936 resultados para Insuficiência renal Teses
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Objectives: To characterize the epidemiology and risk factors for acute kidney injury (AKI) after pediatric cardiac surgery in our center, to determine its association with poor short-term outcomes, and to develop a logistic regression model that will predict the risk of AKI for the study population. Methods: This single-center, retrospective study included consecutive pediatric patients with congenital heart disease who underwent cardiac surgery between January 2010 and December 2012. Exclusion criteria were a history of renal disease, dialysis or renal transplantation. Results: Of the 325 patients included, median age three years (1 day---18 years), AKI occurred in 40 (12.3%) on the first postoperative day. Overall mortality was 13 (4%), nine of whom were in the AKI group. AKI was significantly associated with length of intensive care unit stay, length of mechanical ventilation and in-hospital death (p<0.01). Patients age and postoperative serum creatinine, blood urea nitrogen and lactate levels were included in the logistic regression model as predictor variables. The model accurately predicted AKI in this population, with a maximum combined sensitivity of 82.1% and specificity of 75.4%. Conclusions: AKI is common and is associated with poor short-term outcomes in this setting. Younger age and higher postoperative serum creatinine, blood urea nitrogen and lactate levels were powerful predictors of renal injury in this population. The proposed model could be a useful tool for risk stratification of these patients.
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RESUMO - Introduo: Actualmente 11,3 milhes de indivduos esto co-infectados pela Tuberculose/Vrus Imunodeficincia Humana (TB/VIH), uma das principais causas de incapacidade e morte no mundo. determinada pela exposio dos indivduos aos factores de risco e condies/determinantes sociais de sade. Vrias so as medidas criadas a nvel nacional e internacional na luta contra TB e a infeco VIH. Objectivo: Caracterizar e comparar os casos de TB entre os indivduos no infectados com VIH e os infectados com VIH, considerando as caractersticas scio-demogrficas, o tratamento, patologias associadas e factores de risco. Mtodo: Estudo descritivo, quantitativo e observacional. A informao foi obtida a partir da base de dados do Sistema Nacional de Vigilncia Epidemiolgica da Tuberculose dos casos de TB notificados entre 1 de Janeiro de 2008 a 31 de Dezembro de 2009. Para tratamento e anlise estatstica (descritiva e inferencial) o programa usado foi o SPSS verso 18,0. Resultados: 12,8% dos indivduos estavam co-infectados com TB/VIH e 87,2% no estavam co-infectados. A presena de VIH nos casos de tuberculose apresenta evidncia de relao com quase todas variveis em estudo (p<0,00) excepto a presena de insuficiência renal (p<0,307). Apresentam maior probalidade de risco da co-infeco TB/VIH os homens, a faixa etria [35;44[, os estrangeiros, os desempregados, estar em retratamento e fumar. Os indivduos com Doena Heptica (OR= 5,238; IC95%: 3,706;7,403; ORA = 3,104; IC95%: 2,164;4,454), patologias associadas (OR=13,199; IC95%: 11,246; 15,491; ORA=21,348; IC95%:17,569; 25,940) e factores de risco (OR=3,237; IC95%: 2,968; 3,531; ORA=2,644; IC95%: 2,414; 2,985) tem maior probalidade da co-infeco TB/VIH. O ajustamento para o sexo e a idade interferiu em todas variveis em estudo. Concluso: Os homens, da faixa etria [35;44 [, desempregados, estrangeiros, em retratamento, fumadores apresentam maior probalidade de risco de estar co-infectado com TB/VIH.
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Aims:To analyze the socio-demographic and clinical characteristics of patients with adult polycystic kidney disease admitted to hemodialysis services in Northwestern Paran state,Brazil. Methods: This was an observational, descriptive and retrospective longitudinal study. Medical records of patients with polycystic kidneys who initiated hemodialysis between 1995 and 2012, in four centers that treat patients of the coverage area of the 15th Regional Health Region of Paran state where analyzed. Results:We found that 10.3% of hemodialysis patients had polycystic kidney disease as a leading cause of stage 5 of chronic kidney disease. The mean age of patients was 54.99.4 years (ranging between 27 and 74 years), with equal gender distribution and Caucasian predominance (72.9%). The average age of dialysis initiation was 5010.2 years. The most common comorbidity was systemic hypertension (66.7%). Liver cyst was the main extra-renal manifestation (10.4%). Twenty-five percent of the patients required renal transplantation, and (22.9%) undergone nephrectomy. The most widely used classes of antihypertensive drugs were -blockers (41.7%) and drugs that act on the renin-angiotensin system (31.3%), while 56.3% of patients were treated with recombinant human erythropoietin. Conclusions:This is a pioneering epidemiological study in Northwestern Paran state. We found in this population a sociodemographic and clinical profile of adult polycystic kidney disease similar to that of North America and Europe, probably because the ethnic constitution of the sample was predominantly of Euro-descendants.
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Introduction: Autosomal dominant polycystic kidney disease is the most common hereditary renal disease in humans. Objective: To examine the prevalence, clinical and laboratory characteristics of patients with polycystic kidneys and relate disease manifestations by gender. Methods: This was an observational and retrospective study. All the medical records of patients with polycystic kidneys who initiated hemodialysis between 1995 and 2012, in four centers that treat patients of the coverage area of the 15th regional health Paran (Brazil), were analyzed. Results: The study included 48 patients with polycystic kidneys, the primary cause of stage 5 CKD. Disease prevalence was one in 10,912 people. The average age of dialysis initiation was 50.7 years and the follow-up time on dialysis until transplantation (36.5 months) was lower among men. Hypertension was the most frequent diagnosis in 73% of patients, predominantly in women (51.4%). The liver cyst was the most frequent extrarenal manifestations in men (60.0%). The death occurred in 10.4% of patients using hemodialysis, and 60% of men. The class of antihypertensive drug used was that acts on the renin-angiotensin system with higher frequency of use among women (53.3%). The post-dialysis urea was significantly higher in men. Conclusion: The prevalence of the disease is low among hemodialysis patients in southern Brazil. The differences observed between genders, with the exception of the post-dialysis urea, were not significant. The findings are different from those reported in North America and Europe.
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O transplante heptico o tratamento de escolha para uma srie de doenas terminais agudas e crnicas do fgado. Contudo, sua oferta tem sido restringida pela falta de doadores, o que tem provocado o aumento do nmero de pacientes em lista de espera. A escassez de rgos condiciona a aceitao para transplante de enxertos provindos de doadores sem as melhores condies para tal os chamados doadores marginais. O dano de isquemia/reperfuso (IR) resultado dos fatores perioperatrios inerentes ao procedimento, incluindo as condies do doador. Quanto pior o doador, pior o rgo transplantado, e maior a possibilidade de desenvolvimento de disfuno primria do enxerto (DPE). DPE comumente definida pela elevao das enzimas hepticas. As aminotransferases, entretanto, podem alterar-se por outras complicaes que no a leso de isquemia/reperfuso. A histologia heptica, por sua vez, pode fornecer informaes acerca da IR. Com o objetivo de estimar a extenso histolgica do dano de preservao (necrose hepatocelular e neutrofilia sinusoidal), correlacion-la a variveis bioqumicas (ndice de reperfuso: AST + ALT + LDH / 3) e avaliar a sua influncia no perodo ps-operatrio imediato (at 7 dias), foi realizado um estudo transversal com anlise sistemtica de 55 pacientes adultos que receberam seu primeiro enxerto heptico entre Setembro de 1996 e Dezembro de 1999. Foram comparados os fatores de risco relacionados ao doador, ao receptor, ao procedimento cirrgico e ao perodo ps-operatrio e analisadas as bipsias feitas antes e imediatamente aps o procedimento cirrgico. Houve dano de preservao em todos os pacientes estudados tanto por critrios anatomopatolgicos quanto por critrios bioqumicos. Houve associao significativa entre os achados bioqumicos e histolgicos (p=0,04; coeficiente gamma=0,49). A extenso da necrose hepatocitria parece ser o dado anatomopatolgico isolado que melhor se relaciona ao ndice de reperfuso (p=0,05; coeficiente gamma=0,48). Houve associao entre DPE e a histologia heptica (p=0,02). O ndice bioqumico associou-se DPE (p=0,001) e incidncia de insuficiência renal aguda (IRA) (p<0,0001). A mortalidade inicial foi maior nos pacientes com ndice de reperfuso grave (p=0,002). O ndice de reperfuso foi um fator de risco independente para a funo do enxerto (p=0,004) e IRA (0,04). A sobrevida atuarial em 1 ano foi significativamente menor nos pacientes com dano de preservao grave (p=0,003). A anlise da bipsia de reperfuso capaz de detectar o dano de preservao sofrido pelo enxerto e se correlaciona s variveis bioqumicas em sua estimativa.
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Introduo: O diagnstico microbiolgico da infeco por Legionella complexo, pois a bactria no visualizada colorao de Gram no escarro, e sua cultura no realizada na maioria dos laboratrios clnicos. A imunofluorescncia direta nas secrees respiratrias tem baixa sensibilidade, em torno de 40% e a tcnica da PCR no ainda recomendada para o diagnstico clnico (CDC, 1997). A deteco de anticorpos no soro a tcnica mais utilizada, e o critrio definitivo a soroconverso para no mnimo 1:128, cuja sensibilidade de 70 a 80% (Edelstein, 1993). Como critrios diagnsticos de possvel pneumonia por Legionella, eram utilizados: ttulo nico de anticorpos a L pneumophila positivo na diluio 1:256, em paciente com quadro clnico compatvel (CDC, 1990) e o achado de antgeno a Legionella na urina (WHO, 1990). Nos ltimos anos, porm, com o uso crescente do teste de antigenria, foram detectados casos de pneumonia por Legionella, que no eram diagnosticados por cultura ou sorologia, tornando-o mtodo diagnstico de certeza para o diagnstico de pneumonia por Legionella (CDC, 1997). Por sua fcil execuo, resultado imediato, e alta sensibilidade - de 86% a 98% (Kashuba & Ballow, 1986; Harrison & Doshi, 2001), tem sido recomendado para o diagnstico das PAC que necessitam internao hospitalar (Mulazimoglu & Yu, 2001; Gupta et al., 2001; Marrie, 2001), especialmente em UTI (ATS, 2001). Vrios estudos documentaram baixo valor preditivo positivo do ttulo nico positivo de 1:256, tornando-o sem valor para o diagnstico da pneumonia por Legionella, exceto, talvez, em surtos (Plouffe et al., 1995). Outros detectaram alta prevalncia de anticorpos positivos na diluio 1:256 na populao, em pessoas normais (Wilkinson et al., 1983; Nichol et al., 1991). A partir de 1996, o CDC de Atlanta recomendou que no seja mais utilizado o critrio de caso provvel de infeco por Legionella pneumophila por ttulo nico de fase convalescente 1:256, por falta de especificidade(CDC, 1997). A pneumonia por Legionella raramente diagnosticada, e sua incidncia subestimada. Em estudos de PAC, a incidncia da pneumonia por Legionella nos EUA, Europa, Israel e Austrlia, foi estimada entre 1% a 16% (Muder & Yu, 2000). Nos EUA, foi estimado que cerca de 8 000 a 23 000 casos de PAC por Legionella ocorrem anualmente, em pacientes que requerem hospitalizao (Marston et al., 1994 e 1977). No Brasil, a incidncia de PAC causadas por Legionella em pacientes hospitalizados tema de investigao pertinente, ainda no relatado na literatura. Objetivo: detectar a incidncia de pneumonias causadas por Legionella pneumophila sorogrupos 1 a 6, em pacientes que internaram no Hospital de Clnicas de Porto Alegre por PAC, por um ano. Material e Mtodos: o delineamento escolhido foi um estudo de coorte (de incidncia), constituda por casos consecutivos de pneumonia adquirida na comunidade que internaram no HCPA de 19 de julho de 2000 a 18 de julho de 2001. Para a identificao dos casos, foram examinados diariamente o registro computadorizado das internaes hospitalares, exceto as internaes da pediatria e da obstetrcia, sendo selecionados todos os pacientes internados com o diagnstico de pneumonia e de insuficiência respiratria aguda. Foram excludos aqueles com menos de 18 anos ou mais de 80 anos; os procedentes de instituies, HIV-positivos, gestantes, pacientes restritos ao leito; e portadores de doena estrutural pulmonar ou traqueostomias. Foram excludos os pacientes que tivessem tido alta hospitalar nos ltimos 15 dias, e aqueles j includos no decorrer do estudo. Os pacientes selecionados foram examinados por um pesquisador, e includos para estudo se apresentassem infiltrado ao RX de trax compatvel com pneumonia, associado a pelo menos um dos sintomas respiratrios maiores (temperatura axilar > 37,8C, tosse ou escarro; ou dois sintomas menores (pleurisia, dispnia, alterao do estado mental, sinais de consolidao ausculta pulmonar, mais de 12 000 leuccitos/mm3). O estudo foi previamente aprovado pela Comisso de tica em Pesquisa do HCPA. Os pacientes eram entrevistados por um pesquisador, dando seu consentimento por escrito, e ento seus dados clnicos e laboratoriais eram registrados em protocolo individual. No houve interferncia do pesquisador, durante a internao, exceto pela coleta de urina e de sangue para exame laboratoriais especficos da pesquisa. Os pacientes eram agendados, no ambulatrio de pesquisa, num prazo de 4 a 12 semanas aps sua incluso no estudo, quando realizavam nova coleta de sangue, RX de trax de controle, e outros exames que se fizessem necessrios para esclarecimento diagnstico.Todos os pacientes foram acompanhados por 1 ano, aps sua incluso no estudo.Foram utilizadas a tcnica de imunofluorescncia indireta para deteco de anticorpos das classes IgG, IgM e IgA a Legionella pneumophila sorogrupos 1 a 6 no soro, em duas amostras, colhidas, respectivamente, na 1 semana de internao e depois de 4 a 12 semanas; e a tcnica imunolgica por teste ELISA para a deteco do antgeno de Legionella pneumophila sorogrupo 1 na urina, colhida na primeira semana de internao. As urinas eram armazenadas, imediatamente aps sua coleta, em freezer a 70C, e depois descongeladas e processadas em grupos de cerca de 20 amostras. A imunofluorescncia foi feita no laboratrio de doenas Infecciosas da Universidade de Louisville (KY, EUA), em amostras de soro da fase aguda e convalescente, a partir da diluio 1:8; e a deteco do antgeno de Legionella pneumophila sorogrupo 1, nas amostras de urina, foi realizada no laboratrio de pesquisa do HCPA, pelos investigadores, utilizando um kit comercial de teste ELISA fabricado por Binax (Binax Legionella Urinary Enzyme Assay, Raritan, EUA). As urinas positivas eram recongeladas novamente, para serem enviadas para confirmao no mesmo laboratrio americano, ao fim do estudo. Foram adotados como critrios definitivos de infeco por Legionella pneumophila sorogrupos 1 a 6, a soroconverso (elevao de 4 vezes no ttulo de anticorpos sricos entre o soro da fase aguda e da fase convalescente para no mnimo 1:128); ou o achado de antgeno de L pneumophila sorogrupo 1 na urina no concentrada, numa razo superior a 3, conforme instrues do fabricante e da literatura.Os pacientes foram classificados, de acordo com suas caractersticas clnicas, em 1) portadores de doenas crnicas (doenas pulmonares, cardacas, diabete mellitus, hepatopatias e insuficiência renal); 2) portadores de doenas subjacentes com imunossupresso; 3) pacientes hgidos ou com outras doenas que no determinassem insuficiência orgnica. Imunossupresso foi definida como esplenectomia, ser portador de neoplasia hematolgica, portador de doena auto-imune, ou de transplante; ou uso de medicao imunossupressora nas 4 semanas anteriores ao diagnstico (Yu et al., 2002b); ou uso de prednisolona 10 mg/dia ou equivalente nos ltimos 3 meses (Lim et al., 2001). As caractersticas clnicas e laboratoriais dos pacientes que evoluram ao bito por pneumonia foram comparados quelas dos pacientes que obtiveram cura. Para a anlise das variveis categricas, utilizou-se o teste qui-quadrado de Pearson ou teste exato de Fisher. Para as variveis numricas contnuas, utilizou-se o teste t de Student. Um valor de p< 0,05 foi considerado como resultado estatisticamente significativo (programas SPSS, verso 10). Foi calculada a freqncia de mortes por pneumonia na populao estudada, adotando-se a alta hospitalar como critrio de cura. Foi calculada a incidncia cumulativa para pneumonia por Legionella pneumophila sorogrupos 1 a 6, em um hospital geral, no perodo de 1 ano. Resultados: durante um ano de estudo foram examinados 645 registros de internao, nos quais constavam, como motivo de baixa hospitalar, o diagnstico de pneumonia ou de insuficiência respiratria aguda; a maioria desses diagnsticos iniciais no foram confirmados. Desses 645 pacientes, foram includos no estudo 82 pacientes, nos quais os critrios clnicos ou radiolgicos de pneumonia foram confirmados pelos pesquisadores. Durante o acompanhamento desses pacientes, porm, foram excludos 23 pacientes por apresentarem outras patologias que mimetizavam pneumonia: DPOC agudizado (5), insuficiência cardaca (3), tuberculose pulmonar (2), colagenose (1), fibrose pulmonar idioptica (1), edema pulmonar em paciente com cirrose (1), somente infeco respiratria em paciente com sequelas pulmonares (4); ou por apresentarem critrios de excluso: bronquiectasias (4), HIV positivo (1), pneumatocele prvia (1). Ao final, foram estudados 59 pacientes com pneumonia adquirida na comunidade, sendo 20 do sexo feminino e 39 do sexo masculino, com idade entre 24 e 80 anos (mdia de 57,6 anos e desvio padro de 10,6). Tivemos 36 pacientes com doenas subjacentes classificadas como doenas crnicas, dos quais 18 pacientes apresentavam mais de uma co-morbidade, por ordem de prevalncia: doenas pulmonares, cardacas, diabete mellitus, hepatopatias e insuficiência renal; neoplasias ocorreram em 9 pacientes, sendo slidas em 7 pacientes e hematolgicas em 2. Dos 59 pacientes, 61% eram tabagistas e 16,9%, alcoolistas. Do total, 10 pacientes apresentavam imunossupresso. Dos demais 13 pacientes, somente um era previamente hgido, enquanto os outros apresentavam tabagismo, sinusite, anemia, HAS, gota, ou arterite de Takayasu. A apresentao radiolgica inicial foi broncopneumonia em 59,3% dos casos; pneumonia alveolar ocorreu em 23,7% dos casos, enquanto ambos padres ocorreram em 15,2% dos pacientes. Pneumonia intersticial ocorreu em somente um caso, enquanto broncopneumonia obstrutiva ocorreu em 5 pacientes (8,5%). Derrame pleural ocorreu em 22% dos casos, e em 21 pacientes (35%) houve comprometimento de mais de um lobo ao RX de trax. Foram usados beta-lactmicos para o tratamento da maioria dos pacientes (72,9%9). A segunda classe de antibiticos mais usados foi a das fluoroquinolonas respiratrias, que foram receitadas para 23 pacientes (39,0%), e em 3 lugar, os macroldeos, usados por 11 pacientes (18,6%). Apenas 16 pacientes no usaram beta-lactmicos, em sua maioria recebendo quinolonas ou macroldeos. Dos 43 pacientes que usaram beta-lactmicos, 25 no usaram nem macroldeos, nem quinolonas. Em 13 pacientes as fluoroquinolonas respiratrias foram as nicas drogas usadas para o tratamento da pneumonia. Do total, 8 pacientes foram a bito por pneumonia; em outros 3 pacientes, o bito foi atribudo a neoplasia em estgio avanado. Dos 48 pacientes que obtiveram cura, 33 (68,7%) estavam vivos aps 12 meses. Os resultados da comparao realizada evidenciaram tendncia a maior mortalidade no sexo masculino e em pacientes com imunossupresso, porm essa associao no alcanou significncia estatstica. Os pacientes que usaram somente beta-lactmicos no apresentaram maior mortalidade do que os pacientes que usaram beta-lactmicos associados a outras classes de antibiticos ou somente outras classes de antibiticos. Examinando-se os pacientes que utiizaram macroldeos ou quinolonas em seu regime de tratamento, isoladamente ou combinados a outros antibiticos, observou-se que tambm no houve diferena dos outros pacientes, quanto mortalidade. Os pacientes com padro radiolgico de pneumonia alveolar tiveram maior mortalidade, e essa diferena apresentou uma significncia limtrofe (p= 0,05). Nossa mortalidade (11,9%) foi similar de Fang et al. (1990), em estudo clssico de 1991 (13,7%); foi tambm similar mdia de mortalidade das PAC internadas no em UTI (12%), relatada pela ATS, no seu ltimo consenso para o tratamento emprico das PAC (ATS, 2001). Foram detectados 3 pacientes com pneumonia por Legionella pneumophila sorogrupo 1 na populao estudada: 2 foram diagnosticados por soroconverso e por antigenria positiva, e o 3 foi diagnosticado somente pelo critrio de antigenria positiva, tendo sorologia negativa, como alguns autores (McWhinney et al., 2000). Dois pacientes com PAC por Legionella no responderam ao tratamento inicial com beta-lactmicos, obtendo cura com levofloxacina; o 3 paciente foi tratado somente com betalactmicos, obtendo cura. Concluses: A incidncia anual de PAC por Legionella pneumophila sorogrupos 1 a 6, no HCPA, foi de 5,1%, que representa a incidncia anual de PAC por Legionella pneumophila sorogrupos 1 a 6 em um hospital geral universitrio. Comentrios e Perspectivas: H necessidade de se empregar mtodos diagnsticos especficos para o diagnstico das pneumonias por Legionella em nosso meio, como a cultura, a sorologia com deteco de todas as classes de anticorpos, e a deteco do antgeno urinrio, pois somente com o uso simultneo de tcnicas complementares pode-se detectar a incidncia real de pneumonias causadas tanto por Legionella pneumophila, como por outras espcies. A deteco do antgeno de Legionella na urina o teste diagnstico de maior rendimento, sendo recomendado seu uso em todas as PAC que necessitarem internao hospitalar (Mulazimoglu & Yu, 2001; Gupta et al., 2001); em todos os pacientes com PAC que apresentarem fatores de risco potenciais para legionelose (Marrie, 2001); e para o diagnstico etiolgico das pneumonias graves (ATS, 2001). Seu uso indicado, com unanimidade na literatura, para a pesquisa de legionelose nosocomial e de surtos de legionelose na comunidade.
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Objetivos: definir os dados demogrficos, as doenas de base e os fatores de risco associados aos episdios de candidemia ocorridos na Santa Casa Complexo Hospitalar entre 17/02/1995 e 31/12/2003; identificar as espcies envolvidas nestes episdios de candidemia e determinar a mortalidade global entre estes pacientes. Mtodos: estudo de coorte retrospectivo no-controlado com incluso de todos os casos consecutivos de candidemia diagnosticados na instituio entre 17/02/1995 e 31/12/2003. Como critrio de incluso no estudo, foi exigida a presena de sinais ou sintomas temporalmente relacionados ao isolamento de Candida em hemocultivo coletado de veia perifrica. Resultados: 210 pacientes com candidemia foram includos (infeco nosocomial em 91,0%). O sexo feminino foi mais prevalente (51,4%) e a idade mediana foi de 41,0 anos. A doena de base mais prevalente foi cncer (neoplasias slidas 30,5% e hematolgicas 9,0%). Candida albicans foi a espcie mais freqente (38,1%), seguida de Candida parapsilosis (27,6%) e Candida tropicalis (15,7%); candidemia por Candida glabrata ocorreu em 3,8%, e por Candida krusei, em 2,4%. Procedimentos cirrgicos foram realizados em 43,8%, cateter venoso central estava presente em 74,8%, cateter urinrio em 57,1%, ventilao mecnica em 48,6% e nutrio parenteral em 33,8%; o nmero mediano de antimicrobianos foi 4,0 por paciente (glicopeptdeos 54,3%, carbapenmicos 25,7%). A maioria dos pacientes com candidemia comunitria (52,6%) havia sido hospitalizada nos 60 dias anteriores candidemia; em 21,1%, Candida foi isolada de cateter; insuficiência renal crnica (p<0,001) e hemodilise (p=0,027) foram mais freqentes no grupo de candidemia comunitria do que no nosocomial; a distribuio das espcies de Candida foi semelhante entre os grupos. Comparadas aos adultos, as crianas com candidemia nosocomial foram mais expostas a antimicrobianos de amplo espectro (p<0,001), ventilao mecnica invasiva (p=0,002) e nutrio parenteral (p<0,001). Candidemia nosocomial por Candida parapsilosis foi mais freqente em crianas (p=0,002), bem como o isolamento de Candida de cateteres (p=0,019); crianas foram mais freqentemente tratadas com anfotericina B do que adultos (p<0,001), os quais receberam mais fluconazol (p=0,013). Entre os pacientes com cncer e candidemia nosocomial, tratamento prvio com corticosterides (p=0,004), quimioterapia (p<0,001) e cefepima (p=0,004) foram mais comuns naqueles com malignidades hematolgicas; cirurgias foram mais comuns em pacientes com tumores slidos (p<0,001), principalmente do trato gastrointestinal (p=0,016); a distribuio das espcies de Candida foi semelhante entre os grupos. Candidemia breakthrough (de escape) ocorreu em 10,5% dos pacientes com candidemia nosocomial; a maioria destes vinha em uso de anfotericina B em doses teraputicas, por perodo mediano de 6,5 dias; o isolamento de Candida de stios outros que o sangue foi mais freqente nestes pacientes (p=0,028). A mortalidade dos pacientes com candidemia foi 50,5%, sem diferenas estatisticamente significativas entre pacientes com candidemia comunitria ou nosocomial, com cncer ou outros diagnsticos e com infeco breakthrough ou no-breakthrough; a mortalidade foi maior em adultos do que em crianas (p=0,005). Concluses: espcies no-Candida albicans foram os principais agentes de candidemia; assim como em outros estudos brasileiros, a prevalncia de espcies como Candida glabrata e Candida krusei foi baixa. Fatores de risco j descritos na literatura foram freqentemente encontrados, e a distribuio dos mesmos variou de acordo com as diferentes caractersticas dos pacientes estudados. A mortalidade em pacientes com candidemia foi semelhante \ descrita na literatura.
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As medidas de qualidade de vida (QV) indicam o quanto a doena limita a capacidade de desempenhar um papel normal. Elas no substituem as medidas de resultados clnicos associados doena, mas so complementares a elas. Inmeros instrumentos tm sido utilizados para avaliar a QV em pacientes com Insuficiência Renal Crnica (IRC), entre eles o Medical Outcome Study Short Form 36 Item Health Survey (SF-36). Este trabalho tem como objetivo avaliar a percepo da QV de pacientes com IRC em tratamento hemodialtico atravs do SF-36 e sua relao com indicadores assistenciais Kt/V, Hematcrito (Ht) e Albumina Srica (As), e com o grau de morbidade, atravs do ndice de Severidade da Doena Renal (ISDR). Foram acompanhados 40 pacientes com IRC em hemodilise h mais de trs meses, durante 12 meses. Os pacientes foram avaliados em relao s caractersticas scio-demogrficas, etiologia da IRC, ISDR, indicadores assistenciais e percepo da QV no incio e ao trmino do acompanhamento. A mdia de idade dos pacientes foi 50,517 anos, sendo que 37,5% apresentavam idade superior a 60 anos e 29% tinham Diabete Melito como causa da IRC. Durante o seguimento, seis (15%) pacientes foram a bito e trs (7,5%) foram submetidos a transplante renal. A mdia dos escores de ISDR dos sobreviventes foi menor que a dos que faleceram, assim como nos pacientes no diabticos comparados aos diabticos. A razo de chances de bito para cada ponto do ISDR foi de 1,09 (IC 95% :1,02 1,18 - P = 0,0093) Os indicadores assistenciais no foram associados mortalidade. Os homensapresentaram escores de QV maiores na maioria doscomponentesdo SF-36. Pacientes com mais de umano de tratamento tiveram melhores resultados em Estado Geral de Sade (P=0,004), Aspectos Emocionais (P=0,033). Os pacientes com menor grau de escolaridade perceberam seu EstadoGeral de Sade deforma mais positiva (P=0,048). Os pacientesque forama bito e os diabticos apresentaram uma percepo pior emrelao Capacidade Funcional (P=0,05). Houve correlao de Capacidade Funcional com AS (r= 0,341, P<0,05) e com Ht (r= 0,317, P<0,05). O Kt/V no se relacionou com QV. O ISDR relacionou-se com Capacidade Funcional (r= -0,636, P<0,001), Aspectos Fsicos (r= -0,467, P<0,005) e com Aspectos Emocionais (r= -0,352, P<0,05). A amostra estudada constituda de um grande percentual de pacientes idosos, diabticos e com escores elevados de ISDR. Os resultados referentes aos indicadores assistenciais no foram associados mortalidade, possivelmente em funo do tamanho da amostra. Tiveram melhores resultados em QV, os homens, os pacientes com baixa escolaridade, os com mais de um ano de tratamento e os no diabticos. importante considerar que h uma relao estreita entre QV e morbidade e mortalidade. Esta conexo parece bvia porque muitos fatores, incluindo indicadores medidos na prtica clnica, como Hematcrito e Albumina, influenciam esses parmetros.
Resumo:
A microalbuminria representa o primeiro estgio da nefropatia diabtica (ND) e, alm de prever a evoluo para nefropatia clnica e insuficiência renal, acompanhada de elevado risco de doena cardiovascular. Este trabalho discute o curso clnico, valores e procedimentos utilizados no diagnstico da microalbuminria em pacientes com diabete melito (DM). A progresso de microalbuminria para nefropatia clnica menor do que inicialmente suposto. O rastreamento da microalbuminria deve ser realizado por ocasio do diagnstico de DM tipo 2, em pacientes com DM tipo 1 aps 5 anos de durao de DM e por ocasio da puberdade. A microalbuminria diagnosticada com valores de excreo urinria de albumina (EUA 24-h) entre 20-200 g/min, embora valores elevados ainda dentro da faixa normal j sejam preditivos de nefropatia clnica. A concentrao de albumina em amostra casual de urina, alm de ser facilmente realizada, o teste de maior acurcia e menor custo para o rastreamento da microalbuminria. Contudo, o diagnstico deve ser confirmado com EUA 24-h. Fitas reagentes para medida semi-quantitativa apresentam baixa acurcia, alm de alto custo. No presente momento, a albuminria ainda o melhor teste para prever a instalao da nefropatia clnica.
Resumo:
Introduo: A anfotericina B a droga de escolha para o tratamento de doenas fngicas severas, estando associada, no entanto, a alta incidncia de nefrotoxicidade. O uso de anfotericinas modificadas est associado a elevado custo. Em grupos de baixo risco o uso de sobrecarga hidrossalina pode ser suficiente para evitar perda severa de funo renal. Mtodos: Foram estudados prospectivamente pacientes internados em hospital universitrio, com idade superior a 12 anos, e que estavam dentro das primeiras 24 horas de uso de anfotericina B. Foram excludos pacientes em centros de terapia intensiva e que estivessem em uso de drogas vasoativas. Soluo salina 0,9% (500 ml) foi infundida antes e aps a anfotericina B. Foram coletados exames na incluso e no trmino do tratamento. A dosagem de creatinina srica foi repetida aps 30 dias do trmino do tratamento. Resultados: Foram estudados 48 pacientes. A mdia de elevao da creatinina srica foi de 0,3 (0,18-0,41) mg/dl., representando um decrscimo mdio de 25 (12,8-36,9) ml/min na depurao de creatinina endgena (DCE). Insuficiência renal aguda (IRA), definida pela elevao maior do que 50% da creatinina basal, ocorreu em 15 pacientes (31,3%). Pacientes que utilizaram antibiticos e aqueles em status ps-quimioterapia ou submetidos a transplante de medula ssea foram os que apresentaram maior risco de desenvolverem IRA. A creatinina e a DCE aps 30 dias do trmino do tratamento no diferiram de seus valores basais. Concluso: Em pacientes de baixo risco, o uso de anfotericina B com adminstrao profiltica de soluo fisiolgica foi associado alterao pequena e reversvel da funo renal. Devido ao alto custo, o uso de mtodos mais dispendiosos nestes pacientes no parece justificado no momento. Ensaios clnicos randomizados so necessrios nesta populao.
Resumo:
Clulas do crtex e da medula renal esto constantemente expostas variaes da concentrao de solutos extracelulares e podem responder essas variaes com o acmulo de osmlitos orgnicos, como a glicina betana, cujo precursor a colina. Uma das caractersticas do diabetes um distrbio osmtico renal, levando posteriormente a uma nefropatia diabtica, que finalmente pode resultar num quadro de insuficiência renal. O objetivo desse trabalho foi estudar o metabolismo da colina e da glicina betana no rim de ratos diabticos. Rins de ratos diabticos foram excisados e fatiados. Nas fatias foram separadas a regio cortical e a medular, e ento incubadas em soluo fisiolgica com 0,2 Ci de [metil-14C] cloreto de colina. Foram quantificadas ento a captao de colina e a formao de glicina betana. Os maiores valores de captao foram obtidos aos 30 minutos de incubao. Tanto o crtex como a medula apresentaram diminuio na captao de colina e na formao de glicina betana na presena de colina no marcada no meio de incubao, possivelmente por um processo de competio pelos transportadores de colina nos tbulos renais. Os rins de ratos diabticos apresentaram maiores valores de captao de colina, possivelmente para contrabalanar a alta osmolaridade do lquido tubular decorrente da alta concentrao de glicose. Os ratos que receberam tratamento com colina na alimentao apresentaram valores de captao semelhantes aos isentos. O suplemento de colina na dieta produziu um aumento na formao de glicina betana no crtex. Possivelmente a colina diettica fornecida em baixas concentraes e cronicamente pode estar funcionando como um ativador do sistema enzimtico de formao de glicina betana presente no crtex renal. Por outro lado a hipertrofia renal no foi influenciada pelo tratamento. Entretanto, estudos com a avaliao da atividade enzimtica nestes tecidos ajudaro a esclarecer este mecanismo osmorregulador.
Resumo:
A hemostasia um processo multifuncional, complexo e finamente regulado que envolve diversos componentes celulares e moleculares, incluindo plaquetas, parede vascular, cascata da coagulao sangnea e fibrinlise. O desequilbrio desses componentes pode desencadear condies patolgicas, tais como hemorragias, hipercoagulopatias e a conseqente trombose vascular. O descobrimento de novos princpios ativos e o desenvolvimento de drogas como instrumentos de interveno antitrombtica constituem estratgias de eleio para a preveno e o tratamento do quadro trombo-emblico. Muitos desses princpios ativos so obtidos de fontes naturais, incluindo os conhecidos anti-hemostticos presentes em venenos de serpentes e na saliva de artrpodos hematfagos. Por afetarem o sistema hemosttico humano, essas molculas so alvo de estudos para o desenvolvimento de anti-venenos, testes laboratoriais e novas drogas teraputicas. As lagartas do gnero Lonomia so conhecidas por produzirem protenas txicas que esto associadas a uma severa sndrome hemorrgica em humanos, cujo quadro clnico caracterizado por distrbios da coagulao, insuficiência renal aguda, hematria, sangramentos, dentre outros sintomas. O veneno constitudo por diversos princpios ativos, incluindo atividades pr-coagulantes e fibrinolticas Apesar da importncia social e cientfica desses envenenamentos e do conhecimento sobre a natureza dessas toxinas, as informaes sobre as caractersticas moleculares do veneno ainda so escassas, o que limita o melhor entendimento das bases moleculares da sndrome hemorrgica e o desenvolvimento de um diagnstico e de um tratamento mais adequados para os pacientes. O presente trabalho teve por objetivo analisar as protenas mais abundantes e os genes expressos em maior proporo na taturana L. obliqua durante a fase larval (fase em que ocorrem os acidentes), visando identificar molculas potencialmente envolvidas no envenenamento. As etapas realizadas foram: anlise dos princpios ativos presentes em tecidos utilizados para a construo de bibliotecas de cDNA, seqenciamento em massa das bibliotecas e anlise dos transcritos utilizando ferramentas de bioinformtica. Mais de mil seqncias de cDNA foram obtidas e agrupadas gerando um catlogo com informaes sobre os transcritos encontrados, incluindo seqncias completas de cDNAs que codificam para protenas provavelmente envolvidas no envenenamento, alm de novas seqncias de funo biolgica desconhecida O contedo protico do veneno foi analisado por SDS-PAGE seguido por seqenciamento da regio N-terminal das protenas mais abundantes, possibilitando a correlao entre o cDNA e a protena por ele codificada. As seqncias completas de cDNA foram enviadas para o GenBank (NCBI/NIH, EUA) e os resultado esto disponveis em um stio eletrnico especfico no NCBI: http://www.ncbi.nih.gov/projects/omes. O cDNA mais abundante da lagarta, que codifica para uma lipocalina, foi clonado e obteve-se a protena recombinante. Demonstramos que essa lipocalina liga o grupamento heme e participa da oxidao acoplada desse ligante, levando formao de biliverdina , sugerindo uma nova funo para as protenas ligadoras de bilina em insetos. Os resultados obtidos colaboram para o maior entendimento das bases moleculares do envenenamento por L. obliqua, alm de apontarem molculas candidatas para o desenvolvimento de kits de diagnstico para o envenenamento com Lonomia e para a melhora na especificidade do soro anti-lonmico, bem como para estudos mais aprofundados dos processos hemostticos.
Curso evolutivo e fatores de progresso da nefropatia diabtica em pacientes com diabete melito tipo 2
Resumo:
A nefropatia diabtica (ND) uma complicao microvascular freqente, que acomete cerca de 40% dos indivduos com diabete melito (DM). A ND associa-se a significativo aumento de morte por doena cardiovascular. a principal causa de insuficiência renal terminal em pases desenvolvidos e em desenvolvimento, representando, dessa forma, um custo elevado para o sistema de sade. Os fatores de risco para o desenvolvimento e a progresso da ND mais definidos na literatura so a hiperglicemia e a hipertenso arterial sistmica. Outros fatores descritos so o fumo, a dislipidemia, o tipo e a quantidade de protena ingerida na dieta e a presena da retinopatia diabtica. Alguns parmetros de funo renal tambm tm sido estudados como fatores de risco, tais como a excreo urinria de albumina (EUA) normal-alta e a taxa de filtrao glomerular excessivamente elevada ou reduzida. Alguns genes candidatos tm sido postulados como risco, mas sem um marcador definitivo. O diagnstico da ND estabelecido pela presena de microalbuminria (nefropatia incipiente: EUA 20-199 g/min) e macroalbuminria (nefropatia clnica: EUA 200 g/min). medida que progride a ND, aumenta mais a chance de o paciente morrer de cardiopatia isqumica. Quando o paciente evolui com perda de funo renal, h necessidade de terapia de substituio renal e, em dilise, a mortalidade dos pacientes com DM muito mais significativa do que nos no-diabticos, com predomnio das causas cardiovasculares. A progresso nos diferentes estgios da ND no , no entanto, inexorvel. H estudos de interveno que demonstram a possibilidade de preveno e de retardo na evoluo da ND principalmente com o uso dos inibidores da enzima conversora da angiotensina, dos bloqueadores da angiotensina II e do tratamento intensivo da hipertenso arterial. Os pacientes podem entrar em remisso, ou at mesmo regredir de estgio. A importncia da deteco precoce e da compreenso do curso clnico da ND tem ganhado cada vez mais nfase, porque a doena renal do DM a principal causa de dilise no mundo e est associada ao progressivo aumento de morte por causas cardiovasculares.