920 resultados para Óxido nítrico sintase Teses


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A aplicao tpica do hidrogel Pluronic F-127 (poli(xido de etileno)99-poli(xido de propileno)65-poli(xido de etileno)99, PEO99-PPO65-PEO99) contendo um doador de xido nítrico, a S-nitrosoglutationa (GSNO) conhecida por exercer efeitos benficos no reparo tecidual cutneo. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da aplicao tpica do hidrogel Pulronic F-127 contendo um doador de xido nítrico no reparo tecidual de leses isqumicas. Ratos Wistar machos foram submetidos a duas leses incisionais paralelas no dorso, a pele foi separada do tecido subjacente, as incises foram suturadas e uma leso excisional foi feita entre elas para criar uma condio isqumica ao redor da leso. Os animais foram separados em grupo controle, que recebeu a aplicao apenas do hidrogel sem doador de xido nítrico e grupo tratado, que recebeu a aplicao do hidrogel contendo o doador de xido nítrico. Os animais foram tratados por 7 dias consecutivos com uma aplicao diria dos hidrogis. O grupo tratado apresentou taxas mais altas de contrao e re-epitelizao, menor quantidade de clulas inflamatrias, um aumento na densidade e organizao de fibras colgenas e uma diminuio na neovascularizao 14 dias aps a leso, comparado ao grupo controle. Esses resultados indicam que a aplicao tpica do gel doador de xido nítrico eficaz no tratamento de leses isqumicas em ratos, levando a uma melhora significativa na cicatrizao. Consequentemente, a aplicao tpica de um hidrogel contendo doador de xido nítrico poder ter, futuramente, potencial para o tratamento teraputico de lceras venosas e decorrentes de diabetes.

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As leishmanioses esto entre as mais importantes endemias brasileiras e encontram-se entre as doenas mais negligenciadas no mundo. O arsenal teraputico disponvel restrito, txico, caro e em algumas situaes ineficazes, devido ao surgimento de cepas resistentes do parasito. No Brasil so registrados anualmente mais de 20 mil casos de leishmaniose tegumentar e a Leishmania braziliensis a principal espcie causadora das formas clnicas cutnea e mucosa. Portanto tornam-se importantes estudos que conduzam ao desenvolvimento de novas alternativas teraputicas. O objetivo do presente estudo foi avaliar a atividade da pterocarpanoquinona denominada LQB118 sobre Leishmania braziliensis in vitro e in vivo usando hamsters como modelo experimental. O efeito antiparasitrio foi avaliado sobre o crescimento in vitro das formas promastigotas e sobre amastigotas intracelulares em macrfagos peritoneais de camundongos. Para avaliar o modo ao in vitro foi investigada a induo de apoptose usando marcao por TUNEL e Anexina V-FITC. O efeito sobre a modulao da ativao de macrfagos murinos foi analisada pela dosagem de xido nítrico (reagente de Griess) e de citocinas IL-12, TNF-alfa e IL-10 (por ELISA) nos sobrenadantes de macrfagos. In vivo a atividade teraputica da LQB 118 foi estudada em grupos de hamsters infectados com L.braziliensis na pata, tratados com a LQB118 pelas vias intralesional (100M/3x/semana) ou oral (0,5mg/5x/semana) aps 7 dias de infeco durante oito semanas. A ao teraputica foi analisada atravs do tamanho da leso. A resposta imune foi avaliada durante o tratamento, pela resposta de hipersensibilidade tardia (DTH) ao antgeno total de L. braziliensis. A ao da LQB118 in vitro foi dose-dependente tanto na forma promastigota inibindo 45%, 64,7% e 99,95%, quanto nas amastigotas intracelulares 22%, 72% e 81% nas concentraes de 5M, 10M e 20M, respectivamente para ambas as formas evolutivas. A LQB118 foi capaz de induzir a externalizao de fosfatidilserina em promastigotas (18,57% das clulas incubadas por 24 h e em 25,79% de clulas tratadas por 48h) e tambm promoveu aumento da fluorescncia nas duas formas evolutivas da Leishmania quando comparadas aos controles, demonstrando a induo de fragmentao do DNA do parasito. Esta substncia tambm foi capaz de modular a resposta dos macrfagos infectados por 24 horas aumentando de forma dose-dependente a IL-12 e NO, mantendo constante TNF-&#945;. In vivo, na stima semana de tratamento, observamos uma reduo significativa do tamanho das leses nos animais tratados com LQB 118 intralesional (p<0, 001) e no grupo tratado pela via oral (p<0,05) quando comparado com o controle. Estes resultados demonstram que a atividade anti-Leishmania da LQB118 direta sobre o parasito pela induo de morte por apoptose, apresentando tambm uma ao moduladora da resposta dos macrfagos contribuindo para ao leishmanicida, sem alterar a morfologia da clula hospedeira e que a LQB 118 apresenta uma atividade teraputica no modelo hamster e pode ser uma importante molcula para o desenvolvimento de um novo frmaco.

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A Hipxia-Isqumica (HI) pr-natal caracterizada por uma reduo no aporte de oxignio e nutrientes para o feto durante o perodo gestacional, que pode acarretar, a longo prazo, em dificuldade de concentrao e aprendizagem, hiperatividade e dficit de memria. Esses prejuzos podem persistir ou se agravar at a idade adulta, levando ainda ao aparecimento de doenas como epilepsia e paralisia cerebral (PC). A privao de oxignio e nutrientes, assim como o estresse materno, anemia, eclmpsia e uso de drogas durante a gestao, podem causar estresse oxidativo durante os perodos crticos do desenvolvimento, e pode ser a principal razo para as mudanas que levam a programao fetal. O objetivo deste estudo foi relacionar a gerao de espcies reativas e a consequente formao de estresse oxidativo nos animais adultos, com as alteraes da biodisponibilidade do xido nítrico de forma sistmica, alm de mudanas nos comportamentos motor e de ansiedade, manuteno da memria e aprendizado. Para a hipxia, foi utilizado o modelo de clampeamento das artrias uterinas das ratas no 18 dia gestacional por 45 min, analisando os filhotes aps 90 dias de nascidos. Foram utilizados os testes Open Field e labirinto em cruz elevada para a anlise comportamental, e anlises das enzimas glutationa peroxidase (GPx), superxido desmutase (SOD) e catalase, alm de quantificao de nitritos, TBARs e carbonilao de protenas para avaliao de mecanismos oxidantes e antioxidantes. Os resultados demonstraram que o insulto durante a gestao pode acarretar em reduo na formao da enzima GPx, alm de maior concentrao de nitritos analisados nos soros dos animais hipoxiados quando comparados aos controles, contribuindo para o dano oxidativo. Tambm foi observada reduo na memria de habituao e comportamento motor, alm de elevado comportamento ansioso em animais hipoxiados, diferentemente de controles. Conclumos assim que a hipxia isqumica pr-natal pode alterar permanentemente o estado oxidativo dos animais, alm de atuar na formao do comportamento motor, memria de habituao e ansiedade. As descobertas aqui apresentadas contribuem para ampliar o entendimento acerca do evento de hipxia isqumica pr-natal, alm de prover ferramentas para o desenvolvimento de mecanismos protetores e preventivos aos possveis danos por ela causados.

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Esse estudo buscou investigar o papel do estresse oxidativo e nitrosativo no enfisema pulmonar induzido por elastase. Foram utilizados camundongos machos C57BL/6 submetidos a dois modelos de induo do enfisema por elastase pancretica suna (PPE): intratraqueal (i.t.) e intranasal (i.n.). No modelo intratraqueal a PPE foi instilada nas doses de 0,05 U ou 0,5 U/camundongo para avaliao temporal do enfisema 7, 14 e 21 dias aps instilao de PPE. Em outra etapa, o papel da iNOS foi avaliado atravs da sua inibio farmacolgica por aminoguanidina (AMG) 1% na gua de beber ou pela sua excluso gentica em camundongos deficientes em iNOS que tiveram o enfisema induzido por 0,5 U PPE i.t. aps 21 dias. No modelo intranasal a dose de PPE foi 3 U/camundongo para avaliao temporal do enfisema (1, 7, 14 e 21 dias aps PPE). O papel do estresse oxidativo e nitrosativo foi avaliado com diferentes tratamentos antioxidantes na gua de beber: tempol, apocinina+alopurinol, n-acetilcistena, vitamina C+E, e aminoguanidina durante os 21 dias de induo do enfisema. Os grupos controles foram submetidos instilao de salina. Lavado broncoalveolar, imunoensaios, anlises bioqumicas de estresse oxidativo e ensaios morfomtricos foram realizados nos pulmes dos animais. O enfisema foi histologicamente alcanado em 21 dias aps 0,5 U PPE i.t., evidenciado pelo aumento do dimetro alveolar mdio Lm e da densidade de volume dos espaos alveolares - Vvair em comparao ao grupo controle. TNF-&#945; foi aumentado em 7 e 14 dias aps 0,5 U PPE comparados ao controle, concomitante com a reduo de IL-10 nos mesmos perodos, comparados ao controle. O estresse oxidativo foi observado na fase inicial do enfisema, com aumento dos nveis de nitrito, TBARS e superxido dismutase no grupo 7 dias aps 0,5 U PPE (i.t.) quando comparados ao controle ao passo que no modelo intranasal as alteraes tpicas do estresse foram vistas no grupo 1 dia aps 3 U de PPE. Atividade da glutationa peroxidase foi aumentada em todos os grupos PPE (i.t.). A exposio 0,5 U PPE induziu o aumento da iNOS, eNOS e nitrotirosina, sendo revertido no grupo PPE+AMG. Os animais tratados com AMG 1% e os deficientes em iNOS tiveram o enfisema atenuado histologicamente, mantendo o Lm e o Vvair semelhantes ao grupo controle. Os grupos tratados com n-acetilcistena e aminoguanidina no modelo i.n. tiveram reduo do Lm quando comparados ao grupo PPE. Esses resultados sugerem que as vias de estresse oxidativo e nitrosativo so disparadas pela produo de xido nítrico via iNOS no enfisema pulmonar. A modulao da iNOS parece uma estratgia promissora no estabelecimento do enfisema pulmonar

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Leishmanioses so um grupo de doenas com um largo espectro de manifestaes clnicas, as quais variam desde leses cutneas at o envolvimento visceral severo, podendo levar ao bito. A leishmaniose , ainda hoje, uma doena negligenciada, estando entre os agravos prioritrios do programa de pesquisa sobre doenas da pobreza da Organizao Mundial da Sade (OMS). Alm de no haver vacinas disponveis, a terapia baseada em medicamentos injetveis que causam srios efeitos colaterais, tornando o tratamento invivel para muitos pases endmicos. Drogas derivadas de metal representam um novo arsenal teraputico antimicrobiano e anti-cncer. Os inibidores de peptidase/agentes quelantes tais como 1,10-fenantrolina e seus derivados, no estado livre de metal ou como ligantes com metais de transio, interferem com a funo de vrios sistemas biolgicos. Em trabalhos anteriores, nosso grupo descreveu que o parasito L. braziliensis produziu molculas gp63 sensveis a 1,10-fenantrolina. No presente trabalho, demonstramos a distribuio celular da molcula gp63 em uma cepa virulenta de L. braziliensis por meio de anlises bioqumicas e imuno-histoqumica. Depois disso, relatamos os efeitos inibitrios de trs compostos derivados da 1,10-fenantrolina, 1,10-fenantrolina-5,6-diona (phendio), [Cu(phendio)2] e [Ag(phendio)2], nas atividades metalopeptidases celulares e extracelulares produzidas por promastigotas de L. braziliensis, bem como as suas aes sobre a viabilidade do parasita e na interao com as clulas de macrfagos murinos. As molculas gp63 foram detectadas em compartimentos de parasitos, incluindo membrana citoplasmatica e bolsa flagelar. O tratamento de promastigotas de L. braziliensis durante 1 hora com 1,10-fenantrolina e seus derivados resultou numa inibio significativa da viabilidade celular e mostrou um mecanismo de ao irreversvel. Estes inibidores de metalopeptidases induziram apoptose em promastigotas de L. braziliensis, demonstrada atravs da marcao com anexina/iodeto de propdio e ensaio TUNEL. O pr-tratamento de promastigotas com os inibidores de metalopeptidases induziram uma diminuio na expresso de molculas de superfcie gp63, assim como uma reduo significativa no ndice de associao com macrfagos. Em paralelo, macrfagos infectados com L. braziliensis e tratados com 1,10-fenantrolina e seus derivados promoveram uma potente reduo sobre o nmero de amastigotas intracelulares. O tratamento de macrfagos com 1,10-fenantrolina e seus derivados no induziram o aumento de xido nítrico. A ao combinatria sobre a capacidade de crescimento entre os compostos derivados da 1,10-fenantrolina e Glucantime, quando ambos foram utilizados em concentraces sub-inibidoras, tambm foi observada. In vivo os compostos derivados da 1,10-fenantrolina e seus drivados foram capazes de controlar o tamanho das leses a partir da terceira semana de tratamento em relao ao controle no tratado em hamsters infectados quando administrado por via intraperitoneal. Os animais tratados com os compostos apresentaram maior resposta intradrmica (DTH) aos antgenos de L. braziliensis. Coletivamente, a 1,10-fenantrolina e seus derivados metlicos apresentam uma nova perspectiva de estudos para o desenvolvimento de novos frmacos anti-L. braziliensis

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A disfuno ertil (DE) tem alta prevalncia entre hipertensos e tem sido considerada marcador precoce de risco cardiovascular. A presena e gravidade da DE bem como a resposta clnica aos inibidores da fosfodiesterase tipo 5 (PDE5) parecem depender da biodisponibilidade do xido nítrico (NO) endotelial e da extenso da doena aterosclertica. O objetivo deste estudo foi avaliar a resposta clnica da vardenafila usada em dois regimes teraputicos em hipertensos com DE vasculognica e sem doena cardiovascular maior, correlacionando a gravidade da DE e a eficcia da vardenafila com dados antropomtricos, laboratoriais, escore de risco cardiovascular e parmetros vasculares funcionais e estruturais. A resposta clnica vardenafila nos dois regimes foi avaliada conforme o percentual de respostas positivas questo 3 do Perfil do Encontro Sexual (PES3). Os parmetros vasculares considerados foram a espessura mdio-intimal (EMI) da cartida comum, a dilatao mediada pelo fluxo (DMF) da artria braquial e a dilatao nitrato-mediada (DNM). Foram includos 100 homens hipertensos com idade entre 50 e 70 anos, sendo 74 portadores de DE vasculognica e 26 com funo ertil normal que serviram de grupo controle. Nos pacientes com DE, o ndice de massa corporal, relao cintura-quadril, EMI da cartida, nveis sricos de triglicerdeos, colesterol total e LDL foram significativamente maiores que no grupo controle. Aps o uso de vardenafila on demand (fase 1), os pacientes com mais de 50% de respostas positivas ao PES3 ou 50% de respostas afirmativas e um incremento de 6 pontos ou mais em relao ao ndice Internacional de Funo Ertil (IIEF-FE) basal e/ou resposta positiva a Questo de Avaliao Global (QAG), foram considerados respondedores. O escore do IIEF-FE basal se correlacionou negativamente com a EMI da cartida (r=-0,48, P<0,001) e com o escore de Framingham (r= -0,41, P<0,001) no grupo com DE. Houve forte correlao positiva entre a resposta clnica vardenafila com a DMF (r= 0,70, P<0,001), que no se observou entre o sub-grupo de diabticos. Os 35 pacientes considerados no-respondedores na fase 1 foram randomizados e, em desenho duplo-cego, receberam vardenafila ou placebo diariamente durante cinco semanas, podendo usar 10 mg de vardenafila uma hora antes da atividade sexual (fase2). Houve resposta clnica positiva em 38,8% dos que receberam a vardenafila na fase 2 e esta resposta se correlacionou com a frequncia sexual (r= 0,68, P<0,01) e com o escore de Framingham (r= -0,65, P<0,01), com a EMI da cartida (r= -0,61, P=0,01) e com o LDL-colesterol (r= -0,64, P<0,01). A vardenafila foi bem tolerada em ambos os regimes teraputicos. Conclumos que nessa amostra de hipertensos, a gravidade da DE foi relacionada a parmetros vasculares estruturais (EMI), enquanto a resposta clnica vardenafila on demand foi mais diretamente dependente da funo vascular momentnea (DMF). Houve benefcio na utilizao de vardenafila diariamente com o objetivo de resgatar a eficcia do inibidor quanto melhora do desempenho sexual. A falta de eficcia clnica ao inibidor da PDE5 em ambos os regimes teraputicos pode servir como marcador clnico que identifica homens hipertensos com um risco cardiovascular aumentado.

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Hipertensos tm rarefao capilar e disfuno endotelial microcirculatria, tornando-se mais vulnerveis a leses em rgos-alvo. O estudo buscou avaliar o efeito de seis meses de tratamento farmacolgico sobre densidade capilar e reatividade microvascular a estmulos fisiolgicos e farmacolgicos em hipertensos de baixo risco cardiovascular. Secundariamente testou-se a existncia de diversidade nas respostas a diferentes estratgias anti-hipertensivas. Foram recrutados 44 pacientes, com 46,71,3 anos e 20 normotensos com 48,01,6 anos. Avaliaram-se dados antropomtricos e laboratoriais e dosaram-se no soro o fator de crescimento vascular endotelial (VEGF), receptor Flt-1 para VEGF e xido nítrico (NO). A contagem capilar foi por microscopia intravital, captando-se imagens da microcirculao no dorso da falange do dedo mdio e contando os capilares com programa especfico. Repetia-se o procedimento aps hiperemia reativa ps-oclusiva (HRPO) para avaliar o recrutamento capilar. A reatividade vascular foi testada por fluxometria Laser Doppler, iontoforese de acetilcolina (Ach), HRPO e hiperemia trmica local (HTL). Os pacientes foram distribudos aleatoriamente para dois grupos de tratamento: succinato de metoprolol titulado a 100 mg dirios ou olmesartana medoxomila titulada a 40 mg dirios, empregando-se, se necessrio, a hidroclorotiazida. Os controles seguiram o mesmo protocolo inicial e aps seis meses todos os testes foram repetidos nos hipertensos. As variveis clnicas e laboratoriais basais eram semelhantes em comparao aos controles e entre os dois grupos de tratamento. Aps seis meses, havia pequenas diferenas entre os grupos na relao cintura-quadril e HDL. A densidade capilar antes do tratamento era significativamente menor que no grupo controle (71,31,5 vs 80,61,8 cap/mm2 p<0,001 e HRPO 71,71,5 vs 79,52,6 cap/mm2 p<0,05) e, com o tratamento, aumentou para 75,41,1 cap/mm2 (p<0,01) no estado basal e para 76,81,1 cap/mm2 HRPO (p<0,05). reatividade vascular, a condutncia vascular cutnea (CVC) em unidades de perfuso (UP)/mmHg era similar HTL nos controles e hipertensos e aumentou com o tratamento nos dois subgrupos (metoprolol:1,730,2 a 1,900,2 p<0,001 e olmesartana:1,490,1 a 1,870,1 p<0,001). A CVC mxima HRPO era menor nos hipertensos: 0,30(0,22-0,39) que nos controles: 0,39(0,31-0,49) com p<0,001. Aps tratamento, aumentou para 0,41(0,29-0,51) com p<0,001. O aumento foi significativo apenas no grupo olmesartana (0,290,02 a 0,420,04 p<0,001). A diferena entre o tempo para atingir o fluxo mximo HRPO aumentou no grupo metoprolol aps tratamento 3,0 (-0,3 a 8,8) segundos versus olmesartana 0,4 (-2,1 a 2,4) segundos p<0,001. iontoforese, a rea sob a curva de fluxo (AUC) era similar nos grupos e aumentou com o tratamento, de 6087(3857-9137) para 7296(5577-10921) UP/s p=0,04. O VEGF e receptor no diferiam dos controles nem sofreram variaes. A concentrao de NO era maior nos hipertensos que nos controles: 64,9 (46,8-117,6) vs 50,7 (42-57,5) M/dl p=0,02 e no variou com tratamento. Em concluso, hipertensos de baixo risco tm menor densidade e menor recrutamento capilar e ambos aumentam com tratamento. Apresentam tambm disfuno endotelial microcirculatria que melhora com a terapia.

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As leishmanioses esto entre as mais importantes endemias brasileiras e encontram-se entre as doenas mais negligenciadas no mundo. O arsenal teraputico disponvel restrito, txico, caro e em algumas situaes ineficazes, devido ao surgimento de cepas resistentes do parasito. No Brasil so registrados anualmente mais de 20 mil casos de leishmaniose tegumentar e a Leishmania braziliensis a principal espcie causadora das formas clnicas cutnea e mucosa. Estudos prvios mostraram que o flavonide quercetina tem ao teraputica pela via oral em camundongos infectados com L. amazonensis. O objetivo do presente estudo foi avaliar a atividade do flavonide quercetina sobre Leishmania braziliensis in vitro e in vivo usando hamsters como modelo experimental. O efeito antiparasitrio da quercetina foi avaliado sobre o crescimento in vitro das formas promastigotas e sobre amastigotas intracelulares em macrfagos peritoneais de camundongos e hamsters. O efeito da quercetina sobre macrfagos foi avaliado pela dosagem de xido nítrico pelo mtodo de Griess nos sobrenadantes das culturas e espcies reativas de oxignio (EROs) intracelular atravs do H2DCFDA. In vivo a atividade teraputica da quercetina foi estudada em grupos de hamsters infectados com L.braziliensis na pata, tratados com quercetina pela via oral (2mg/ 5X / semana) aps 7 dias de infeco durante oito semanas.A ao teraputica foi analisada atravs do tamanho da leso. A resposta imune foi avaliada durante o tratamento, pela resposta de hipersensibilidade tardia (DTH) ao antgeno total de L. braziliensis. A quercetina no apresentou atividade sobre o crescimento de promastigotas em cultura em nenhuma das concentraes testadas. Em amastigotas intracelulares quercetina apresentou ao dose dependente em macrfagos de camundongos e hamsters inibindo 45% e 54% e 25% e 48 %, respectivamente nas concentraes de 50 e 100g/ml aps 48h de tratamento. O pr - tratamento dos macrfagos de camundongos e hamsters com quercetina foi capaz de inibir o crescimento de amastigotas intracelulares em 57, 58 e 74% e 49, 50, e 58% respectivamente, nas concentraes de 25, 50 e 100 g/ml, apresentado ao inibitria significativa em todas as concentraes testadas. No houve alterao na produo de NO pelos macrfagos, entretanto macrfagos pr tratados com a quercetina por 24 horas antes da infeco apresentaram um aumento significativo na produo de EROs, quando comparados aos controles. Macrfagos tratados antes e depois da infeco, apresentaram diminuio da produo de EROs. In vivo, a quercetina foi capaz de controlar o tamanho das leses a partir da terceira semana de tratamento em relao ao controle no tratado ( P< 0,05). Os animais tratados com quercetina apresentaram maior resposta intradrmica aos antgenos de L. braziliensis. Esses dados mostram que a quercetina tem atividade sobre L. braziliensis, inibindo amastigotas intracelulares in vitro e sendo capaz de controlar o tamanho das leses em hamsters infectados quando administrada pela via oral.

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A hipxia isquemia (HI) pr-natal uma das principais causas de mortalidade e doenas neurolgicas crnicas em neonatos, que podem apresentar dficits remanentes como: retardamento, paralisia cerebral, dificuldade de aprendizado ou epilepsia. Estes prejuzos, provavelmente, esto relacionados com o atraso no desenvolvimento neural, astrogliose e com a perda de neurnios e oligodendrcitos. Dficits funcionais e cognitivos esto associados degenerao de vias dopaminrgicas e de estruturas hipocampais. A enzima tirosina hidroxilase (TH) a enzima limitante na sntese de dopamina e seus nveis so alterados em eventos de HI. O xido nítrico (NO) um gs difusvel que atua modulando diferentes sistemas, participando de eventos como plasticidade sinptica e neuromodulao no sistema nervoso central e produzido em grandes quantidades em eventos de injria e inflamao, como o caso da HI. O presente estudo teve por objetivos avaliar, utilizando o modelo criado por Robinson e colaboradores em 2005, os efeitos da HI sobre o comportamento motor e avaliar o desenvolvimento de estruturas enceflicas relacionadas a este comportamento como a substncia negra (SN) e o complexo hipocampal. A HI foi induzida a partir do clampeamento das artrias uterinas da rata grvida, por 45 minutos no dcimo oitavo dia de gestao (grupo HI). Em um grupo de fmeas a cirurgia foi realizada, mas no houve clampeamento das artrias (grupo SHAM). A avaliao do comportamento motor foi realizada com os testes ROTAROD e de campo aberto em animais de 45 dias. Os encfalos foram processados histologicamente nas idades de P9, P16, P23 e P90, sendo ento realizada imunohistoqumica para TH e histoqumica para NADPH diaforase (NADPH-d), para avaliao do NO. Nossos resultados demonstraram reduo da imunorreatividade para a TH em corpos celulares na SN aos 16 dias no grupo HI e aumento na imunorreatividade das fibras na parte reticulada aos 23 dias, com a presena de corpos celulares imunorreativos nesta regio no grupo HI. Demonstramos tambm aumento do nmero de clulas marcadas para NADPH-d no giro dentado nos animais HI, nas idades analisadas, assim como aumento na intensidade de reao no corno de Ammon (CA1 e CA3) aos 9 dias no grupo HI, e posterior reduo nesta marcao aos 23 e 90dias neste mesmo grupo. Nos testes comportamentais, observamos diminuio da atividade motora no grupo HI com uma melhora do desempenho ao longo dos testes no ROTAROD, sem entretanto atingir o mesmo nvel do grupo SHAM. Os animais HI no apresentaram maior nvel de ansiedade em relao ao grupo SHAM, descartando a hiptese das alteraes observadas nos testes de motricidade estarem relacionadas a fatores ansiognicos. O modelo de clampeamento das artrias uterinas da fmea se mostrou uma ferramenta importante no estudo das alteraes decorrentes do evento de HI pr-natal, por produzir diversos resultados que so similares aos ocorridos em neonatos que passam por este evento.

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A doena de Chagas endmica na Amrica Latina sendo considerada uma doena negligenciada com grande impacto socioeconmico. A infeco causada pelo protozorio Trypanosoma cruzi que transmitido pela forma vetorial, entre outros mecanismos. O tratamento consiste basicamente no uso de dois frmacos, o benznidazol e o Nifurtimox que apresentam uma srie de efeitos colaterais e atuam muito pouco nas formas amastigotas intracelulares o que faz com que o tratamento atual seja restrito e insatisfatrio.Vrias atividades farmacolgicas foram atribudas ao lapachol e a pterocarpanos, tais como atividade antitumoral e antiparasitria. Devido a esse potencial foi sintetizado uma molcula hbrida, a pterocarpanoquinona LQB-118, e algumas molculas derivadas. A LQB-118 mostrou anteriormente atividade antitumoral e anti-Leishmania. O objetivo do presente trabalho foi investigar a atividade in vitro da LQB-118 e suas molculas derivadas sobre o Trypanosoma cruzi clone Dm28c. Para avaliao inicial do efeito anti-parasitrio das molculas, amastigotas intracelulares, tripomastigotas metacclicos e epimastigotas foram incubados com 20 M das LQBs 118, 168, 187, 182 e 236. A LQB-118 demonstrou atividade antiparasitria nas trs formas evolutivas (90% na forma amastigota, 44% na forma tripomastigota e 70% na forma epimastigota) do parasito, enquanto as molculas derivadas no mostraram atividade significativa. Sendo assim os estudos foram continuados com a molcula LQB-118. A ao da LQB-118 sobre as amastigotas intracelulares foi dose dependente, com reduo do ndice de infeco em 81% e 88% nas concentraes de 20 e 30 M respectivamente. J sobre tripomastigotas, a LQB-118 foi menos ativa reduzindo a mobilidade dessas formas em at 45% a 30 M. Sobre a forma epimastigota a ao foi dose-dependente chegando a inibir 96% o crescimento dos parasitos a 20 M, com alteraes da morfologia tais como arrendondamento do corpo celular e perda do flagelo. A dose capaz de inibir 50% foi de 4,2 M para amastigota intracelular e 38,1 M para tripomastigotas. Para macrfagos, a LC50 ficou em 40 M, uma concentrao quase dez vezes maior que a IC50 para amastigotas. A capacidade das formas amastigotas intracelulares se diferenciarem em tripomatigotas e lisar os macrfagos foi avaliada aps o tratamento com a LQB-118 por 72h. Observou-se um atraso do ciclo intracelular do parasito de modo dose-dependente, onde na concentrao de 30 M o surgimento de tripomastigota foi no 9 dia enquanto nos controles foi no 5 dia de cultura. Para delinear o mecanismo de ao, foi avaliado o efeito direto sobre o parasito como a induo da fragmentao de DNA. A anlise de induo da fragmentao do DNA feita pela marcao pelo TUNEL mostrou que o tratamento com a LQB-118 induziu seletivamente a fragmentao do ncleo das amastigotas enquanto o ncleo dos macrfagos se mantiveram ntegros. Macrfagos peritoneais pr-tratados com LQB-118 por 24 horas foram capazes de reduzir o nmero de amastigotas aps 72h de cultivo na ausncia da molcula, mas sem alterao na produo de xido nítrico. Esses resultados mostram que a LQB-118 ativa contra o T. cruzi, principalmente sobre a forma amastigota intracelular, que a forma presente na fase crnica da infeco. O mecanismo de ao sugere que a LQB-118 capaz de ser seletivamente txica para o parasito e tambm ativar os mecanismos microbicidas dos macrfagos de modo independente da produo de xido nítrico.

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Streptococcus agalactiae, ou Streptococcus do grupo B (GBS), um importante patgeno oportunista que causa pneumonia, sepse e meningite em recm-nascidos e infeces em adultos imunocomprometidos. O pulmo aparentemente o portal de entrada para o EGB na corrente sangunea o que pode evoluir para uma septicemia. Os mecanismos de virulncia relevantes envolve a habilidade do EGB em penetrar e sobreviver intracelularmente em clulas hospedeiras. Neste trabalho, foram analisados os mecanismos moleculares da apoptose epitelial induzida pelo EGB, e a produo de xido nítrico (NO) e espcies reativas de oxignio (ROS) em clulas epiteliais respiratrias A549 durante a infeco por EGB. Todas as amostras de EGB exibiram a capacidade de aderir e invadir clulas A549. A sobrevivncia intracelular do EGB em clulas A549 ocorreu durante 24 h de incubao sem replicao do patgeno. No entanto, a amsotra 88641-V isolada de vagina no sobreviveu aps 0,5 h de interao. O EGB promoveu a perda de viabilidade do epitlio durante a infeco. As alteraes morfolgicas em clulas A549 infectadas com o EGB incluem arredondamento celular, condensao nuclear, encolhimento celular e perda de contato clula-clula e clula-substrato. A dupla marcao AV/IP revelou que amostras de EGB sorotipo III induziram apoptose enquanto amostras do sorotipo V induziram morte celular semelhante a necrose em clulas A549. Caspase-3 foi ativada durante a apoptose induzida por EGB em clulas epiteliais. No entanto, a ativao de caspases-8 e -9 foi detectada apenas para a amostra 88641-V e as amostras EGB do sorotipo III, respectivamente. Experimentos comparativos de Immunoblotting revelaram que o EGB induziu um aumento da expresso Bim, uma protena pr-apopttica e diminuiu a expresso de Bcl-2 e Bcl-xL, protenas anti-apoptticas. As clulas A549 apresentaram perda de potencial de membrana mitocondrial &#916;&#968;m e co-localizao com o Bax. Ensaio de espectrometria de massa identificou a protena PI-2a, uma protena estrutural de pili, que exibe atividade carboxipepdidase. Descobrimos que os dois sorotipos (III e V) induziram a produo ROS e NO em clulas A549. Em concluso, a apoptose induzida pelo EGB em clulas A549 um mecanismo importante de virulncia, resultando na destruio de tecidos, escape do sistema imune do hospedeiro com espalhamento bacteriano e, em consequncia, a doena invasiva ou uma infeco sistmica.

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O gnero Leishmania apresenta espcies capazes de desenvolver doenas de grande importncia para a sade pblica, as leishmanioses, que apresentam prevalncia mundial de 12 milhes de pessoas. Quando os parasitos entram em contato com o hospedeiro humano passam por um processo de metaciclognese adquirindo capacidade de interagir com os macrfagos. Inmeras atividades biolgicas so desencadeadas pela ativao de sistemas de transduo de sinais, onde as protenas cinases e fosfatases desempenham papel fundamental. A protena cinase CK2 parece estar presente em todas as clulas eucariticas (ncleo, citoplasma e superfcie). caracterizada como enzima serina/treonina cinase, embora tambm seja capaz de fosforilar resduos de tirosina em suas protenas-alvo. No presente trabalho, demonstramos que o principal inibidor da CK2, TBB, foi capaz de inibir o crescimento de formas promastigotas de L. donovani e mostrou um mecanismo de ao irreversvel, entretanto no foi capaz de induzir apoptose nas formas promastigotas de L. donovani. O pr-tratamento dos parasitos e macrfagos, assim como a adio do TBB durante o processo de infeco induziram uma reduo significativa no nmero de amastigotas por macrfagos possivelmente pelo mecanismo de morte celular programada demosntrada pela tcnica do TUNEL. O tratamento de macrfagos com TBB no induziram o aumento de xido nítrico. Ensaios de imunofluorescncia demonstraram a presena de CK2&#945; em promastigotas. Macrfagos no infectados demonstraram pouca marcao para CK2&#945;. Aps a interao, a enzima mostrou-se distribuda preferencialmente na periferia dos macrfagos. Os dados do trabalho sugerem que a CK2 uma importante enzima para a atividade biolgica da Leishmania donovani, tendo seu estudo importante relevncia para a descoberta de novos alvos teraputicos.

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ExoU, uma citotoxina produzida pelo patgeno oportunista Pseudomonas aeruginosa e translocada para o citosol de clulas hospedeiras via sistema de secreo do tipo III, associada gravidade de infeces agudas. No presente trabalho, o efeito de ExoU na ativao do estresse oxidativo e da resposta antioxidante foi avaliado em culturas de clulas epiteliais respiratrias humanas infectadas com a cepa PA103 de P. aeruginosa (produtora de ExoU), com a mutante deletada no gene exoU, PA103&#8710;exoU, ou com a mutante complementada com exoU sem atividade tipo fosfolipase A2, PA103&#8710;UT/S142A. Anlises das dosagens de hidroperxidos lipdicos e isoprostanos, considerados marcadores de estresse oxidativo, revelaram que ExoU promoveu um aumento em suas concentraes. Foi observado, tambm, que ExoU estimulou a produo de espcies reativas de oxignio, xido nítrico e peroxinitrito nas clulas infectadas, assim como a expresso de iNOS e eNOS, mas no de nNOS. Alm disso, ExoU foi responsvel pelo aumento da atividade de SOD1 e pela reduo dos nveis de GSH, mas no afetou a atividade da catalase ou de NQO1. No modelo in vivo, a dosagem de malondialdedo, um subproduto da lipoperoxidao de membranas, evidenciou uma maior produo deste composto no pulmo de camundongos infectados pela cepa produtora de ExoU, em comparao ao pulmo de camundongos infectados pela cepa mutante. Em conjunto, estes resultados mostram que ExoU ativa a produo de espcies reativas de oxignio e nitrognio, levando peroxidao lipdica e modulando o sistema de defesa antioxidante

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Os antimoniais pentavalentes, tais como o Glucantime, so geralmente usados como frmacos de primeira escolha para o tratamento das leishmanioses, no entanto seu mecanismo de ao no completamente esclarecido. Atua contra formas amastigotas intracelulares de Leishmania sp, comprometendo o potencial redox levando danos ao DNA do parasito. Alguns trabalhos sugerem que o Glucantime aumenta a capacidade fagoctica e a produo de TNF-alfa por fagcitos. O objetivo deste estudo foi avaliar a capacidade do Glucantime modular a atividade do macrfago, a principal clula hospedeira da Leishmania. Inicialmente, a toxicidade do Glucantime foi testada sobre macrfagos peritoneais de camundongos BALB/c, tratando as monocamadas in vitro por 48 horas. A viabilidade celular foi avaliada pelo mtodo do MTT. A capacidade do Glucantime (0,1, 1 e 10 mg/ml) modular os macrfagos foi avaliada tratando as monocamadas de macrfagos peritoneais por 24 horas antes da infeco com Leishmania braziliensis. Aps 48 horas de incubao com meio de cultura foi avaliado o ndice de infeco por contagem. Antes e aps a infeco foram analisados a produo de xido nítrico (NO) pelo mtodo de Griess, espcies reativas de oxignio (EROS) por fluorimetria usando a sonda H2DCFDA e a produo de citocinas por ELISA. Para avaliar se o Glucantime seria capaz de modular macrfagos in vivo, camundongos suos foram tratados por 5 dias consecutivos com 8 mg de Glucantime pela via intraperitoneal. Macrfagos peritneais foram avaliados quanto a sua capacidade de controlar a infeco in vitro com L. braziliensis. Os resultados mostraram que nas concentraes at 10 mg/ml, o Glucantime no alterou a viabilidade dos macrfagos in vitro. O pr-tratamento dos macrfagos com Glucantime nas concentraes de 0.1mg/mL, 1mg/mL e 10mg/mL, foi capaz de reduzir o ndice de infeco em 49%, 74% e 85%, respectivamente. Em macrfagos no infectados a produo de NO foi aumentada na concentrao de 10mg/ml de Glucantime. O tratamento com 1 e 10 mg/ml de Glucantime foi capaz de aumentar significativamente a produo de EROs (p<0,05 e p<0.01, respectivamente) e a produo IL-12 (p<0,05), mas a IL-10 no foi alterada. No houve alteraes significativas desses parmetros em relao ao controle aps a infeco com L. braziliensis. Os macrfagos oriundos dos animais tratados com Glucantime foram capazes de reduzir o ndice de infeco por L. braziliensis (p<0,05). Esses resultados sugerem que o Glucantime capaz de ativar os macrfagos e esse efeito pode contribuir para o mecanismo de ao desse frmaco.

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As leishmanioses so um grupo de doenas causadas por protozorios do gnero Leishmania spp que afetam 98 pases. No Brasil, no ano de 2013, foram relatados 3.253 casos de leishmaniose visceral e 18.226 casos de Leishmaniose Tegumentar Americana. O tratamento de primeira escolha continua sendo realizado com antimoniais pentavalentes, e em casos de insucessos os frmacos de segunda escolha so a pentamidina e a anfotericina B. Tais medicamentos causam intensos efeitos adversos e ultimamente tm surgido cepas resistentes aos mesmos. Em reas endmicas tm sido cada vez mais comum o surgimento da co-infeco Leishmania com Mycobacterium tuberculosis. O tratamento para a tuberculose com pirazinamida (PZA) e isoniazida (INZ), controla a leishmaniose. Esses dados sugerem atividade anti-leishmania da PZA e da INZ. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade in vitro da INZ e da PZA e seus compostos derivados (srie G e srie R, respectivamente) sobre Leishmania (Viannia) braziliensis. As molculas foram testadas em monocamadas de macrfagos peritoneais de camunongos infectados com L. (V) braziliensis durante 48h. Todas as molculas testadas inibiram o ndice de infeco de forma dose dependente em comparao aos controles. As molculas da srie R foram mais ativas do que a PZA, porm o resultado foi significativo somente para a R02 (p < 0,005). Apenas a molcula R05 (76,64M) foi relativamente txica para macrfagos. Os compostos mais ativos foram R02, G01 e G02, cujos ndices de seletividade foram 14,31, 19 e 30, respectivamente. A dosagem de nitrito foi feita em sobrenadantes de monocamadas de macrfagos peritoniais infectados e tratados com as substncias nas concentraes 10 e 100M. A G01 e a G02 estimularam a produo de NO2 nas duas concentraes, entretanto o resultado foi estatisticamente significativo para a G02 em 100M (p < 0,0001), a G05 s estimulou xido nítrico na maior concentrao. Todos os compostos da srie R estimularam NO2, contudo, o resultado foi estatisticamente significativo para a R03 e R05 a 100M (p < 0,001). Adicionalmente, foi realizado uma anlise preditiva in slico de parmetros farmacocinticos das molculas mais ativas in vitro, utilizando o software admetSAR. Os dados obtidos mostraram que de forma semelhante s suas molculas originais a G01, G02 e R02 apresentaram alta capacidade de serem absorvidas pelo trato gastrointestinal, baixo potencial hepatotoxico e carcinognico. Juntos, esses dados demonstram que essas molculas so seletivamente txicas para o parasito com potencial para serem testadas pela via oral em estudos em modelo experimental de infeco.