960 resultados para Holanda, Chico Buarque de, 1944 - Crítica e interpretação


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A partir da leitura do livro Mnimos, Mltiplos e Comuns de Joo Gilberto Noll, este trabalho busca empreender um estudo sobre as relaes entre a escrita do artista e tempo na figura dos instantes ficcionais, observando a questo do microrrelato e da exigncia fragmentria (cf.P. Lacoue-Labarthe e Jean-Luc Nancy), na perspectiva do inacabado/unidade, o que projeta uma hiptese de conjunto constelar para a escrita de Joo Gilberto Noll. Inicialmente realiza-se uma reflexo de alguns temas importantes na fortuna crítica sobre o escritor, com a inteno de saber como estes reverberam na sua escrita para, em seguida, tratar do fragmento e suas perspectivas estticas de inacabamento e de totalidade, com relao ao tempo e como dessas questes surge a metfora crítica do instante ficcional. As leituras críticas usadas como operadores nortearam-se a partir das noes de fragmento (romntico), e de Acontecimento, relacionadas ao par conceitual Cronos/Ain deleuziano

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A presente tese tem como intuito investigar as relaes entre as narrativas de Machado de Assis e de Woody Allen, autores de pocas e culturas bastante distintas. No entanto, atravs da anlise do papel da ironia na obra de ambos tornou-se possvel aproximar Memrias pstumas de Brs Cubas, romance de 1881 de Machado, e Stardust Memories, filme lanado em 1980 pelo diretor Woody Allen. A investigao divide-se em trs etapas. No primeiro captulo, analisa-se a aproximao entre os dois autores atravs de uma mesma viso sobre a fico presente tanto na obra de Machado quanto na de Allen. Esta viso encontra-se fundamentada atravs de uma tradio literria burlesca que rompe com o primado realista na narrativa ficcional. No segundo captulo, procura-se demonstrar como a perspectiva no realista escapa a uma regra moralizante na fico, para valorizar uma postura tica, isto , para se definir o ethos da narrativa. A ironia, assim, ser a morada da fico de ambos os autores, que problematizam o mundo incluindo nele a prpria narrativa. E no terceiro e ltimo captulo, analisa-se a relao ficcional nas duas obras com a memria. A memria, elemento constituinte da identidade humana, revela-se uma linguagem prpria e opressora aos narradores memorialistas, impondo-lhes a inexorabilidade do tempo. Dessa forma, suas fices seriam uma luta incessante do homem contra o seu caminhar para a morte

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O objetivo da presente pesquisa o de discutir a reescrita da histria da Irlanda, mais especificamente aspectos relacionados construo da identidade nacional e de marcas da tradio, a partir da leitura do romance Tipperary, de Frank Delaney. Publicada em 2007, essa obra aborda de forma singular as querelas sobre identidade nacional, nacionalismo, passado, memria, e seus personagens principais e a trama esto significativamente ligados ao contexto poltico-social da histria da Irlanda. Nessa reconstruo da histria, o passado revisitado atravs de diferentes pontos de vista. Nossa ateno estar voltada para a seleo de elementos/momentos da histria do pas que ganham foco na narrativa, e as possveis repercusses deste processo. Alm disso, nos concentraremos na questo das tnues fronteiras entre histria e fico, ou seja, as fronteiras pouco delimitadas entre o discurso histrico e o discurso ficcional. Na escrita da histria em Tipperary, Delaney aborda questes relativas a mitos, lendas e tradies como importantes fatores de identidade nacional em uma Irlanda que emerge como uma nao independente. No romance em questo, podemos observar como histria e memria se unem na jornada do protagonista, em sua empreitada de narrar a histria de sua vida e de seu pas

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Esta dissertao tem como objetivo analisar e discutir os romances-ensaios O Dia da Coruja e A Cada um o Seu, de Leonardo Sciascia, em perspectiva comparada com as narrativas policiais A Forma da gua e O Ladro de Merendas, de Andrea Camilleri, no que diz respeito aos traos estilsticos, histricos e temticos das obras em foco. Na pesquisa, refletiu-se sobre a utilizao da estrutura do romance policial como estratgia de composio empregada pelos dois autores sicilianos, a fim de criticarem a realidade sociopoltica italiana dos ltimos 50 anos. Ao final, apontam-se diferenas e identidades existentes entre os citados ttulos e se conclui que, L.Sciascia, em tom amargo e incisivo, deu matria de seus romances um perfil tanto de narrativa ficcional quanto de ensaio poltico-filosfico, com o objetivo de denunciar, em seus pseudo-gialli, no apenas crimes, mas, principalmente, a falta de tica no seio da justia de seu pas. J A.Camilleri eternizou seu perfil de escritor giallista, criando a figura do inspetor Salvo Montalbano e ao lanar mo do recurso do riso srio. Tal artifcio no invalidou, ao contrrio, sublinhou ironicamente a denncia a toda forma de criminalidade, de corrupo e de abuso do poder, na fictcia Vigata, espao imaginrio representativo da Sicilia e da Itlia

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O objetivo desta dissertao propor uma viso afirmativa dos narradores-protagonistas dos romances do escritor Joo Gilberto Noll, oferecendo um contraponto crítica que, ao inserir esses narradores-protagonistas na tendncia niilista contempornea de apagamento diante do outro e do mundo, os classifica como fracos. A partir da anlise dos romances Hotel Atlntico (1986), Harmada (1993), A cu aberto (1996), Berkeley em Bellagio (2002), Lorde (2004) e Acenos e afagos (2008), caracterizaremos o sujeito nolliano como um sujeito forte, que chamaremos aqui de sujeito dionisaco. Este sujeito prescinde de uma identidade fixa e bem delimitada e, portanto, dispensa quaisquer tipos de espelhos da conscincia, da identificao, da idealizao. Em vez de atribuir-se a si mesmo uma subjetividade ou um rosto, este sujeito se reconhece na sua existncia mais primordial: o seu corpo indomvel, que, diferente do corpo/imagem da lgica do esteticismo generalizado, refora o carter mltiplo e instvel do sujeito, lembrando que ele regido no pela sua vontade prpria, mas sim pela dinmica da vontade de potncia. Apesar de remeter sempre ao corpo, a literatura de Noll se revela um convite, tanto aos seus narradores-personagens quanto ao leitor, para uma experincia metafsica

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Este trabalho apresenta uma leitura das manifestaes do inslito ficcional, a partir de mitos e do maravilhoso moambicano, em Vinte e zinco, de Mia Couto. Essas manifestaes podem ser vistas como pertencentes ao Realismo Maravilhoso, Mgico ou Animista, uma vez que podem ser observadas atravs da representao literria de mitos que perpassam o continente africano como um todo, permitindo, assim, repensar a origem de lendas, crenas, folclore, religiosidade e tradies nacionais. Dessa forma, os eventos inslitos presentes em Vinte e zinco so utilizados por Mia Couto com a inteno, explicitada em seus artigos de opinio, de resgatar e recuperar aspectos dispersos da mosaica e hbrida identidade moambicana, contribuindo para sua construo na contemporaneidade, ultrapassadas as guerras de descolonizao -frente a Portugal - e civil -entre os prprios moambicanos

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Essa dissertao visa estudar a formao do que veio a ser conhecido como o mito Shakespeariano e sua relao com a produo literria contempornea, exemplificada pelo romance Wise Children, da romancista inglesa Angela Carter. Tal objetivo pretende ser alcanado por meio uma reviso terica de elementos relacionados concepo de mito desenvolvida pelo filsofo francs Roland Barthes, tais quais a concepo tradicional de mito, o Estruturalismo, o Ps-estruturalismo, a crítica ideolgica marxista e os Estudos Culturais. Um estudo dos processos histricos que deram origem ao e ajudaram a propagar o mito Shakespeariano tambm levado a cabo nessa dissertao: a apropriao da figura e da obra de William Shakespeare feita pelos pr-romnticos e pelos romnticos em geral; a associao da figura de Shakespeare com a identidade nacional do Imprio Britnico; o advento da industria Shakespeariana e o papel das adaptaes das peas de Shakespeare na propagao do mito Shakespeariano

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Atravs dessa dissertao prope-se uma anlise sobre os temas morte e poder em dois romances, do autor portugus Jos Saramago, Todos os Nomes (1997) e As Intermitncias da Morte (2004). Escritos e publicados em pocas distintas, distinguem-se do conjunto da obra desse autor pela relao que estabelecem entre si e os temas supracitados. Esses dois romances foram tomados como objeto de estudo desta pesquisa, que foi executada atravs da utilizao da metodologia da literatura comparada. Como base terica, foram usados os seguintes conceitos do filsofo Martin Heidegger: ser-para-morte e angstia, que norteiam o pensamento sobre as possibilidades de uma autenticidade do ser frente ao cotidiano, marcado por repeties e controles. atravs do acaso e das escolhas feitas pelos dois protagonistas dessas obras que se construiu uma reflexo sobre a dicotomia vivos e mortos. A partir dessa anlise, buscou-se realizar a leitura em espelho desses romances, nos quais a maior semelhana entender a vida como uma busca e a morte como inerente ao ser, tornando-o uma singularidade

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Verificamos na fico brasileira contempornea uma reescritura do gnero policial, que deixa de ter como principal meta a retirada das mscaras que encobrem a verdade. Nesta era de ambiguidades e incertezas, em que a verdade passa a ser substituda pelas verses, o tema do duplo encontrar a condio ideal para sua revitalizao. o que podemos observar na obra de Luiz Alfredo Garcia-Roza, objeto desta dissertao, cuja finalidade principal a de identificar e analisar as manifestaes do duplo em alguns romances do autor, situando-os no contexto contemporneo. Para tal, foram selecionados como corpus de anlise cinco de seus nove romances: Vento Sudoeste (1999), Perseguido (2003), Espinosa sem sada (2006), Na multido (2007) e Cu de origamis (2009). Traamos, primeiramente, um breve panorama da representao literria do tema do duplo, alm de alguns conceitos psicanalticos, buscando introduzir o tema, utilizando como base terica os estudos de Otto Rank, Freud, Nicole Bravo, Ana Maria Lisboa de Mello, entre outros. Num segundo momento, identificamos as manifestaes do duplo nas narrativas policiais de enigma, noir e ps-utpica, empregando o termo criado por Haroldo de Campos. Verificamos que a narrativa policial brasileira, desde os seus primrdios, j revela uma incompatibilidade com as certezas preconizadas pela escola de enigma. Dessa forma, abrimos o caminho para atingirmos o foco deste estudo: a anlise do duplo na narrativa de Luiz Alfredo Garcia-Roza, articulando o quadro terico leitura dos textos. O duplo aparece na fico do autor como representao dos antagonismos humanos que levam fragmentao do eu e como estratgia para ressaltar as ambiguidades e incertezas da narrativa policial ps-utpica, em contraposio s verdades absolutas do gnero policial em sua forma clssica. Da deduzimos que, contrariando a principal norma do gnero, a narrativa de Garcia-Roza coloca mscaras, em vez de retir-las

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Este trabalho se prope a analisar duas obras do escritor portugus Antnio Lobo Antunes, tendo em vista algumas instncias narrativas, que, a nosso ver, sobressaem na obra do autor. As obras so Ontem no te vi em Babilnia, romance publicado em 2006, e O arquiplago da insnia, de 2008. Os dois romances compem o ciclo de produo mais recente do autor, no qual as experimentaes formais e estticas so mais intensas do que nos romances anteriores. Alm disso, as obras apresentam convergncias temticas j explicitadas por uma leitura atenta de seus ttulos. Ontem no te vi a representao de um tempo de espera, um tempo de frustrao; Babilnia Babel, smbolo maior da incomunicabilidade para o Ocidente. J arquiplago um conjunto de ilhas, reunio marcada pelo isolamento e pela incomunicabilidade; insnia , igualmente, uma espera frustrada por algo que no vem, no caso, o sono, que nos romances ser metfora para a morte. O trabalho privilegiar, portanto, a anlise do espao, a partir do smbolo da casa; do tempo, insone e de morte; e do texto, que se apresenta, essencialmente, por uma enxurrada discursiva. Assim, pretende-se entrar no universo antuniano e, como parece ser o desejo do autor, desvendar a ns mesmos e a nosso tempo

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Esta dissertao trata da potica de Adlia Prado. Procurei destacar, dentro da vasta obra da autora, sua ligao com o divino a partir da dessacralizao de uma linguagem que a este se atribui. A meu ver, a poeta transfere para o cotidiano toda a carga semntica relativa ao sagrado: espiritualiza o concreto e da constri sua abstrao, reformulando a escrita do corpo originalmente marcada pala imagem de pecado. O corpo representa a possibilidade de concretizao da experincia com o divino. Assim, surge uma linguagem que se dobra sobre si mesma e recompe seus significados para satisfazer as necessidades de um gnero hbrido evidenciado pelo trnsito entre o potico e o prosaico

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O sculo XIX, no Brasil, foi marcado por uma tentativa de construo de uma identidade nacional e cultural num pas ps-independncia. Neste panorama, Jos de Alencar destaca-se, entre outros papis que exerceu, como significativo romancista e contribui para a formao de um sistema literrio em nosso pas. Porm, na obra dramtica alencariana que tambm podemos identificar uma proposta discursiva da possvel identidade do homem no Brasil a partir de suas relaes contraditrias e problemticas com os "outros" aqui presentes: o portugus, o ndio, o negro, e o francs representaes estas capazes de dar ao homem uma ideia de pertencimento cultural, atravs de uma seleo do que deve ou no servir para representar sua identidade e a de seu povo

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O objetivo desta dissertao analisar o romance Brick Lane (2003), da escritora Monica Ali, focalizando o processo de empoderamento da protagonista Nazneen. Usando os conceitos de lugar e no-lugar propostos por Marc Aug, pretendo examinar passagens do romance que caracterizem a sensao de no-pertencimento vivida pela personagem. Nazneen recorre s memrias de sua infncia com a irm Hasina em Bangladesh para tentar se distanciar do espao fsico de Brick Lane (a comunidade onde reside em Londres), que se constitui em um no-lugar, pois ali no possvel reconstruir sua identidade fragmentada pelo deslocamento de uma cultura para outra. Considerando aspectos histricos e culturais de Bangladesh, terra natal de Nazneen, este trabalho pretende discutir as experincias da protagonista e de outros sujeitos diaspricos do romance, alm de analisar o papel crucial que Hasina (e suas cartas) desempenham na narrativa. O atual contexto multicultural e cosmopolita da cidade de Londres tambm ser investigado, com a discusso de situaes que afetam os imigrantes e suas representaes no romance. Esta dissertao tambm considera o carter gendrado dos movimentos migratrios contemporneos que possibilitam novas perspectivas acerca das consequncias da dispora. A anlise de passagens selecionadas do romance ratifica o processo gradual de autonomia de Nazneen que, por fim, consegue se sentir em casa novamente

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Proposta de leitura de fragmentos de versos integrantes da potica de Florbela Espanca e de textos da filosofia de Simone de Beauvoir, notadamente contidos na sua obra magna O Segundo Sexo, numa anlise contrastiva do percurso intelectual de ambas as escritoras, no que diz respeito dominao masculina e resistncia das mulheres por intermdio do exerccio escritural. O presente trabalho prope uma anlise incisiva dos trabalhos das autoras citadas, fazendo uma correlao entre vida e obra de ambas, at chegar a questo da dominao masculina. Tendo como objetivo principal chamar a ateno para os pontos chaves que as autoras acentuavam em suas obras e que serviram de fora poderosa para a ruptura dos laos patriarcais. Aqui representa-se e confronta-se a viso masculina, a qual a sociedade estava to acostumada (principalmente diante do fato que toda literatura era composta por homens), com obras de mulheres que dentro de uma mundo estritamente masculino, deram seu grito de liberdade atravs de seus escritos. Logo, a dissertao aqui apresentada tem por objetivo demonstrar a inovao literria e tambm social, que Simone de Beauvoir e Florbela Espanca trouxeram, no momento em que decidiram constituir-se no mais apenas como mulheres, mas como escritoras, conscientes e responsveis por suas decises e por aquilo que escreviam

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A presente dissertao toma como propsito as obras poticas de Ricardo Reis e de Paul Celan, acentuando a sua tarefa de originar uma poesia de risco, que experiencia a linguagem e a ameaa. Nesse sentido, a pesquisa desenvolvida reconhece a singularidade da leitura imposta pelos poemas. Tal fato estabelece algumas especificidades da leitura, sem pretender com elas decifrar qualquer contedo nos poemas escolhidos. Dessa maneira, esse trabalho recolhe, coleciona e elege premissas de compreenso derivadas de outros ambientes literrios. Assim, a hiptese fundamental sustentada ao longo da dissertao expe o prprio desempenho da leitura como exerccio de escrita, sem recorrncia a qualquer facilidade contextual, historicista ou formalista; ou melhor: o que ler Ricardo Reis ps Paul Celan, tomando como elemento bsico a prpria experincia de risco da leitura