998 resultados para Avaliação de serviços de saúde


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OBJETIVO: Analisar o efeito do processo de estigmatizao e discriminao no ambiente de trabalho sobre os cuidados cotidianos saúde e o bem-estar de homens vivendo com HIV/Aids. MTODOS: Estudo qualitativo com 17 homens vivendo com HIV, realizado em 2002. Foram estudados os depoimentos em grupo para discutir as dificuldades sobre discriminao no ambiente de trabalho, utilizando anlise das prticas discursivas. O grupo, proveniente de centro especializado em HIV/Aids da cidade de So Paulo, representou segmento de pesquisa anterior. RESULTADOS: O debate entre os participantes indicou que o tratamento anti-retroviral exige idas freqentes aos serviços de assistncia mdica, que implicam em faltas ou atrasos no trabalho. A apresentao de atestados mdicos para justificar ausncia no trabalho, mesmo sem indicar Aids, pode resultar em demisso. Desempregados, muitos so barrados nos exames mdicos e tm o direito ao sigilo de sua condio violado. Como ltimo recurso, o pedido de aposentadoria implica em cenas de humilhao ou discriminao na percia mdica. CONCLUSES: A assistncia planejada com o envolvimento dos pacientes consegue ampliar a ateno psicossocial e considerar as necessidades do paciente trabalhador ou desempregado, reconhecendo que o estigma limita o cuidado, afetando a saúde mental e a evoluo da infeco. Mitigar o efeito do estigma e da discriminao requer articulao poltica intersetorial e contribuir para atingir metas globalmente reconhecidas como fundamentais para o controle da epidemia.

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OBJETIVO: Analisar os fatores relacionados determinao e s desigualdades no acesso e uso dos serviços de saúde por idosos. MTODOS: Estudo integrante do Projeto Saúde, Bem-estar e Envelhecimento (SABE), no qual foram entrevistados 2.143 indivduos com 60 anos ou mais no municpio de So Paulo, SP, em 2000. A amostra foi obtida em dois estgios, utilizando-se setores censitrios com reposio, probabilidade proporcional populao e complementao da amostra de pessoas de 75 anos. Foi mensurado o uso de serviços hospitalares e ambulatoriais nos quatro meses anteriores entrevista, relacionando-os com fatores de capacidade, necessidade e predisposio (renda total, escolaridade, seguro saúde, morbidade referida, auto-percepo, sexo e idade). O mtodo estatstico utilizado foi regresso logstica multivariada. RESULTADOS: Dos entrevistados, 4,7% referiram ter utilizado a internao hospitalar e 64,4% o atendimento ambulatorial. Dos atendimentos ambulatoriais em servio pblico, 24,7% ocorreram em hospital e 24,1% em servio ambulatorial; dentre os que ocorreram em serviços privados, 14,5% foram em hospital e 33,7% em clnicas. Pela anlise multivariada, observou-se associao entre a utilizao de serviços e sexo, presena de doenas, auto-percepo de saúde, interao da renda e escolaridade e posse de seguro saúde. A anlise isolada com escolaridade apresentou efeito inverso. CONCLUSES: Foram observadas desigualdades no uso e acesso aos serviços de saúde e inadequao do modelo de ateno, indicando necessidade de polticas pblicas que levem em conta as especificidades dessa populao, facilitem o acesso e possam reduzir essas desigualdades.

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OBJETIVO: Analisar os fatores determinantes do acesso de adolescentes gestantes a serviços de ateno primria saúde, anterior ocorrncia da gestao. MTODOS: Estudo transversal baseado em referencial terico. O acesso a serviços foi analisado em cinco dimenses: geogrfico, econmico, administrativo, psicossocial e de informao. Participaram 200 adolescentes primigestas (10 a 19 anos) atendidas em uma unidade bsica de saúde do municpio de Indaiatuba (SP), em 2003. Um questionrio com perguntas abertas e fechadas referentes ao acesso ao ltimo servio de saúde utilizado, anterior gestao, foi aplicado s participantes no momento de sua primeira consulta de pr-natal. Os dados foram analisados por meio do teste de qui-quadrado de Pearson ou exato de Fisher e por regresso logstica mltipla, considerando as cinco dimenses de acesso. RESULTADOS: Mais da metade (63,7%) das adolescentes utilizou algum servio de saúde para consulta ginecolgica. Entre as que nunca consultaram um ginecologista, as justificativas dadas foram falta de informao (43,8%) ou sentimento de medo ou vergonha (37,0%). A principal dificuldade de acesso ao servio esteve relacionada a barreiras psicossociais, identificadas por 77,0% das adolescentes. CONCLUSES: Entre as barreiras de acesso ao servio de saúde, foram significativas apenas as psicossociais. So necessrias novas estratgias para facilitar o acesso ao servio de saúde s adolescentes, incluindo aes que diminuam as barreiras de gnero e que se considerem suas caractersticas sociodemogrficas e o vnculo com seus parceiros.

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OBJETIVO: Descrever o padro de utilizao de serviços de saúde por adultos jovens. MTODOS: Estudo longitudinal em Pelotas (RS), em que os indivduos foram localizados no seu nascimento em 1982 e acompanhados at os 23 anos. O desfecho foi definido por informaes coletadas sobre consultas com profissionais de saúde realizadas no ano anterior entrevista entre 2004 e 2005. Os locais de consulta foram categorizados como pblicos, privados ou planos de saúde. Anlises descritivas foram realizadas para utilizao e tipo de servio de saúde. Regresso de Poisson foi utilizada na anlise ajustada. RESULTADOS: Dos entrevistados, 72,0% tiveram consulta com profissionais de saúde no ano anterior entrevista; 86,2% (IC 95% 84,7;87,7) das mulheres e 59,3% (IC 95% 57,3;61,3) dos homens. Mesmo quando excludas as consultas com ginecologista, as mulheres continuavam tendo mais consultas do que os homens, 68,4% (IC 95% 66,4;70,4). A utilizao dos serviços de saúde foi mais freqente entre os entrevistados de melhor nvel socioeconmico. Diferena de menor uso em relao cor da pele no branca foi observada somente entre os jovens do sexo masculino. Houve diferenas em relao ao tipo de profissional consultado por homens e mulheres e tambm conforme a renda familiar. Homens e mulheres consultaram mais freqentemente o sistema pblico, os serviços conveniados e em menor proporo o sistema privado. CONCLUSES: A situao socioeconmica influenciou a utilizao e o tipo de servio de saúde, com homens e mulheres classificados como "pobres no momento", indicando menor utilizao de serviços. Tais diferenas socioeconmicas podem ser indicativas de dificuldades de acesso ao sistema de saúde.

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OBJETIVO: Caracterizar e analisar os perfis tecnolgicos dos centros de testagem e aconselhamento para HIV no Brasil. MTODOS: Utilizou-se questionrio estruturado e auto-aplicado com 78 questes, respondido por 320 (83,6%) dos 383 centros brasileiros, durante 2006. Foram analisadas respostas que caracterizam o perfil tecnolgico dos serviços mediante o uso da tcnica de agrupamento k-means. As associaes entre os perfis descritos e os contextos municipais foram analisadas usando-se qui-quadrado e anlise de resduo no caso de propores, Anova e Bonferroni para mdias. RESULTADOS: Os centros apresentaram deficincias significativas quanto garantia do atendimento adequado. Foram identificados quatro perfis tecnolgicos. O perfil "assistncia" (21,6%) foi predominante entre os serviços institudos antes de 1993, em regies com alta incidncia de Aids e municpios de grande porte. O perfil "preveno" (30,0%), prevalente entre 1994-1998, foi o que mais correspondeu s normas do Ministrio da Saúde, com melhores indicadores de resolubilidade e produtividade. O perfil "assistncia e preveno" (26,9%), inserido nos serviços de Aids, foi predominante entre 1999-2002 e desenvolvia o conjunto mais completo de atividades, incluindo tratamento de doenas sexualmente transmissveis. O perfil "oferta de diagnstico" (21,6%) foi o mais precrio e localizado onde a epidemia mais recente e com menor proporo de pessoas testadas. CONCLUSES: Os centros de testagem e aconselhamento constituem um conjunto de serviços heterogneos e as diretrizes que nortearam a implantao dos serviços no Brasil no esto plenamente incorporadas, influindo nos baixos indicadores de resolubilidade e produtividade e no desenvolvimento insuficiente de ao de preveno.

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OBJETIVO: Analisar os padres de utilizao dos serviços de saúde em comunidades cobertas pela Estratgia de Saúde da Famlia. MTODOS: Estudo transversal de base populacional com amostra de 2.988 indivduos, de todas as idades, residentes em reas de abrangncia da Estratgia de Saúde da Famlia, em Porto Alegre (RS), entre julho e setembro de 2003. Foram aplicados questionrios pr-codificados a todos os moradores dos domiclios sorteados sobre informaes demogrficas, socioeconmicas e de saúde. Nas anlises foram calculadas razes de prevalncias, intervalos com 95% de confiana e aplicados testes do qui-quadrado. Realizou-se regresso de Poisson na anlise multivarivel para possveis fatores de confuso. RESULTADOS: Pessoas do sexo feminino, com 60 anos ou mais, com cor da pele branca, com menor nvel socioeconmico, sem cobertura por plano de saúde e com autopercepo de saúde ruim tiveram maior probabilidade de utilizar a unidade de saúde da famlia local. Em relao aos usurios de outros serviços de saúde, o padro foi semelhante para as variveis sexo, idade e autopercepo de saúde, mas foi encontrada uma maior utilizao por pessoas com maior nvel socioeconmico e com cobertura por plano de saúde. CONCLUSES: A utilizao da unidade de saúde da famlia local foi maior entre as pessoas com menor nvel socioeconmico e sem cobertura por plano de saúde, indicando indivduos mais pobres como prioritrios das aes governamentais. A mudana do modelo assistencial e a implantao da Estratgia de Saúde da Famlia tendem a melhorar progressivamente as condies de saúde da populao mais pobre, minimizando as desigualdades em saúde.

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OBJETIVO: Analisar caractersticas relacionadas adeso ao tratamento dos casos de tuberculose em serviços de referncia para tuberculose. MTODOS: Trata-se de um estudo ecolgico nas unidades de referncia no tratamento dos casos de tuberculose dos distritos sanitrios de Salvador, BA, em 2006. A amostra foi composta pelas unidades de saúde municipais que atenderam 67,2% dos 2.283 casos notificados de tuberculose no ano. Foram analisadas as variveis: cura, abandono, exames realizados, equipe de saúde e benefcios aos pacientes. Para verificar associao entre as variveis, foi utilizado o teste qui-quadrado ou exato de Fisher, sendo consideradas estatisticamente significantes as associaes com p<0,05. RESULTADOS: Dos casos estudados, 78,4% resultaram em cura, 8,6% em abandono, 2,2% em bito e 8,1% em transferncia. As taxas de adeso por unidade de saúde apresentaram variabilidade entre 66,7% a 98,1%. As variveis cura e abandono mostraram associao estatisticamente significante com a adeso na comparao de propores. Todas as unidades com alta adeso possuam equipe de saúde completa. CONCLUSES: A adeso foi fator importante para o desfecho cura e abandono, mas foi baixo o ndice de unidades que alcanaram as metas de cura. A presena de equipe multidisciplinar completa no programa de tuberculose pode contribuir para a compreenso pelo paciente sobre a sua enfermidade e a adeso ao tratamento para a cura.

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OBJETIVO: Analisar as dificuldades de acessibilidade aos serviços de saúde vividas por pessoas com deficincia. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Estudo qualitativo realizado com pessoas que relataram ter algum tipo de deficincia (paralisia ou amputao de membros; baixa viso, cegueira unilateral ou total; baixa audio, surdez unilateral ou total). Foram entrevistados 25 indivduos (14 mulheres) na cidade de So Paulo, SP, de junho a agosto de 2007, que responderam perguntas referentes a deslocamento e acessibilidade aos serviços de saúde. A metodologia utilizada para anlise foi o discurso do sujeito coletivo e as anlises foram conduzidas com recurso do programa Qualiquantisoft. ANLISE DOS RESULTADOS: A anlise dos discursos sobre o deslocamento ao servio de saúde mostrou diversidade quanto ao usurio ir ao servio sozinho ou acompanhado, utilizar carro particular, transporte coletivo, ir a p ou de ambulncia e demandar tempo variado para chegar ao servio. Com relao s dificuldades oferecidas de acessibilidade pelos serviços de saúde, houve relatos de demora no atendimento, problemas com estacionamento, falta de rampas, elevadores, cadeiras de rodas, sanitrios adaptados e de mdicos. CONCLUSES: As pessoas com algum tipo de deficincia fizeram uso de meios de transporte diversificados, necessitando de companhia em alguns casos. Problemas na acessibilidade dos serviços de saúde foram relatados pelos sujeitos com deficincias, contrariando o princpio da eqidade, preceito do Sistema nico de Saúde.

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OBJETIVO: Avaliar a eficincia da Estratgia Saúde da Famlia nas aes relacionadas hipertenso. MTODOS: Estudo avaliativo, transversal quantitativo, com base em dados secundrios de 66 municpios catarinenses de pequeno porte, com cobertura potencial mxima de 100% pela Estratgia Saúde da Famlia em 2007. Foram avaliados indicadores de insumos, produtos e resultados. A eficincia da produo de serviços e da produo de resultados dos municpios foi comparada por meio de anlise envoltria de dados. RESULTADOS: Os municpios foram mais eficientes na produo de serviços (37,8%) do que na produo de resultados (16,6%). Quarenta e um municpios (62,2%) foram ineficientes nos serviços: cadastro no Sistema de Informao sobre Hipertenso e Diabetes, atendimento individual e visita domiciliar para usurios com hipertenso, e 55 (83,3%) foram ineficientes na produo de impacto contra hipertenso. CONCLUSES: O modelo de avaliação utilizado mostrou-se capaz de medir a eficincia na ateno primria de saúde, ao avaliar a produtividade de serviços e de resultados.

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OBJETIVO: Estimar a prevalncia de violncia por parceiro ntimo contra mulheres e identificar fatores associados. MTODOS: Estudo transversal com 504 mulheres de 15 a 49 anos, em cinco unidades bsicas e distritais de saúde em um municpio paulista em 2008. Foram realizadas entrevistas face a face com uso de questionrio com 119 questes, sobre informaes sociodemogrficas, saúde reprodutiva, percepo sobre papis de gnero no relacionamento conjugal e experincia de violncia. Anlises univariada e mltipla por regresso logstica foram realizadas. RESULTADOS: Mais de um tero das mulheres sofreu violncia pelo parceiro ntimo. Na anlise mltipla os fatores positivamente associados violncia foram: morar em casa alugada, ter sofrido abuso sexual na infncia, parceiro agredido fisicamente na infncia, o uso de lcool pela entrevistada e pelo parceiro, uso de drogas e percepo sobre o temperamento do parceiro. CONCLUSES: As variveis identificadas compuseram um modelo preditivo que pode ser utilizado para avaliar o risco de sofrer violncia pelo parceiro ntimo.

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OBJETIVO: Analisar o uso de serviços de saúde segundo posio socioeconmica em trabalhadores de uma universidade pblica. MTODOS: Estudo transversal com 759 funcionrios de uma universidade pblica brasileira que referiram restrio das atividades habituais por motivo de saúde nos ltimos 14 dias. Foram utilizados dados de 2001 provenientes da coorte "Estudo Pr-Saúde", realizado no Rio de Janeiro, RJ. O uso de serviços de saúde foi avaliado pela proxy busca por assistncia de saúde e tipo de servio. A presena de variaes adicionais na morbidade foi verificada pelo tempo de restrio. Foram analisados os marcadores de escolaridade, renda e ocupao e calculadas razes de propores brutas e ajustadas do uso e por tipo de servio. RESULTADOS: Nvel ocupacional foi o indicador de maior desigualdade no uso de serviços de saúde. Aps o ajuste por sexo, idade e demais marcadores de posio socioeconmica, a razo de proporo de uso de assistncia de saúde entre trabalhadores de rotina manual foi 1,31 (IC95% 1,11;1,55) e entre trabalhadores de rotina no-manual foi 1,21 (IC95% 1,06;1,37), comparados aos profissionais, considerada a categoria de referncia. CONCLUSES: Padro de desigualdade social foi observado no uso de serviços de saúde em favor dos indivduos de menor posio socioeconmica, mesmo aps o controle por necessidade, com destaque para o marcador de ocupao. As diferenas remanescentes na morbidade dos indivduos parecem no ser suficientes para explicar o achado e fatores ocupacionais podem exercer maior influncia no uso de serviços de saúde dessa populao.

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Desafios postos pelas mudanas demogrficas e epidemiolgicas e pela necessidade de reduo dos custos tm exigido a reestruturao dos serviços de saúde. Nesse processo, as inovaes em saúde aparecem como importantes protagonistas, uma vez que as tecnologias podem desempenhar papel fundamental tanto no que tange expanso do acesso quanto adequao do sistema s necessidades da populao. Entretanto, a gerao de inovao em saúde no se pauta exclusivamente por demandas e condicionantes sanitrios; ao contrrio, frequentemente reflete uma trajetria de desenvolvimento e pode ser cativa de interesses de grupos restritos da sociedade. Essas questes precisam ser consideradas tanto na anlise da complexidade das dimenses da saúde quanto na investigao da potencialidade e dos desafios para o estabelecimento de uma dinmica inovativa virtuosa para a reestruturao dos serviços em saúde.

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OBJETIVO Analisar a associa&#231;&#227;o entre a utiliza&#231;&#227;o de servi&#231;o de sa&#250;de por idosos com dor cr&#244;nica e vari&#225;veis sociodemogr&#225;ficas e de sa&#250;de. M&#201;TODOS Estudo transversal com amostra populacional realizado por meio de inqu&#233;rito domiciliar em S&#227;o Paulo, SP, em 2006, com 1.271 idosos de 60 anos ou mais, sem d&#233;ficit cognitivo, que relataram dor cr&#244;nica. Dor cr&#244;nica foi definida como aquela com dura&#231;&#227;o &#8805; 6 meses. O crit&#233;rio para uso do servi&#231;o de sa&#250;de foi ter feito mais de quatro consultas ou uma interna&#231;&#227;o no &#250;ltimo ano. Para os idosos com dor h&#225; pelo menos um ano, testou-se a exist&#234;ncia de associa&#231;&#227;o entre uso do servi&#231;o de sa&#250;de com as vari&#225;veis independentes (caracter&#237;sticas da dor, sociodemogr&#225;ficas e doen&#231;as autorreferidas), por meio de an&#225;lises univariadas (teste de Rao & Scott) e m&#250;ltiplas (Regress&#227;o M&#250;ltipla de Cox com vari&#226;ncia robusta). Utilizou-se o programa Stata 11.0 e adotou-se como valor de signific&#226;ncia p < 0,05. RESULTADOS A preval&#234;ncia de utiliza&#231;&#227;o do servi&#231;o de sa&#250;de nos idosos com dor foi 48,0% (IC95% 35,1;52,8) e n&#227;o diferiu dos idosos sem dor (50,5%; IC95% 45,1;55,9). A chance de utiliza&#231;&#227;o do servi&#231;o de sa&#250;de foi 33,0% menor nos idosos com dor h&#225; mais de dois anos do que naqueles com dor entre um e dois anos (p = 0,002); 55,0% maior nos idosos com dor intensa (p = 0,003) e 45,0% maior entre os que relataram interfer&#234;ncia moderada da dor no trabalho (p = 0,015) na an&#225;lise m&#250;ltipla. CONCLUS&#213;ES A dor cr&#244;nica foi frequente e esteve associada a maiores preju&#237;zos na independ&#234;ncia e mobilidade. A dor cr&#244;nica mais intensa, a mais recente e a com impacto no trabalho resultaram em maior uso dos servi&#231;os de sa&#250;de.

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A reforma dos cuidados de saúde primrios (CSP), iniciada em 2005, visa melhorar o desempenho dos centros de saúde atravs da reorganizao dos serviços em vrias unidades funcionais, no sentido de resolver os problemas tendo em conta as necessidades a satisfazer, complementando-se entre si e assumindo compromissos de acessibilidade e qualidade nos cuidados de saúde prestados. Ao mesmo tempo, so criados rgos de gesto e governao clnica que nunca antes existiram nos CSP, envolvendo a participao da comunidade. A optimizao da gesto e da governao clnica permitiu organizar os serviços de saúde em Agrupamentos de Centros de Saúde (AGES), dando-lhes poderes e responsabilidades para solucionarem problemas e tomarem as decises acertadas e cleres, j que conhecem melhor as necessidades de saúde das populaes. As relaes burocrticas so substitudas por relaes de contratualidade, orientadas para obter melhores resultados em saúde. Partindo destes pressupostos, o estudo realizado pretende analisar a percepo de profissionais de saúde quanto poltica de humanizao dos CSP, bem como, identificar/construir indicadores que avaliem essa poltica, sendo um estudo de carcter exploratrio e descritivo, luz de uma abordagem qualitativa. Participaram neste estudo cinco profissionais de saúde da Administrao Regional de Saúde (ARS) do Norte, lP, do Departamento de Contratualizao, Departamento de Estudos e Planeamento da ARS Norte e do AGES Tmega 11 - Vale Sousa Sul, seleccionados por convenincia e inquiridos por entrevista semi-estruturada. Os dados foram tratados atravs da anlise de contedo com o apoio informtico NVivo9. Os resultados apresentados, com base nas entrevistas realizadas aos participantes no estudo, sustentam que os actuais indicadores quantitativos contratualizados com as unidades funcionais, expressam a poltica de humanizao num servio de saúde, no coincidindo totalmente com as definies internacionais expressas neste estudo.