561 resultados para transtensional tectonics
Resumo:
A Bacia de Almada, localizada no estado da Bahia, compartilha características similares com as outras bacias da margem leste do Brasil, quando é analisada segundo aspectos como os processos sedimentares e o regime de esforço dominante durante a sua formação. Observa-se uma diferença marcante em relação as outras bacias quando é analisada sob a ótica da composição da crosta transicional, uma vez que não se registra atividade vulcânica durante a fase rifte. A aquisição de um extenso levantamento sísmico 3D, com cabos de 6 km de comprimento e 9.2 segundos de tempo de registro (tempo sísmico duplo), resultaram em imagens sísmicas de boa qualidade das estruturas profundas do rifte. Adicionalmente, estudos de modelagem gravimétrica foram integrados com a análise sísmica para corroborar o modelo geológico. A Bacia de Almada é parte dos sistemas de rifte continentais, desenvolvidos durante o Berriasiano até o Aptiano, que antecederam a quebra do continente do Gondwana, evoluindo posteriormente para uma margem passiva divergente. O processo do rifteamento desenvolveu cinco sub-bacias de orientação NNE-SSO, desde posições terrestres até marinhas profundas, produzindo um arcabouço estrutural complexo. Os perfis da sísmica profunda mostram o afinamento progressivo da crosta continental até espessuras da ordem de 5 km, abaixo da sub-bacia mais oriental, com fatores de estiramento crustal próximo a 7 antes do desenvolvimento de crosta oceânica propriamente dita. As imagens sísmicas de boa qualidade permitem também o reconhecimento de sistemas de falhas lístricas que se iniciam na crosta superior, evoluem atravessando a crosta e conectando as sub-bacias para finalizar em um descolamento horizontal na crosta inferior estratificada. Adicionalmente, a bacia apresenta um perfil assimétrico, compatível com mecanismos de cisalhamento simples. As margens vulcânicas (VM) e não vulcânicas (NVM), são os extremos da análise composicional das margens divergentes continentais. Na Bacia de Almada não se reconhecem os elementos arquiteturais típicos das VM, tais como são as grandes províncias ígneas, caracterizadas por cunhas de refletores que mergulham em direção ao mar e por intenso vulcanismo pré- e sin-rifte nas bacias. Embora a margem divergente do Atlântico Sul seja interpretada tradicionalmente como vulcânica, o segmento do rifte ao sul do Estado da Bahia apresenta características não-vulcânicas, devido à ausência destes elementos arquiteturais e aos resultados obtidos nas perfurações geológicas que eventualmente alcançam a seqüência rifte e embasamento. Regionalmente a margem divergente sul-americana é majoritariamente vulcânica, embora a abundância e a influência do magmatísmo contemporâneo ao rifte seja muito variável. Ao longo da margem continental, desde a Bacia Austral no sul da Argentina, até a Bacia de Pernambuco no nordeste do Brasil, podem ser reconhecidos segmentos de caráter vulcânico forte, médio e não vulcânico. Nos exemplos clássicos de margens não vulcânicas, como a margem da Ibéria, a crosta transicional é altamente afinada podendo apresentar evidências de exumação de manto. Na Bacia de Almada, a crosta transicional apresenta importante estiramento embora não haja evidências concretas de exumação de manto. Os mecanismos responsáveis pela geração e intrusão dos grandes volumes de magma registrados nas margens divergentes são ainda sujeitos a intenso debate. Ao longo da margem divergente sul-americana há evidências da presença dos mecanismos genéticos de estiramento litosférico e impacto de plumas. Alternativamente estes dois mecanismos parecem ter tido um papel importante na evolução tectônica da margem sudeste e sul, diferenciando-as da margem continental onde foi implantada a Bacia de Almada.
Resumo:
Part I: The dynamic response of an elastic half space to an explosion in a buried spherical cavity is investigated by two methods. The first is implicit, and the final expressions for the displacements at the free surface are given as a series of spherical wave functions whose coefficients are solutions of an infinite set of linear equations. The second method is based on Schwarz's technique to solve boundary value problems, and leads to an iterative solution, starting with the known expression for the point source in a half space as first term. The iterative series is transformed into a system of two integral equations, and into an equivalent set of linear equations. In this way, a dual interpretation of the physical phenomena is achieved. The systems are treated numerically and the Rayleigh wave part of the displacements is given in the frequency domain. Several comparisons with simpler cases are analyzed to show the effect of the cavity radius-depth ratio on the spectra of the displacements.
Part II: A high speed, large capacity, hypocenter location program has been written for an IBM 7094 computer. Important modifications to the standard method of least squares have been incorporated in it. Among them are a new way to obtain the depth of shocks from the normal equations, and the computation of variable travel times for the local shocks in order to account automatically for crustal variations. The multiregional travel times, largely based upon the investigations of the United States Geological Survey, are confronted with actual traverses to test their validity.
It is shown that several crustal phases provide control enough to obtain good solutions in depth for nuclear explosions, though not all the recording stations are in the region where crustal corrections are considered. The use of the European travel times, to locate the French nuclear explosion of May 1962 in the Sahara, proved to be more adequate than previous work.
A simpler program, with manual crustal corrections, is used to process the Kern County series of aftershocks, and a clearer picture of tectonic mechanism of the White Wolf fault is obtained.
Shocks in the California region are processed automatically and statistical frequency-depth and energy depth curves are discussed in relation to the tectonics of the area.
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Geology is the science that studies the Earth, its composition, structure and origin in addition to past and present phenomena that leave their mark on rocks. So why does society need geologists? Some of the main reasons are listed below: - Geologists compile and interpret information about the earth’s surface and subsoil, which allows us to establish the planet’s past history, any foreseeable changes and its relationship with the rest of the solar system. - Society needs natural resources (metals, non-metals, water and fossil fuels) to survive. The work of geologists is therefore a key part of finding new deposits and establishing a guide for exploring and managing resources in an environmentally-friendly way. - The creation of geological maps allows us to identify potential risk areas and survey different land uses; in other words, they make an essential contribution to land planning and proposing sustainable development strategies in a region. - Learning about Geology and the proper use of geological information contributes to saving lives and reducing financial loss caused by natural catastrophes such as earthquakes, tsunamis, volcanic eruptions, flooding and landslides, while also helping to develop construction projects, public works, etc. Through the proposed activities we aim to explain some of the basic elements of the different specialities within the field of Geological Sciences. In order to do this, four sessions have been organised that will allow for a quick insight into the fields of Palaeontology, Mineralogy, Petrology and Tectonics.
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Geology is the science that studies the Earth, its composition, structure and origin in addition to past and present phenomena that leave their mark on rocks. So why does society need geologists? Some of the main reasons are listed below: - Geologists compile and interpret information about the earth’s surface and subsoil, which allows us to establish the planet’s past history, any foreseeable changes and its relationship with the rest of the solar system. - Society needs natural resources (metals, non-metals, water and fossil fuels) to survive. The work of geologists is therefore a key part of finding new deposits and establishing a guide for exploring and managing resources in an environmentally-friendly way. - The creation of geological maps allows us to identify potential risk areas and survey different land uses; in other words, they make an essential contribution to land planning and proposing sustainable development strategies in a region. - Learning about Geology and the proper use of geological information contributes to saving lives and reducing financial loss caused by natural catastrophes such as earthquakes, tsunamis, volcanic eruptions, flooding and landslides, while also helping to develop construction projects, public works, etc. Through the proposed activities we aim to explain some of the basic elements of the different specialities within the field of Geological Sciences. In order to do this, four sessions have been organised that will allow for a quick insight into the fields of Palaeontology, Mineralogy, Petrology and Tectonics.
Resumo:
O trabalho foi desenvolvido no litoral norte do estado de São Paulo, onde ocorrem boas exposições de rochas intrusivas da porção meridional do Enxame de Diques da Serra do Mar, de idade eocretácica. O objetivo principal da dissertação é caracterizar os regimes tectônicos associados à colocação e à deformação de diques máficos na área de São Sebastião (SP) e sua distribuição espacial, a partir de interpretações de imagens de sensores remotos, análise de dados estruturais de campo e descrição petrográfica das rochas ígneas. A área apresenta grande complexidade no tocante ao magmatismo, uma vez que ocorrem diques de diabásios toleítico e alcalino, lamprófiro e rochas alcalinas félsicas como fonolitos, traquitos e sienitos, estes sob a forma diques, sills e plugs. Os diabásios toleíticos tem idades em torno 134 Ma, correlatas com o início do rifteamento sul-atlântico, enquanto que as rochas alcalinas datam de 86 Ma e estão relacionadas com um magmatismo intraplaca posterior. Os lineamentos estruturais orientam-se majoritariamente na direção ENE-WSW, paralela às foliações metamórficas e zonas de cisalhamento observadas no campo e descritas na literatura, referentes ao Domínio Costeiro da Faixa Ribeira. Os diques se orientam na direção NE-SW, com azimute semelhante porém ângulos de mergulho discordantes da foliação em grande parte da área, onde as foliações são de baixo ângulo. Um segundo conjunto de lineamentos orientado NW-SE ocorre como um importante conjunto de fraturas que cortam tanto as rochas do embasamento proterozóico quanto as rochas alcalinas neocretácicas. Diques com esta orientação são escassos. Um terceiro conjunto NNE-SSW ocorre na porção oeste da área, associado à presença de diques de diabásio que por vezes mostram indicadores de movimentação sinistral. A análise cinemática dos diques mostra um predomínio de distensão pura durante sua colocação, com um tensor de compressão mínima de orientação NW-SE, ortogonal ao principal trend dos diques. Componentes direcionais, por vezes ambíguas, são comumente observadas, com um discreto predomínio de componente sinistral. O mesmo padrão cinemático é observado para os diques toleíticos e para os alcalinos, sugerindo que o campo de tensões local pouco variou durante o Cretáceo. Embora o embasamento não tenha sido diretamente reativado durante a colocação dos diques, sua anisotropia pode ter controlado de certa forma a orientação do campo de tensões local durante o Cretáceo. Os mapas geofísicos da bacia de Santos existentes na literatura sugerem certo paralelismo entre as estruturas observadas na área de estudo e aquelas interpretadas na bacia. As estruturas NNE-SSW são paralelas ao trend das sub-bacias e ao gráben de Merluza, enquanto que as estruturas NW-SE são paralelas a zonas de transferência descritas na literatura.
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Apesar da grande quantidade de estudos geoquímicos e geocronológicos que têm sido executados no enxame de diques de Ponta Grossa (EDPG), pouco se sabe a respeito da tectônica associada ao seu sin e pós emplacement. O objetivo desse estudo é identificar nos diques possíveis indicadores cinemáticos a fim de compreender essa dinâmica, além de caracterizar a tectônica rúptil Meso-cenozóica associada à área, afetando todas as rochas. A área de estudo está situada no entorno da Baía de Paranaguá, estado do Paraná, onde os diques do EDPG afloram intrudindo domínios pré-cambrianos, compostos por gnaisses, sequências metassedimentares e suítes graníticas pertencentes ao Terreno Paranaguá e uma pequena parte às Microplacas Curitiba e Luís Alves, ambos em contato através de Zonas de cisalhamento (SIGA JR, 1995). Essas rochas possuem direção de foliação marcante NE-SW. Os diques estudados foram divididos em dois grupos com base em estudos petrográficos, com forte predomínio dos básicos toleíticos e subordinadamente, os básicos alcalinos. Alguns diques compostos também foram encontrados, o que demonstra ao menos dois pulsos magmáticos possivelmente associados ao mesmo evento. São diques verticais a subverticais e possuem direção principal NW-SE. Com frequência apresentam fraturamento interno de direção NE-SW, provavelmente associados ao seu processo de resfriamento. Possuem formato tabular, porém não é raro que ocorram irregulares. As principais feições indicativas de movimentação oblíqua na intrusão desses diques são as estruturas de borda em degraus, tocos e zigue-zague, que demonstram em geral uma componente distensional destral de deslocamento. Agregando dados dos demais enxames de diques toleíticos principais, chegou-se a um valor médio de N80E para o tensor σ3 da abertura do Atlântico Sul, coerente com o esperado também para EDPG, visto que foram intrudidos em um ambiente transtensivo (CORREA GOMES, 1996). Falhas e fraturas são observadas cortando tanto as rochas encaixantes quanto os diques, caracterizando uma tectônica posterior à intrusão. As principais famílias de fraturas são N20-30E, N30-40W, N80W e N60-70E, formando zonas preferenciais de erosão no cruzamento entre elas. As falhas podem apresentar plano de falha bem definido com estrias e ressaltos, ocorrendo preenchidas ou não, tendo sido observados preenchimento de sílica e material carbonático. Predomina nas falhas observadas, cinemática sinistral demonstrando mudança no campo de esforços com relação ao emplacement dos diques. O estudo da tectônica rúptil assim como do emplacement dos diques da área vem a contribuir para o melhor entendimento dos processos de abertura do Oceano Atlântico Sul, além de abranger a região emersa do que constitui o embasamento da bacia de Santos, foco de extensivos estudos atualmente, podendo-se inferir que os mesmos processos tenham afetado a região offshore.
Resumo:
A busca por novas acumulações de hidrocarbonetos necessita de esforços exploratórios contínuos, gerando novas possibilidades e modelos geológicos e diminuindo os riscos associados à atividade exploratória. O interesse no entendimento da formação de armadilhas, migração e reservatórios de hidrocarbonetos, associado à halocinese motivou a realização deste trabalho. Apresenta-se como principal objetivo deste trabalho a caracterização e a descrição da evolução halocinética na porção centro-sul da bacia do Espírito Santo. Dados de poços, sísmicos e gravimetria foram utilizados com o intuito de gerar uma interpretação geológica integrada, possibilitando entender à influência do Complexo Vulcânico de Abrolhos (CVA) na evolução tectonossedimentar da área, por meio da técnica de restauração de seção geológica. Na área estudada, ocorreu uma intensa atividade halocinética, já a partir do Albiano, em resposta a distensão causada pela subsidência da bacia e a abertura do Atlântico Sul. Durante o Neocretáceo, cunhas clásticas do Rio Doce adentraram na bacia provocando um novo pulso halocinético, resultando num aumento da taxa de sedimentação nas mini-bacias. Em outras regiões esta progradação causou a migração da camada-mãe de sal para porções distais da bacia, acarretando uma deficiência no suprimento de sal. Isto ocasionou o colapso de alguns diápiros associados a uma quiescência tectônica na área. A principal fase tectônica na área ocorreu no Eoterciário, época em que ocorre a implantação do CVA, formando estilos estruturais característicos de terrenos compressivos, com falhas de empurrão, popups, dobras e gotas de sal. Esta nova configuração tectônica na área mudou os eixos dos principais depocentros, que passaram a ser controlados pelos altos estruturais gerados pela tectônica compressiva, e pelos seus baixos relativos, que passaram a receber os sedimentos sin-tectônicos. (As associações destas características de remobilização tectonossedimentar formou uma nova compartimentação, a saber: a) Zona de translação; b) Zona dobrada e c) Zona de Cavalgamento com falhas de empurrão . Esta nova configuração tectônica tem sua formação diretamente relacionada à implantação do CVA.
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Este trabalho foi feito com dados de campo da Bacia de Benguela, na costa sul de Angola. Nesta área aflora uma plataforma carbonática de idade albiana, análoga às formações produtoras de petróleo de mesma idade na Bacia de Campos. Duas unidades principais compõem a seção albiana na área: uma unidade inferior caracterizada por carbonatos de águas rasas com intercalações de conglomerados e arenitos na base, totalizando 300 m de espessura total, e uma unidade superior formada por sedimentos carbonáticos de águas mais profundas com espessura de 100 m. Esta seção se apresenta em dois domínios estruturais. O norte é caracterizado por uma plataforma de cerca de 5 km de largura, 35 km de comprimento na direção NE e que se encontra próxima ao embasamento. No domínio sul, essa plataforma se apresenta em fragmentos de menos de 10 km de comprimento por até 5 km de largura, alguns deles afastados do embasamento. Dado que há evaporitos sob essa plataforma, fez-se este trabalho com o objetivo de se avaliar a influência da tectônica salífera na estruturação das rochas albianas. A utilização de imagens de satélite de domínio público permitiu a extrapolação dos dados pontuais e a construção de perfis topográficos que possibilitaram a montagem das seções geológicas. Os dados de campo indicam que a estruturação na parte norte, onde há menos sal, é influenciada pelas estruturas locais do embasamento. Já na parte sul, onde a espessura de sal é maior, a deformação é descolada das estruturas do embasamento. Foi feita uma seção geológica em cada domínio e a restauração dessas duas seções mostrou que a unidade albiana na parte sul sofreu uma distensão de 1,25 (125%) e a de norte se distendeu em 1,05 (105%). Essa diferença foi causada por uma maior espessura original de sal na parte sul, que fez com que a cobertura albiana se distendesse mais em consequência da fluência do sal mergulho abaixo, em resposta ao basculamento da bacia em direção a offshore. A intensidade da deformação na parte sul foi tal que os blocos falhados perderam os contatos entre si, formando rafts. Este efeito foi reproduzido em modelos físicos, indicando que a variação na espessura original de sal tem grande influência na estruturação das rochas que o cobrem. As variações de espessura de sal são controladas por zonas de transferência do embasamento e estas mesmas estruturas controlam os limites dos blocos que sofrem soerguimento diferencial no Cenozoico.
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O Gráben de Merluza é uma estrutura alongada com uma calha profunda, presente na Bacia de Santos, com direção aproximada NNE, que se estende por cerca de 170 km ao largo do litoral do estado de São Paulo. Este trabalho teve como objetivo caracterizar a geometria da sua porção norte, e relacionar os eventos de abertura, preenchimento sedimentar e períodos de reativação das falhas que o delimitam. Além disso, buscou-se uma correlação com outros eventos ocorridos na bacia e na porção continental adjacente. Para isso, foram reprocessadas e interpretadas onze seções sísmicas bidimensionais (2D) migradas em tempo, fornecidas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), das quais três foram detalhadas e utilizadas para a definição dos principais aspectos geométricos e tectônicos do gráben. Nas seções sísmicas 248-0041, 248-0045 e 248-0048 foram identificadas tectonossequências, sendo uma do pré-sal, uma do pacote evaporítico e outras nove do pós-sal. A Porção Norte do Gráben de Merluza caracteriza-se por uma falha de borda principal com mergulho para W e uma falha subordinada mergulhando para E. O limite entre a Porção Norte e a Porção Central se faz pela Zona de Transferência de Merluza, também conhecido como Lineamento Capricórnio. Tal feição possui um caráter regional na bacia e é responsável por uma mudança na direção da falha principal do Gráben de Merluza, que passa a mergulhar para E, enquanto que a falha secundária mergulha para W. Devido à baixa qualidade do dado sísmico nas partes mais profundas, não é possível precisar com segurança uma idade de abertura inicial para o gráben. No entanto, verificou-se que a falha principal pode atingir profundidades superiores às observadas nas linhas sísmicas, ou seja, mais de 1500 milissegundos. Com base na presença de seção sedimentar do pré-sal na calha do gráben afetada pela tectônica do embasamento, estima-se uma idade mínima aptiana. Sobre o horst que acompanha a falha principal na porção norte do gráben desenvolvem-se espessos domos de sal originados pelo escape da sequência evaporítica da calha do gráben e das imediações a leste. Entre o Cenomaniano e o Santoniano ocorre a maior movimentação da falha principal, com um forte rejeito e um expressivo volume de sedimentos oriundos do continente (podendo atingir mais de 4000 metros), devido à erosão da Serra do Mar Cretácea. Durante o Cenozóico foram observadas reativações das falhas de borda do gráben por conta de compactação das camadas superiores e por tectônica salífera. Além disso, progradações em direção ao fundo da bacia parecem indicar que a estrutura do Gráben de Merluza condicionou a Quebra da Plataforma nessa região durante o Neógeno. Tais eventos podem estar relacionados à tectônica ocorrida durante a formação do Sistema de Riftes Continentais do Sudeste Brasileiro.
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第三纪晚期和第四纪全球变冷对植物类群现在的分布式样有着重要的影响。植物特有现象出现的地区或中心一般都和一些适宜植物生存的避难所相联系,在这些避难所,众多植物类群得以保存、同时不断多样化形成新的类群。尽管中国区系中包括了丰富的特有类群,对特有类群丰富的地区也开展了一些初步的研究,但迄今我们对中国特有地区的数量、具体位置及其地理式样的了解仍然有限,对特有现象形成的原因更是所知甚少。为此,本研究通过选择555种中国特有植物类群(包括种、亚种和变种)为代表,对中国维管植物的特有中心及其地理式样进行了研究,并在此基础上探究了中国的冰期避难所。我们首先将这些特有类群的分布描绘在1 1纬度/经度的方格里,计算了特有现象的两个基本参数:总特有和加权特有,将那些特有参数值在前5%的单元确定为特有中心。 为了进一步了解中国的特有中心主要是植物的保存地(“植物博物馆”)还是植物新类群发生和物种形成(“植物摇篮”)的场所,或二者兼而有之,我们又根据化石证据、分子和形态系统树,以及生物地理等一系列数据,把555个特有类群分为古特有和新特有两个级别,探讨了这两个特有级别各自的分布式样。结果显示,具有特有现象的地区有20个,这些地区位于华中和华南,大致对应于这些地区的山系。特有中心主要位于青藏高原的东部(横断山和大雪山)、云贵高原、华中山脉、南岭山脉和东南山脉;海南和台湾也具有很多特有种。通过特有种所在的地区界定冰期避难所与第四纪植被重建的结果在很大程度上相一致,后者显示在这些地区在冰期有泛温带和亚热带森林出现。因此,山脉地区可能通过复杂的地形和更新世极端气候条件的局域缓冲为这些特有类群提供稳定生存的生境;这既保存了这些孑遗类群(“植物博物馆”),又使得新的类群得以不断出现(“植物摇篮”)。 中国特有中心既包含孑遗的类群(古特有)也包含近期新形成的类群(新特有)。然而,它们的分布和密度却非常不同,这可能与这些地区的地质分化和构造历史有关。尤其值得注意的是,青藏高原东部边缘是中国最重要的“进化前沿”,这可能与晚第三纪青藏高原的不断隆升有关。相反,在第三纪多数时候,华中和华南(除了海南和台湾)在地质构造上的相对稳定,使得孑遗植物谱系得以最大程度地保存。两种特有级别在全国水平上的比例(古特有为39.1%,新特有为60.9%)说明,尽管不同地区间存在一定的差异,但华中和华南既是晚第三纪和第四纪全球变冷后植物得以保存的避难所,也是植物分化和新类群形成的重要中心。 这些研究结果对特有植物、尤其对具有不同保护要求的孑遗类群和新类群的保护有着重要意义。我们可以针对富有古特有的地区以及有更多新类群产生的“植物摇篮”制定不同的保护策略和措施。
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With the rapid development of satellite observations, we can use the altimetry geoid to study submarine tectonics and geodynamics. On the basis of the 4' x 4' geoid undulation calculated from altimeter data of Geosat, ERS-1/2 and Topex/Poseidon on the West Pacific, located between 0degreesN similar to 45degreesN, 100degreesC similar to 150degreesE, Bouguer, Glenni and isostatic geoid undulation are obtained from correction of gravitational potential of the global topography and isostacy. Moho discontinuity depth is inversed by the Glenni geoid undulation, and the stress field from small-scale mantle convection is reasonably calculated from the isostatic geoid undulation. The results show that within the Philippine Sea and the South China Sea, short-wavelength lineations of the geoid undulation are parallel or cross to magnetic lineations and rifting ridges. The Moho depth of marginal sea basins becomes shallow southward, and its values are similar to that of the Philippine Sea. These facts show that strength of tectonic activities are almost the same on the both sides of the Ryukyu-Taiwan-Philippine are. Various kinds of tectonic features with different driving mechanisms of small-middle and large-scale of mantle convection, however, display a special pattern of tectonics and geodynamics of the continental marginal seas distinguished from oceans and continents.
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Up to now, accurate determination of the growth age and hiatuses of the Co-rich crust is still a difficult work, which constrains the researches on the genesis, growth process, controlling factors, regional tectonics, paleo-oceanographic background, etc. of the Co-rich crust. This paper describes our work in determining the initial growth age of the Co-rich crust to be of the late Cretaceous Campanian Stage (about 75-80 Ma), by selecting the Co-rich crust with clear multi-layer structures in a central Pacific seamount for layer-by-layer sample analysis and using a number of chronological methods, such as Co flux dating, dating by correlation with Os-187/Os-188 evolution curves of seawater, and stratigraphic division by calcareous nannofossils. We have also discovered growth hiatuses with different time intervals in the early Paleocene, middle Eocene, late Eocene and early-middle Miocene, respectively. These results have provided an important age background for further researches on the Co-rich crust growth process and the paleo-oceanographic environment evolution thereby revealed in the said region.