laudos densitométricos de coluna lombar proposta pela International Society for Clinical Densitometry (ISCD) em 2005 com a classificação rotineiramente usada da Organização Mundial da Saúde (OMS) desde 1994. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram analisados 200 exames de densitometria óssea da coluna lombar realizados na Universidade Católica de Brasília e no Hospital das Forças Armadas. Os critérios de inclusão foram: sexo feminino, idade mínima de 20 anos e máxima de 49 anos, e ausência de alterações morfológicas na coluna lombar visualizadas no exame densitométrico. Como critério de exclusão, foram consideradas as mulheres com mais de 50 anos ou em menopausa. RESULTADOS: Pela classificação da OMS, obtivemos 29 pacientes com osteoporose na coluna lombar, 76 com osteopenia e 95 em níveis de normalidade. Entretanto, pela nova classificação da ISCD 2005, apenas 32 pacientes foram classificados em valores "abaixo do estimado para a faixa etária" e 162, em valores "dentro do estimado para a faixa etária". CONCLUSÃO: Importante diferença foi encontrada na classificação dos resultados densitométricos ao se confrontar a classificação tradicional da OMS e a nova classificação proposta pela ISCD, o que ressalta a importância da divulgação da classificação entre os médicos que realizam e os que solicitam os exames, para a correta interpretação, explicação e orientação ao paciente.
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OBJETIVO: Estudar a intercambiabilidade dos resultados de densidade mineral óssea entre máquinas de absortimetria de raios-x em duas energias (DEXA) Hologic® e de absortimetria computadorizada de raios-x convencionais em duas energias (CDEXA) Cromox®. MATERIAIS E MÉTODOS: Para 38 casos de quadril e 31 casos de coluna lombar avaliados em 43 pacientes atendidos em um centro de diagnóstico por imagem, medidas de densidade mineral óssea foram realizadas em ambas as máquinas. A máquina Cromox® foi calibrada usando-se o phantom Cromox® de referência para absortimetria óssea. RESULTADOS: Forte correlação entre os resultados obtidos nas duas máquinas foi encontrada para cada sítio do esqueleto. O coeficiente de correlação linear medido para o colo femoral direito foi r = 0,920, p < 0,0001, e r = 0,923, p < 0,0001 para as vértebras L2-L4 da coluna lombar. Como o resultado expresso em Tscore é importante na prática clínica em densitometria óssea, a diferença média em Tscore entre as máquinas foi calculada, resultando em média aritmética de DTscore = 0,191 para o quadril e média aritmética de DTscore = 0,228 para a coluna. Estado esquelético é estabelecido de acordo com a definição da Organização Mundial da Saúde como normal, osteopenia ou osteoporose. A concordância de estado esquelético entre as máquinas foi superior a 76% para o quadril e superior a 77% para a coluna, e superior a 96% quando se considerou concordância em ao menos um dos dois sítios. CONCLUSÃO: Os coeficientes de correlação linear obtidos são muito próximos das referências internacionais entre máquinas padrão-ouro, reportados como r > 0,95. Para ambos os sítios, a diferença média aritmética em Tscore entre as máquinas é pequena, menor que a menor variação significativa.
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OBJETIVO: O objetivo deste estudo é o desenvolvimento e a aplicação de um curso na modalidade "Educação a distância mediada pela internet". MATERIAIS E MÉTODOS: Foi utilizado o curso "Linfonodo sentinela, prevenção, diagnóstico precoce e biópsia - nova técnica de abordagem do câncer de mama" como modelo de aplicação. O material didático para a modalidade "Educação a distância" foi elaborado visando a um público composto por médicos envolvidos com o tratamento do câncer de mama. O curso foi estruturado em ambiente virtual de aprendizagem, um espaço virtual que permitiu a interação entre os participantes. RESULTADOS: A duração do curso foi de 12 semanas. Iniciou-se com nove participantes, médicos ginecologistas com pelo menos oito anos de experiência profissional. Todos os alunos participaram de alguma forma, dois realizaram exercícios e interagiram. O alcance do curso pelo método atingiu quatro estados e oito municípios. Não ocorreu adesão integral dos alunos, apesar de a maioria permanecer até o fim do curso. Possivelmente, não houve motivação suficiente para participação nas atividades propostas. CONCLUSÃO: Os resultados mostram que é necessário quebrar as barreiras da falta de cultura relacionada a esta forma de aprendizagem. É fundamental a participação facilitadora do coordenador para integração e mobilização dos participantes.
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OBJETIVO: Avaliar a variabilidade da densidade mineral óssea em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico, antes do início e após 30 e 60 dias do início de glicocorticoterapia. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo efetuado em 15 mulheres em pré-menopausa com lúpus eritematoso sistêmico encaminhadas para realização de densitometria óssea e que fariam uso de corticosteróides logo após o exame. RESULTADOS: Demonstrou-se que a densidade mineral óssea, em g/cm², na coluna lombar reduziu-se significativamente entre a análise prévia ao uso e a análise em 60 dias de uso da medicação, mas no colo femoral não houve diferença significativa. CONCLUSÃO: Concluiu-se que o uso de corticoterapia em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico, em curto prazo, reduz significativamente a densidade mineral óssea na coluna lombar, não somente em longo prazo como descrito anteriormente por outros autores.
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OBJETIVO: Apresentar um processo para estimação da idade óssea utilizando simplificações do método de Eklof e Ringertz, que operam de forma automática, proporcionando laudos que auxiliam o diagnóstico médico. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram utilizadas imagens carpais de crianças e adolescentes na faixa etária de 6 a 16 anos para a estimação da idade óssea, baseando-se nas simplificações ER5 e ER3 - análise de 5 e 3 centros de ossificação, respectivamente. A automatização dos métodos simplificados explora procedimentos específicos para o processamento de imagens radiográficas da mão. RESULTADOS: Os resultados alcançaram elevada concordância com a média dos laudos médicos obtidos com os três métodos clássicos (Greulich e Pyle, Tanner e Whitehouse, Eklof e Ringertz). A análise de concordância das simplificações propostas foi realizada utilizando-se o teste t de Student pareado com faixa de significância de 5%, e na maioria dos casos não ocorreram diferenças estatisticamente significantes (p < 0,05). CONCLUSÃO: Analisando-se os resultados, conclui-se que é possível estimar com segurança a idade óssea utilizando simplificações do método de Eklof e Ringertz de forma rápida e automatizada. As simplificações propostas também são apropriadas para estimação da idade óssea em grandes bases de dados e livre da subjetividade presente nos métodos clássicos.
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OBJETIVO: A biópsia vácuo-assistida é a forma percutânea de biópsia de microcalcificações que obtém a menor taxa de subestimação, porém, seu custo é alto, havendo interesse em se conseguir formas mais baratas de biópsia vácuo-assistida. O objetivo deste trabalho foi testar um dispositivo portátil de biópsia vácuo-assistida que apresenta custo menor. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram biopsiadas 35 pacientes que apresentavam agrupamentos de microcalcificações BI-RADS® 4 ou 5. Foram testados a representatividade dos fragmentos colhidos, as dificuldades na reintrodução da cânula e o número de ciclos de colheita. RESULTADOS: Houve obtenção de calcificações representativas em todas as pacientes. Não houve discordância anatomorradiológica, dificuldade na reintrodução da cânula ou complicações graves. CONCLUSÃO: Os dados permitem concluir que o sistema apresenta boa eficácia na obtenção das amostras e com relação de custo-benefício favorável em relação a outros sistemas para a biópsia de microcalcificações, achados em concordância com outras publicações da literatura.
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Biópsia percutânea dirigida por tomografia computadorizada tem sido amplamente utilizada como um procedimento efetivo e seguro para obtenção de diagnóstico histológico em muitas situações clínicas e em diversos órgãos. No pulmão, a biópsia percutânea tornou-se uma das principais escolhas para investigação de nódulos e massas. Sua versatilidade permite o acesso de lesões nas diversas localizações do pulmão, podendo ser utilizada para lesões periféricas e profundas mesmo de pequenas dimensões. Discutiremos as indicações, os aspectos técnicos do procedimento e os índices esperados de sucesso e complicação das biópsias percutâneas de nódulos e massas pulmonares.
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OBJETIVO: Avaliar a eficácia da biópsia percutânea por agulha grossa (BPAG) de tumores de partes moles guiada por tomografia computadorizada (TC), em relação ao sucesso na obtenção de amostra para análise, e comparar o diagnóstico da BPAG com o resultado anatomopatológico da peça cirúrgica, quando disponível. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram revisados os prontuários e laudos diagnósticos de 262 pacientes com tumores de partes moles submetidos a BPAG guiada por TC em um centro de referência oncológico entre 2003 e 2009. RESULTADOS: Das 262 biópsias realizadas, foi possível a obtenção de amostra adequada em 215 (82,1%). Os tumores mais prevalentes foram os sarcomas (38,6%), carcinomas metastáticos (28,8%), tumores mesenquimais benignos (20,5%) e linfomas (9,3%). Foi possível realizar graduação histológica em 92,8% dos pacientes com sarcoma, sendo a maioria (77,9%) classificada como alto grau. Do total de pacientes, 116 (44,3%) realizaram cirurgia para exérese e confirmação diagnóstica. A BPAG mostrou acurácia de 94,6% na identificação de sarcomas, com sensibilidade de 96,4% e especificidade de 89,5%. A graduação histológica teve concordância significativa entre a BPAG e a peça cirúrgica (p < 0,001; kappa = 0,75). CONCLUSÃO: A BPAG guiada por TC demonstrou elevada acurácia diagnóstica na avaliação de tumores de partes moles e na graduação histológica dos sarcomas, permitindo um adequado planejamento terapêutico.
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A dor no joelho é o sintoma mais comum na osteoartrite, sendo a principal causa de incapacidade crônica em idosos e uma das principais fontes de morbidade atribuível à osteoartrite em geral. As causas de dor no joelho em pessoas com osteoartrite não são facilmente entendidas e o conhecimento sobre as causas da dor é fundamental para que futuramente sejam realizadas intervenções específicas. A fadiga óssea representa o remodelamento do osso subcondral na osteoartrite, levando a uma consequente alteração na forma do osso e/ou perda óssea. No entanto, a fadiga óssea não é algo facilmente interpretado, pois é de difícil detecção na ausência de defeitos claros da cortical e pela sobreposição de estruturas ósseas nas radiografias convencionais. A fadiga óssea está associada não apenas a dor no joelho, mas também a rigidez e incapacidade. Se a fadiga ocorre antes da osteoartrite avançada, isso sugere que alterações no osso subcondral podem ocorrer simultaneamente a alterações da cartilagem e que tratamentos visando sua preservação podem não ser eficazes. Lesões com padrão de edema ósseo estão associadas e são fatores preditivos para fadiga óssea. Este trabalho tem por objetivo rever a literatura mostrando a importância da fadiga óssea e de como diagnosticar esta alteração nos exames de imagem.