419 resultados para RITUALS
Resumo:
Esta tese busca compreender o que os rituais funerários contemporâneos revelam sobre as maneiras com as quais as pessoas têm lidado com a morte e o morrer na atualidade. Desse eixo central se ramificam reflexões sobre a relação dos homens com o tempo, com o envelhecimento e com a finitude. Evidenciando que os modos atuais de lidar com a morte e o morrer envolvem flagrantes processos de mercantilização, patologização, medicalização e espetacularização. O crescente uso de serviços funerários de tanatoestética apontam não somente técnicas de maquiagem dos mortos, mas também estratégias de maquiagem da morte. O investimento financeiro, antes direcionado às preocupações transcendentes com o futuro da alma do morto, se reverte em intervenções físicas no corpo morto, de maneira que ele não emita sinal algum da morte que o tomou e proteja os sobreviventes do contato com a finitude. Essa dissimulação é sinalizada pela redução progressiva do espaço que a sociedade contemporânea tem destinado ao luto e ao sofrimento, categorias com cada vez mais frequência equiparadas a condições patológicas. Utilizando metodologia qualitativa, com pesquisa de campo realizada tanto no Brasil como em Portugal, durante período de doutorado sanduíche no exterior, observou-se um acentuado estreitamento entre as realidades morte e consumo. Indicando uma transposição da lógica comercial de mercado às práticas funerárias tradicionais. Assim, funções simbólicas dos rituais fúnebres vem sendo modificadas e regidas pela lógica do consumo, apresentado na atualidade como alternativa unidimensional para a imperativa vivência initerrupta do prazer e da felicidade. Constatou-se que - apesar da crescente popularização de discussões sobre o tema morte no meio acadêmico, na área da saúde e na mídia - não há aceno de ruptura no seu enquadramento como tabu. Apenas é permitido socialmente que ela ocupe locais determinados: o lugar de espetáculo, de produto, da técnica, da banalização ou mesmo do humor publicitário. As observações e as reflexões realizadas em todo o processo de construção desta tese nos inclinam a considerar que continua vedado o aprofundamento de questões ligadas à expressão de sentimentos de dor e de pesar diante das perdas. Assim como se acentuam os processos de patologização do luto e de distanciamento das demandas existênciais promovidas pela consciência da própria finitude e da passagem do tempo; do tempo de vida de cada um
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Este estudo tem como objetivo central investigar o processo de constituição de identidades ritualístico-culturais dos adeptos dos cultos negros brasileiros a partir dos rituais de iniciação propostos pelas comunidades de cultos. A partir de sua consagração ritualística,os iniciados são denominados elégùn e passam a conviver entre o sagrado, por intermédio da concepção da ancestralidade divinizada, e as relações estabelecidas no devir de sua história. Foi fulcral para este estudo a correlação feita pelos adeptos entre suas práticas ritualísticas e sua formação histórica, social, política e, sobretudo, cultural. Permeado pelas histórias e pelas memórias individuais e, em alguns momentos, coletivas, o estudo entremeia-se aos aportes teóricos de, propondo constante diálogo entre eles. A concepção de que as culturas que se efetivam e se estabelecem mediante relações construídas e vivenciadas no cotidiano são ações profícuas e intensas de identidades próprias cunhou grande parte do referido estudo. Observou-se que a ancestralidade transita pelas diversas esferas vividas pelo elégùn, interagindo, integrando e reelaborando rituais e sujeitos.
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Com a maior valorização da alimentação saudável e o crescente interesse das pessoas em relação à dieta e à imagem corporal, observamos o desencadeamento de distúrbios do comportamento alimentar, como a ortorexia, e o espaço da mídia como divulgação de um padrão de corpo perfeito e da magia das dietas da moda. É uma pesquisa qualitativa que atende a proposta do curso de doutorado com resultados publicáveis em capítulos de livros ou artigos em periódico científico. Os artigos são encadeados por uma trajetória temática de construção de concepções de alimentação saudável que permeia o universo das dietas e dos transtornos alimentares na sociedade contemporânea. A metodologia segue referencial teórico-conceitual para fundamentação de análise de elementos variados selecionados do campo no decorrer da pesquisa, com técnicas de análise semiótica, revisão de literatura e análise interpretativa com analogia entre sistemas culturais distintos. Na primeira publicação, Dietas da moda: um processo incessante e ininterrupto..., foram analisadas e discutidas as dietas da moda em revistas impressas e sua relação com o consumo na sociedade. Em um segundo momento, foi necessário compreender o encanto que as dietas da moda suscitam no mundo de hoje. Este artigo, Dietas da moda: o feiticeiro, a magia e sua eficácia simbólica, corresponde a discussão da magia das dietas da moda na contemporaneidade, traçando uma analogia com textos de Claude Lévi-Strauss. O terceiro artigo, Ortorexia: o (des)encontro entre a saúde e a doença, questiona uma concepção de alimentação saudável que leva a ortorexia. Apresenta uma abordagem biopsicossocial por meio da revisão de literatura e reflexão conceitual do que é saúde, segundo Georges Canguilhem, explorando os conceitos de medicalização, biopoder e biopolítica de Michel Foucault. Na dieta da moda, seja alternativa, milagrosa ou mágica, é a moda e seus princípios de efemeridade, sedução e diferenciação que vão dirigir o olhar, principalmente das mulheres, para consumir a dieta evidenciada pela mídia, respaldada pelo discurso científico, fazendo parte de um processo incessante e ininterrupto pela busca do corpo perfeito e da vida saudável. Os elementos das dietas da moda, no senso comum, formam uma rede de encantamento comparada a rituais de magia descritos por Lévi-Strauss, como os papéis do feiticeiro e do enfeitiçado, que se organizam em torno da acusação para exibir a eficácia de um feitiço em algumas aldeias, e dos profissionais de saúde que nestas revistas são legitimados pelo saber, e dos consumidores das revistas enfeitiçados que reforçam resultados surpreendentes ou a própria idéia de alimentação saudável como algo mágico, no mundo atual. Na seqüência, a ortorexia é a exacerbação das benesses de uma alimentação saudável, a pessoa assume práticas alimentares para desintoxicação corporal a partir da pureza dos alimentos, recorre a uma disciplina e controle rigorosos da alimentação diária, criando normas dietéticas que levam ao isolamento e ao adoecimento, no sentido de saúde como uma potência para construção e adaptação de normas para um bem viver. A disseminação do biopoder e da biopolítica favorece a restrição de um regime de vida, voltado para o controle e a segurança. O indivíduo é responsabilizado por suas escolhas e adoecimento, pois poderia afastar os riscos à saúde com a medicalização, ou uma dieta saudável que o purificasse dos males.
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Ìtàn, termo em yorubá que significa mitos, histórias de òrìṣà. Histórias que têm por tradição, dentro dos terreiros de candomblé, serem repassadas de geração em geração aos iniciados no culto, através da oralidade. O ìtàn estabelece as características pessoais dos òrìṣà e os caminhos percorridos por eles através de enredos que envolvem o sagrado e o humano e acabam por determinar ritos, personalidades e identificações dentro do terreiro de candomblé. Rituais que envolvem tradições e segredos. Os ìtàn justificam, validam a organização dos materiais ritualísticos utilizados em cada situação específica e a execução dos rituais, fazendo relação direta com os arquétipos dos òrìṣà. Como os segredos são mantidos através das gerações? Será que o registro escrito pode ameaçar os segredos? Como perpetuar segredos sem correr os riscos de deformá-los ou mesmo modificá-los? A escrita protege ou fragiliza esses segredos? Essas perguntas movem essa dissertação e suscita outras ligadas diretamente às questões do aprender de crianças e jovens para além dos muros da escola; será que o ìtàn pode ser considerado como um facilitador da aprendizagem e constituinte de redes educativas neste espaço? Pesquisei esses processos a partir dos registros escritos nos cadernos/diários de crianças e adolescentes e seu repasse dentro de um terreiro de candomblé, onde essas construções escritas fazem parte do cotidiano, sendo desdobramento de uma prática pouco comum, nesta formatação específica, nos espaços de religiosidade afro-descendente. O ìtàn é um dos principais instrumentos para o repasse, compreensão, manutenção das tradições do candomblé, tradições essas que possuem o segredo e a oralidade como mola de propulsão; os registros escritos existem, em um número considerável, como forma de guardar ensinamentos ritualísticos aprendidos com os mais velhos e/ou em terreiros de amigos - como os registros de ìtàn e cadernos/diários que encontramos no espaço do terreiro pesquisado
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O presente trabalho investiga as motivações para a escolha do neopaganismo como religião por indivíduos de contextos diferenciados na cidade do Rio de Janeiro e adjacências. Foram etnografados rituais e eventos públicos neopagãos na cidade durante o período de 2012 a 2014. Também foram realizadas entrevistas com neopagãos e analisada sua literatura religiosa. A pesquisa concentrou-se, sobretudo, nas atividades e vivências do coven Chuva Vernal, de Wicca Xamânica. Como conclusão sugerem-se duas hipóteses principais sobre quais elementos explicariam a motivação para aderir e permanecer nessa religião: a lógica da distinção, discutida por Simmel, e o conceito, usado por Manuel Castells, de identidade de projeto.
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O presente trabalho tem o objetivo de explorar algumas das ambiguidades constituintes do universo religioso do candomblé, a partir da temática da mudança de status e das relações de poder. Trata-se de um estudo de caso que evidencia a história de uma mãe de santo iniciante e o processo de consolidação de seu terreiro, tendo como pano de fundo as ideias e regras gerais do candomblé. Antes de se tornar mãe de santo, Carla era equede em um terreiro angola comandado pelo seu pai biológico. A ruptura com o terreiro e a mudança de status de equede para mãe de santo geraram controvérsias, na medida em que esta mudança não poderia ocorrer sem estar remetida a algum tipo de erro iniciático. Contudo, é sabido que esse tipo de mudança não é incomum, porém depende de uma série de condições e situações que orientam as práticas religiosas no candomblé. Além disso, pretende-se também, abordar questões relativas à estruturação da família de santo e os conflitos decorrentes da interposição entre laços de sangue e de santo, bem como a relação com o universo religioso umbandista e suas implicações cosmológicas e rituais.
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Eyes on Their Finger Tips deals with the traditional marine wisdom of a set of people and the rarest of rare experiences they have had at sea. Through these numerous chapters he takes us into the seas of the fishers. It is a voyage which we cannot make in reality. But through the heroic deeds of his father, the riddles of oldman Sebesti, the shark story of brother Kamalappan, and the rituals of his mother, we get a fascinating peep into the wisdom of the watery world of the small-scale fishers of Trivandrum, Kerala, India.
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Purpose and rationale The purpose of the exploratory research is to provide a deeper understanding of how the work environment enhances or constrains organisational creativity (creativity and innovation) within the context of the advertising sector. The argument for the proposed research is that the contemporary literature is dominated by quantitative research instruments to measure the climate and work environment across many different sectors. The most influential theory within the extant literature is the componential theory of organisational creativity and innovation and is used as an analytical guide (Amabile, 1997; Figure 8) to conduct an ethnographic study within a creative advertising agency based in Scotland. The theory suggests that creative people (skills, expertise and task motivation) are influenced by the work environment in which they operate. This includes challenging work (+), work group supports (+), supervisory encouragement (+), freedom (+), sufficient resources (+), workload pressures (+ or -), organisational encouragement (+) and organisational impediments (-) which is argued enhances (+) or constrains (-) both creativity and innovation. An interpretive research design is conducted to confirm, challenge or extend the componential theory of organisational creativity and innovation (Amabile, 1997; Figure 8) and contribute to knowledge as well as practice. Design/methodology/approach The scholarly activity conducted within the context of the creative industries and advertising sector is in its infancy and research from the alternative paradigm using qualitative methods is limited which may provide new guidelines for this industry sector. As such, an ethnographic case study research design is a suitable methodology to provide a deeper understanding of the subject area and is consistent with a constructivist ontology and an interpretive epistemology. This ontological position is conducive to the researcher’s axiology and values in that meaning is not discovered as an objective truth but socially constructed from multiple realties from social actors. As such, ethnography is the study of people in naturally occurring settings and the creative advertising agency involved in the research is an appropriate purposive sample within an industry that is renowned for its creativity and innovation. Qualitative methods such as participant observation (field notes, meetings, rituals, social events and tracking a client brief), material artefacts (documents, websites, annual reports, emails, scrapbooks and photographic evidence) and focused interviews (informal and formal conversations, six taped and transcribed interviews and use of Survey Monkey) are used to provide a written account of the agency’s work environment. The analytical process of interpreting the ethnographic text is supported by thematic analysis (selective, axial and open coding) through the use of manual analysis and NVivo9 software Findings The findings highlight a complex interaction between the people within the agency and the enhancers and constraints of the work environment in which they operate. This involves the creative work environment (Amabile, 1997; Figure 8) as well as the physical work environment (Cain, 2012; Dul and Ceylan, 2011; Dul et al. 2011) and that of social control and power (Foucault, 1977; Gahan et al. 2007; Knights and Willmott, 2007). As such, the overarching themes to emerge from the data on how the work environment enhances or constrains organisational creativity include creative people (skills, expertise and task motivation), creative process (creative work environment and physical work environment) and creative power (working hours, value of creativity, self-fulfilment and surveillance). Therefore, the findings confirm that creative people interact and are influenced by aspects of the creative work environment outlined by Amabile (1997; Figure 8). However, the results also challenge and extend the theory to include that of the physical work environment and creative power. Originality/value/implications Methodologically, there is no other interpretive research that uses an ethnographic case study approach within the context of the advertising sector to explore and provide a deeper understanding of the subject area. As such, the contribution to knowledge in the form of a new interpretive framework (Figure 16) challenges and extends the existing body of knowledge (Amabile, 1997; Figure 8). Moreover, the contribution to practice includes a flexible set of industry guidelines (Appendix 13) that may be transferrable to other organisational settings.
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Estetyka w archeologii. Antropomorfizacje w pradziejach i starożytności, eds. E. Bugaj, A. P. Kowalski, Poznań: Wydawnictwo Poznańskie.
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Wydział Historyczny
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This is a postprint (author's final draft) version of an article published in the journal Social Compass in 2010. The final version of this article may be found at http://dx.doi.org/10.1177/0037768610362406 (login may be required). The version made available in OpenBU was supplied by the author.
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Africa faces problems of ecological devastation caused by economic exploitation, rapid population growth, and poverty. Capitalism, residual colonialism, and corruption undermine Africa's efforts to forge a better future. The dissertation describes how in Africa the mounting ecological crisis has religious, political, and economic roots that enable and promote social and environmental harm. It presents the thesis that religious traditions, including their ethical expressions, can effectively address the crisis, ameliorate its impacts, and advocate for social and environmental betterment, now and in the future. First, it examines African traditional religion and Christian teaching, which together provide the foundation for African Christianity. Critical examination of both religious worldviews uncovers their complementary emphases on human responsibility toward planet Earth and future generations. Second, an analysis of the Gwembe Tonga of Chief Simamba explores the interconnectedness of all elements of the universe in African cosmologies. In Africa, an interdependent, participatory relationship exists between the world of animals, the world of humans, and the Creator. In discussing the annual lwiindi (rain calling) ceremony of Simamba, the study explores ecological overtones of African religions. Such rituals illustrate the involvement of ancestors and high gods in maintaining ecological integrity. Third, the foundation of the African morality of abundant life is explored. Across Sub-Saharan Africa, ancestors' teachings are the foundation of morality; ancestors are guardians of the land. A complementary teaching that Christ is the ecological ancestor of all life can direct ethical responses to the ecological crisis. Fourth, the eco-social implications of ubuntu (what it means to be fully human) are examined. Some aspects of ubuntu are criticized in light of economic inequalities and corruption in Africa. However, ubuntu can be transformed to advocate for eco-social liberation. Fifth, the study recognizes that in some cases conflicts exist between ecological values and religious teachings. This conflict is examined in terms of the contrast between awareness of socioeconomic problems caused by population growth, on the one hand, and advocacy of a traditional African morality of abundant children, on the other hand. A change in the latter religious view is needed since overpopulation threatens sustainable living and the future of Earth. The dissertation concludes that the identification of Jesus with African ancestors and theological recognition of Jesus as the ecological ancestor, woven together with ubuntu, an ethic of interconnectedness, should characterize African consciousness and promote resolution of the socio-ecological crisis.
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The dissertation proposes that one of the more fruitful ways of interpreting Burke's work is to evaluate him as an oral performer rather than a literary practitioner and it argues that in his voice can be heard the modulations of the genres and conventions of oral composition of eighteenth-century Gaelic Ireland. The first chapter situates Burke in the milieu of the Gaelic landed class of eighteenth-century Ireland. The next chapter examines how the rich oral culture of the Munster Gaelic gentry, where Burke spent his childhood days, was to provide a lasting influence on the form and content of Burke's work. His speeches on the British constitution are read in the context of the historical and literary culture of the Jacobites, specifically the speculum principis, Párliament na mBán. The third chapter surveys the tradition of Anglo-Irish theoretical writings on oratory and discusses how Burke is aligned with this school. The focus is on how Burke's thought and practice, his 'idioms', might be understood as being mediated through the criterion of orality rather than literature. The remaining chapters discuss Burke's politics and performance in the light of Gaelic cultural practices such as the rituals of the courts of poetry, the Warrant Poems or Barántas; the performance of funeral laments and elegies, Caoineadh, the laments for the fallen nobility, Marbhna na daoine uaisle, the satires and the political vision allegories of Munster, Aislingí na Mumhan; to show how they provide us with a remarkable context for discussing Burke's poetical-political performance. In hearing Burke's voice through the body of Gaelic culture our understanding of Burke's position in the wider world of the eighteenth century (and hence his meaning) is profoundly affected.
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Neo-paganism is a vibrant, dynamic global movement, which has had a significant cultural impact. Neo-paganism is an umbrella term for a wide range of spiritual practices, often described as nature- or earth-based spirituality. There are different “paths” or spiritual traditions within this movement, of which Druidry, Wicca and other forms of Pagan Witchcraft are included in this research. The present work is an ethnographic study of the worldview and ritual practices of the Irish neo-pagan community. It is an enquiry into (a) what characterises the neo-pagan worldview and (b) how this worldview is expressed through ritual behaviour. In order to collect data, the methodology of participant observation and ethnographic interviewing was employed. The thesis comprises a collection of “insider” accounts of what it is like to be a neo-pagan in Ireland and analysis of these narratives, which gives insight into different aspects of neopagan culture. In the discussion, the use of mythology is examined in regard to how mythic narrative is connected to identity formation. Irish cultural symbols are observed as resources utilised in the construction of the movement’s overall character. The interconnectedness of the natural landscape, the numinous and mythology gives rise to creative expression through various forms of neo-pagan artworks, which are discussed herein. The identifying features and key issues of Irish neo-pagan culture are addressed. These key issues are expressed as prominent themes and symbols of their discourse. Neo-pagan dialogue often features discussion of the relationship that this cultural group has with the Irish landscape, history, and indigenous and popular Irish religion. Some of the specific aspects of neo-pagan culture examined are magical worldview, the notion of holism, different types of ritual practices (festivals, life cycle rituals, healing), and material culture. The thesis presents an in-depth analysis of neopagan cultural expressions and their significance as cultural processes
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In moments of rapid social changes, as has been witnessed in Ireland in the last decade, the conditions through which people engage with their localities though memory, individually and collectively, remains an important cultural issue with key implications for questions of heritage, preservation and civic identity. In recent decades, cultural geographers have argued that landscape is more than just a view or a static text of something symbolic. The emphasis seems to be on landscape as a dynamic cultural process – an ever-evolving process being constructed and re-constructed. Hence, landscape seems to be a highly complex term that carries many different meanings. Material, form, relationships or actions have different meanings in different settings. Drawing upon recent and continuing scholarly debates in cultural landscapes and collective memory, this thesis sets out to examine the generation of collective memory and how it is employed as a cultural tool in the production of memory in the landscape. More specifically, the research considers the relationships between landscape and memory, investigating the ways in which places are produced, appropriated, experienced, sensed, acknowledged, imagined, yearned for, appropriated, re-appropriated, contested and identified with. A polyvocal-bricoleur approach aims to get below the surface of a cultural landscape, inject historical research and temporal depth into cultural landscape studies and instil a genuine sense of inclusivity of a wide variety of voices (role of monuments and rituals and voices of people) from the past and present. The polyvocal-bricoleur approach inspires a mixed method methodology approach to fieldsites through archival research, fieldwork and filmed interviews. Using a mixture of mini-vignettes of place narratives in the River Lee valley in the south of Ireland, the thesis explores a number of questions on the fluid nature of narrative in representing the story and role of the landscape in memory-making. The case studies in the Lee Valley are harnessed to investigate the role of the above questions/ themes/ debates in the act of memory making at sites ranging from an Irish War of Independence memorial to the River Lee’s hydroelectric scheme to the valley’s key religious pilgrimage site. The thesis investigates the idea that that the process of landscape extends not only across space but also across time – that the concept of historical continuity and the individual and collective human engagement and experience of this continuity are central to the processes of remembering on the landscape. In addition the thesis debates the idea that the production of landscape is conditioned by several social frames of memory – that individuals remember according to several social frames that give emphasis to different aspects of the reality of human experience. The thesis also reflects on how the process of landscape is represented by those who re-produce its narratives in various media.