752 resultados para CHILDHOOD OBESITY
Resumo:
A prevalência de obesidade infantil vem crescendo em todo o mundo e está associada com aumento da morbimortalidade por doenças cardiovasculares na vida adulta. A obesidade na infância, somada às alterações no metabolismo glicêmico e lipídico e ao aumento do estresse oxidativo e estado inflamatório contribuem para o aumento da espessura do complexo médio-intimal da carótida (carotid artery intima-medial thickness - cIMT) em tenra idade, possibilitando o desenvolvimento precoce do processo aterosclerótico. O objetivo deste estudo foi avaliar e comparar a cIMT, os indicadores do metabolismo glicídico e lipídico, o estado oxidativo e antioxidante, a composição corporal e o consumo alimentar em crianças pré-púberes obesas e eutróficas e determinar as inter-relações entre as variáveis. Foram medidos massa corporal total (MCT), estatura (E), circunferência da cintura (CC); glicemia, insulina, colesterol total (CT), lipoproteína de baixa densidade (LDL-colesterol), lipoproteína de alta densidade (HDL-colesterol), ácido úrico, proteína C-reativa ultra-sensível (PCR-us) e capacidade antioxidante (DPPH) sanguíneos; cIMT (USG, General Eletric); consumo alimentar (3 recordatórios de 24 h) para análise de macronutrientes e ácidos graxos. Foram, ainda, calculados o índice de massa corporal por idade (IMC/I) e HOMA-IR. O grupo de crianças obesas (n = 30) apresentava IMC/I acima do p97 (WHO, 2007) cujos dados foram comparados com os de um grupo controle (n = 25), composto por crianças eutróficas, da mesma faixa etária. As análises estatísticas acompanharam as características da amostra para dados não-paramétricos, com graus de significância de p < 0,05. A idade das crianças, em média, foi de 7,8 1,3 anos. A comparação dos indicadores entre os grupos mostrou valores significativamente maiores de MCT, IMC/I, CC, consumo calórico e de carboidratos, CT, LDL-colesterol, insulina, HOMA-IR, ácido úrico, PCR-us e cIMT no grupo de crianças obesas. Foram encontradas associações positivas da cIMT com MCT, IMC/I e CC. Essa última associou-se positivamente com ácido úrico, insulina e HOMA-IR. A PCR-us mostrou associação positiva com MCT, IMC/I, CC, ácido úrico, insulina e HOMA-IR. Os resultados analisados nos permitem concluir que as crianças obesas apresentaram maior massa adiposa abdominal, maior consumo energético, proveniente de carboidratos e valores maiores dos fatores de risco para doenças cardiovasculares do que seus pares eutróficos. Nossos resultados analisados em conjunto, mostram que a obesidade infantil acarreta danos cardiometabólicos que poderão causar prejuízos a saúde na vida adulta. O processo de aterosclerose precoce sofre influência da massa de gordura total e abdominal, a qual está diretamente relacionada à resistência à insulina, ao estado inflamatório e antioxidante. O conhecimento dos fatores de risco desta população deverá embasar estratégias de tratamento com o objetivo de reduzir a morbimortalidade por doenças cardiovasculares na idade adulta.
Resumo:
O objetivo deste estudo foi investigar na saliva de crianças pré-púberes obesas, em comparação com crianças eutróficas, a presença de possíveis diferenças na expressão de mediadores proteicos relacionados à metainflamação através de um estudo observacional transversal. Foram selecionadas 105 crianças pré-púberes com idade entre 5 e 9 anos, sem quaisquer outros comprometimentos sistêmicos ou bucais sendo realizada a mensuração do comprimento da circunferência da cintura (CC), além do peso e estatura para cálculo do IMC e seu escore Z (zscore IMC), de forma a compor 3 grupos: EU - eutrofia (-2SD≤ zscore IMC≤1SD), SP - sobrepeso (1SD < zscore IMC < 2SD) e OB obesidade (zscore IMC ≥ 2SD). Após o exame médico e odontológico foi feita a coleta de sangue e de saliva total não estimulada, de forma protocolada. Amostras séricas e salivares foram analisadas, individualmente, para a dosagem de IL1β, IL6, IL8. IL10, IL12p70, TNFα, MCP1, leptina, grelina e insulina, por Multiplex e adiponectina total e de alto peso molecular (adipoHMW), por ELISA. Além disso, as amostras séricas foram utilizadas para o delineamento hemodinâmico dos pacientes. As amostras salivares de EU e OB foram também analisadas em pools por espectrometria de massa (MS) e a presença de algumas proteínas foi validada por imunoblotting, para a comparação do perfil salivar proteico. As concentrações dos analitos foram comparadas tanto entre os grupos (teste de Kruswall-Wallis), como em relação ao zscore IMC e ao CC (Correlação de Spearman ou Pearson). Dos 12 analitos, somente a adipoHMW não foi detectada em nenhuma das amostras salivares. Na comparação OBxEU houve aumento na concentração total de proteínas salivares, da insulina e leptina sérica e salivar e do MCP1, além de diminuição da adiponectina sérica total e de adipoHMW e uma menor relação adiponectina/leptina (A/L) no grupo OB. As principais correlações obtidas com o zscore IMC foram com as concentrações séricas e salivares de insulina e leptina (positivas) e com a relação A/L (negativa), observando-se também a correlação negativa com a adiponectina total e adipoHMW séricas. Na comparação entre as concentrações séricas e salivares, foi possível detectar correlação positiva entre as dosagens de insulina e leptina, assim como com os valores da relação A/L. Na análise proteômica por MS foram identificadas 670 proteínas, sendo 163 delas com expressão diferenciada na saliva de OB em relação a EU. Dentre estas, encontram-se alteradas proteínas relacionadas à resposta inflamatória humoral, em especial com a via alternativa do sistema complemento e do metabolismo redox. Foram selecionadas três destas proteínas para validação por imunoblotting, que confirmou o aumento do Fator H e a diminuição do Fator B e da tioredoxina na saliva de OB em relação a EU. Considerando os resultados, podemos verificar que embora com menores concentrações absolutas dos mediadores, a saliva mostrou praticamente as mesmas associações observadas no sangue, em especial para a insulina, leptina e relação A/L, sendo possível admitir que a análise salivar venha a ser um bom método diagnóstico não invasivo para a obesidade infantil.
Resumo:
A obesidade está relacionada com o desenvolvimento da diabetes, estresse oxidativo, esteatose hepática, alteração da sensibilidade hormonal e redução da capacidade termogênica pelo tecido adiposo marrom (TAM). Na obesidade, alterações do sistema dopaminérgico mesocorticolímbico podem levar ao vício por alimentos palatáveis. Todas estas características contribuem para o baixo gasto energético e o alto consumo alimentar. Para estudar os efeitos em longo prazo da obesidade infantil, utilizamos o modelo de redução do tamanho da ninhada. Para induzir a superalimentação neonatal, o tamanho da ninhada foi reduzido para 3 filhotes machos de PN3 21 (grupo SL). O grupo controle permaneceu com 10 filhotes (grupo NL). Em PN120, o grupo SL foi dividido em: SL que recebeu ração controle e SL-Ca que recebeu dieta controle suplementada com 10g/kg de CaCO3. Os sacrifícios ocorreram em PN120 e PN180. Durante todo o período experimental, avaliamos o consumo alimentar e peso corporal. Em PN175, avaliamos a preferência alimentar dos animais por uma dieta rica em açúcar ou em lipídio. Avaliamos os hormônios por ELISA, RIA e quimioluminescência; o conteúdo proteico por Western blotting no fígado, tecido adiposo branco (TAB) e marrom (TAM), adrenal e regiões cerebrais; as atividades enzimáticas no soro e no fígado por cinética enzimática. Em PN21, PN120 e PN180, avaliamos in vivo a atividade simpática do TAM. Ao desmame, os ratos SL apresentaram maior estado pró-oxidativo no fígado e plasma e menor sensibilidade às catecolaminas no TAB. Na idade adulta, a suplementação é capaz de melhorar o estado pró-oxidativo no fígado e plasma, a sensibilidade à insulina e a microesteatose no fígado. Tanto a alteração de metabolismo/ação da vitamina D e do glicocorticóide no tecido adiposo como a menor capacidade termogênica do TAM contribuem para a maior adiposidade dos animais do grupo SL. A suplementação com cálcio corrigiu parte dessas alterações. A superalimentação pós-natal levou a redução da via dopaminérgica e a maior preferencia por gordura, enquanto a suplementação com cálcio normalizou esta via apenas a nível hipotalâmico e corrigiu a preferência alimentar. Nossos dados destacam o impacto benéfico da suplementação dietética com cálcio, que pode ter um papel nutricional promissor para auxiliar a perda de peso e minimizar os distúrbios relacionados a obesidade e a síndrome metabólica dos animais obesos que foram superalimentados na lactação.
Resumo:
Aim The aim of this study was to examine the relationship between obesity and self-esteem in children in relation to specific domains of their self-perception, and further to explore the extent to which this may vary by gender and economic circumstances. Method A total of 211 children aged 8–9 years drawn from both advantaged and disadvantaged areas of Belfast completed the Harter Self-Perception Profile for Children and measures of body mass index were obtained. Results Overweight, impoverished children had significantly reduced social acceptance and physical competence scores. Boys had significantly lower scores than girls in the behavioural conduct domain. Girls had significantly lower scores than boys for the athletic competence. Conclusion These results suggest that risk factors of increased weight and impoverished backgrounds have a combined negative effect, placing some children at increased risk of having lower self-perceptions in some, but not all domains. Health interventions for childhood obesity should consider the likelihood of specific relationships between physical and psychosocial factors.
Resumo:
BACKGROUND: In adults, obesity-driven inflammation can lead to increased cardiovascular disease (CVD). However, information regarding childhood obesity and its inflammatory sequelae is less well defined. Serum amyloid-A (SAA) is an inflammatory molecule that rapidly associates with high-density lipoproteins (HDLs) and renders them dysfunctional. Therefore, SAA may be a useful biomarker to identify increased CVD potential in overweight and obese children.
METHODS: Young Hearts 2000 is a cross-sectional cohort study in which 92 children who were obese were matched for age and sex with 92 overweight and 92 lean children. HDL2 and HDL3 (HDL2&3) were isolated from plasma by a three-step rapid-ultracentrifugation procedure. SAA was measured in serum and HDL2&3 by an enzyme-linked immunosorbent assay procedure, and the activities of cholesterol ester transfer protein (CETP) and lecithin cholesteryl acyltransferase (LCAT) were measured by fluorimetric assays.
RESULTS: Trends across the groups indicated that SAA increased in serum and HDL2&3 as BMI increased, as did HDL2-CETP and HDL2-LCAT activities.
CONCLUSION: These results have provided evidence that overweight and obese children are exposed to an inflammatory milieu that impacts the antiatherogenic properties of HDL and that could increase CVD risk. This supports the concept that it is important to target childhood obesity to help minimize future cardiovascular events.
Resumo:
A obesidade infantil é um importante problema de saúde pública, não só pelos efeitos adversos durante a infância mas porque tende a persistir na idade adulta, constituindo um factor de risco para diversas doenças crónicas. Os alicerces de uma vida saudável estruturam-se na vida pré-natal e sedimentam-se nos seis primeiros anos de vida, sendo o crescimento da criança fortemente influenciado pelo seu contexto ambiental familiar. Foi neste âmbito que emergiu como objectivo geral deste estudo explorar as relações existentes entre os determinantes infantis (antecedentes obstétricos e peri-natais) e parentais (práticas alimentares, conhecimento dos pais sobre alimentação infantil, percepção parental de competência e percepção do peso da criança) e o desenvolvimento de excesso de peso em crianças pré-escolares. Este estudo, de carácter observacional e transversal, foi realizado com 792 crianças pré-escolares, idade M= 4,39 anos (±0,91Dp) e seus pais, residentes num concelho pertencente às NUTs III Dão-Lafões, sendo efectuada a avaliação antropométrica e classificação nutricional das crianças com base no referencial NCHS (CDC, 2000) e da OMS nos pais. O protocolo de pesquisa incluiu instrumentos de medida que validamos para a população portuguesa e a construção do Questionário de Conhecimentos sobre Alimentação Infantil (QAI) cujas propriedades psicométricas certificam a sua qualidade (Alfa de Cronbach = 0,942; Alfa de Cronbach teste re-teste = 0,977). Nas crianças, 31,3% apresentavam excesso de peso (12,4% obesidade), assim como 41,1% das mães (10,2% obesidade) e 64,4% dos pais (14,8% obesidade), sendo mais evidente nas mães o risco metabólico associado ao Perímetro da Cintura. As mães revelam mais conhecimentos sobre alimentação e sentimentos de eficácia mais elevados com o papel parental, enquanto os pais manifestaram mais sentimentos de motivação e satisfação. Os resultados obtidos corroboram existir efeito significativo dos determinantes infantis e parentais no excesso de peso da criança, designadamente: (i) do peso ao nascer, com impacto dos nascidos grandes; (ii) da higiene do sono especificamente dos que dormem menos de 11horas; (iii) dos que não brincam na rua, (iv) das mães mais jovens, do IMC e risco metabólico dos Pais; (v) da percepção parental da imagem corporal dos filhos, verificando-se que quanto mais elevado o IMC das crianças, mais distorcida é esta percepção dos pais; (vi) das crenças, atitudes e práticas alimentares e que permitem inferir que uma maior preocupação com o peso da criança, maior controlo, restrição e menor pressão para comer se associa a maior excesso de peso. As inferências evidenciam que, na vigilância de saúde periódica se torna imprescindível a valorização dos determinantes de risco biológicos e familiares do excesso de peso infantil, considerando programas de intervenção centrados na família, num processo que encontre sentido a partir daquilo que as famílias experienciam, de forma a ajudá-las a criar recursos fortalecedores de competência para uma parentalidade mais positiva.
Resumo:
Childhood obesity is commonly associated with a pes planus foot type and altered lower limb joint function during walking. However, limited information has been reported on dynamic intersegment foot motion with the level of obesity in children. The aim of this study was to explore the relationships between intersegment foot motion during gait and body fat in boys age 7 to 11 years. Fat mass was measured in fifty-five boys using air displacement plethysmography. Three-dimensional gait analysis was conducted on the right foot of each participant using the 3DFoot model to capture angular motion of the shank, calcaneus, midfoot and metatarsals. Two multivariate statistical techniques were employed; principle component analysis reduced the multidimensional nature of gait analysis, and multiple linear regression analysis accounted for potential confounding factors. Higher fat mass predicted greater plantarflexion of the calcaneus during the first half and end of stance phase and at the end of swing phase. Greater abduction of the calcaneus throughout stance and swing was predicted by greater fat mass. At the midfoot, higher fat mass predicted greater dorsiflexion and eversion throughout the gait cycle. The findings present novel information on the relationships between intersegment angular motion of the foot and body fat in young boys. The data indicates a more pronated foot type in boys with greater body fat. These findings have clinical implications for pes planus and a predisposition for pain and discomfort during weight bearing activities potentially reducing motivation in obese children to be physically active.
Resumo:
Objectives: To explore children's accounts of their experiences of the UK‘s largest childhood obesity programme, MEND (Mind, Exercise, Nutrition…Do it!) (See www.mendprogramme.org). Design: Semi-structured interviews were conducted with children who had completed the MEND obesity programme. Interviews were transcribed verbatim and analysed using Interpretative Phenomenological Analysis (IPA). Method Fourteen children spanning diverse areas of London comprised this study (eight male, six female), aged between 11 and 14 years and in secondary school. Participants were interviewed a year after completing one of the London-based MEND obesity programmes. Results: This article focuses on the most common and striking theme to emerge from the original dataset (The complete analysis may be found in L. Watson, Unpublished doctoral thesis): Fun. Subthemes were: ‘going with the flow’; active participation in activities that led to new experiences (‘actually doing it’ – seeing the fun side); the importance of others in the experience of fun (‘you do games in unity’ – ‘it's not as fun on your own’). Conclusion: Children have fun when engaged in interactive and varied activities with opportunity for individual feedback and improvement. When designing childhood obesity programmes, conditions that optimise children's experience of fun should be emphasised over didactic and risk-heavy information pertaining to childhood obesity.
Resumo:
Thesis (Master's)--University of Washington, 2015
Resumo:
A PhD Dissertation, presented as part of the requirements for the Degree of Doctor of Philosophy from the NOVA - School of Business and Economics
Resumo:
RESUMO - A prevalência de obesidade infantil em Portugal é das mais elevadas da Europa. No concelho da Murtosa (Aveiro), para estimar a prevalência de excesso de peso e obesidade entre os 3 e os 6 anos e determinar os factores que lhe estão associados, desenvolveu-se, durante o ano de 2008, um estudo transversal que consistiu na avaliação estatoponderal das crianças frequentadoras dos estabelecimentos de ensino pré-escolar do concelho e aplicação de um questionário aos pais sobre antecedentes e perinatais, hábitos alimentares, actividades da criança e características da família. Através de um modelo de regressão logística multivariada identificaram-se as variáveis associadas ao excesso de peso/obesidade. Participaram no estudo 258 crianças, estimando-se uma prevalência de excesso de peso de 15,5 % (IC 95 % : 11,6 % a 20,4 %) e de obesidade de 6,2 % (IC 95 % : 3,9 % a 9,8 % ). Observou-se uma maior prevalência de excesso de peso nos meninos (19,5 %) e de obesidade nas meninas (10,4 %). O excesso de peso materno e o hábito de comer a ver televisão aumentaram o risco de excesso de peso/obesidade (OR: 10,548; OR: 13,815); o maior número de horas de sono diário, o maior número de refeições diárias e o aumento ponderal materno durante a gravidez (OR: 0,490; OR: 0,366; OR: 0,804) associaram-se a um menor risco de excesso de peso/obesidade. Justifica-se o desenvolvimento de programas de prevenção primária e secundária da obesidade infantil dirigidos aos factores de risco modificáveis identificados, sugerindo-se a necessidade de uma abordagem familiar e da avaliação sistemática deste tipo de intervenções.
Resumo:
Childhood obesity and physical inactivity are increasing dramatically worldwide. Children of low socioeconomic status and/or children of migrant background are especially at risk. In general, the overall effectiveness of school-based programs on health-related outcomes has been disappointing. A special gap exists for younger children and in high risk groups. This paper describes the rationale, design, curriculum, and evaluation of a multicenter preschool randomized intervention study conducted in areas with a high migrant population in two out of 26 Swiss cantons. Twenty preschool classes in the German (canton St. Gallen) and another 20 in the French (canton Vaud) part of Switzerland were separately selected and randomized to an intervention and a control arm by the use of opaque envelopes. The multidisciplinary lifestyle intervention aimed to increase physical activity and sleep duration, to reinforce healthy nutrition and eating behaviour, and to reduce media use. According to the ecological model, it included children, their parents and the teachers. The regular teachers performed the majority of the intervention and were supported by a local health promoter. The intervention included physical activity lessons, adaptation of the built infrastructure; promotion of regional extracurricular physical activity; playful lessons about nutrition, media use and sleep, funny homework cards and information materials for teachers and parents. It lasted one school year. Baseline and post-intervention evaluations were performed in both arms. Primary outcome measures included BMI and aerobic fitness (20 m shuttle run test). Secondary outcomes included total (skinfolds, bioelectrical impedance) and central (waist circumference) body fat, motor abilities (obstacle course, static and dynamic balance), physical activity and sleep duration (accelerometry and questionnaires), nutritional behaviour and food intake, media use, quality of life and signs of hyperactivity (questionnaires), attention and spatial working memory ability (two validated tests). Researchers were blinded to group allocation. The purpose of this paper is to outline the design of a school-based multicenter cluster randomized, controlled trial aiming to reduce body mass index and to increase aerobic fitness in preschool children in culturally different parts of Switzerland with a high migrant population. Trial Registration: (clinicaltrials.gov) NCT00674544.
Resumo:
L’étiologie de l’obésité infantile est multifactorielle et complexe. Le patrimoine génétique tout comme l’environnement d’un enfant peuvent favoriser l’apparition d’un surplus de poids. C’est pourquoi plusieurs études se sont penchées sur le lien entre l’environnement familial et en particulier le rôle de la mère et le risque d’obésité chez l’enfant. L’objectif est de mieux comprendre quels sont les facteurs de risque maternels spécifiques à chaque population afin de mieux prévenir ce fléau. Ce projet a donc cherché à identifier quelles sont les relations entre les facteurs de risque maternels et l’indice de masse corporelle d’enfants québécois avec surcharge pondérale. Parmi les facteurs de risque étudiés, on note des liens entre le niveau de scolarité de la mère, son statut familial et son niveau d’insécurité alimentaire. Sur le plan cognitif et comportemental, le lien entre l’indice de masse corporelle (IMC) de l’enfant et la perception maternelle du poids de son enfant ainsi que le niveau de restriction alimentaire maternel ont également été analysés. Au total, 47 entrevues ont été complétées par téléphone auprès des mères d’enfants obèses ou en embonpoint grâce à un large questionnaire destiné à décrire le profil des familles consultant les cliniques externes du CHU Ste Justine. Les tests de Fisher pour les variables catégorielles, le test de T de comparaison des moyennes du Z-score de l’IMC des enfants ont permis d’effectuer les analyses statistiques. Les résultats obtenus démontrent qu’un lien existe entre le niveau de scolarité maternel et la présence d’insécurité alimentaire. De même, il a été possible de constater que les enfants avec une mère restrictive des apports alimentaires de leur enfant avaient un Z-score de l’IMC significativement plus élevé. Ces résultats suggèrent qu’il existe des liens entre le profil socio-économique et comportemental de la mère et le surplus de poids de l’enfant. Des tests auprès d’un plus large échantillon seront nécessaires afin de confirmer ces résultats, l’objectif étant, entre autres, de mieux cibler les enfants à risque d’embonpoint ou d’obésité et de mieux outiller les professionnels de la santé en contact avec ces familles.