1000 resultados para Equipe saúde da família
Resumo:
O Programa Saúde da Família (PSF) é a estratégia para a reorientação do modelo assistencial, a partir da organização da atenção básica, apostando no estabelecimento de vínculos e a criação de laços de compromisso e de co-responsabilidade entre profissionais de saúde e a população. Para que isso ocorra é necessário um estabelecimento de uma relação solidária e de confiança, o acolhimento, possibilitando resolutividade e continuidade do tratamento do usuário. O acolhimento significa a humanização do atendimento com garantias de acesso a todas as pessoas dando-lhe sempre respostas positivas a resolução de seus problemas e é visto como uma forma de reorganizar o processo de trabalho da equipe e qualificar a relação trabalhador - usuário. É entendido como reformulador do processo de trabalho, pontua problemas e oferece soluções e respostas pela identificação das demandas dos usuários, rearticulando o serviço em torno delas. Deste modo, o presente estudo tem como objetivos descrever o acolhimento da unidade Saúde da Família Esperança 2, situada no município de Poços de Caldas- MG e propor ações para a qualificação do atendimento através de uma metodologia exploratória sobre o assunto. Foram analisados pontos dificultadores e facilitadores entre os quais a alta demanda de pessoas adscrita na área interferindo no atendimento e na resolução dos problemas de saúde, falta de treinamento e rotatividade dos funcionários influenciando no vínculo usuário-profissional e população com visão curativista voltada para consultas médicas prejudicando acolhimento por outros profissionais. Para que haja a qualificação do mesmo, é necessário a territoriliazação pela gestão municipal, divulgação na mídia e pelos agentes comunitários de saúde do atendimento através do acolhimento e treinamento dos profissionais. Assim, o acolhimento será eficaz e resolutivo na unidade saúde da família.
Resumo:
Este estudo de revisão bibliográfica sistemática, teve por objetivo aprofundar o entendimento cultural e do quadro biopsicossocial relacionados à gravidez na adolescência, seus determinantes históricos e métodos contraceptivos adequados para esta faixa etária. Nesta fase da vida, em um contexto de competição de necessidades, vêm ganhando destaque para o setor saúde a incidência de gravidez. A prevenção da gestação não planejada é fundamental para adolescentes e jovens sexualmente ativos. O ideal é que os adolescentes recebam a maior quantidade possível de informação, em vista que podem se tornar vítimas do uso inadequado de métodos contraceptivos. Torna-se, portanto, imprescindível esse tipo de orientação antes mesmo que se tornem sexualmente ativos. A Atenção à Saúde do Adolescente pela equipe de saúde da família, integrada às escolas de ensino fundamental e médio constitui um desafio que deve orientar-se, principalmente, na prevenção de agravos, utilizando todos os recursos necessários para atender os grupos mais vulneráveis, seja por agravos biológicos, psicológicos ou sociais. Quando se trata de prestar assistência ao adolescente, deve-se ter em mente a importância do envolvimento multidisciplinar e intersetorial com estes jovens, frente à apresentação de necessidades que estão relacionadas a aspectos biológicos, psicológicos, sociais, jurídicos entre outros, bem como a peculiaridades de cada um.
Resumo:
Este trabalho é composto por uma revisão bibliográfica do tipo narrativa e uma análise de dados secundários relativos à área de abrangência da Estratégia Saúde da família Esperança, do Município de Pedra Azul-MG, tendo o objetivo de identificar quais as principais dificuldades encontradas, em acompanhar gestantes, pelos profissionais da Equipe de Saúde da Família (ESF). Optou-se por analisar os dados encontrados na literatura, comparando-os com aqueles encontrados na unidade básica, aliados a experiência vivenciada pela autora. Foi dado enfoque nas dificuldades encontradas pela equipe de saúde em seguir o protocolo estipulado para efetivação do pré-natal nas unidades básicas. No levantamento das publicações foram encontrados onze artigos. Analisando os textos encontrados identificaram-se como dificuldades predominantes: área física inadequada, falta de adesão à assistência e de medicamentos; ausência de educação permanente e limitações do protocolo municipal de atenção à mulher, revelando que o programa de pré-natal ainda apresenta fortes marcas características do modelo hegemônico centrado nos procedimentos e na atenção biomédica, podendo assim sugerir a necessidade das atividades educativas e do treinamento profissional periodicamente. Concluindo é de essencial importância a produção de protocolos que garantam: ações de planejamento familiar, atenção pré-natal e integralidade da atenção da equipe de saúde.
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Este estudo aborda a realidade do cuidador de idosos dependentes que, por suas condições de trabalho e necessidade de resguardar sua própria saúde, se vê carente de uma orientação que propicie melhores condições de vida e trabalho. O objetivo foi analisar a visão da equipe do programa de saúde da família sobre a necessidade e relevância do cuidado pelos cuidadores de idosos dependentes e, especificamente, conceituar cuidado e cuidador; verificar as dificuldades encontradas pelos cuidadores na assistência diária aos idosos dependentes no domicílio; identificar a importância das políticas públicas na promoção da saúde desses cuidadores e a responsabilidade do enfermeiro na assistência à saúde dos idosos dependentes. Trata-se uma revisão de literatura desenvolvida através de fontes bibliográficas como periódicos, livros e bases de dados eletrônicos do período de 1990 a 2009. Foram identificadas 67 obras conforme os descritores que tratavam do assunto, disponíveis na base Scielo e algumas pertencentes a outros tipos de fontes bibliográficas, tais como livros e cartilhas. Destas 67 obras, 41 contribuíram para o desenvolvimento da pesquisa, tendo sido descartados 26 artigos que, apesar de falarem do assunto, abordavam mais especificamente outros temas que não foram objeto dessa pesquisa. Os resultados apontaram para a urgência de mudanças e inovação das políticas públicas de atenção à saúde do idoso, bem como de seu cuidador, na medida em que se vislumbra o crescimento acelerado do número de idosos na sociedade e esta se encontra totalmente despreparada para acompanhar essa evolução, inclusive os familiares de pessoas idosas, o que acaba incentivando a família à contratação de cuidadores de idosos. Concluiu-se, ainda, que a condição dos cuidadores deve ser contemplada pela equipe de enfermagem e pelos serviços de saúde tanto do ponto de vista de sua orientação para lidar com as incapacidades dos pacientes idosos que assistem, bem como para orientar a respeito do cuidado com sua própria saúde. Desse modo, tem-se entendido que a equipe de Saúde da Família pode contribuir com ações e atitudes no cuidado com o cuidador de idosos de sua área de abrangência, assim como se entende que haja necessidade de ações que norteiem políticas públicas de saúde buscando um enfoque para o cuidado dos próprios cuidadores.
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O Processo de envelhecimento populacional é uma realidade universal. Associado a esse processo surge um novo panorama epidemiológico com a maior prevalência de doenças crônicas e degenerativas. Estas por sua vez têm provocado limitações funcionais gradativas que de leves restrições nas atividades básicas da vida diária podem chegar à total restrição no leito. Além da ação direta destas doenças, as internações provocadas por estas também levam a essas incapacitações principalmente pelas iatrogenias. Da restrição total no leito podem surgir várias complicações sendo a principal destas a síndrome da imobilidade que consiste no conjunto de sinais e sintomas provocados pela imobilidade apresentando várias alterações sistêmicas e psicológicas no indivíduo que pode inclusive levar a óbito. Um dos grandes desafios no cuidado a este paciente, se associa exatamente no responsável pelo cuidado no domicilio que não esta preparado para implementar corretamente as orientações de cuidado prestados pela equipe de saúde. As principais ações preventivas a serem desenvolvidas por esta para evitar complicações no paciente, envolve a construção de um plano de ação multiprofissional envolvendo ação integral ao usuário com atenção especial as possíveis complicações que podem surgir. A visita domiciliar é um instrumento fundamental, pois permite conhecer a realidade vivenciada pelo usuário, e identificar riscos no ambiente e de complicações, propondo intervenções em tempo hábil.
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A cárie dentária é uma doença que influencia de forma desfavorável a saúde dos indivíduos em geral e, apesar de ser passível de prevenção, continua sendo um grave problema de saúde pública e uma das doenças bucais que mais acometem crianças em idade escolar. O presente estudo relata a mudança nos índices de cárie dentária em escolares de 6 a 12 anos, antes e após implantação da equipe de saúde bucal (ESB), no Programa Saúde da Família (PSF), em Senhora de Oliveira - MG. Foram utilizados dados de um levantamento epidemiológico realizado em 2006 por solicitação da Secretária Estadual de Saúde de Minas Gerais (SESMG) nas três escolas do município que possuíam alunos na faixa etária de 6 a 12 anos de idade. Em 2009, visando avaliar mudanças na prevalência de cárie dentária após implantação da ESB foi realizado novo levantamento utilizando a mesma metodologia proposta pela SESMG em 2006. Foram examinadas as crianças presentes no momento da visita do pesquisador em duas escolas localizadas na zona urbana e uma escola localizada na zona rural, perfazendo um total de 420 alunos. A média do índice CPO-D(dentes cariados, perdidos e obturados) para a faixa etária em estudo foi de 0,98 para o levantamento realizado em 2006 e de 0,66 para o levantamento realizado em 2009, ambos abaixo da meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e Federação Dentária Internacional (FDI) para o ano de 2000 em relação à idade de 6 a 12 anos que é um índice CPO-D menor ou igual a 3. Tais dados sinalizam que conjuntamente com as medidas de caráter coletivo, as ações implementadas pela ESB como os programas voltados ao tratamento preventivo, curativo e educativo; bochechos fluoretados semanalmente nas escolas; ações coletivas de escovação dental supervisionada e aplicação tópica de flúor gel semestralmente; dentre outras, vêm alcançando bons resultados.
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Trata-se de estudo retrospectivo, por meio de análise de prontuários de crianças nascidas vivas, em 2009, na área de abrangência da equipe de Saúde da Família do Centro de Saúde Jardim Filadélfia, Belo Horizonte, Minas Gerais. De acordo com os objetivos do estudo, foram detectadas 37 crianças nascidas vivas no ano, sendo realizado em todas as primeiras vacinações e o Teste do Pezinho - negativo em todas. Dessas 37 crianças, 21 (56) foram atendidas na ação "5º. Dia Saúde Integral". Das 21 que realizaram a ação, 13 não apresentaram nenhum fator de risco, 3 apresentaram dificuldades na realização do curativo umbilical, 4 apresentaram icterícia e 1 nasceu pequeno para a idade gestacional. Das 16 crianças que não receberam a ação, 11 o foram pela ausência do profissional enfermeiro e/ou por desinteresse dos responsáveis. Quatro recém-nascidos haviam sido retidos na maternidade por intercorrência de problemas no pré-parto, parto e pós-parto. Uma das crianças nascidas vivas não passou pela ação do 5º. dia porque no momento do nascimento e nos primeiros meses de vida não morava na área de abrangência. Na evolução clínica das 16 crianças que não receberam a ação do 5º dia perceberam-se 41 intercorrências: 11 atrasos e dificuldades no agendamento da puericultura, 11 - não-avaliação odontológica, oral adequada, 11 sem orientação de agendamento do "Teste da Orelhinha", 3 problemas respiratórios, 2 desmames precoces e perda de peso, 2 atrasos no cartão vacinal e 1 atraso no desenvolvimento. Entretanto, 13,51 (5) das crianças nascidas vivas no ano de 2009, que também não passaram pela "Ação do 5º. dia", evoluíram sem intercorrências e sem dificuldades no agendamento da puericultura. Oito crianças foram retidas na maternidade devidas a complicações no pré-parto, parto e pós-parto.
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Este estudo tem como objetivo apresentar uma análise da situação de saúde da população idosa da área de abrangência da Equipe de Saúde da Família São José, no município de Pompéu, Minas Gerais. Pretende-se propor ações para melhorar a atenção aos idosos e discutir os problemas observados na atenção à saúde deste grupo populacional. A partir daí, demonstrar os principais fatores relacionados com os condicionantes do processo de saúde e doença destes idosos, assim como verificar as necessidades de intervenção baseadas em protocolos estabelecidos por diversos órgãos de saúde. Com a reflexão do processo de trabalho desenvolvido na Equipe, espera-se construir uma nova realidade em relação à atenção ao idoso.
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O presente trabalho aborda os dilemas éticos na estratégia de Saúde da Família, considerando a prática dos profissionais e das instituições. Muitos são os problemas constatados, e que se avolumam, dificultando o trabalho das equipes e os relacionamentos com a comunidade, na cidade de Governador Valadares - MG. As queixas, por parte da população assistida, justificam a pertinência do tema. Esse trabalho teve como objetivo sistematizar os aspectos mais relevantes relativos ao trabalho em equipe, às relações éticas e indicar diretrizes para que este mesmo trabalho atenda as expectativas da população. Para que sejam percebidos em um contexto amplo, buscaram-se correlacionar os problemas éticos na relação do profissional com o usuário e a família, problemas éticos nas relações internas à equipe e problemas éticos nas relações profissionais e usuários com a organização do sistema de saúde. Nessas correlações, são apresentadas diretrizes para o trabalho profissional. Ao final, são feitas considerações pessoais sobre questões éticas vivenciadas na realidade do trabalho de um profissional, na atenção básica.
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O município mineiro de Moeda adotou a Estratégia de Saúde da Família em 2003, contando, atualmente, com duas Equipes de Saúde da Família (ESF) implantadas, cada qual apresentando uma Equipe de Saúde Bucal (ESB). A estratégia em saúde bucal adotada pelas mesmas tem sido, nos últimos sete anos, sistematicamente voltada aos escolares, remontando ao Sistema Incremental, adotado na década de 50. Contrapondo-se ao relativo êxito obtido em termos de melhores indicadores de saúde bucal dos escolares da rede municipal, tem sido observado um elevado índice de faltas às consultas odontológicas agendadas dos mesmos, com seus impactos à saúde e custos ao sistema. O presente estudo, exploratório e, predominantemente descritivo, propõe, como indicado por sua caracterização, a descrição do absenteísmo às consultas odontológicas programadas para os escolares do 2º período ao 9º ano do ensino fundamental da rede pública municipal, adscritos à ESF da Pedra Vermelha, com idades variando de cinco a 19 anos, no período de abril de 2009 a março de 2010. A revisão de literatura foi realizada a partir de consultas à base de dados MEDLINE, LILACS, SciELO, Biblioteca Digital da Unicamp, Biblioteca Digital da USP, Rede de Bibliotecas da Fiocruz e Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMG, no período de janeiro de 2009 a dezembro de 2010. Foram analisadas as seguintes variáveis: mês da consulta agendada; dia da semana do agendamento; sexo do escolar; escola em que estuda; série; microárea em que reside; sua faixa etária; profissional responsável pelo seu atendimento e sua codificação de acordo com o nível de necessidade curativa (N1: escolar que apresenta seis ou mais dentes cariados; N2: de quatro a cinco dentes cariados; N3: até três dentes cariados; SN: sem necessidades curativas). A análise estatística foi realizada com o Programa R, a partir do teste não-paramétrico do Qui-Quadrado e do Modelo Logístico. O Teste de Pearson e o Envelope de Probabilidade comprovaram a adequação global do modelo estatístico utilizado. Foram encontradas associações significativas (p 0,05) da variável principal com duas variáveis: codificação do escolar e dia da semana. Os agendamentos relativos a escolares codificados como N3, apresentaram duas vezes mais não comparecimentos, comparando-se às demais codificações. Os agendamentos às sextas-feiras apresentaram aproximadamente duas vezes mais comparecimentos, quando comparados aos demais dias da semana. A partir dos resultados foram formuladas hipóteses explicativas para o absenteísmo às consultas, visando à construção de um conhecimento útil que, associado a abordagens qualitativas posteriores, possa subsidiar uma intervenção sobre a realidade. A alta prevalência do absenteísmo no período analisado, 28,52, repercute negativamente no âmbito da abordagem clínica e saúde bucal dos escolares, e impacta a eficiência da ESB na utilização da capacidade instalada, o que representa prejuízo também institucional, constituindo-se, pois, em um desafio a ser superado.
Resumo:
O Programa Saúde da Família (PSF) foi criado em 1994 pelo Ministério da Saúde, a fim de reorganizar o modelo de atenção à saúde à população brasileira. O seu objetivo era remover o foco das doenças, dando ênfase na melhora da qualidade de vida dos indivíduos, por meio de ações voltadas principalmente ao cuidado e promoção da saúde. Em 2000, viu-se a necessidade de incluir a odontologia na Equipe de Saúde da Família (ESF) para mudar os serviços odontológicos prestados. Somente a realização de procedimentos curativos não estava gerando o resultado esperado, ou seja, o acesso ao tratamento odontológico de toda a população com diferentes faixas etárias e a diminuição dos problemas bucais sendo um grande avanço na tentativa de universalizar o acesso e trabalhar com a lógica da territorialização. Com a inclusão da odontologia na Estratégia Saúde da Família viu-se a oportunidade de reverter esse quadro, visando contribuir com o princípio da integralidade, ou seja, visualizar o indivíduo como um todo e não por partes, oferecendo um serviço em todos os níveis e garantindo também a intersetorialidade, realizando ações destinadas à promoção de saúde, identificação, prevenção e o tratamento em si das doenças bucais, levando a uma melhor conscientização de nossos usuários. Para isso, o cirurgião-dentista deve ser capacitado e realizar avaliações periódicas do seu trabalho. Deve agir de uma maneira ativa: indo ao encontro dos usuários; conhecendo o território, os problemas, as condições sócio-econômicas de cada indivíduo; mudando a maneira de atuar, sempre que houver a necessidade; e criando estratégias para atingir o resultado esperado naquele momento. Este trabalho foi realizado a partir de uma revisão da literatura, presentes em artigos pesquisados no período entre 2001 a 2011 com o principal objetivo de discutir a importância de integrar a Equipe de Saúde Bucal (ESB) a ESF, para recuperar a saúde bucal e geral de nossos usuários, contribuindo para a criação de vínculos entre profissionais e assistidos, aumentando o acesso ao serviço oferecido, já que uma maior proximidade entre a Equipe e a comunidade faz com que o paciente sinta-se mais seguro e confiante, favorecendo a mudança de hábitos e em consequência, uma resolução de seus problemas e melhora da qualidade de vida.
Resumo:
Durante muito tempo, as práticas odontológicas baseavam-se em um modelo imediatista de atendimento da população. Entretanto, com a reformulação dos serviços de saúde, a partir da ESF, os atendimentos odontológicos acompanham a mesma tendência. Com a inserção das equipes de saúde bucal na ESF, a atenção à saúde bucal passa a ser planejada de acordo com a necessidade da população, rompendo o modelo assistencialista, bem como propiciando a diminuição dos níveis epidemiológicos de problemas bucais apresentados pela população. O presente estudo buscou comparar e contrastar a organização da atenção à saúde bucal na estratégia de saúde da família no município de Corinto com informações presentes na literatura científica nacional, visando subsidiar a melhora do atendimento odontológico à população. Foi realizado um estudo bibliográfico, descritivo e uma revisão de literatura para análise da inserção de equipe de saúde bucal na ESF, utilizando as palavras-chave Estratégia de Saúde da Família e Saúde Bucal, no período de dezembro de 2009 a abril de 2010, nas bases de dados Scielo, Lilacs, Medline e Pubmed. De acordo o estudo, foi possível perceber que a inserção da equipe de saúde bucal na ESF é de grande importância para a população no sentido de contribuir para diminuição dos níveis de problemas bucais apresentados pela população. No entanto, o município de Corinto, MG, não possui uma equipe de saúde bucal na ESF. Dessa forma, sugere-se a inserção de uma equipe específica para melhoria dos serviços odontológicos, sobretudo no âmbito da prevenção e promoção da saúde bucal da população.
Resumo:
A odontologia vive um processo de transição onde ocorre a reorganização do modelo de assistência à saúde bucal adequando-o aos princípios do Sistema Único de Saúde por meio da Estratégia de Saúde da Família. Os profissionais passam a dimensionar a sua atuação deixando de atuar de forma exclusivamente tecnicista e curativa, passando a exercer um trabalho em equipe, enxergando o paciente de antes como um individuo, percebido no seu contexto social, comunitário, familiar e a ele aliado seus problemas, suas crenças, seus valores. Toda esta rede de fatores substanciando e interagindo na sua saúde ou doença. As mudanças no trabalho do cirurgião-dentista pedem mais proximidade com o usuário, vínculo, acolhimento, promovendo saúde de uma forma que ocasione mudanças e autonomia do usuário em relação à sua saúde bucal.
Resumo:
Uma nova realidade na saúde é marcada por mudanças no perfil demográfico e epidemiológico, uma vez que é crescente o número de pacientes com doenças terminais e sem possibilidades terapêuticas. O presente estudo vem analisar e discutir as atribuições oficiais da equipe de Saúde da Família em relação a esses pacientes, bem como a sua relação com a Atenção Básica. Foram analisadas a Política Nacional de Atenção Básica e a Política Nacional de Atenção Oncológica a fim de se identificar o que há de concreto sobre os Cuidados Paliativos no âmbito da Atenção Básica. Conclui-se que, embora a Política Nacional de Atenção Oncológica mencione a Atenção Básica como locus desse cuidado, o mesmo não ocorre com a Política Nacional de Atenção Básica, que não menciona os cuidados paliativos. Especula-se que esse fato reflita uma desconexão entre ambos os cuidados também no cotidiano das equipes de Saúde da Família - o que não é desejável, uma vez que os pacientes que demandam Cuidados Paliativos necessitam de atendimento humanizado e integral, princípios esses que são norteadores tanto da Atenção Básica quanto dos Cuidados Paliativos.
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O câncer de colo de útero apresenta o mais alto potencial de prevenção e cura quando diagnosticado precocemente, porém, apesar da existência dos programas de rastreamento, ainda é alta a mortalidade por esse tipo de câncer no Brasil. O objetivo deste estudo foi identificar as mulheres de 25 a 59 anos da área de abrangência da UBS/SF Lourdes II, no município de Montes Claros que não realizaram o exame preventivo de câncer de colo do útero no período de 2009 a 2010 e levantar na literatura nacional os motivos que levam as mulheres a não realizarem esse exame. Foram analisados periódicos nacionais, manuais técnicos do Ministério da Saúde, via on-line, publicados no período de 2000 a 2010 e artigos disponíveis na base de dados LILACS e BDENF,localizados pelos descritores: Papanicolaou, esfregaço vaginal, exame preventivo. Das 1.100 mulheres na faixa etária de 25 a 59 anos cadastradas na área de abrangência da ESF Lourdes II, em 2009, apenas 249 haviam realizado exame preventivo de câncer de colo de útero, o que representava uma cobertura de 22,6. Já no ano de 2010 das 1.200 mulheres nessa mesma faixa etária, 298 realizaram o exame preventivo, representando 24,8 de cobertura, deixando clara a baixa adesão dessas mulheres ao exame. Com base nos estudos analisados, as principais causas apontadas pelas mulheres para a não realização do exame Papanicolaou foram dentre outros, o desconforto para realizar o exame, a vergonha, o fato de considerá-lo embaraçoso, o medo, por não conhecer a técnica de realização do procedimento. A baixa escolaridade de muitas mulheres. As formas de comunicação dos profissionais de saúde com as mulheres. Poucos profissionais tiveram a capacidade de mostrar os instrumentos que são utilizados para a coleta do exame para apaziguar um pouco o medo de realizarem o exame. Baseando-se nessas causas foi proposta uma melhor abordagem sobre o assunto pelos profissionais de saúde, acolhendo melhor a usuária de forma a deixa mais tranqüila e calma para a realização do exame e a criação do fichário rotativo que facilitaria no acompanhamento e busca ativa pelos ACS às mulheres faltosas.