Educação dos negros em Santa Catarina: narrativas, expectativas, experiências (1850-1889).

A problemática da educação dos negros, com toda sua complexidade, estava latente no cotidiano da província catarinense, não obstante a historiografia tê-la silenciado. O silenciamento é verificado em narrativas sobre os negros do período imperial, presentes em obras consideradas clássicas da historiografia, de escritores pertencentes a instituições culturais tradicionais. A raridade de representações sobre os negros fora da questão da escravidão, nessas obras, pode ter contribuído para a construção de premissas ainda recorrentes no imaginário social, como a de que os negros não estudavam. Além de analisar essas narrativas, esta pesquisa apresenta expectativas e experiências quanto à educação dos negros na província. As expectativas foram observadas na legislação educacional, em discursos da imprensa e de governantes catarinenses, sobretudo no período de discussões nacionais sobre a libertação do ventre, com o surgimento da figura do ingênuo. Nos jornais, muitos artigos apontavam a educação dos negros como um importante meio de preparação para o trabalho livre, garantindo a ordem social. Nos discursos dos agentes do governo, a questão foi abordada com menor frequência, defendendo a instrução dos libertos para evitar a anarquia e possibilitar o voto consciente. Já a proibição da matrícula escolar aos escravizados, em normativas da Instrução Pública, indicava outra expectativa do governo, ligada ao medo de rebeliões. Perspectivas semelhantes também foram observadas em legislações dos Estados Unidos no período escravocrata. Quanto às experiências educacionais em Santa Catarina, esta pesquisa verificou que as instituições que atendiam à infância desvalida Escola de Aprendizes Marinheiros, Asilo da Santa Casa de Misericórdia, escolas noturnas e Liceu de Artes e Ofícios, puderam cumprir o papel de escolarizar os negros, inclusive escravizados. Considerando que apenas um ingênuo foi entregue pelo senhor ao governo catarinense e que sua educação ficou a cargo do tutor, não houve a necessidade de se criar um estabelecimento próprio para a educação dos ingênuos, como o requisitado pelo Ministério da Agricultura a todas as províncias. Por fim, o trabalho discute experiências diversas de escolarização dos negros e de valorização e luta pela conquista da educação escolar. O núcleo documental foi composto por livros de história de Santa Catarina, jornais, relatórios e ofícios governamentais, legislação e atas do governo e da Irmandade dos Passos, entre outros, analisados sob a perspectiva foucaultiana da análise do discurso. A periodização abrange desde relevantes acontecimentos da década de 1850, tais como a instituição da proibição de matrícula escolar aos escravizados, o estabelecimento da Companhia de Aprendizes Marinheiros e a criação do Asilo das Desvalidas, até o último ano do período imperial. Esta investigação apresenta elementos para romper alguns silenciamentos e inserir a província no mapa de estudos da história da educação do negro no Império brasileiro, colocando em evidência questões ainda muito pouco exploradas no campo. Além disso, possibilita uma reflexão mais profunda sobre nossa história excludente, permitindo a ampliação do olhar e o entendimento de que o tratamento puramente meritocrático aos que historicamente foram tratados como desiguais não contribui para a construção de uma sociedade mais igualitária

No seio da bela Sebastianópolis: uma cartografia do Rio de Janeiro nas crônicas de Macedo e Alencar nas décadas de 1850 e 1860

O presente trabalho pretende analisar as representações da cidade do Rio de Janeiro nas crônicas de José de Alencar e Joaquim Manuel de Macedo, publicadas, respectivamente, sob os títulos Ao Correr da Pena (1855-1856) e Labirinto (1860), tendo como objetivo mapear a cidade capital do império e as transformações pelas quais passou entre as décadas de 1850 e 1860. Tal proposta foi desenvolvida à luz do método cartográfico apresentado por Franco Moretti, em suas obras Atlas do Romance Europeu 1800-1900 e A Literatura Vista de Longe, nas quais o autor trata a criação de mapas como um instrumento intelectual que abriria caminho para novos questionamentos e novas conclusões no campo do imaginário. Ademais, ao utilizar obras literárias como fontes primárias para a análise da cidade do Rio de Janeiro do século XIX e suas especificidades no cenário brasileiro imperial, o presente trabalho dialoga com uma história cultural do urbano.

Morphometry, length-weight relationship and food and feeding habits of Otolithoides biauritus (Cantor, 1850) of Bombay waters

Thirteen morphometric and seven meristic characters, length-weight relationship and food and feeding habits of Otolithoides biauritus of Bombay coast (Maharashtra, India) were studied. Compared morphometric characters revealed positive allometric growth and high correlation ("r" ranging 0.898 - 0.996) between each other. Meristic characters were observed to be B sub(vii), D sub(1) 8-10, D sub(2) 27-31, P 17-20, V 5-7 and 7-10. Number of gill rackers on the first left gill arch ranged from 15 to 19. Length-weight relationship for both sexes together worked out to be W = 0.026, L super(2.646). The species is a predator, feeding mainly on motile Acetes, small fish and Loligo in order of preference.

Population dynamics and stock assessment of Koth (Otolithoides biauritus Cantor, 1850) along the north-west coast of India

MSY, growth, selection and mortality parameters of Otolithoides biauritus have been worked out from data collected by MFV Saraswati of CIFE, and length frequency data from Ferry Wharf, Sasson dock, and Versova fish landing centres of Bombay. Values of L infinity, K, and t omicron obtained from length frequency study are 1572 mm, 0.2633/yr and 0.0289 yr respectively, and of weight growth parameters are W infinity = 10067 g, K = 0.03904/yr and t omicron = 0.0137 yr. Selection parameters are L + 150 mm, t sub(r) + 0.4167 yr lc + 240 mm and t omicron = 0.6367 yr. Selection factor (K) for codent worked out to be 12. Based on Z = 0.6486, the MSY of O. biauritus off northwest coast of India is assessed as 1,802 tons which is slightly higher than the current catch level of 1,634 tons.

Optimum dietary carbohydrate to lipid ratio in stinging catfish, Heteropneustes fossilis (Bloch, 1792)

A feeding trial of 8 weeks was conducted in a static indoor rearing system to investigate the optimum carbohydrate to lipid ratio (CHO:L ratio) in stinging catfish, Heteropneustes fossilis. Five iso-nitrogenous (35% crude protein) and iso-energetic (17.06 kJ gˉ¹ gross energy (GE)) fish meal based diets with varying carbohydrate to lipid (CHO:L g/g) ratios of 0.60, 0.98, 1.53, 2.29 and 3.44 for diets 1-5, were tested, respectively. The diets containing a fixed protein to energy ratio (P:E ratio) of 20.50-mg protein kJˉ¹ GE were fed to triplicate groups of 40 fish (per 70-L tank). Fish were fed 5% of their body weight per day adjusted fortnightly. Diet 1, containing 10% carbohydrate and 17% lipids with a CHO:L ratio of 0.60 produced the poorest (p<0.05) growth rates, feed and protein efficiency. Increasing carbohydrate content in the diets to 26% concomitant with a reduction in lipid content to 11% with a CHO:L ration of 2.29 of diet 5 significantly improved (p<0.05) growth rates, feed and protein efficiency. But did not differ with diet 4, containing CHO:L ratio 2.29. A further increase in dietary carbohydrate up to 31% and a decrease in lipids levels to 9% with a CHO:L ratio ranging from 2.29 to 3.44 (diet 4-5) did not significantly improve the fish performance. Apparent net protein utilisation (ANPU) of fish fed diet 5 was higher (p<0.05) than for diets 1 and 2 but did not differ from diets 3 and 4. Higher lipid deposition (p<0.05) in whole body was observed with decreasing dietary CHO:L ratios as increasing lipid levels. Whole body protein of fish fed varying CHO:L diets did not show any discernible changes among the dietary treatments. This study revealed that H. fossilis can perform equally well on diets containing carbohydrate ranging from 26 to 31%, with 9 to 11% lipid or at CHO:L g/g ratio of 2.29-3.44.

A Catalogue of the Alpha Chapter Boston University Graduates of the School of Theology 1850-1905

A listing of graduate of Boston University School of Theology and predecessor school. Arranged by class year, alphabetical by last name and geographically by region.

Final Archaeological Investigations at the Maynard-Burgess House (18AP64): An 1850-1980 African-American Household in Annapolis, Maryland

The Maynard-Burgess House was excavated by Archaeology in Annapolis from Fall, 1990 to Summer, 1992. The still-standing house is located at 163 Duke of Gloucester Street in Annapolis' Historic District and is today being restored by Port of Annapolis, Incorporated. Archaeological testing and excavation of the site was developed alongside architectural analyses and archival research as the initial phase of the home's restoration. The Maynard-Burgess House was continuously occupied by two African-American families, the Maynards and the Burgesses, from the 1850s until the late 1980s. The main block of the house was built between 1850 and 1858 by the household of John T. Maynard, a free African American born in 1810,and his wife Maria Spencer Maynard. Maynard descendants lived in the home until it was foreclosed in 1908 and subsequently sold to the family of Willis and Mary Burgess in 1915. Willis had been a boarder in the home in 1880, and his sister Martha Ready had married John and Maria's son John Henry. Burgess descendants lived at the home until its sale in 1990.

High-precision radiocarbon measurements of contemporaneous tree-ring wood from the British Isles and New Zealand: AD 1850-950.

The University of Waikato, Hamilton, New Zealand and The Queen's University of Belfast, Northern Ireland radiocarbon dating laboratories have undertaken a series of high-precision measurements on decadal samples of dendrochronologically dated oak (Quercus petraea) from Great Britain and cedar (Libocedrus bidwillii) and silver pine (Lagarostrobos colensoi) from New Zealand. The results show an average hemispheric offset over the 900 yr of measurement of 40±13 yr. This value is not constant but varies with a periodicity of about 130 yr. The Northern Hemisphere measurements confirm the validity of the Pearson et al. (1986) calibration dataset.

Calibration of the Radiocarbon Time Scale for the Southern Hemisphere: AD 1850-950

We have conducted a series of radiocarbon measurements on decadal samples of dendrochronologically dated wood from both hemispheres, spanning 1000 years (McCormac et al. 1998; Hogg et al. this issue). Using the data presented in Hogg et al., we show that during the period AD 950-1850 the 14C offset between the hemispheres is not constant, but varies periodically (~130 yr periodicity) with amplitudes varying between 1 and 10‰ (i.e. 8-80 yr), with a consequent effect on the 14C calibration of material from the Southern Hemisphere. A large increase in the offset occurs between AD 1245 and 1355. In this paper, we present a Southern Hemisphere high-precision calibration data set (SHCal02) that comprises measurements from New Zealand, Chile, and South Africa. This data, and a new value of 41 ± 14 yr for correction of the IntCal98 data for the period outside the range given here, is proposed for use in calibrating Southern Hemisphere 14C dates.