993 resultados para Mulheres Emprego


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A amamentao representa um perodo de intensa mobilizao ssea para produo de leite. Durante esta fase, a mulher sofre uma grande perda de massa ssea com evidncias de recuperao aps o desmame. Atualmente este tem sido um perodo preocupante na vida mulher, pois h suspeitas desta perda ssea na lactao gerar um efeito tardio na densidade mineral ssea (DMO) quando esta mulher est na ps-menopausa. A DMO reduzida o principal fator de risco para a osteoporose que afeta em torno de 200 milhes de mulheres com mais de cinquenta anos no mundo. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito da prtica da amamentao na densidade mineral ssea de mulheres na ps-menopausa. Para isto, foi realizada uma reviso sistemtica da literatura. A busca de artigos foi feita em bases dados (Lilacs, Medline via Pubmed e Scopus) complementada por checagem manual de referncias. Foi identificado um total de 181 artigos e, aps aplicao dos critrios de incluso, selecionados 24 artigos para a reviso sistemtica. Os resultados dos diversos estudos so divergentes em questes metodolgicas, de classificao da durao da amamentao, quanto s variveis confundidoras, grupo de idade e etnia, o que dificulta a comparabilidade entre eles. Parte dos estudos referem algum tipo de efeito (positivo ou negativo) e outra parte no, sendo mais frequente a observao de uma correlao inversa entre a amamentao e a densidade mineral ssea em ps-menopausadas. Porm, quando outras variveis (nmero de gestaes, idade, tempo desde a menopausa, entre outras) so consideradas na anlise em conjunto com a amamentao, este ltimo perde a relao de significncia. Ainda so necessrios mais estudos com melhor rigor metodolgico para avaliar se de fato o efeito pode ser atribudo amamentao ou a outros fatores que tambm esto relacionados com a densidade mineral ssea na ps-menopausa.

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Este trabalho se prope ao estudo das articulaes entre o saber biomdico e o saber leigo no discurso de mulheres de camadas mdias urbanas da cidade do Rio de Janeiro, com idades compreendidas entre 40 e 60 anos. Toma como referncia a produo scioantropolgica sobre gnero, corpo, menopausa, envelhecimento, bem como a que analisa a construo do fato cientfico. Atualmente notvel a crescente preeminncia do discurso da biologia na determinao daquilo que seria da ordem do corpo feminino ou do masculino, o que certamente perpassado por relaes de gnero. A partir de uma perspectiva construcionista investiga o destaque conferido ao papel dos hormnios pela biomedicina, no apenas no funcionamento e na regulao do organismo da mulher, mas tambm no que diz respeito forma pela qual ela ir vivenciar seu cotidiano. Alm disso, busca apontar pistas na direo de problematizar a pregnncia de certos dualismos como o que ope o biolgico ao social. Dualismos que revelam uma forma de organizao binria hierrquica de pensamento, caracterstica de nossa sociedade ocidental moderna. A noo de rede um balizador importante para a compreenso mais ampla do pano de fundo do que informa as leituras vigentes acerca das ocorrncias fisiolgicas de mulheres e homens. Embora o campo investigado se apresente fluido e matizado, a intensidade do discurso hormonal biomdico se faz notar de modo potente nas narrativas, no que diz respeito aos corpos e s vidas das mulheres entrevistadas.

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A violncia sexual demanda dos servios de sade um cuidado integral e resolutivo. Temos assistido, ao longo dos anos, implantao de um nmero crescente de servios de atendimento violncia sexual que se estruturam de acordo com a Norma Tcnica do Ministrio da Sade. Por outro lado, a grande maioria dos profissionais neste servio so mulheres, e a no-ateno para este fato no treinamento e superviso pode ter consequncias danosas, seja para as mulheres usurias, seja para as profissionais. Sendo assim, os objetivos deste estudo so: identificar possveis mudanas na trajetria de vida e do entendimento das profissionais sobre a violncia contra a mulher, a partir dos atendimentos em violncia sexual, e discutir que tipo de relaes intersubjetivas so desenvolvidas entre as profissionais de sade e as mulheres em situao de violncia sexual. Trata-se de uma pesquisa qualitativa com abordagem descritiva, que foi desenvolvida numa maternidade municipal do Rio de Janeiro de referncia para o atendimento na violncia sexual contra a mulher. Os sujeitos do estudo foram as profissionais de sade inseridas na equipe interdisciplinar para atendimento violncia sexual, totalizando trs mdicas, duas assistentes sociais e uma enfermeira. O instrumento utilizado para a coleta de dados foi a entrevista, e para a anlise foi empregada a tcnica de anlise de contedo. Com esta pesquisa, conclui-se que o aspecto relacional de gnero interfere na identificao com as mulheres em situao de violncia sexual. Essa identificao benfica, mas pode gerar sofrimento nas profissionais e comprometer a relao. O atendimento tcnico, em alguns casos, utilizado como ferramenta para superao das dificuldades, mas no garante qualidade, enquanto que as fichas de primeiro atendimento e de acompanhamento da violncia sexual so artifcios utilizados para a substituio da fala.

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Esta pesquisa traou como objetivo a anlise das gramticas emocionais elaboradas nas experincias das participantes do grupo Mulheres que Amam Demais Annimas (MADA). A metodologia usada foi a etnografia. MADA um grupo de ajuda mtua para mulheres viciadas em relacionamentos destrutivos, sendo sua droga o amor excessivo. Observaremos as condies que possibilitaram considerar este sentimento como doentio, tais como a quebra no ideal esttico do amor, aspecto relacionado com a ruptura da ddiva, em outras palavras, elas amam demais e no so correspondidas na mesma medida. Como forma de soluo deste impasse o grupo prope ento uma srie de prticas que interpretamos como uma economia dos vnculos sociais, em que h uma racionalizao do sentimento amoroso.

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O tema das mulheres e sua relao com a guerra e a poltica comeou a ser investigado na Colmbia durante a ltima dcada. Com o objetivo de colaborar para a compreenso deste fenmeno mais especificamente, a participao de mulheres em grupos guerrilheiros , nesta dissertao se busca analisar a trajetria de vida de cinco mulheres que ingressaram no Exrcito de Liberao Nacional entre os anos de 1980 e 1990. As categorias centrais manejadas neste trabalho foram: trajetrias de vida, gnero e conflito armado, concepes desenvolvidas com base nos postulados tericos de Joan Scott e Pierre Bourdieu. Metodologicamente foram utilizadas ferramentas da histria oral na abordagem dos relatos de histrias de vida com o fim de traar pontes entre o sujeito, as condies sociais e a estrutura. Da mesma forma, realizou-se uma anlise do Exrcito de Liberao Nacional como um campo social a partir do qual se pode abordar as relaes entre homens e mulheres em temas como sexualidade, maternidade, relaes de casais e referentes identitrios. Enquanto se avanou em direo a uma aproximao histria dessas cinco mulheres dentro do grupo guerrilheiro, surgiram novas perguntas relacionadas com a trajetria poltica de cada uma delas no mbito da vida civil.

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Minha tese teve como base a busca de imagens de mulheres negras, para tentar contar uma histria, aquela que aparece em lbuns e histrias para jovens e crianas. Essas imagens me indicam possibilidades para a aplicao da Lei n 10.639/3. Nesses espaostempos to plurais, repletos de cores, identidades e significados podemos trabalhar de uma maneira simples seguindo um currculo nico? A tese principal da minha pesquisa buscar entender a importncia dessas publicaes que crescem significativamente em nosso pas, nos ltimos anos, em prticas curriculares possveis. Esse aumento de produes de lbuns, conjugado a uma forte vertente editorial visando publicao de literatura que resgata a histria da frica, reforado por uma linha voltada para o pblico infanto-juvenil se relaciona expanso de aes de movimentos sociais, relacionados igualdade social de negros. Tudo isto reforou a necessidade de um comprometimento governamental, atravs de leis, decretos e reformas educacionais. Desse modo pesquisei, utilizando esse material, buscando compreender sua importncia para a discusso da questo da educao tnico-cultural e racial e na desconstruo social do preconceito e da discriminao racial direcionados populao negra. Nossa base terica se encontra em Stuart Hall, Franz Fanon, Kabenguele Munanga, Nilma Gomes, Raul Lody, Nilda Alves, Michel de Certeau, Boris Kossoy, Arlindo Machado, Armando Silva, entre outros tantos.

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Apenas cinqenta metros separam os ricos dos pobres na comunidade do Badu, em Pendotiba, regio Ocenica do municpio de Niteri. Para ser mais precisa, h somente uma estrada que divide duas realidades to distintas: do lado direito uma comunidade pobre e do lado esquerdo vrios condomnios de classe mdia alta.Ou seja, de um lado, luz eltrica fornecida pela empresa de energia do municpio, gua limpa e abundante, esgoto tratado e coleta regular de lixo. E, do outro lado da linha imaginria (mas muito real) encontra-se uma populao usando ligaes clandestinas de energia, utilizando gua de origem duvidosa para tomar banho, cozinhar, lavar roupa e convivendo com o lixo prximo s suas casas.Tais diferenas fizeram com que surgisse o desejo de conhecer melhor este universo to peculiar em que dois mundos conviviam de maneira to alheia um ao outro. A perspectiva metodolgica do presente trabalho teve por objetivo buscar apreender e descrever como os beneficirios do Programa Bolsa Famlia entendem o benefcio e como se sentem como escolhidos do programa a partir de entrevistas realizadas com os mesmos. Partiu-se do pressuposto de que apesar de pesquisas revelarem uma evidente melhora nas condies gerais de vida dos beneficirios, alguns aspectos concernentes percepo dos beneficirios sobre o programa, sobre o impacto em suas vidas e a viso que tm de si mesmos no haviam sido contempladas por estas pesquisas a exceo do estudo do IBASE (2008) o qual o roteiro pauta o presente trabalho. Por isso, a necessidade de realizao de uma pesquisa em que o principal instrumento de anlise as falas dos entrevistados de fundamental importncia para esclarecer e trazer luz vrios aspectos ignorados por estudos de carter fortemente quantitativo.Nas entrevistas realizadas para a pesquisa de campo consegui traar as linhas que identificam o rosto das beneficirias do Programa Bolsa Famlia moradoras da comunidade do Badu. Elas so mulheres em sua maioria solteiras, com em mdia dois filhos, que so criados por elas sem a ajuda do pai. Esto desempregadas e vivem exclusivamente do recurso que recebem do programa. Este dinheiro usado para cobrir todas as despesas da casa, tais como: alimentao, vesturio, remdios e material escolar. Todas elas sonham em conseguir um emprego para deixarem de depender do benefcio do programa e sonham com um futuro melhor para seus filhos. Aps realizar a anlise da pesquisa de campo do presente estudo e de algumas pesquisas relacionadas ao impacto do Programa Bolsa Famlia na vida de seus beneficirios, pode-se afirmar que os programas sociais que tm sido implementados pelo Governo Federal ainda no do conta da heterogeneidade de necessidades e demandas de sua populao-alvo. Portanto, considero que este o momento que a pesquisa acadmica deve entrar em uma nova era no campo da avaliao de programas sociais, sobretudo o das Polticas de Transferncia Condicionada de Renda que, por conta da sua continuidade, alocam um volume de recursos cada vez maior e podem at mesmo eleger polticos que a utilizam como forma de barganha.

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Esta dissertao tem como objetivo a investigao sobre a criao da Secretaria Especial de Polticas para Mulheres em 2003. Este organismo institucional surgiu a partir da vitria do Partido dos Trabalhadores para a Presidncia da Repblica atravs da candidatura de Luiz Incio Lula da Silva. Os atores envolvidos na concretizao desta iniciativa e os fatores que levaram este governo a colocar em sua agenda central o combate s desigualdades sociais entre homens e mulheres o interesse central tratado. A existncia desta experincia precedida por outra modalidade institucional, o Conselho Nacional de Direitos da Mulher, criado em 1985. As duas iniciativas so diferentes e so elaboradas em contextos e pocas diversas. Estas variaes de propostas de institucionalizao via Estado de polticas pblicas para mulheres retrata uma caracterstica do movimento feminista brasileiro que seu carter amplo e diverso. Com a convivncia de setores com pautas e demandas diferenciadas, este movimento tambm mostra sua diversidade atravs das propostas institucionais. Do ponto de vista metodolgico, foi utilizada a tcnica das entrevistas semi-estruturadas com feministas que participaram da elaborao da Secretaria Especial de Polticas para Mulheres. Tambm foram utilizados livros, artigos e documentos considerados relevantes a partir do material das entrevistas. O perfil destas mulheres era de militantes ligadas ao Partido dos Trabalhadores, visto que foi a vitria deste partido para a Presidncia da Repblica que permitiu a concretizao desta instituio. Todas as entrevistadas participaram historicamente da luta feminista desde aproximadamente as dcadas de 1970 e 1980, sempre inseridas e dialogando com as propostas de governo do PT. Este estudo contribui para o esclarecimento deste episdio da histria da institucionalizao estatal das demandas do movimento feminista e para o fornecimento de mais ferramentas para o debate da importncia que as polticas pblicas e o Estado possuem no combate s desigualdades sociais entre homens e mulheres. A ideia de que a igualdade de gnero deve ser promovida dentro do Estado, a partir de suas aes e seus profissionais e, assim, trabalhada na sociedade como um todo fundamental para que situaes de inequidade sejam combatidas.

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As mudanas nos hbitos alimentares tm causado efeitos impressionantes na sade pblica, diretamente relacionados ao aumento da ingesto de refeies ricas em gorduras, principalmente gorduras saturadas. A principal consequncia desse consumo o estado prolongado e excessivo da lipemia ps-prandial (LPP), considerada um dos fatores relacionados s anormalidades metablicas e aos danos vasculares. O objetivo do estudo foiavaliar o efeito da sobrecarga lipdica na reatividade microvascular em mulheres obesas. Das 41 participantes deste estudo, 21 apresentavam o diagnstico de obesidade, com IMC de 32,41,6 kg/m2 (mdia SD) e idade 31,65 anos e 20 mulheres saudveis, com IMC de 21,91,7 kg/m2 e idade 27,25,5 anos. Aps a avaliao clnica e laboratorial, as participantes tiveram a microcirculao examinada por dois mtodos: a dinmica do leito periungueal, para avaliao da densidade capilar funcional (DCF), velocidade de deslocamento das hemcias no basal (VDH) e aps uma isquemia de 1 min (VDHmax) e tempo de reperfuso (TVDHmax). A segunda tcnica foi a do dorso do dedo para avaliao da DCF no repouso, durante a hiperemia reativa e aps ocluso venosa. Foi feita a coleta de sangue para avaliao do colesterol total (CT), triglicerdeos (TG), HDL-c e cidos graxos livres (AGL), glicose, insulina e viscosidade plasmtica em 30 e 50 rotaes por minuto (rpm). Tambm foram medidas a presso arterial sistlica (PAS), diastlica (PAD) e frequncia cardaca (FC). Aps essas anlises no repouso, todas as participantes receberam uma refeio rica em lipdios, e aps 30, 60, 120 e 180 minutos da ingesto da refeio, os exames de videocapilaroscopia e a coleta de sangue foram novamente realizados.As participantes com obesidade apresentaram, aps a sobrecarga lipdica, valores significativamente menores do que no jejum para: DCF basal do dorso do dedo (p=0,02); DCF durante hiperemia reativa (p=0,02), DCF ps-ocluso venosa (p=0,02), HDL-c (p<0,0001), LDL-C (p<0,0001) e AGL (p<0,0001) e valores elevados para: VDH (p<0,0001), VDHmax(p=0,003), TVDHmax (p=0,004), glicose (p<0,0001), insulina (p<0,001), CT (p=0,03), TG (p<0,0001) e FC (p=0,03). Alteraes na viscosidade no foram observadas no grupo OB aps a refeio quando comparado aos seus valores basais em 30 e 50 rpm (p=0,87 e p=0,42, respectivamente). A PAS foi elevada nas participantes OB aps a sobrecarga quando comparada s saudveis em todo tempo de estudo. Conclumos que alimentos ricos em lipdios podem aumentar ainda mais a disfuno microcirculatria e as alteraes metablicas j presentes em mulheres obesas.

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A motivao inicial deste trabalho foi o interesse pelo desenvolvimento de estratgias argumentativas mais eficazes de ensino de produo textual na escola bsica, no mbito dos gneros organizados segundo modo argumentativo. Alm disso, motivou-nos tambm a percepo de que um grande nmero de alunas leem, hoje, crnicas voltadas para o pblico feminino, tendo seu discurso altamente influenciado pelo contedo ideolgico-comportamental por elas veiculado o que acaba se refletindo nos textos que escrevem nas aulas de redao. Esse fato chamou nossa ateno, o que nos levou a perceber, tambm, a vendagem em massa de livros de autoajuda para mulheres. Percebemos que, ao examinarmos as escolhas lingusticas de um discurso de autoajuda, poderamos trazer tona algumas crenas e alguns valores, subjacentes mensagem relativa experincia de ser mulher e invisveis para quem aceita esse tipo de discurso como algo natural. Analisaremos ento - tendo como suporte terico a Lingustica Sistmico-Funcional proposta por Halliday, no escopo da transitividade cinco crnicas voltada para o pblico feminino, com caractersticas dos discursos de autoajuda, em cujos textos se v um grande quantitativo de estratgias argumentativas (algumas clichs) para o convencimento do leitor, estratgias essas apoiadas nas escolhas lingusticas de seus autores, cujo objetivo claro a produo de determinados sentidos

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A sndrome dos ovrios policsticos uma desordem frequente e complexa, com grande variabilidade fenotpica, predominando os sinais de disfuno ovariana. Alteraes metablicas, inflamatrias e vasculares vinculadas resistncia insulina so muito prevalentes nessa desordem podendo manifestar-se precocemente. O objetivo principal deste estudo foi investigar a presena de alteraes microvasculares em mulheres jovens e no obesas portadoras da sndrome dos ovrios policsticos, atravs de videocapilaroscopia periungueal e dosagem dos nveis sricos de endotelina-1. O objetivo secundrio foi verificar a existncia de associaes entre os achados vasculares, nveis sricos de andrognios, parmetros clnicos, bioqumicos, metablicos e inflamatrios relacionados ao risco cardiovascular. Em estudo observacional, transverso e controlado avaliamos 12 mulheres com diagnstico de sndrome dos ovrios policsticos, segundo os critrios estabelecidos pelo consenso de Rotterdam e nove voluntrias saudveis. A idade (22,82,3 X 24,62,7), o ndice de massa corporal (22,53,4 X 23,73,1) e a circunferncia da cintura (7510,1 X 77,38,1) foram semelhantes nos dois grupos. As portadoras da sndrome apresentavam hiperandrogenismo clnico. No foram observadas diferenas significativas entre os grupos quando analisados os nveis sricos de estradiol, testosterona total, androstenediona ou o ndice de testosterona livre, entretanto a SHBG mostrou-se significativamente mais baixa no grupo de estudo (p=0,011). A glicemia de jejum, insulina, HOMA-IR e o perfil lipdico foram normais e sem diferena entre os grupos. A amostra com sndrome dos ovrios policsticos no apresentava intolerncia glicose ou Diabetes Mellitus pelo teste oral de tolerncia glicose. Os nveis sricos dos marcadores inflamatrios (leuccitos, cido rico, adiponectina, leptina e protena c reativa) e do marcador de funo endotelial avaliado tambm foram similares nos dois grupos. A velocidade de deslocamento das hemcias no basal e aps ocluso foram significativamente menores nas pacientes de estudo (p=0,02), mas o tempo para atingir a VDHmax e os parmetros relativos morfologia e densidade capilar foram semelhantes. No observamos correlao entre a velocidade de deslocamento das hemcias e nveis plasmticos de endotelina-1, andrognios ou parmetros de resistncia insulnica. A velocidade de deslocamento das hemcias associou-se positivamente aos nveis plasmticos de estradiol (r= 0,45, p<0,05) e negativamente aos de colesterol total e LDL colesterol (r= -0,52, p<0,05; r=-0,47, p<0,05, respectivamente). Em concluso nossos resultados fornecem evidncia adicional de dano precoce funo microvascular em mulheres portadoras de sndrome dos ovrios policsticos. Atravs da capilaroscopia periungueal dinmica, demonstramos que mulheres jovens com moderado hiperandrogenismo, sem obesidade, RI, hipertenso ou dislipidemia, j apresentam disfuno microvascular nutritiva, caracterizada por reduo na velocidade de fluxo das hemcias no basal e aps ocluso. Estes achados micro-circulatrios no foram acompanhados de elevaes nos nveis plasmticos de endotelina-1.

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O Transtorno do estresse ps-traumtico (TEPT) um transtorno mental que ocorre em resposta a um evento traumtico que coloca em risco a vida do indivduo ou de outras pessoas. O TEPT no perodo ps-parto foi documentado pela primeira vez em 1978. Porm, h poucos estudos sobre o tema, principalmente em gestantes de alto risco materno e fetal. Visando preencher essa lacuna, essa dissertao tem por objetivo estimar a magnitude de TEPT no perodo ps-parto em uma maternidade de alto risco fetal no municpio do Rio de Janeiro e identificar subgrupos vulnerveis ao transtorno. Trata-se de um estudo transversal, cuja populao de estudo foi composta por 456 mulheres que tiveram o parto no Instituto Fernandes Figueira e realizaram a consulta de reviso ps-parto entre fevereiro e julho de 2011. Casos suspeitos de TEPT foram identificados por meio de dois instrumentos: Trauma History Questionnaire (THQ) utilizado para a captao de situaes potencialmente traumticas ao longo da vida e Post-Traumatic Stress Disorder Checklist (PCL-C) para rastreio de sintomas de TEPT. A prevalncia agregada de TEPT no perodo ps-parto foi de 9,4%. Subgrupos considerados vulnerveis foram: mulheres com trs ou mais partos anteriores (15,1%), com o recm-nascido com APGAR menor ou igual a 7 no primeiro minuto (13,6%), com histrico de psicopatologia anterior (29,0%) ou concomitante gestao (36,7%), com depresso ps-parto (31,5%), mulheres que sofreram violncia fsica (19,8%) e psicolgica (11,6%) perpetrada por parceiro ntimo durante a gestao, mulheres que sofreram abuso sexual na infncia (25,7%) e com histrico de 5 ou mais situaes traumticas anteriores (25,9%). A elevada prevalncia de TEPT encontrada entre as mulheres entrevistadas pode ser, em parte, atribuda s particularidades da populao assistida nessa instituio, de reconhecido risco materno e fetal. A alta prevalncia de casos suspeitos de depresso ps-parto entre as mulheres com suspeio de TEPT um fator de preocupao adicional, j que dificulta o manejo clnico dos casos e afasta a mulher e a criana dos servios de sade. TEPT no perodo ps-parto no um evento raro e merece ateno. Rpido diagnstico e tratamento so fundamentais para a melhor qualidade de vida da me tornando-a apta aos cuidados do recm-nascido.

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Alguns estudos vm apontando o hipotireoidismo como um fator de risco para depresso; entretanto, esta associao ainda controversa. Como objetivo o presente estudo estimou a prevalncia de sintomas depressivos numa amostra probabilstica de mulheres e investigou se existe uma associao entre nveis de TSH e a presena de sintomas depressivos. Conduzimos um estudo transversal de base populacional onde avaliou-se uma amostra de mulheres com 35 anos ou mais anos de idade, residentes no municpio do Rio de Janeiro (RJ), que foram entrevistadas e tiveram amostras de sangue coletadas. O desenho de amostra proposto para a pesquisa seguiu um modelo de amostragem probabilstica por conglomerado, em trs estgios de seleo, tendo por base os setores censitrios do municpio. A funo tireoidiana foi medida pelo TSH srico, a partir das amostras coletadas no domiclio. Para avaliao da presena/ausncia de sintomas depressivos utilizou-se um instrumento padronizado e validado (PRIME-MD). Foram tambm coletados dados scio demogrficos e outras informaes de sade da participante. A prevalncia de sintomas depressivos, frequncias e associaes foram calculadas levando-se em conta o desenho de amostra complexo, utilizando procedimentos especficos do pacote SAS (verso 9.1). Da amostra de 1500 mulheres, 1298 foram entrevistadas, sendo o percentual de no-resposta igual a 13,5%. A amostra final foi composta por 1249 participantes, onde foi encontrada uma prevalncia de sintomas depressivos igual a 45,9%. Em relao aos nveis de TSH, 4,8% da amostra apresentaram-se acima do ponto de corte adotado (&#8805;6,0 mUl/ml). Destas, 61,9% apresentaram sintomas depressivos, contra 44,9% entre as mulheres com TSH<6,0 (p=0,04). A anlise ajustada mostrou que mulheres com nvel de TSH&#8805;6,0 tiveram uma chance duas vezes maior de apresentarem sintomas depressivos do que aquelas com TSH normal (OR=2,04). Ao excluir da anlise as participantes que auto-referiram diagnstico prvio de doena tireoidiana, a associao entre nveis de TSH e sintomas depressivos perdeu a significncia. Concluindo, foi observada alta prevalncia de sintomas depressivos na amostra, especialmente entre o grupo com nveis elevados de TSH. Os resultados chamam ateno para a importncia de se investigar em pacientes deprimidos a comorbidade tireoidiana.

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A ao que o estrognio desempenha sobre o endotlio depende da integridade deste e consequentemente das caractersticas clnicas de cada indivduo. O uso da terapia hormonal da menopausa (THM) em mulheres com baixo risco cardiovascular geralmente resulta em efeitos benficos, desde que iniciado em um perodo prximo da menopausa. Em contrapartida, o seu uso em mulheres com alto risco cardiovascular, como diabticas ou portadoras de leses aterosclerticas j estabelecidas, e ainda naquelas com incio da THM em um perodo superior a dez anos da menopausa geralmente resulta em efeitos malficos. Nosso objetivo avaliar os efeitos do estrognio sobre a funo endotelial em mulheres com sobrepeso ou obesidade, ou seja, indivduos com risco cardiovascular intermedirio. Para isso, 44 mulheres na ps-menopausa com idade entre 47 a 55 anos e ndice de massa corporal (IMC) de 27,5 a 34,9kg/m, foram randomizadas nos grupos placebo (P) e estrognio transdrmico (ET). A interveno consistiu no uso transdrmico de estradiol, 1mg por dia, por um perodo de trs meses. As participantes realizaram avaliao da reatividade endotelial em repouso e aps isquemia [pletismografia por ocluso venosa (POV), com medidas do fluxo sanguneo do antebrao (FSA) e videocapilaroscopia dinmica do leito periungueal (VCLP), com medidas da velocidade de deslocamento das hemcias (VDH)], dosagens de molculas de adeso [E-selectina, molcula de adeso intercelular (ICAM-1) e molcula de adeso vascular (VCAM-1)], aferio da sensibilidade insulnica [atravs do homeostatic model assessment of insulin resistance (HOMA-IR) e rea sob a curva (AUC) da insulina durante o teste oral de tolerncia glicose (TOTG)] e mensuraes das viscosidades sangunea e plasmtica. As participantes apresentaram idade de 51,77 2,3 anos, IMC de 31,52 2,54 kg/m e tempo de menopausa de 3 [2-5] anos. O grupo P no apresentou nenhuma mudana significativa em qualquer varivel. Aps a interveno, o grupo ET comparado ao basal apresentou menor tempo para atingir a VDH mxima durante a hiperemia reativa ps-oclusiva (HRPO) aps 1 min de isquemia (4,0 [3,25-5,0] vs. 5,0 [4,0-6,0] s, P<0.05) e maior VDH tanto em repouso (0,316 [0,309-0,326] vs. 0,303 [0,285-0,310] mm/s; P<0,001) quanto na HRPO (0,374 [0,353-0,376] vs. 0,341 [0,334-0,373] mm/s; P<0,001), assim como observamos maior FSA em repouso (2,46 [1,81-3,28] vs. 1,89 [1,46-2,44] ml/min.100ml tecido-1; P<0,01) e durante a HRPO aps 3 min de isquemia (6,39 [5,37-9,39] vs. 5,23 [4,62-7,47] ml/min.100ml tecido-1; P<0,001). O grupo ET tambm apresentou diminuio nos nveis solveis de E-Selectina (68,95 [50,18-102,8] vs. 58,4 [44,53-94,03] ng/ml; P<0,05), de ICAM-1 (188 [145-212] vs. 175 [130-200] ng/ml; P<0,01), do HOMAIR (3,35 1,67 vs. 2,85 1,60; P<0,05) e da AUC da insulina durante o TOTG (152 [117-186] vs. 115 [85-178]; P<0,01), alm de diminuio das viscosidades sangunea com hematcrito nativo (3,72 0,21 vs. 3,57 0,12 mPa.s; P<0,01) e plasmtica (1,49 0,10 vs. 1,45 0,08 mPa.s; P<0,05), comparado ao seu basal. Em concluso o uso de estradiol transdrmico em mulheres com excesso de peso e menopausa recente, promove melhora da funo endotelial, alm de oferecer proteo a outros fatores de risco cardiovascular.

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A presente pesquisa aborda a temtica da assistncia ao parto hospitalar na Regio Mdio-Paraba, considerando a poltica pblica de humanizao do parto e nascimento A medicalizao do parto e nascimento vem ocorrendo em todo o mundo. Mesmo em pases desenvolvidos, a grande maioria dos partos vaginais e de baixo risco ainda conduzida com prticas intervencionistas sem evidncias cientficas de sua eficcia. Em contraposio a este modelo assistencial implantou-se a poltica de humanizao do parto e nascimento. A enfermeira obsttrica tem sido elemento importante para a consolidao do uso de prticas consideradas humanizadas na assistncia ao parto de baixo risco em ambiente hospitalar. O objeto deste estudo foi o emprego de tecnologias no invasivas de cuidado de enfermagem em partos acompanhados por enfermeiras obsttricas na Associao de Proteo a Maternidade e Infncia de Resende/RJ (APMIR). Os objetivos foram: identificar as tecnologias no invasivas de cuidado de enfermagem obsttrica (TNICE) usualmente empregadas por enfermeiras obsttricas no cuidado a parturientes; discutir o emprego dessas TNICE por enfermeiras obsttricas no cuidado a parturientes sob a perspectiva da humanizao do parto e nascimento; caracterizar o processo de implementao das TNICE na assistncia ao parto na maternidade. Trata-se de pesquisa descritiva, quantitativa desenvolvida em uma maternidade filantrpica da regio sul-fluminense que pertence ao Mdio-Paraba, na qual enfermeiras obsttricas esto includas na equipe de acompanhamento do parto. Foram analisados os registros correspondentes aos partos acompanhados por enfermeiras obsttricas compreendendo o perodo de Novembro de 2012 Julho de 2013. Houve registro de 84 partos neste perodo. Os dados foram obtidos atravs de Livro de Registros de Parto do servio. Os registros foram feitos em formulrio prprio implantado a partir da pesquisa. O projeto foi submetido apreciao do Comit de tica em Pesquisa do Centro Universitrio de Barra Mansa, tendo sido aprovado segundo parecer nmero 347.254 de 30/07/2013. Os dados foram analisados por procedimentos estatsticos descritivos. Os resultados apontaram que a atuao da enfermeira obsttrica no cuidado mulher em trabalho de parto caracteriza-se por medidas que promovem a autonomia da mulher no cenrio onde ela protagonista marcando assim a forte presena dessas profissionais neste cenrio onde a existncia de prticas intervencionistas significante e muito presente. O estudo concluiu que o cuidado de enfermagem obsttrica pautado sobre as tecnologias no invasivas de cuidado favorece uma assistncia humanizada ao parto. Acredita-se que para um cuidado no transcorrer fisiolgico do parto necessrio estabelecer uma relao de intimidade, de interao e de empatia com cada mulher dentro do seu contexto, dando a ela encorajamento para tomar posse daquilo que compete somente a ela.