723 resultados para Conto machadiano
Resumo:
O presente trabalho propõe uma leitura do conto “O Espelho”, de Machado de Assis, a partir das relações entre literatura e psicanálise, para tanto tomamos como referencial o universo literário machadiano, constituído por vários temas que refletem a condição da natureza humana. Neste conto, o escritor toma o espelho, um objeto que obedece às leis da física para sintetizar a questão mais essencial do sujeito, não objetivando apenas sua aparência, visa também a essência do ser, escondida por detrás da imagem produzida pelo espelho.
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RESUMO: Este trabalho consiste em uma análise do conto “Os sobreviventes”, da autoria de Caio Fernando Abreu (1948-1996), presente na obra Morangos Mofados de 1982. O objetivo deste estudo é desenvolver questões sobre a opressão intelectual e a crítica social evidenciadas no conto. Leva-se em conta as experiências políticas no Brasil nas décadas de 1960 a 1980. A partir desta relação entre história e literatura, verifica-se como os personagens de Caio Fernando Abreu se revelam como sobreviventes de uma geração, assolada por desigualdades sociais e pela opressão do exercício intelectual como forma de aprisionamento do indivíduo na sociedade contemporânea. O artigo parte de considerações iniciais sobre o autor e o contexto histórico das décadas de 70 a 80 no Brasil, a partir disso, apresenta-se a análise do conto “Os sobreviventes”, tendo em vista a experiência da perda dos ideais desta geração, os efeitos da ditadura militar e a submissão às imposições políticas, sociais e ideológicas deste contexto.PALAVRAS-CHAVE: Opressão intelectual; Crítica social; Caio Fernando Abreu. http://dx.doi.org/10.5935/1981-4755.20160006
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Este artigo tem como objetivo analisar a presença do trágico, definido como realidade não-interpretável, no conto Singular Ocorrência, do escritor brasileiro Machado de Assis. Partindo de referências bibliográficas calcadas em Clemént Rosset e Nietzsche, a análise fenomenológica procura descrever o enredo do conto e os nós que tornam a narrativa um exemplo de ocorrência não interpretável, portanto, sua constituição trágica.
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Este artigo apresenta uma breve reflexão teórica sobre a concepção de carnavalização da literatura - de acordo com a teoria bakhtiniana - segundo a qual, o carnaval - não sendo um fenômeno literário, mas um espetáculo ritualístico - pode ter seus conceitos transferidos, através de imagens sensoriais, para a literatura. Analisa o conto Entre santos (1996), de Machado de Assis, cujas características remetem a singularidades dos gêneros literários da Antigüidade clássica, como o sério-cômico, que está impregnado de uma profunda cosmovisão carnavalesca, fazendo com que o objeto elevado, no caso a Igreja católica, seja desmascarado, aterrissado, mostrando uma opção ideológica do autor.
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O presente texto propõe-se a refletir sobre a importância de se trabalhar com os gêneros do conto e do texto dramático na sala de aula. Estes gêneros textuais constituem-se como possibilidade de implementação de leitura e produção textual para desenvolver as habilidades lingüísticas e estéticas dos alunos, tanto do Ensino Fundamental como do Ensino Médio. Toma-se como suporte para esta reflexão os pressupostos da Estética da Recepção, por entender-se que o texto ficcional, conforme asseveram os autores da obra A literatura e o leitor: textos de estética da recepção (1979), se concretiza, efetivamente, no exercício da leitura. Considera-se, nesse estudo, o método recepcional, descrito pelas professoras Maria da Glória Bordini e Vera Teixeira de Aguiar, na obra A formação do leitor (1993), que prevê a determinação, o atendimento, a ruptura, o questionamento e a ampliação do horizonte de expectativas do leitor, em contato com a obra. A dinâmica de ler o conto e o texto dramático, interpretá-los e produzir outras narrativas entende o aluno como usuário ativo da língua, em cujo processo de recriação internaliza, além das estruturas sintáticas e semânticas da mesma, estratégias que melhor lhe possibilitam a fruição do texto literário.
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O artigo faz uma análise do conto “Mentira de amor”, do escritor Ronaldo Correia de Brito, publicado no livro Faca (2003). Baseando-se na concepção de Piglia (2004) de que todo conto engendra duas histórias, o estudo visa mostrar como ambas se imbricam e como diferentes elementos são manejados para construir a história cifrada que tem como protagonista a personagem Delmira. Narra-se a história de uma mãe desolada pela morte da filha que, pela manipulação do marido, torna-se prisioneira domiciliar, juntamente com suas outras três filhas. A protagonista parece buscar mais do que o retorno da filha, busca o resgate de sua criança interior, símbolo da consciência de sua própria individualidade. Com a chegada do circo na cidade, a personagem passa a rememorar experiências infantis e ao revivê-las, toma coragem para mudar sua vida. Tem-se, aí, a história cifrada de que nos fala Piglia: delineando o processo construtivo do conto à luz de concepções cunhadas por Carl Jung e pela Psicologia Analítica, temos o arquétipo da criança interior que simbolicamente é apresentado pela figura da filha morta. A narrativa se constrói por um tempo de espera, típico do universo infantil, acentuado pela ansiedade por momentos de prazer. Por meio de uma narrativa breve, que acentua a dicotomia entre liberdade e prisão, público e privado, passado e presente, e de um tempo que se repete em uma rotina infindável, a angústia dessa mulher em retomar o controle da sua vida passa pela imaginação para então desenhar-se como promessa de morte e libertação.
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Con el objetivo determinar el efecto de nivel de infestación del gusano cogollero, spodoptera frugiperda (j.e. Smith) en diferente periodo críticos sobre el rendimiento de chilote en época de primera, se llevó a cabo un experimento en el centro nacional de investigación de granos básicos de medina “san Cristóbal” el cual está ubicado en el km. 14 carretera norte, Managua, Nicaragua. Se usó un diseño experimental de bloques completos al azar con 6 bloques y 16 tratamiento. La parcela conto de 3 surcos con 4 metros de largo, para una área por parcela de 9.12m2, evaluándose el surco central. Los tratamientos consistieron en combinaciones de dos factores: periodos de infestación y niveles de infestación, este último dentro de cada periodo de infestación. Se tuvieron tres periodos de infestación 1) 11-24 días después de germinado (DDG), 2) 24-39 (DDG) ,3) 39-46 (DDG). Los niveles de infestación esperado fueron 100%, 40%, y 0% de las plantas infestadas. Se presentó un insecticida chlorpyrifos a dosis de 1.42 1t/ha. (1 1t/mz). En forma de cebo mezclado con aserrín 37.57 kg/ha. (26.4 kg/mz) agregándole galón y medio de agua. Una vez preparando el cebo este se aplicó directamente al cogollo. Las aplicaciones se realizaron en un porcentaje de plantas de cada parcela para así dejar el nivel de infestación deseado, se realizaron recuentos antes de cada aplicación para determinar el porcentaje de infestación, al momento de realizar los recuentos se encontraron el número de plantas de cada parcela esto para determinar el porcentaje de plantas que necesitaban aplicación las cuales se escogieron al azar. Los resultado demuestran que no hubo efecto de niveles de infestación sobre rendimiento de chilote, en este último no hubo efecto significativo, pero existe la tendencia que periodo tardíos de infestación por cogollero s. frugiperda, los rendimientos de chilote bajan. Como conclusión se tiene que no hubo efecto de niveles de infestación y periodo de infestación por cogollero s. frugiperda para lsa producción de chilote en época de primera. En las recomendaciones se tiene que no hay que realizar aplicaciones de producto químicos contra el cogollero s. frugiperda en la producción de chilote bajo estas infestaciones y de realizar otro estudio donde se estableció otros periodos de infestación y periodo crítico como también otro lugares épocas y densidades.
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Se realizó un experimento con maíz, durante los meses de julio y octubre de 1972, en el campo experimental de la Escuela Nacional de Agricultura y Ganadería, situada en el kiometro 12 de la carretera Norte, o 55,99 metros sobre el nivel del mar, en un suelo de la serie cofradias, derivada de cenizas volcánicas aluvioles, (15). La precipitación pluvial registrada durante el ensayo fue de 295.9 milimetros, la evaporación medio mensual durante el ensayo fue de 187.4 milimetros y la temperatura promedio mensual fue de 27°C. El experimento conto de tres ensayos, utilizando tres variedades y cada variedad representaba un ensayo. Las épocas de aplicación del nitrógeno complementario fueron: a) En la variedad precoz, a las 20, 30, 40, 50, 60, 70 días después de la emergencia. b) en la variedades intermedia y tardia a las 30, 50, 70, 90 y 100 días después de la emergencia. La mitad del nitrógeno se aplicó al momento de la siembra y la otra mitad en las epocas antes mencionadas. Las fuentes de elementos fueron: Urea, Triple Superfosfato y Miriato de Potasio en la dosis de 120-60-32 kilos por hectarea, respectivamente. En ninguna de las variables se encontraron diferencias significativas en cuanto a rendimiento. Sin embargo es probable que esto sea debido a la sequia ocurrida en la zona en la epoca en que se realizo el experimento. Cabe mencionar que en la variedad precoz. la fertilización nitrogenada complementaria realizada a los 50 días después de la emergencia mostro ser la mejor. En las variedades intermedia y tardía la fertilización nitrogenada complementaría realizada a los 70 días después de la emergencia resultó ser la mejor. En las tres variedades se encontró uniformidad en el sentido de que el mayor rendimiento se experimentaba cuando la fertilización nitrogenada complementaria se realizaba porcos días después de la floración.
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El objetivo de este estudio fue analizar la di versidad y la condición física de las aves, utilizando redes de niebla para la captura de las aves. El área de estudio se dividió en dos parches de bosque, el parche de mayor extensión ( SMBQ1 ) con un área cerca de 100 hectáreas, ubicado más retirado de la finca de café y el parche de menor extensión ( EBBQ2 ) de 3. 7 hectáreas aproximadamente, colocado cerca de caminos y sitios donde se siembra café , a una distancia entre ellos de 2 km . En cada lugar de trabajo se estimó la riqueza y abundancia de especies de las aves muestreadas. Igualmente, para la medida de la vegetación, se establecieron 7 parcelas de estudio, ubicadas en los sitios donde estaban establecidas las redes de niebla, con el objetivo de caracterizar la vegetación en el lugar donde las aves está n siendo muestreadas. Como resultado, se determinaron un total de 55 individuos distribuidos en 26 especies de aves. De las 26 especies capturadas 5 fueron especies migratorias y 21 residentes. El parche más grande de bosque (SMBQ1) tuvo una riqueza de 9 especies, mientras que el parche más pequeño (EBBQ 2) tuvo una mayor riqueza con 22 especies encontradas , así mismo al corresponder las especies del parche grande (SMBQ1) a individuos en su mayoría adultos, es un indicador de que este parche está en mejor estado de conservación con menos intervención antrópica a diferencia del parche pequeño ( EBBQ2 ) .
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Manoel Bernardes nasceu em 1644, em Lisboa, onde viveu e morreu em 1710 . Estudou Filosofia e Direito Canônico na Universidade de Coimbra e seguiu, posteriormente, o curso de Teologia ordenando-se sacerdote . No consenso unânime dos críticos e historiadores da literatura portuguesa “Nova floresta...” é a mais importante obra do Padre Manuel Bernardes. Ela contém, na ordem alfabética dos assuntos (Abstinência, Alegria, Alma, Amizade, etc.): histórias, narrativas morais e apólogos que são, segundo Fidelino de Figueiredo, "verdadeiros modelos da arte de contar com serenidade, equilíbrio, economia, boa ordem e incisão incisiva". António José Saraiva e Oscar Lopes veem a obra "como remate ou apuramento final de um gênero que vem da Idade Média: o exemplo ou conto exemplar, gênero em que a cultura do clero se vivifica ao contacto da tradição folclórica
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É da natureza do ser humano encantar-se, ao menos em determinada fase da vida, pela narrativa de um conto de fadas, deixando-se levar pela fantasia da Literatura, acreditando que nas páginas de um livro tudo é possível. Essa crença na fantasia, no entanto, pode não lhes acompanhar a vida toda, uma vez que a passagem da infância para a adolescência e a fase adulta, bem como as exigências do mundo moderno, cerceiam essa capacidade de fantasiar, ao mesmo tempo inata e necessária ao homem. A escola, então, teria o papel fundamental de preservá-la, perpetuando nos alunos o gosto pela fantasia, tão essencial ao seu desenvolvimento cognitivo e psicológico, além da percepção estética; afinal, Literatura é arte. Nem sempre é isso o que ocorre, e o ambiente escolar torna-se um espaço de reprodução de conhecimentos, com o ensino focado na norma gramatical, na historiografia literária, sendo o texto relegado ao simples papel de pretexto para análises dissociadas do que realmente importa: o texto e os recursos que o compõem. No caso da Literatura, arte da palavra, parte-se do pressuposto de que um dos recursos essenciais para sua concepção sejam as metáforas, instaurando a fantasia. Chega-se, então, a um ponto crucial desse trabalho: as metáforas são componentes essenciais da fantasia, mas ambas são relegadas pela escola, que não se pauta por um ensino produtivo. Ao invés de compreenderem o potencial metafórico, aos alunos cabe a simplória tarefa de reconhecê-las e classificá-las. Essas constatações despertaram o desejo de entender melhor a relação existente entre fantasia, metáfora e literatura infantil, gerando alguns questionamentos: afinal, o que é fantasia? É o mesmo que fantástico? A fantasia caracteriza, apenas, a Literatura infantil? Essas indagações propiciaram reflexões acerca da importância do texto literário na sala de aula e no trabalho feito com ele. Assim, lançando à teoria um olhar docente, empreende-se uma análise do livro A casa da madrinha, de Lygia Bojunga, verificando a fantasia presente na obra perfeita fusão entre o real e imaginário e como ela se instaura: pelas metáforas
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Seguindo a ideia exposta por Caio Fernando Abreu em nota introdutória presente em todas as edições de Os dragões não conhecem o paraíso de que o livro pode ser lido não apenas como um exemplar de contos, mas também como um romance-móbile (ou espatifado) e considerando que, por meio do conhecimento de dados biográficos de um escritor, é possível construir a biografia de um escritor através de sua obra, a presente dissertação busca analisar Os dragões não conhecem o paraíso sob a ótica de uma nova perspectiva de leitura, entendendo o livro como um romance de ficção autobiográfica e formação
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Esta tese trata da ficcionalização das questões de identidades, lugares e imaginários judaicos e brasileiros nos romances contos e novelas de temática judaica escritos pelo gaúcho Moacyr Scliar. Na introdução, apresento os objetivos e pressupostos gerais do trabalho, bem como proponho uma divisão da obra em questão em duas fases. No primeiro capítulo, analiso os romances A Guerra no Bom Fim (1972) e O Exército de um Homem Só (1973), sob o ponto de vista da testagem de lugares judaicos clássicos enquanto fontes de inspiração para a resolução dos dilemas que emergem na diáspora brasileira e o início de um processo de dotação de legitimidade ao viver judaico na diáspora sul-americana. No segundo capítulo, analiso o conto A Balada do Falso Messias (1976) e o romance Os Voluntários (1979), sob o ponto de vista da tematização do Messianismo, do Sionismo e do papel que Jerusalém exerce no imaginário judaico moderno e de sua adequação ou não para alimentar o imaginário judaico na contemporaneidade. No terceiro capítulo, trato da ficcionalização das construções identitárias das personagens judias da primeira fase da obra scliariana (1972 a 1980), sob o ponto de vista das noções de hibridismo, aculturação e assimilação. Neste capítulo, analiso as personagens centrais dos romances A Guerra no Bom Fim, O Exército de um Homem Só, Os Deuses de Raquel (1975), (O Ciclo das Águas) (1975), Os Voluntários e O Centauro no Jardim (1980). No quarto capítulo, analiso o romance A Estranha Nação de Rafael Mendes (1983), tentando demonstrar que esta narrativa representa um divisor de águas na obra do autor, por tematizar as raízes judaicas da cultura brasileira através dos marranos, cristãos-novos e cripto-judeus que aqui aportaram com os portugueses em 1500. No quinto e último capítulo, analiso os romances da Segunda fase scliariana: Cenas da Vida Minúscula (1991), A Majestade do Xingu (1997) e A Mulher que Escreveu a Bíblia (1999). Neste capítulo, tento demonstrar que nestas narrativas dá-se o início de uma tentativa de construção de um imaginário judaico-brasileiro próprio, formado por uma fusão de motivos tipicamente brasileiros e outros especificamente judaicos, o que seria o corolário do já mencionado processo de dotação de legitimidade e viabilidade da diáspora judaico-brasileira frente à concretude e a reificação do Israel moderno. Na conclusão, teço algumas considerações sobre o todo do trabalho e levanto algumas questões relativas à construções de imaginários coletivos nas diásporas judaicas, mais especificamente na brasileira
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O trabalho envereda pelos modos e artifícios de construção da subjetividade nos gêneros autobiográficos e nos textos ficcionais, investigando como se dá a escrita que versa sobre o eu. Dos textos abertamente autobiográficos de Caio Fernando Abreu, como a correspondência, passa-se às formas tênues como a crônica e o conto, nos quais se entrecruzam ficção e subjetividade, experiência e invenção. Nesse sentido, estudamos como o sujeito torna-se o centro dos acontecimentos e passa a escrever sobre aquilo que lhe acomete o espírito, o corpo, os sentimentos e pensamentos, seja no registro pontual e objetivo dos acontecimentos ou no floreamento do vivido e do inventado. A intenção é explorar, nos espaços biográficos e literários de Caio Fernando Abreu, o entrelaçamento de vida e grafia, e as possibilidades de escritura de si mesmo em sua correspondência, organizada por Ítalo Moriconi, em Cartas (2002), na coletânea de crônicas Pequenas Epifanias (2006), e nos contos de Ovelhas negras (1995)
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Esta dissertação se propõe a estudar o tema do duplo a partir da produção fílmica de Hanns Heinz Ewers, O estudante de Praga, e o conto de Mário de Sá-Carneiro, A confissão de Lúcio, ambos de 1913. Asduas narrativas se organizam em torno de um triângulo amoroso e compartilham o mesmo destino trágico. Tomando como suporte, inicial, de leitura os textos de Freud e Rank, de 1914, Sobre o narcisismo: uma introdução e O duplo, respectivamente, o artigo de Lacan, O estádio do espelho como formador da função do eu (1949) e seu seminário sobre a angústia, pretende-se estabelecer um diálogo entre literatura e psicanálise, considerando a questão do desdobramento do eu e suas variantes, a cisão do eu em múltiplos eus e o desaparecimento da imagem. A imagem no espelho, a princípio fonte de júbilo, escamoteia um drama: o drama de um sujeito que se constitui a partir de uma ficção