995 resultados para Efeitos Colaterais e Reações Adversas Relacionados a Medicamentos
Resumo:
Este Módulo está organizado em 3 unidades de aprendizagem: Contexto sociocultural do uso de medicamentos, Dispensação de medicamentos e Farmacovigilância. São abordados temas como: Contextualização do uso de medicamentos a partir de uma abordagem sociocultural; Dispensação para o modelo de atenção à saúde vigente no país; Dispensação: serviço de saúde; Estruturação do serviço de dispensação; Estrutura física e recursos humanos; Sistema de informação; Farmacovigilância: aspectos introdutórios; Reações adversas a medicamentos (RAM); Intoxicações humanas por medicamentos; Métodos aplicados à farmacovigilância; e a farmacovigilância e o ciclo da assistência farmacêutica.
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Este trabalho de conclusão do curso de especialização em atenção básica em saúde da família teve como objetivo realizar uma pesquisa bibliográfica sobre o tema "dependência de benzodiazepínicos em idosos". Foi realizado um levantamento bibliográfico através de pesquisas de literaturas usando as palavras-chave: benzodiazepínicos; dependência; idosos; medicamentos, onde foram levantados nove artigos para ser elaborado este trabalho. Abordamos primeiramente a importância dos textos relacionados sobre os benzodiazepínicos: farmacologia, efeitos colaterais, síndrome de abstinência, tratamentos das dependências, a retirada dos benzodiazepínicos e substituições destes medicamentos por outras medidas terapêuticas ou não. Os resultados apontam que o uso destes medicamentos é potencialmente danoso à saúde dos idosos e que serão necessários programas de educação continuada para que os profissionais das Equipes da Saúde da Família fiquem atentos para avaliarem essa clientela antes de prescrever essa medicação. O paciente, a família e os profissionais de saúde deverão estar bem orientados sobre os efeitos colaterais apresentados pelo paciente ao lado do monitoramento constante.
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As síndromes depressivas estão entre os distúrbios psiquiátricos mais freqüentes em pessoas idosas constituindo-se em um problema de saúde pública. Antidepressivos são eficazes no tratamento da depressão, inclusive em idosos. O sucesso do tratamento depende do tipo e da gravidade da depressão, das relações com outras doenças psiquiátricas ou clínicas, da escolha adequada do antidepressivo, de sua eficácia e perfil de efeitos adversos, da orientação do paciente e de sua aderência ao tratamento. O manejo dos efeitos adversos em pacientes idosos, que usam outras medicações e apresentam outras doenças, é o ponto forte na escolha de antidepressivos. A escolha deste tema é devido ao aumento do número de idosos que são acometidos de depressão na área de abrangência onde atuo e pelo consumo de antidepressivos concomitante com outros medicamentos e também pela preocupação com os efeitos adversos que podem surgir nos idosos. No Brasil eles representarão 70% da população em 2025, implicando em um maior índice de acidentes externos (por exemplo: quedas) e gastos públicos. Realizar uma revisão de literatura sobre os efeitos adversos do uso de antidepressivos, suas complicações e conseqüências na saúde dos idosos é o objetivo do trabalho. A metodologia utilizada foi a revisão de literatura - tipo narrativa. A busca foi realizada em livros, artigos de revistas científicas, monografias, dissertações de mestrado, teses e artigos extraídos via Internet, nos bancos eletrônicos Medline, Lilacs e Scielo. Os resultados encontrados foram: os antidepressivos são considerados medicações eficazes, pois constituem os pilares do tratamento da depressão em idosos, são drogas relativamente seguras se bem indicadas e manejadas, respeitando-se as limitações de seu uso nestes pacientes, bem como suas contra-indicações clínicas e farmacológicas.
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Este estudo se propôs a identificar os fármacos prescritos na Odontologia geradores de riscos de interações medicamentosas com drogas que estão sendo empregadas para o controle de doenças sistêmicas comuns na senilidade. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica na Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde - LILACs, Scientific Electronic Library Online - SCIELO e nos manuais do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde associado à identificação das principais drogas usadas em tratamento de doenças comumente associadas à senilidade como a diabetes mellitus, a hipertensão arterial, a depressão, a artrite reumatóide e outras patologias. Várias drogas para controle de doenças sistêmicas predispõem o paciente a risco de interações medicamentosas. Como resultado da pesquisa constatou-se que o uso de antiinflamatórios não esteroidais (AINES) está relacionado à atenuação dos efeitos anti-hipertensivos inibidores de enzima conversora de angiotensina, betabloqueadores e diuréticos; potencialização dos efeitos adversos do Lítio, do efeito antiagregante plaquetário dos anticoagulantes e dos efeitos tóxicos do antimetabólico Metotrexato. O analgésico dipirona quando interage com cloropromazina, antipsicótico, causa aumento das reações adversas. Os antimicrobianos prescritos pelo odontólogo aumentam as concentrações sanguíneas por déficit na excreção renal do Lítio, digoxina, ansiolíticos (midazolan e triazolan), teofilina, anticoagulantes orais e Metotrexato. Novas drogas com novos espectros de ação são comercializadas a cada ano, criando sempre a necessidade de familiarização do profissional com a literatura clínica atual permitindo prevenir respostas iatrogênicas associadas com o uso de várias drogas ao mesmo tempo. Conclui-se que os profissionais odontólogos devem ter o conhecimento dos padrões do uso dos medicamentos e das prescrições para os idosos, visto que este conhecimento constitui uma medida importantíssima para se evitar interações medicamentosas na terapêutica farmacológica proposta.
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Considerada um problema de saúde pública, a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) está entre os principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares, sendo essas a principal causa de mortalidade do Brasil. O controle da HAS, de maneira contínua, visa a prevenção de alterações irreversíveis no organismo. Na Equipe de Saúde da Família (ESF) 04, do Centro de Saúde Nossa Senhora Aparecida, nota-se a dificuldade dos usuários em manter a pressão arterial em níveis apropriados. O controle da hipertensão arterial está diretamente relacionado ao grau de adesão do paciente ao tratamento sugerido. O objetivo geral deste trabalho é elaborar uma proposta intervenção que amplie o atendimento dos idosos hipertensos cadastrados na equipe 04 da Estratégia Saúde da Família, no Bairro São Lucas, Região Centro-Sul, Município de Belo Horizonte, Minas Gerais. Os objetivos específicos são: identificar os motivos que influenciam na não-adesão ao tratamento e propor um plano de intervenção que estimule a adesão aos tratamentos sugeridos. O estudo faz uma revisão narrativa sobre o conhecimento existente na literatura sobre a hipertensão arterial em idosos, seus fatores de risco e sua prevalência. As bases de dados consultadas para a elaboração do trabalho foram Medline, Lilacs e PubMed, além dos manuais do Ministério da Saúde e da Secretaria da Saúde de Minas Gerais e informações do DATA-SUS. Os resultados apontaram que os principais fatores para a não-adesão ao tratamento estão relacionados a efeitos colaterais dos medicamentos, fatores emocionais, abandono familiar, deficiência física e mental. A associação dos fatores aumenta a falta de adesão ao tratamento.
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No Brasil e no mundo a utilização de medicamentos psicotrópicos é considerada exacerbada e indiscriminada. O consumo destes teve um aumento significativo nos últimos 10 anos. O aumento de transtornos mentais tratados com psicotrópicos tem sido atribuído à ocorrência de eventos estressantes relacionados principalmente a questões socioeconômicas e questões familiares. Pela grande demanda de procedimentos, as unidades de saúde na atenção primária possuem um papel relevante quanto ao acesso e uso racional de medicamentos. É ressaltado que este uso racional de medicamentos psicotrópicos ultrapassa a área clínica e tornou-se uma questão de saúde pública. A literatura cita que a Estratégia de Saúde da Família através de seus valores, conceito ampliado de saúde, determinação social do processo saúde-doença, empoderamento, apontam um caminho para a superação da cultura medicalizante. Observa-se na prática diária das equipes em Saúde da Família o crescente número de pacientes que utilizam psicotrópicos, e então a importância da discussão sobre o uso indiscriminado de psicotrópicos na Atenção primária. Portanto, partindo destas considerações, o projeto de intervenção na equipe 022 do PSF Vila Jurandir, município de São João de Meriti-RJ - Rio de Janeiro buscou então identificar as dificuldades e construir o conhecimento para melhor abordagem dos casos pelos membros da equipe através das discussões sobre a correta indicação, efeitos colaterais, o enfoque também na medicalização da vida cotidiana e a possibilidade de desmedicalização.
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Cada dia os transtornos mentais estão afetando um maior numero de pessoas em todo o mundo e, por conseguinte, um maior consumo de Psicofármacos, o que leva a um aumento do risco de dependência química e efeitos colaterais. A indicação de Psicofármacos em determinadas doenças como epilepsia, esquizofrenia, depressão, ansiedade, insônia, fobias, síndrome do pânico, transtornos obsessivos e de déficit de atenção, entre outros, se faz necessário, mas não sempre nem em todos os casos a prescrição dos medicamentos é a primeira opção. Quando o uso é crônico e em doses acima do recomendado, podem ter efeitos adversos e incluso tóxicos no organismo. O objetivo principal deste trabalho foi elaborar uma proposta de intervenção para diminuir o uso de Psicofármacos pela população atendida na Atenção Primaria, conscientizando á população para adoção de praticas mais saudáveis que melhorem a qualidade de vida e diminuindo assim o uso indiscriminado de Psicofármacos. O projeto de intervenção usado foi baseado no Planejamento Estratégico Situacional (PES), a pesquisa bibliográfica foi realizada através de artigos na Biblioteca Virtual em Saúde e nas bases de dados da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). O resultado esperado com este projeto é a diminuição do consumo abusivo de psicofarmacos pela população
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O uso excessivo e indiscriminado dos psicotrópicos tem sido considerado um grave problema por profissionais e autoridades sanitárias devido aos sérios prejuízos que esta prática causa à saúde mental das populações. O trabalho consiste numa proposta de intervenção no âmbito da Estratégia de Saúde da Família (ESF) de Canafístula ll, município de Girau do Ponciano, Alagoas. Foram analisados registros de 151 prontuários de usuários que fizeram uso de medicação controlada no período de janeiro a dezembro de 2014 com o objetivo de determinar a magnitude do consumo de medicamentos psicotrópicos entre os atendidos (5,1%) num universo de 2924 cadastrados na ESF, sendo 1439 (49,21%) eram do sexo masculino e 1485 (50,78) do feminino. Dos 151 que tomam medicação controlada, 93 são do sexo feminino e 58 masculinos. A partir da identificação do problema, propomos visitas domiciliares, rodas de conversa, trabalho em grupo, orientação individual e coletiva envolvendo a família e os profissionais de saúde da equipe multiprofissional ampliando o nível de comunicação e informação dos pacientes e familiares, estimulando a reorganização do serviço por meio da verificação da prescrição, motivo, frequência de uso, melhora dos sintomas, conhecimento acerca de efeitos adversos, interferência no convívio familiar, investigação de uso entre outras pessoas da família garantindo aos usuários acesso a informação e ao conhecimento dos efeitos colaterais do uso prolongado de psicofarmos, ampliando a capacidade de resposta das equipes de saúde com relação aos portadores de doenças crônicas psiquiátricas.
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O objetivo deste estudo foi propor um plano de intervenção que atue diretamente na comunidade de São Bento de Caldas, município de Santa Rita de Caldas, Minas Gerais, para reduzir o uso abusivo de benzodiazepínicos . Esta comunidade é sob responsabilidade da equipe de Saúde da Família João Paulo II. Com a pesquisa e levantamento dos dados foi verificado que a comunidade de São Bento atualmente está com 20% a mais que a média nacional para o uso de benzodiazepínicos. É apresentada revisão bibliográfica, com base na análise de vários artigos científicos e dados obtidos de observações diárias nos atendimentos na Unidade Básica de Saúde. Utilizaram-se, como palavras-chave: estratégia saúde da família, saúde mental, antidepressivos e distúrbios relacionados ao uso de benzodiazepínicos. O plano de intervenção sobre o problema prioritário focou a atuação em três causas a ele relativas, denominadas nós críticos, na metodologia utilizada, o Planejamento Estratégico Situacional (PES): aumentar o nível de informação da população sobre medicamentos e práticas não medicamentosas para boa qualidade de saúde mental; melhorar o processo de trabalho da equipe de saúde e da atenção às pessoas com problemas na área de saúde mental e melhorar o nível de conhecimento da equipe de Saúde da Família sobre uso de medicamentos, riscos, efeitos colaterais e alternativas relacionadas a estilo de vida. Através do Plano de ação, foi utilizado o método de estimativa rápida, no qual a equipe colheu dados, por informações contidas nos prontuários e busca ativa na área; sobre o uso de tais medicações, sua dosagem, quem prescreveu, qual o motivo do início da prescrição, quanto tempo o paciente faz uso da medicação e há quanto tempo ele não tem acompanhamento sobre a patologia que desencadeou o uso. Estes dados foram comparados com estudos e dados do Ministério da Saúde sobre o tema e observou-se que os benzodiazepínicos são responsáveis por cerca de 50% de toda a prescrição de psicotrópicos. Na comunidade essa média sobe para 70% e das oito micro áreas, duas contam com incríveis 80% de média. Atualmente, um em cada 10 pacientes recebe prescrições de benzodiazepínicos e no município esse número sobe para um e meio (levando-se em conta a grande base da pirâmide etária). Cerca de 70% dos prontuários está incorretamente sendo preenchido quanto à dispensa dessa medicação. Conclusão: faz-se necessário uma intervenção na aplicação antiquada usada atualmente na prescrição e acompanhamento do paciente para uma abordagem mais assertiva e atualizada visando uma melhor resposta ao tratamento, com as ações formativas, tanto da equipe de saúde quanto do paciente
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Foram avaliados dois protocolos de administração, em ratos sadios, de uma solução de fatores hepatotróficos (FH), composta por aminoácidos, vitaminas, sais minerais, glicose, insulina, glucagon e triiodotironina (T3). A solução foi administrada durante 10 dias, 40mg/kg/dia, i.p., em duas, grupo 2xFH (n=15), ou três doses, grupo 3xFH (n=15), diárias. Foram observados os efeitos na proliferação celular dos hepatócitos, na angiogênese e na matriz extracelular hepática, assim como as possíveis reações adversas. Os animais dos grupos 2xFH e 3xFH apresentaram aumento da massa hepática de 30,1% e 22,5%, respectivamente, em relação ao grupo-controle (CT; n=15). O índice de proliferação hepatocelular foi maior nos grupos 2xFH (1,4%) e 3xFH (1,2%) em relação ao grupo CT (0,53%), e a densitometria relativa do fator de crescimento do endotélio vascular pelo imunoblot não revelou diferença estatística entre os três grupos. Nos grupos 2xFH e 3xFH, houve redução do colágeno intersticial em relação ao grupo CT. A solução de FH estimulou o crescimento hepático e reduziu o volume de colágeno perissinusoidal. A administração em três doses diárias resultou em mortalidade de 26,7%, possivelmente pelo excessivo estresse da manipulação e pela menor adaptação fisiológica dos ratos, o que não ocorreu nos grupos 2xFH e CT. Para esse tipo de abordagem em ratos, o procedimento experimental mais apropriado, seguro, com melhor chance de adaptação dos animais e com resultados significativos é a aplicação dos FH em duas doses diárias.
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A Cisplatina é uma potente droga antineoplásica, largamente utilizada para o tratamento do câncer, tanto em adultos quanto em crianças. Dentre seus efeitos colaterais, a ototoxicidade se apresenta como um dos mais importantes e leva à perda auditiva irreversível, bilateral, para as altas freqüências (4KHz -8KHz). Estudos têm tentado identificar drogas que, associadas à cisplatina, possam atuar como otoprotetores. Sabe-se que o mecanismo da ototoxicidade pela cisplatina está relacionado a alterações nos mecanismos antioxidantes das células ciliadas, principalmente as células ciliadas externas da cóclea. A amifostina tem conhecida ação antioxidante, com conhecido efeito otoprotetor aos efeitos lesivos da radioterapia. OBJETIVO: Nossa proposta foi avaliar através de emissões otoacústicas, por produtos de distorção (EOAPD) e por microscopia eletrônica de varredura (MEV), a existência de possível efeito otoprotetor da amifostina no tratamento com cisplatina. FORMA DE ESTUDO: Experimental. MATERIAL E MÉTODO: O estudo foi realizado em cobaias albinas, que foram divididas em três grupos: Grupo 1: 6 animais -12 orelhas - cisplatina 8,0 mg/Kg/dia (via intraperitoneal) por três dias; Grupo 2: 6 animais - 12 orelhas - amifostina 100 mg/Kg/ dia (via intraperitoneal) e 90 minutos após, cisplatina 8,0 mg/Kg/dia (via intraperitoneal) por três dias; Grupo 3: 03 animais - 06 orelhas - amifostina 100 mg/Kg/dia (via intraperitoneal) por três dias. RESULTADO: Encontramos EOAPD presentes e células ciliadas externas presentes, sem lesão anatômica a MEV, nos grupos 2 e 3. Concluímos que a amifostina, por sua ação antioxidante, atua como otoprotetor a ototoxicidade pela cisplatina. No entanto, seu uso não é recomendável nos casos de tumores potencialmente curáveis, por não se saber exatamente a influência da cisplatina na eficácia da quimioterapia.
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O tratamento do hipertireoidismo com drogas antitireoidianas pode provocar, em 0,2 a 0,3% dos casos, um importante efeito colateral: a agranulocitose. As complicações infecciosas decorrentes desta condição afetam principalmente a orofaringe, sendo a tonsilite uma de suas manifestações. No presente trabalho, é relatado o caso de uma paciente do sexo feminino, com 33 anos, apresentando odinofagia e febre resistentes à vários antibióticos. A paciente era portadora de hipertireoidismo e estava em uso de metimazol há dois meses. Com o diagnóstico de angina agranulocítica, foi suspensa a droga e iniciado tratamento com ciprofloxacina, sintomáticos e estimulador de colônias granulocíticas, além de fluconazol. A paciente evoluiu satisfatoriamente, recebendo alta dez dias após o início do tratamento. Quinze dias depois, uma tireoidectomia total foi realizada. O objetivo deste relato é ressaltar a importância de se conhecer os efeitos colaterais dos medicamentos, advertir os pacientes sobre os mesmos e alertar os médicos quanto à necessidade de se avaliar o paciente como um todo, investigando sobre outras doenças existentes e medicamentos em uso.
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Os glicocorticóides são muito utilizados para fins antiinflamatórios e imunossupressores, porém apresentam importantes efeitos colaterais no fígado. O exame ultrassonográfico é um método não-invasivo que avalia a anatomia intra-hepática e possibilita a caracterização de alterações no parênquima decorrentes dos efeitos indesejáveis dos glicocorticóides. O histograma é uma mensuração ultrassonográfica que minimiza a subjetividade do exame, permitindo uma avaliação quantitativa da ecotextura e da ecogenicidade do órgão. Exames citopatológicos e histopatológicos podem auxiliar no diagnóstico de lesões hepáticas induzidas por corticóides. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da terapia com prednisona no fígado de cães por meio de exames citopatológicos, histopatológicos e ultrassonográficos. Para isto, administrou-se em 11 cães adultos prednisona na dose de 2 mg/kg a cada 24 horas durante 14 dias, sendo feita análise ultrassonográfica pela técnica de histograma e coletadas amostras guiada por ultrassom para avaliação citopatológica e histopatológica no primeiro e último dia de administração do medicamento. A partir dessas mensurações pelo histograma, foi possível detectar um significativo aumento da ecogenicidade hepática ao final do protocolo experimental. As análises citopatológicas e histopatológicas demonstraram presença de vacuolização e granulação citoplasmática promovendo um aumento no tamanho dos hepatócitos. Verificou-se que mesmo em curtos períodos e em dosagens terapêuticas, a prednisona promove importantes efeitos colaterais sobre o parênquima hepático.
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OBJETIVO: Avaliar o resultado da implementação de um programa de educação à saúde a glaucomatosos; fornecer subsídios para a implantação de um programa de educação à saúde aos portadores de glaucoma atendidos em um serviço universitário. MÉTODOS: Foi realizada entrevista individual com 50 portadores de glaucoma, através de questionário, seguida de reunião na qual se aplicou o programa de educação à saúde. Após um intervalo médio de 2,7 meses, realizou-se nova entrevista onde os portadores de glaucoma foram submetidos ao mesmo questionário, com o acréscimo de questões sobre a importância atribuída às orientações recebidas e sobre as modificações no autocuidado. RESULTADOS: Não houve melhora significativa no conhecimento sobre a identificação da doença ocular, os efeitos colaterais, o significado do glaucoma, a importância do tratamento, a finalidade da terapêutica e o valor normal da pressão intra-ocular. Houve melhora significativa na técnica de instilação dos colírios e em relação ao conhecimento sobre a importância da hereditariedade e a finalidade da campimetria. CONCLUSÃO: Os autores concluem que o programa foi insuficiente para a apreensão de todo o seu conteúdo cognitivo. Os resultados podem ser conseqüentes ao tipo de processo ensino-aprendizagem, desenvolvido de forma vertical, que não atende à necessidade de informação dos glaucomatosos e à sua dificuldade de compreensão, decorrente do baixo nível cultural, de escolaridade e de fatores psicossociais relacionados à doença e condições de vida.
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INTRODUÇÃO: Os medicamentos modernos beneficiam em muito os pacientes idosos, porém seu uso por esse grupo etário apresenta maior risco. Os idosos são particularmente vulneráveis, utilizam múltiplos medicamentos e, conseqüentemente, apresentam mais reações adversas. O objetivo do estudo foi identificar a relação do paciente idoso com a prescrição de medicamentos. MÉTODOS: Desenvolveu-se um estudo descritivo de corte qualitativo mediante entrevistas semi-estruturadas, numa amostra intencional de 30 pacientes idosos, residentes da região urbana de Maringá, PR. Empregou-se a técnica de análise temática de discurso, utilizando-se três figuras metodológicas -- a Idéia Central, as Expressões-chave e o Discurso do Sujeito Coletivo. RESULTADOS: O consumo médio de medicamentos por idoso foi de 3,6 num intervalo entre 1 a 8. As idéias centrais apresentadas pelos sujeitos coletivos foram: consigo tomar sozinho; alguém me ajuda; eu tomo mais tarde; eu nunca esqueço; tem que ir no médico; nunca fez mal; eu costumo; às vezes eu leio, às vezes não; eu sempre dei um jeito de compra; já deixei. CONCLUSÕES: Formas mais eficientes para o seguimento da terapia instituída e o acompanhamento farmacoterapêutico do paciente idoso devem ser investigados.