999 resultados para Países dependentes
Resumo:
Os cuidadores informais têm de lidar com situações potencialmente causadoras de stress e Sobrecarga. Uma amostra com 120 cuidadores de Dependentes de Substâncias, residentes em Portugal, completou uma bateria de questionários que incluía o BDI (Beck, Ward, Mendelson, Mock, & Erbaugh, 1961; McIntyre & Araújo-Soares, 1999), BSI (Canavarro, 1999; Derogatis, 1975, 1993), CRA (Given, et al., 1992), WHOQOL – Bref (Fleck, 2000; Vaz Serra, et al., 2006) e o IESSS (Ensel & Woelfel, 1986; Faria, 1999). De seguida, os participantes foram distribuídos por três grupos (G1, G2 e G3), dependendo do tempo de abstinência do familiar a quem prestavam cuidados. O estudo explorou a relação entre diversas variáveis clínicas e psicológicas e o suporte social nesses cuidadores. Os resultados revelaram que a coabitação com o paciente, o distress psicológico, a qualidade de vida (relações sociais e psicológica) e a sobrecarga são preditores, do suporte social explicando 48% da variância observada. O modelo de mediação demonstrou que o suporte social é um mediador parcial da relação entre o distress e a sobrecarga, explicando 60% da variância observada. Deste modo, verifica-se a importância de intervir no suporte social no sentido de diminuir o impacto do distress e sobrecarga nos cuidadores.
Resumo:
OBJETIVO: Este estudo tem por objetivo verificar a influência de fatores sociodemográficos, condições de saúde, capacidade funcional e dinâmica familiar na qualidade de vida de idosos dependentes residentes em domicílio em uma cidade do interior da região do Nordeste. MÉTODOS: Trata-se de uma pesquisa de caráter analítico com delineamento transversal. A amostra deste estudo foi composta por 117 idosos dependentes, cadastrados nas Unidades de Saúde da Família da área de abrangência do bairro do Jequiezinho, no município de Jequié, BA. Os instrumentos de coleta de dados utilizados foram o WHOQOL-OLD, o Índice de Barthel, o Apgar de Família e o levantamento de dados sociodemográficos e condições de saúde. RESULTADOS: Com a aplicação do Teste do qui-quadrado (x²) encontrou-se diferença estatística entre comprometimento da qualidade de vida e da dinâmica familiar, com exceção do domínio autonomia (p = 0,061) da qualidade de vida. CONCLUSÕES: Apenas o comprometimento da dinâmica familiar influencia de maneira negativa a qualidade de vida dos idosos dependentes, uma vez que, quanto mais prejudicada a funcionalidade familiar, pior a qualidade de vida desses.
Resumo:
Há algumas décadas, busca-se compreender melhor o processo subjacente ao comportamento de procura de tratamento por usuários que fazem uso nocivo ou são dependentes de substâncias psicoativas. Os modelos atualmente propostos baseiam-se principalmente na análise epidemiológica de certas características individuais quanto ao poder que têm de influenciar esse comportamento de disposição para tratamento. OBJETIVOS: Interpretar e compreender possíveis significados pessoais associados a alterações psicopatológicas, sobre como podem se relacionar à procura de tratamento, na visão dos próprios pacientes. MÉTODO: Pesquisa qualitativa com entrevistas semidirigidas com amostra intencional de 13 dependentes de substâncias que procuraram tratamento. RESULTADOS: Houve relatos espontâneos de alterações de forma, curso e conteúdo de pensamento e juízo de realidade, alterações de sensopercepção, de atenção, memória e linguagem. Os membros da amostra pareceram relacioná-las à motivação para tratamento. Os dados foram interpretados considerando o contexto psicocultural dos entrevistados e seus quadros clínicos de síndrome de dependência, de abstinência e de comorbidade. CONCLUSÕES: Pesquisas qualitativas contribuem para aprimorar os modelos explicativos sobre procura de tratamento por dependentes de substâncias. Investigar clinicamente alterações psicopatológicas parece poder contribuir para motivar pacientes para tratamentos específicos do uso disfuncional de substâncias.
Resumo:
Tese de Doutoramento em Tecnologias e Sistemas de Informação
Resumo:
OBJETIVO: Verificar a variação da fissura de dependentes de crack no decorrer da internação e a associação com perfil antropométrico. MÉTODOS: Trata-se de uma pesquisa quantitativa com delineamento transversal (n = 30). Avaliaram-se o perfil de consumo de substâncias psicoativas; dados sociodemográficos; variáveis antropométricas (peso, estatura, índice de massa corporal, relação cintura-quadril, perímetros, dobras cutâneas e diâmetro ósseo); e fissura avaliada por meio do Cocaine Craving Questionnaire Brief. As coletas de dados ocorreram nas 24 horas iniciais e finais do tratamento. RESULTADOS: Observou-se aumento significativo do percentual de gordura e diminuição significativa da fissura. Não se evidenciou associação entre variáveis antropométricas e fissura, tanto no início como ao final da internação. CONCLUSÃO: Houve significativa diminuição na fissura e modificação na composição corporal, entretanto não houve correlação entre essas variáveis.
Resumo:
Introdução: O craving (ou fissura) é um fator muito importante no tratamento da dependência de substâncias psicotrópicas. Objetivo: Validar o Cocaine Craving Questionnaire-Brief - Versão Brasileira Adaptada para o Crack. Método: O delineamento foi experimental e seus participantes foram randomizados, em grupos: experimental, para o qual foi apresentada uma imagem de um indivíduo consumindo crack (G1), e controle (G2), para o qual não foi apresentada nenhuma imagem. A amostra foi composta por 109 sujeitos (G1 = 50 e G2 = 59) do sexo masculino, internados por causa da dependência do crack. Os instrumentos utilizados foram: Entrevista Clínica com dados sociodemográficos, CCQ-B Versão Adaptada para o Crack, Escala Analógico-Visual do Craving, Inventários Beck de Ansiedade e de Depressão e o Estímulo Visual indutor de craving para o G1. Resultados: Na análise fatorial, foram encontrados dois fatores: o fator 1, relacionado ao craving propriamente dito, e o fator 2, relacionado à percepção da falta de controle do uso do crack. Os dois fatores apresentaram variância total de 68,84%, e a correlação entre os fatores foi significativa e de baixa intensidade (r = 0,204; p = 0,041). O alfa de Cronbach do seu total de pontos foi 0,85. O instrumento no total de pontos foi correlacionado com a Escala Analógico-Visual (r = 0,515; p < 0,01). Conclusão: O CCQ-B - Versão Brasileira Adaptada para o Crack demonstrou ser, psicometricamente, satisfatório para utilização em pesquisas e em ambiente clínico.
Resumo:
OBJETIVOS: Verificar as alterações da composição corporal e de parâmetros antropométricos de dependentes de crack internados para tratamento da adição. MÉTODOS: Estudo de coorte prospectivo, com 40 voluntários masculinos dependentes de crack, de 18 a 60 anos, em tratamento. Foram aferidos parâmetros antropométricos e de composição corporal, por meio de bioimpedância elétrica, na internação e alta hospitalar. RESULTADOS: Com idade média de 29,3 ± 6,9 anos, os pacientes tiveram, durante a abstinência, aumento de peso de 7,6 ± 3,7 kg; 11,6 ± 6,4% do peso corporal; 5,6 ± 4,2 cm de circunferência de cintura. Houve aumento de 4,2 ± 3,2 kg de gordura, 3,5 ± 3,0 kg de massa magra e de 2,5 ± 2,6 litros de água. Ao se internarem, 75% estavam eutróficos, 17,5% apresentavam sobrepeso e 5% apresentavam desnutrição, valores que, na alta, se alteraram para 50% de eutrofia e 47,6% de sobrepeso (IMC - Índice de Massa Corporal). Observou-se que a média de ganho de peso foi maior nas duas primeiras semanas de internação. CONCLUSÃO: Ao longo da internação, foram identificados ganho de peso e alterações de composição corporal e nos parâmetros antropométricos dos pacientes, refletindo em migração da eutrofia para o sobrepeso em parcela expressiva deles.
Resumo:
Objetivo O estudo visa avaliar a técnica cognitiva substituição por imagem positiva (SIP) no manejo do craving em dependentes de crack. Métodos Ensaio clínico do tipo quase-experimental de análise quantitativa. Amostra por conveniência, composta por 34 homens dependentes de cocaína/crack. Tinham o crack como a droga de escolha, haviam utilizado essa substância pela última vez entre 10 e 20 dias antes do início do tratamento. Os instrumentos aplicados foram: Cocaine Craving Questionnaire-Brief (CCQB), Escala Analógica Visual (EAV) para avaliar o craving e o quanto a técnica ajudou e uma ficha com dados sociodemográficos (FSD). Foram realizadas intervenções individuais. Inicialmente, foram aplicados o CCQB, a EAV e a FSD. Depois, os pacientes foram expostos a objetos relacionados ao uso do crack e foram reaplicados os instrumentos CCQB e EAV para mensuração da fissura. A seguir, foi realizada a técnica cognitiva substituição por imagem positiva e foram aplicados, pela terceira vez, o CCQB e a EAV. Resultados Os resultados desta pesquisa demonstraram uma redução dos escores do CCQB e da EAV pela técnica cognitiva SIP em uma amostra cujo perfil corresponde ao padrão geral dos usuários de crack. Conclusão Este estudo, apesar de algumas limitações metodológicas, sugere que a técnica cognitiva substituição por imagem positiva pode ser uma estratégia efetiva no manejo do craving em dependentes de crack.
Resumo:
Objetivo Identificar o estado nutricional e hábitos alimentares de pacientes masculinos em recuperação de dependência química em acompanhamento ambulatorial de uma unidade de adição. Métodos Estudo transversal com 25 pacientes adultos em tratamento ambulatorial para dependência química. Foram aferidos parâmetros antropométricos (peso, estatura, circunferência da cintura e índice de massa corporal) e de composição corporal (bioimpedância elétrica), e foram investigados hábitos alimentares (Questionário de Frequência Alimentar – QFA). As variáveis categóricas são apresentadas como frequências e percentuais e as variáveis contínuas, como média e desvio-padrão ou como mediana e intervalo interquartil. Resultados Observou-se índice de massa corporal médio de 27,73 ± 4,15 kg/m2, com prevalência de sobrepeso de 80% e obesidade de 8%. A média da circunferência da cintura foi de 96,60 ± 9,84 cm e a de percentual de gordura corporal, de 23,24 ± 6,44. A maior parte da amostra estudada [20 (80%)] refere realizar quatro ou mais refeições por dia e 72% referiram aumento do consumo alimentar no período de abstinência. A preferência por alimentos específicos no período de abstinência foi relatada por 12 (48%) pacientes. Em relação ao consumo de alimentos ultraprocessados, destaca-se o consumo diário de pão francês (68%), pães brancos de forma (16%), sucos artificiais (48%), refrigerantes (32%), queijo amarelo (36%), embutidos com alto teor de gordura (36%) e balas e chicletes (32%). Conclusão Os resultados mostram prevalência elevada de sobrepeso e obesidade, além de medida de circunferência da cintura alterada, relato de aumento da ingestão alimentar e consumo diário e semanal elevado de alimentos ultraprocessados.
Resumo:
OBJETIVO: Comparar a mortalidade por doenças do coração e pela doença coronária (DC) nas faixas etárias dos 45 aos 64 anos, no período 1984-87, em capitais brasileiras com outros países. MÉTODOS: Foram utilizadas as estatísticas oficiais de mortalidade de 8 capitais com boa qualidade de informação: Belém, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre e analisadas as doenças do coração [DC (410-414), mais insuficiência cardíaca (428), mais hipertensão (401-404)] e, isoladamente, a DC. A população foi a determinada nos Censos Demográficos de 1980 e 1991. RESULTADOS: A comparação com outros países mostrou que: a) as taxas de mortalidade por doenças do coração situam algumas cidades brasileiras na posição intermediária (Hungria, Rio de Janeiro, Finlândia, Porto Alegre e Polônia) e entre as mulheres no topo (Rio de Janeiro, Curitiba, Hungria, Porto Alegre, Inglaterra e Gales); b) DC apresentou o mesmo padrão (intermediário alto) das doenças do coração entre os homens (Finlândia, Hungria, Inglaterra e Gales, Porto Alegre e Rio de Janeiro). Entre as mulheres, repetiu-se a situação das doenças do coração (Rio de Janeiro, Curitiba, Hungria, Porto Alegre, Inglaterra e Gales). CONCLUSÃO: A comparação com outros países das taxas de mortalidade ajustadas por idade na faixa etária dos 45-64 anos no período 1984-87 mostrou que as cidades brasileiras estudadas têm altas taxas de mortalidade para as doenças do coração, principalmente entre as mulheres, em valores tão ou mais elevados do que os da Europa e dos Estados Unidos.
Resumo:
OBJETIVO: Testar um novo dispositivo simplificado de medição chamado rastreômetro, que poderia ser usado pelos Agentes de Saúde. MÉTODOS: O rastreômetro foi desenvolvido a partir de um esfigmomanômetro aneróide convencional, no qual se cobriu o visor do aneróide com um adesivo, cujo desenho tem uma faixa vermelha, indicativa de pressões > 140 mmHg e uma faixa amarela, indicativa de pressões < 140 mmHg. O início das oscilações da agulha do esfigmomanômetro é considerado indicativo da pressão arterial sistólica. As medições pelo rastreômetro foram comparadas com aquelas realizadas pelo método auscultatório em 268 pacientes, por dois operadores. A influência, sobre os resultados, de variáveis que podem causar confusão, como idade, sexo, IMC, comprimento do braço, circunferência do braço, cor da pele e presença de tratamento anti-hipertensivo, foram levadas em consideração, assim como a variação intra e interobservador. RESULTADOS: No grupo como um todo, a sensibilidade foi de 95,1%, a especificidade foi de 63,1%, o valor preditivo positivo foi de 62,4% e o valor preditivo negativo foi de 95,3%. O tratamento anti-hipertensivo afetou significativamente a especificidade, de 32,7%, em comparação com 77,8%, no grupo não medicado. Os dois operadores melhoraram seus resultados ao longo do tempo. CONCLUSÃO: Este estudo sugere que a técnica do rastreômetro, como método de triagem para hipertensão, tem boa sensibilidade. Quanto à especificidade, ela é aceitável se os pacientes não estiverem sob tratamento anti-hipertensivo regular. Nesse último caso, pode ser melhorada pela padronização adequada da leitura da pressão sistólica pelas oscilações da agulha. Além disto, o uso dessa técnica requer operadores bem treinados.
Resumo:
El proyecto propone realizar estudios multidisciplinarios para profundizar el conocimiento sobre las peculiaridades morfológicas, sistemáticas y evolutivas en géneros americanos -con especial referencia a los que crecen en nuestro país- de la familia Solanaceas. Los géneros a estudiar desde el punto de vista taxonómico son: Larnax Miers, Grabowskia Schlecht., Hawkesiophyton Hunz., Cestrum L., Sessea R. et P. y Nicotiana L. El polen se analizará en representantes de Latua Phil., Nierembergia R. et P., Bouchetia Dunal y Salpiglossis R.et P. Además, se profundizará en el conocimiento de las estructuras estaminales en las tribus Jaboroseae Miers, Datureae Rchb., Juanulloeae Hunz., Francisceae G. Don y Browallieae Hunz. Con la información obtenida, se apuntará a ratificar o rectificar -mediante estudios micromorfológicos comparativos- los sistemas clasificatorios vigentes.
Resumo:
FUNDAMENTO: A arginina-vasopressina (AVP) tem sido amplamente utilizada no tratamento do choque vasodilatador. Entretanto, há muitas questões relativas ao seu uso clínico, especialmente em altas doses, pois sua utilização pode estar associada a efeitos cardíacos adversos. OBJETIVO: Investigar os efeitos cardiovasculares da AVP em infusão IV contínua nos parâmetros hemodinâmicos em cães. MÉTODOS: Dezesseis cães saudáveis sem raça definida, anestesiados com pentobarbital, receberam um cateter intravascular e foram aleatoriamente designados para dois grupos: controle (solução salina - placebo; n=8) e AVP (n=8). O grupo do estudo recebeu infusão de AVP por três períodos consecutivos de 10 minutos a doses logaritmicamente progressivas (0,01; 0,1 e 1,0 U/kg/min), a intervalos de 20 minutos. A frequência cardíaca (HR) e as pressões intravasculares foram continuamente registradas. O debito cardíaco foi medido através do método de termodiluição. RESULTADOS: Nenhum efeito hemodinâmico significante foi observado durante a infusão de 0,01 U/kg/min de AVP, mas com as doses mais altas, de 0,1 e 1,0U/kg/min, houve um aumento progressivo na pressão arterial média (PAM) e índice de resistência vascular sistêmica (IRVS), com significante diminuição na frequência cardíaca (FC) e índice cardíaco (IC). Com a dose de 1,0 U/kg/min, também foi observado um aumento significante no índice de resistência vascular pulmonar (IRVP), principalmente devido à diminuição no IC. CONCLUSÃO: A AVP em doses entre 0,1 e 1,0 U/kg/min resultou em significantes aumentos na PAM e no IRVS, com efeitos inotrópicos e cronotrópicos negativos em animais saudáveis. Embora essas doses sejam de 10 a 1.000 vezes maiores do que as rotineiramente utilizadas no tratamento do choque vasodilatador, nossos dados confirmam que a AVP deveria ser usada cuidadosamente e sob rígida monitoração hemodinâmica na prática clínica, especialmente se doses maiores do que 0,01 U/kg/min forem necessárias.