991 resultados para Obesidade Prevenção - Teses
Resumo:
A presente investigao teve como principal objetivo explorar a associao entre o ndice de massa corporal, percepo corporal e morbidade psiquitrica menor (MPM) em uma populao de funcionrios tcnico-administrativos de uma Universidade Pblica do Rio de Janeiro. Foi realizado um estudo seccional (tipo censo) entre 3892 funcionrios da Universidade com idade entre 20 e 81 anos. A morbidade psiquitrica menor foi definida a partir de um instrumento utilizado para rastreamento de distrbios psiquitricos menor na populao geral (GHQ-12). Encontrou-se nesta populao uma prevalncia de morbidade psiquitrica menor de 22,3% para homens e 34,5% para mulheres. Elegeu-se para anlise dos dados o mtodo de regresso logstica multivariada, considerando no modelo o IMC e a percepo corporal como variveis explicativas e morbidade psiquitrica menor como varivel desfecho. No foi encontrada associao entre o IMC e morbidade psiquitrica menor, mesmo aps o ajuste por sexo, idade, atividade fsica, renda familiar e morbidade referida. A percepo corporal, entretanto, se mostrou associada a presena de morbidade psiquitrica menor. Sentir-se fora do peso considerado como ideal esteve associado a presena de sofrimento psquico em homens e mulheres.
Resumo:
A compulso alimentar est associada a diversas doenas, entre elas, a obesidade.Com o intuito de pesquisar a diferena hormonal ligada ao controle da fome e da saciedade associada ao episdio de compulso alimentar (ECA), avaliou-se a concentrao srica dos hormnios que regulam este processo em mulheres adultas. Mtodos: O estudo experimental foi composto de 3 grupos (n=23), sendo: grupo Eutrfico (GE;n=8), grupo obeso sem ECA (GO;n=7) e obesas com ECA (ECA;n=8). Todas as mulheres que participaram do estudo freqentavam os servios de sade da Policlnica Piquet Carneiro. Foram dosados os hormnios: Grelina Total, Glucagon, Adiponectina, Amilina, Peptdeo C, GLP-1, Insulina e Leptina sricos nos tempos: jejum, 15 e 60 minutos aps a ingesto da refeio fornecida. As refeies ingeridas foram controladas em energia, 55% carboidratos, 15% protenas, 30% lipdios. Os dados foram analisados como valores mdios por grupo em software SAS, considerando p<0,05. Resultados: A idade das mulheres estudadas variou de 32 a 50 anos. A concentrao de adiponectina encontrada, que inversamente proporcional a adiposidade, foi significativamente menor no grupo ECA em relao aos demais grupos (p=0,01). Em relao leptina, o grupo GO apresentou concentrao maior em relao aos demais grupos (p<0,0001). J, a concentrao de grelina encontrada foi significativamente menor no grupo ECA em relao aos demais grupos (p=0,02). Foram encontradas concentraes significativamente maiores de insulina no grupo GO em relao aos demais grupos (p=0,04). A concentrao de amilina encontrada foi significativamente maior no grupo GO em relao aos outros grupos (p=0,01). A concentrao de GLP-1 encontrada no grupo GO foi maior em mdia, porm esta diferena no foi estatisticamente significativa entre os grupos (p=0,25). A concentrao de Peptdeo C encontrada no grupo GO foi maior em relao aos outros grupos (p=0,003). Apesar da concentrao de Glucagon no grupo ECA ser maior em relao aos demais grupos, estes valores no eram diferentes estatisticamente (p=0,13). Nossos achados mostraram que obesas ECA tem perfil hormonal diferente de obesas sem ECA. A baixa concentrao de grelina do grupo de obesas ECA e a alta concentrao de insulina, peptdeo C e amilina nas obesas com e sem ECA pode estar relacionado com o aumento da ingesto alimentar e com o desequilbrio energtico.
Resumo:
O objetivo deste trabalho determinar o tempo decorrido e fatores relacionados a sobrevida, a partir do diagnstico da AIDS dos pacientes atendidos no Centro de Pesquisa Hospital Evandro Chagas (CPqHEC). Comparar a sobrevida segundo os critrios definio de caso de AIDS estabelecidos pelo Centro de controle de doenas e prevenção dos EUA (CDC) em 1987 e 1993 e pelo Ministrio da Sade Brasil em 1998. De um total de 1591 indivduos com sorologia positiva para HIV, cadastrados entre 1986 a 1999, foi selecionada uma amostra aleatria sistemtica com 392 indivduos, sendo identificados 193 casos de AIDS pelo critrio CDC 1993. A sobrevida foi considerada como o tempo decorrido da data do diagnstico da AIDS ao bito (falha), sendo a censura definida para os pacientes com perda de seguimento ou que permaneceram vivos at dezembro de 2000, com a data da censura igual a data do ltimo atendimento. A durao da sobrevida foi descrita atravs do mtodo de Kaplan-Meier, sendo comparadas as funes de sobrevida das categorias das variveis pelo teste log-rank. Um modelo com os co-fatores de maior relevncia na sobrevida foi ajustado, utilizando-se o modelo dos riscos proporcionais de Cox. Dos 193 pacientes com AIDS, 92 (47,7%) morreram, 21 (10,9%) abandonaram o tratamento, e 80 (41,7%) permaneceram vivos at o fim do estudo. Encontramos sobrevida relativamente alta nos trs critrios de definio de caso avaliados, em parte explicada pelos casos serem procedentes de um nico hospital de pesquisa, com alto grau de conhecimento na conduo da doena. A profilaxia primria para PPC foi preditor de melhor sobrevida. Casos com AIDS definida por herpes zoster apresentaram melhor prognstico e os definidos por duas doenas o pior prognstico.
Entre a vulnerabilidade e a excluso : pessoas portadoras de deficincia fsica face nova questo social
Resumo:
O objetivo deste trabalho analisar a situao de excluso social gerada pela nova ordem poltico-econmica global, para com as pessoas portadoras de deficincia e, em especial, na Colmbia. A presente anlise, mais do que ratificar um estado de excluso definido pelo estigma social, pretende reinscrever a trajetria desse grupo na dinmica mais ampla que configura a nova questo social. Busca-se, ento, entender o modo pelo qual os circuitos e mecanismos criados pelo Estado liberal, em nome da eficincia econmica, acabaram recriando novas formas de desigualdade e riscos de excluso que afetam os membros desse grupo. Especial destaque dado aos debates e controvrsias levantados em torno da dialtica excluso/integrao em sua relao com os critrios mdicos de avaliao funcional, a natureza do Estado e as polticas pblicas. Na especificidade do Estado colombiano, analisada a ambio e os limites do programa governamental Poltica de Prevenção e Ateno as Pessoas Portadoras de Deficincia.
Resumo:
O presente estudo avaliou os padres de consumo alimentar entre adultos brasileiros e a sua associao com o ndice de Massa Corporal (IMC). Em 1996/1997, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), coletou dados antropomtricos, de consumo alimentar e socioeconmicos de 9351 indivduos entre 20 e 60 anos, moradores das reas urbanas e rurais das regies Nordeste e Sudeste do Brasil. Atravs da anlise de componentes principais foram identificados os padres de consumo alimentar. A associao entre os padres de consumo alimentar e o IMC foi avaliado atravs de regresso linear. A prevalncia de obesidade (IMC >= 30 kg/rn2) foi de 2,7% entre homens moradores das reas rurais e em torno de 8,0% para os moradores da rea urbana, em ambas as regies. Entre as mulheres, esta prevalncia na rea rural foi de 6,5% no Nordeste, 14,3% no Sudeste e em torno de 12% nas reas urbanas. A prevalncia de sobrepeso (IMC>= 25 kg/m2) na rea rural foi, aproximadamente, 20,0%para o sexo masculino e 24,0% para o sexo feminino, ficando ao redor de 30% nas reas urbanas. Identificou-se trs padres de consumo: o padro 1 (misto), com o consumo de quase todos os alimentos, o padro 2, um padro a base de arroz, farinha e feijo, composio caracterstica da dieta tradicional do brasileiro, e o padro 3, onde poucos alimentos explicaram a variao de consumo, contudo, estes alimentos variaram nas quatro reas. Ajustando-se para idade, renda, escolaridade e atividade fsica, o padro misto associou-se positivamente com o IMC (p<0,003), exceto no Sudeste rural (p=016). A dieta tradicional no Sudeste rural (p=0,007) e o padro 3, composto por tubrculos, farinha e carne, no Nordeste urbano (p=O,0004), associaram-se negativamente com o IMC. Concluiu-se que o padro misto se associou positivamente ao IMC, sugerindo que o consumo calrico total, mais do que o padro da dieta, explicaria o aumento da obesidade observado no Brasil.
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A tuberculose (TB) uma doena infecto-contagiosa causada pelo complexo Mycobacteruim tuberculosis. A melhor forma de prevenção se baseia na deteco e na cura dos casos. Um diagnstico acurado de TB seria essencial para a identificao e tratamento dos pacientes. O diagnstico laboratorial recomendado baseia-se na baciloscopia e na cultura de material clnico. Novos mtodos, os quais empregam tcnica gentica baseada na amplificao e deteco do DNA bacteriano ou do RNA, visam melhorar a velocidade, sensibilidade e especificidade da deteco da bactria. O principal teste desse grupo o mtodo da reao da cadeia da polimerase (PCR). Entretanto, h discordncia na literatura quanto as dados de validade da PCR aplicada ao diagnstico de tuberculose. O presente estudo realizou uma meta-anlise sobre o teste da PCR no diagnstico de TB. O mtodo estatstico usado estimou efeitos do teste entre os estudos primrios. A sensibilidade e a especificidade foram calculadas de acordo com as suas definies: Sensibilidade = TPR, taxa de verdadeiros positivos e Especificidade = 1 FPR, onde FPR = taxa de falsos positivos. Calculamos os logit de TPR e FPR a soma e suas diferenas e fizemos uma back transformao aos eixos de TPR vs. FPR com posterior construo da curva SROC (Moses & Shapiro, 1993). A curva SROC representa uma estimativa da medida de acurcia do teste ndice a qual ajustada pelo ponto de corte tanto quanto pela interdependncia dos valores de sensibilidade e especificidade obtidos de cada estudo. Foram localizados 1375 artigos atravs de busca base de dados do Medline no perodo de 1988 a 2000. Considerando os critrios de elegibilidade, foram aceitos 111 artigos. A caracterizao dos estudos, a validade e a sua aplicabilidade foram apreciadas. A medida combinada de todos os estudos foi de 0,86 para a sensibilidade e 0,95 para a especificidade usando-se o mtodo de efeitos aleatrios. A PCR in-house apresentou melhor performance do que a Amplicor. O AMTD obteve os maiores valores de acurcia possivelmente devido o rRNA apresentar mltiplas cpias por clula. Diante das evidncias, a PCR se constitui num teste complementar para tuberculose devendo ter critrios prprios para a sua utilizao. No entanto, este teste no contempla os atributos requeridos para a substituio da baciloscopia na rotina diagnstica.
Resumo:
O Brasil um dos maiores consumidores per capita de acar e estudos tm mostrado um papel especfico do consumo excessivo de acar no ganho de peso. Com o aumento do ganho de peso observado em vrios pases, e tambm no Brasil, importante testar quais mensagens, estratgias e propostas de interveno seriam eficazes na prevenção dessa epidemia. Os dados reportados so referentes a um ensaio randomizado por conglomerado, controlado, conduzido em 20 escolas municipais na cidade metropolitana de Niteri no Estado de Rio de Janeiro, de maro a dezembro de 2007, que testou a eficcia de orientaes para merendeiras objetivando reduzir a disponibilidade de acar e de alimentos fontes de acar na alimentao escolar e no consumo delas. A interveno consistiu em um programa de educao nutricional nas escolas usando mensagens, atividades e material educativo que encorajassem a reduo da adio de acar na alimentao escolar pelas merendeiras e no consumo delas. A reduo da disponibilidade per capita de acar pelas escolas foi analisada atravs de planilhas com dados da utilizao dos itens do estoque. O consumo individual das merendeiras foi avaliado atravs de questionrio de freqncia de consumo alimentar. As medidas antropomtricas e bioqumicas foram realizadas de acordo com tcnicas padronizadas. As escolas de interveno apresentaram maior reduo da disponibilidade per capita de acar quando comparadas s escolas controle (-6,0 kg vs. 3,4 kg), mas sem diferena estatisticamente significante. Houve reduo no consumo de doces e bebidas aucaradas nas merendeiras dos dois grupos, mas o consumo de acar no apresentou diferenas estatisticamente significativas entre eles. Houve reduo do consumo de energia total nos dois grupos, mas sem diferena entre eles, e sem modificao dos percentuais de adequao dos macronutrientes em relao ao consumo de energia. Ao final do estudo somente as merendeiras do grupo de interveno conseguiram manter a perda de peso, porm sem diferena estatisticamente significante. A estratgia de reduo da disponibilidade e do consumo de acar por merendeiras de escolas pblicas no atingiu o principal objetivo de reduo de adio de acar. Uma anlise secundria dos dados avaliou a associao entre a auto-percepo da sade e da qualidade da alimentao com o excesso de peso e concentrao elevada de colesterol srico das merendeiras na linha de base. As perguntas de auto-percepo foram coletadas por entrevista. Dentre as que consideraram a sua alimentao como saudvel, 40% apresentavam colesterol elevado e 61% apresentavam excesso de peso vs. 68% e 74%, respectivamente, para as que consideraram a sua alimentao como no-saudvel. Dentre as que consideraram a sua sade como boa, 41% apresentavam colesterol elevado e 59% apresentavam excesso de peso vs. 71% e 81%, respectivamente, para as que consideraram a sua sade como ruim. A maioria das mulheres que relatou ter alimentao saudvel apresentou maior frequncia de consumo de frutas, verduras e legumes, feijo, leite e derivados e menor freqncia de consumo de refrigerante. Conclui-se que perguntas nicas e simples como as utilizadas para a auto-avaliao da sade podem tambm ter importncia na avaliao da alimentao.
Resumo:
A responsabilidade civil do advogado um tema que merece destaque sob a perspectiva civil constitucional. A abrangncia dessa relao jurdica pelo Cdigo de Defesa do Consumidor e a natureza negocial multiforme da relao estabelecida entre o advogado e o cliente, cuja normativa deve ser estabecida tendo em vista o caso concreto, so pontos de destaque desse trabalho, assim como a aplicabilidade do consentimento informado. Nessa toada, pretende-se conferir o enfoque funcional a partir da releitura das classificaes tradicionais da responsabilidade civil em contratual, extracontratual, subjetiva, objetiva e entre as obrigaes de meio e resultado para em seguida, analisarmos das hipteses mais frequentes de responsabilizao, quais sejam: a perda de uma chance, o abuso do direito processual e a reverso de liminares revertidas ao final do processo. Por fim, dentre as tendncias de prevenção e precauo de danos da responsabilidade civil, revela-se a formalizao de seguros de responsabilidade profissional para advogados.
Resumo:
Este estudo objetivou analisar e comparar a incorporao psicossocial do HIV/AIDS entre adolescentes soropositivos considerando os diferentes meios de transmisso: vertical e sexual. Trata-se de um estudo de natureza descritiva, com abordagem qualitativa, fundamentado na teoria das representaes sociais, na perspectiva da Psicologia Social. Foram estudados 30 adolescentes soropositivos atendidos em um Hospital Universitrio do Rio de Janeiro. Foi utilizada como tcnica de coleta de dados entrevistas semi-estruturadas e dois instrumentos de coleta: um questionrio de caracterizao dos sujeitos e um roteiro temtico que guiou as entrevistas. As entrevistas foram gravadas e os contedos transcritos e analisados conforme a tcnica de anlise de contedo temtica. O resultado evidenciou que o significado do HIV/AIDS para os sujeitos, numa anlise geral, marcado predominantemente por sentimentos negativos como medo e sofrimento. Imagens comuns aos dois grupos foram da morte e destruio, assim como o preconceito foi um importante contedo representacional. Ao comparar os dois grupos percebe-se que os elementos mais presentes na representao de adolescentes contaminados por relao sexual so sofrimento e o medo, com uma dimenso imagtica associada morte. O uso do preservativo tambm outro contedo representacional marcante nos discursos deste grupo. A sexualidade est incorporada na representao relacionada s dificuldades com a mesma ps descoberta do vrus. J os adolescentes contaminados por transmisso vertical tiveram como elementos mais presentes a aceitao e conformao da doena. O tratamento torna-se um importante contedo da representao para este grupo, relacionando-o ao cuidado sade e a imunodeficincia. Conclui-se, ento, que a escolha do estudo das representaes sociais e das tcnicas de anlise utilizadas foram pertinentes, pois permitiram identificar os principais elementos constituintes da representao social do HIV/AIDS, comparando as diferenas representacionais nos dois grupos de adolescentes estudados. Estes resultados serviro para reflexo crtica de profissionais de sade , tanto na contribuio para repensar estratgias de educao em sade para prevenção de DST/AIDS, quanto no posicionamento diante de adolescentes soropositivos.
Resumo:
A Periodontite e a Sndrome Metablica (SM) podem estar associadas com inflamaes sistmicas e resistncia insulnica, e assim as duas condies poderiam estar interrelacionadas. O objetivo deste estudo foi investigar a condio periodontal de pacientes no diabticos com a SM, e avaliar sua relao com os valores dos componentes metablicos da SM. Foram selecionados 165 pacientes no diabticos com SM, 135 dentados (31 homens e 104 mulheres) entre 30 e 82 anos e 30 edentados. Sessenta e quatro pacientes no diabticos e sem SM foram divididos em dois grupos: grupo saudvel periodontalmente e grupo com Periodontite Severa. A avaliao da SM foi baseada nos critrios definidos pela Federao Internacional de Diabetes em 2005. Excluindo os edentados do grupo de pacientes com SM, 14,8% pacientes eram saudveis periodontalmente, 40,7% com Periodontite moderada e 44,4% com Periodontite Severa. Entre os marcadores sistmicos do grupo com SM, somente o IMC do grupo com Periodontite no severa foi significativamente maior quando comparado ao grupo com Periodontite Severa e ao grupo desdentado. A extenso e severidade da doena periodontal nos pacientes com Periodontite Severa com ou sem SM eram semelhantes. Pacientes com Periodontite Severa e SM tinham valores mdios de glicemia, circunferncia da cintura, presso arterial sistlica e IMC significativamente maiores do que os observados nos pacientes com Periodontite Severa sem SM. No grupo sem SM os pacientes com Periodontite Severa apresentaram valores de HDL e circunferncia da cintura significativamente diferentes dos pacientes saudveis periodontalmente. Concluindo,a Periodontite Severa em pacientes com a SM e sem o Diabetes apresenta um padro semelhante a indivduos sem a SM. Pacientes com Periodontite Severa sem diagnstico de SM devem ser investigados para SM.
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O cncer de colo do tero persiste como um importante problema de sade em todo o mundo, em particular nos pases em desenvolvimento. Duas vacinas contra o papilomavirus humano (HPV) encontram-se atualmente disponveis e aprovadas para uso em meninas adolescentes, antes do incio da vida sexual: uma bivalente, contra os sorotipos 16 e 18 e outra quadrivalente, contra os sorotipos 6, 11, 16 e 18. Estes imunobiolgicos tm por objetivo induzir uma imunidade contra o papilomavrus e, desta forma, atuar na prevenção primria do cncer do colo de tero. As avaliaes econmicas podem ser um elemento que auxiliem nos processos de tomada de deciso sobre a incorporao da vacina em programas de imunizao nacionais. Estas avaliaes foram o objeto central deste trabalho, que teve como objetivo sintetizar as evidncias procedentes de uma reviso sistemtica da literatura de estudos de avaliao econmica da utilizao da vacina contra o HPV em meninas adolescentes e pr-adolescentes. Foi realizada uma busca na literatura nas bases MEDLINE (via Pubmed), LILACS (via Bireme) e National Health Service Economic Evaluation Database (NHS EED) ate junho de 2010. Dois avaliadores, de forma independente, selecionaram estudos de avaliao econmica completa, que tivessem como foco a imunizao para HPV em mulheres com as vacinas comercialmente disponveis direcionada populao adolescente. Aps a busca, 188 ttulos foram identificados; destes, 39 estudos preencheram os critrios de elegibilidade e foram includos na reviso. Por tratar-se de uma reviso de avaliaes econmicas, no foi realizada uma medida de sntese dos valores de relao incremental entre custos e efetividade. Os 39 artigos includos envolveram 51 avaliaes econmicas em 26 pases. Predominaram estudos de custo-utilidade (51%). Do ponto de vista da perspectiva da anlise, predominou o dos sistemas de sade (76,4%). A maioria dos trabalhos (94,9%) elegeu meninas, com idade entre 9 e 12 anos, como sua populao alvo e desenvolveu simulaes considerando imunidade para toda a vida (84,6%). Os modelos utilizados nos estudos foram do tipo Markov em 25 anlises, de transmisso dinmica em 11 e hbridos em 3. As anlises de sensibilidade revelaram um conjunto de elementos de incerteza, uma parte significativa dos quais relacionados a aspectos vacinais: custos da vacina, durao da imunidade, necessidade de doses de reforo, eficcia vacinal e cobertura do programa. Estes elementos configuram uma rea de especial ateno para futuros modelos que venham a ser desenvolvidos no Brasil para anlises econmicas da vacinao contra o HPV.
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Trata-se de uma pesquisa qualitativa cujo objeto a percepo da enfermeira sobre a prtica do aleitamento materno no contexto da feminilizao da Aids. Tem por objetivos: analisar a percepo das enfermeiras de maternidade sobre a prtica do aleitamento materno e a feminilizao da Aids e discutir a prtica da enfermeira em relao ao aleitamento materno a partir da feminilizao da Aids. Os sujeitos do estudo foram nove enfermeiras de trs maternidades municipais do Rio de Janeiro que possuem ttulo de Hospitais Amigo da Criana. A coleta de dados foi realizada atravs de entrevistas semi-estruturadas. A tcnica de anlise do contedo foi baseada em Bardin. Emergiram trs categorias: a) A percepo da enfermeira sobre sua prtica quanto ao aleitamento materno; b) As percepes da enfermeira sobre a feminilizao da Aids; c) A prtica da enfermeira em relao ao aleitamento materno a partir da feminilizao da Aids. Constatamos que a enfermeira percebe sua prtica em relao ao aleitamento materno sob influncia das Polticas Pblicas voltadas para a promoo e proteo do mesmo, como a Iniciativa Hospital Amigo da Criana e o Alojamento Conjunto. Em relao Aids, o advento da feminilizao surpreende as enfermeiras que reagem com indignao, tristeza, medo e angstia. Estes sentimentos justificam-se, pois, para elas, pensar soropositividade em mulheres significa priv-las de exercer sua sade reprodutiva e sexual plenamente, ou seja, os papis esperados socialmente de uma mulher, como ser me e amamentar. A condio social e sexual da mulher (gnero) tambm emergiu dos depoimentos como determinantes para soropositividade. Ao perceberem sua prtica s mulheres soropositivas nas maternidades, as enfermeiras apontam dificuldades geradas pela dicotomia (incentivo ao aleitamento materno e inibio da lactao) tanto para elas profissionais quanto para as mulheres que no podem amamentar. O processo de feminilizao e os investimentos e recursos voltados para este acarretaram mudanas na prtica da enfermeira, que refere mais segurana pessoal aps disponibilizao de teste rpido para HIV e cursos de capacitao para os profissionais. Alm da prtica voltada para as questes tcnicas, apontam uma nova abordagem s mulheres soropositivas, como o objetivo de no exp-las s outras purperas nas enfermarias de alojamento conjunto. Desta maneira, constatamos que as mudanas ocorridas nas prticas das enfermeiras esto relacionadas com o estabelecimento de polticas pblicas voltadas para a amamentao e o HIV/Aids. Os valores pessoais ainda interferem na prtica das enfermeiras, e a Aids ainda vista como uma doena possuidora de estigmas tanto sociais quanto culturais. Reforamos a necessidade de estratgias que possam diminuir a divergncia das Polticas de Incentivo ao Aleitamento Materno e as de Prevenção Transmisso Vertical, a fim de qualificar a prtica de enfermagem s mulheres soropositivas.
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O Centro Cirrgico um servio especializado com estrutura fsica e organizacional complexa, normas e rotinas rigorosas, intensa atividade tcnica, aparato tecnolgico que requer profissionais treinados. A pesquisa teve como objeto de estudo os fatores de riscos ocupacionais e os problemas de sade decorrentes do trabalho, identificados pelos profissionais de enfermagem de um Centro Cirrgico de um Hospital Universitrio da cidade do Rio de Janeiro. Os objetivos foram: analisar os fatores de riscos ocupacionais que possibilitam o aparecimento de problemas de sade nos profissionais de enfermagem do Centro Cirrgico segundo esses trabalhadores; descrever as caractersticas sociodemogrficas dos profissionais lotados no Centro Cirrgico; levantar os fatores de risco do ambiente cirrgico identificados pelos trabalhadores de enfermagem do Centro Cirrgico de um Hospital Universitrio; e, discutir a relao entre os riscos do ambiente de trabalho e os problemas de sade autoreferidos por trabalhadores de enfermagem do Centro Cirrgico. A metodologia usada foi uma pesquisa no-experimental, de natureza descritiva, com abordagem quantitativa, desenvolvida em um centro cirrgico de um hospital universitrio federal da cidade do Rio de Janeiro. A populao escolhida foi composta de trabalhadores da equipe de enfermagem, lotados no mnimo h seis meses neste servio e que aceitassem participar da pesquisa. O questionrio de coleta de dados utilizado foi adaptado por Mauro dos Guias e Avaliao de riscos em indstrias de Boix e Vogel. O estudo foi submetido e aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa (CEP) do Hospital Universitrio em estudo, atravs Parecer Consubstanciado no. 287/10, protocolo no. 217/09. Os dados foram analisados atravs do Programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), verso 13.0. Os riscos biolgicos foram os mais apontados pelos trabalhadores de enfermagem, seguidos dos riscos qumicos, ergonmicos e de acidentes ou mecnicos. As doenas provocadas pelo trabalho mais referidas foram o estresse, a lombalgia, as varizes, a fadiga muscular e os problemas de articulao. As doenas agravadas pelo trabalho mais citadas foram as varizes, a lombalgia, os problemas de articulao, o estresse, as leses de coluna vertebral, os problemas digestivos e os transtornos do sono. Conclui-se que o Servio estudado possui riscos inerentes s atividades desenvolvidas que caracterizam os problemas relacionados pelos trabalhadores, e que so passveis de controle atravs da intensificao de um Programa de Prevenção de Riscos Ambientais voltado para o Centro Cirrgico. A partir da NR 17 e a 32, pode-se consultar as diretrizes para prevenção dos riscos encontrados. Uma estratgia de reposio digna de pessoal de enfermagem imprescindvel, assim como estudo e implantao de um Programa de Prevenção de Riscos laborais aos trabalhadores do Centro Cirrgico, e utilizao do questionrio aos demais membros da equipe multiprofissional.
Resumo:
A exposio materna durante o perodo gestacional a uma dieta restrita em protenas (LP) prejudica o desenvolvimento do pncreas endcrino em sua prole e aumenta a susceptibilidade hipertenso, diabetes e obesidade na vida adulta. H evidncias de que esse fenmeno pode persistir em geraes subsequentes. Objetivou-se avaliar o efeito da restrio proteica sobre o metabolismo da glicose e morfometria pancretica na prole F3 de camundongos ao nascimento e ao desmame. Para tanto, fmeas virgens de camundongos Suos (F0) foram acasaladas e receberam dieta normo-proteica (19% de protena - NP) ou uma dieta isocalrica restrita em protenas (5% de protena - LP) durante toda a gravidez. Durante a lactao e o restante do experimento, todos os grupos receberam a dieta NP. Os filhotes machos foram nomeados F1 (NP1 e LP1). As fmeas F1 e F2 foram acasaladas para produzir F2 e F3 (NP2, LP2, NP3 e LP3), respectivamente. Semanalmente, os filhotes foram pesados e calculada a taxa de crescimento alomtrico (log [massa corporal] = log a + log b [idade]). Os animais foram sacrificados nos dias 1 e 21 de idade, a glicemia foi determinada e o pncreas retirado, pesado e analisado por estereologia e imunofluorescncia; a insulina foi mensurada aos 21 dias. Como resultados, os filhotes restritos na primeira gerao (LP1) foram menores ao nascer, mas apresentaram um crescimento acelerado nos primeiros sete dias de vida, mostrando catch-up com os controles; a prole LP2 demonstrou a maior massa corporal ao nascimento e tiveram uma taxa de crescimento mais lenta durante a lactao; no houve diferena na massa corporal e na taxa de crescimento na gerao F3. A massa de pncreas foi diminuda em LP1-LP3 ao nascimento, contudo foi aumentada em LP2 ao desmame. A densidade de volume e o dimetro das ilhotas foram menores em todos os grupos restritos no dia 1 e 21, somente LP1 teve o menor nmero de ilhotas. Ao nascer, a massa de clulas beta foi menor em LP1-LP3 e permaneceu baixa durante a lactao. No dia 1 e 21, os filhotes foram normoglicmicos, entretanto foram hipoinsulinmicos ao desmame. Portanto, a restrio de protenas em camundongos durante a gestao produz alteraes morfolgicas nas ilhotas pancreticas, sugerindo que a homeostase da glicose foi mantida por um aumento da sensibilidade insulina durante os primeiros estgios de vida na prole ao longo de trs geraes consecutivas.
Segurana na deglutio de pacientes disfgicos ps acidente vascular cerebral: contribuies do enfermeiro
Resumo:
Trata da temtica do paciente portador de acidente vascular cerebral, especificamente das aes do enfermeiro para a prevenção das complicaes decorrentes da disfagia aps um acidente vascular cerebral no atendimento domiciliar. Objetivou-se propor aes de enfermagem que garantam uma deglutio segura em pacientes com disfagia ps-AVC a partir dos dados obtidos junto a pacientes usurios do SAD. Pesquisa desenvolvida no servio de atendimento domiciliar de um hospital pblico do Rio de Janeiro com 30 sujeitos. Aplicou-se um instrumento, que descreveu dados scio-laboriais, presena de disfagia e a consistncia dos alimentos ingeridos pelos pacientes. Resultados: dezessete pacientes desenvolveram a disfagia, caracterizando-se como idosos, 76,47% foram do sexo feminino, a mdia de idade foi de 73,6 ( 9,55). A maioria com ensino fundamental completo (76,48%) e aposentados (70,59%). Todos so hipertensos e a metade diabticos (58,82%). Com relao ao tipo de AVC, todos tiveram AVC isqumico, sendo 58,82% um episdio e 41,18% dois episdios. A prevalncia da disfagia de 57%. No h associao entre a idade e a disfagia e sua presena no dependeu da frequncia de episdios de AVC. Pacientes com dois fatores de risco, hipertenso e diabetes apresentam maior prevalncia de disfagia para lquidos do que para alimentos slidos ou ambos. O enfermeiro deve realizar orientaes em relao ao ambiente, posicionamento do paciente, aos materiais e utenslios a serem usados na alimentao, quantidade, temperatura e consistncia do alimento. Informaes como cabeceira elevada, colher de sobremesa para administrao de dietas com volume de 3 a 5 ml, alm do uso de espessantes para gerar uma consistncia segura na deglutio, so fundamentais para garantir o mnimo de complicaes. importante tambm que a famlia participe de todo o processo de recuperao do paciente. Consideraes finais: aps o AVC, a disfagia merece ateno por gerar complicaes como a aspirao e a pneumonia, o que serve para nortear o planejamento e orientaes de enfermagem direcionadas a limitar o efeito dessa sequela, assim como a possibilidade de realizao de pesquisas que tratem de conhecer o que os enfermeiros podem fazer no domiclio dos pacientes disfgicos de forma a melhorar o desempenho nas atividades dirias de vida.