272 resultados para sutura
Resumo:
Vinte e oito porcos foram aleatoriamente separados em dois grupos de 14 animais (A e B). Operados, o diâmetro anatômico das respectivas cárdias foi moldado e medido por um balonete de látex distendido por injeção de alginato, seguida de seção esofagogástrica. As anastomoses do grupo "A" foram realizadas ponto a ponto com fio de poliglactina 910-"000" e as do "B"com grampeadores "ILS". Sete animais dos subgrupos "A1"e"B1" foram reoperados e estudados após sete dias e outros sete porcos, dos subgrupos "A 2" e "B 2", foram no 14º dia. As peças anatômicas foram macroscopicamente examinadas, submetidas à prova pressórica, histologicamente estudadas, e os moldes, identificados e aferidos. Realizou-se estudo comparativo, prospectivo e randomizado da diferença percentual média de estenose ("delta P"), obtida pela média dos diâmetros da cárdia antes e após sutura manual e mecânica. A análise estatística demonstrou insignificante variação na diferença de estenoses e dos tempos operatórios ("deltas Ps"). Na sutura manual, o "delta P" foi 25,44% no sétimo dia pós-operatório e 15,88% no 14º dia e na mecânica, os percentuais do grupo de sete e 14 dias, respectivamente, foram 22,80% e 23,04%. As estenoses não prejudicaram o trânsito alimentar esofagogástrico. Macroscopicamente não houve vazamentos em cavidade livre apesar da microscopia ter evidenciado deiscências parciais bloqueadas em três animais. As aderências foram mais incidentes no grupo de sutura manual e a má coaptação das bordas viscerais, em alguns grampeamentos, resultou em cicatrização fibrótica com estenose mais acentuada. A sutura manual causou maior reação flogística perianastomótica e o grampeamento comprometeu mais intensamente a mucosa e a neo-angiogenêse. O trabalho parece ter demonstrado que as suturas manual e mecânica, se não são ideais, são satisfatórias e de considerável qualidade quando realizadas com mínimo traumatismo, boa hemostasia, preservação do aporte sangüíneo, controle de infeção, escolha do fio ou do grampeador apropriado e a adequada coaptação das margens viscerais.
Resumo:
O resultado de operações na cavidade abdominal pode ser influenciado por aderências. Existem muitos conceitos ainda não comprovados sobre os efeitos das aderências na resistência de suturas tanto de vísceras intracavitárias quanto da parede abdominal. O presente trabalho visa a avaliar a influência das aderências peritoneais e vários tipos de fios cirúrgicos na tensão de ruptura da parede abdominal. Em 60 ratos Wistar, realizou-se laparotomia de 5cm de comprimento. A parede muscular e o peritônio foram fechados em plano único, com pontos simples, usando aleatoriamente os fios de náilon monofilamentar, ácido poliglicólico, categute simples e categute cromado, todos 4-0. Os animais foram divididos em três grupos: 1- Controle; 2- INTRODUÇÃO de 0,3g de talco dentro da cavidade abdominal; 3- Acréscimo de carboximetilcelulose sódica (CMC) juntamente com o talco. Houve a análise dos grupos com sete e 21 dias. Avaliou-se o grau de aderências e a tensão de ruptura da ferida cirúrgica. A CMC reduziu a formação de aderências provocadas pelo talco (p<0,01). Houve diferença na tensão de ruptura quando comparados os grupos de sete e 21 dias (p<0,05). As aderências proporcionaram uma maior força tênsil à ferida (p<0,01). O tipo de fio utilizado não influenciou na tensão de ruptura a longo prazo. Portanto, as aderências aumentaram a força tênsil dos tecidos e o tipo de fio cirúrgico não influenciou nesse processo.
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Este trabalho procurou avaliar fatores preditivos de infecção no trauma de cólon e sua validade epidemiológica. Durante 24 meses, 160 pacientes com trauma de cólon foram estudados prospectivamente em um centro de trauma, onde foram analisados possíveis fatores de risco para complicações infecciosas como a idade, o mecanismo de trauma, a topografia da lesão, o Colon Organ Injury Scale (CIS), o Abdominal Trauma Index (ATI), a presença de choque, a técnica cirúrgica empregada, o grau de contaminação e o intervalo de tempo entre o trauma e a cirurgia. Como complicações infecciosas foram consideradas: infecção da ferida cirúrgica, abscesso intra-abdominal, abscesso retroperitoneal, peritonite e deiscência de sutura colônica. A análise estatística dos dados foi feita por Regressão Logística Múltipla. No grupo estudado, 152 pacientes eram do sexo masculino, a idade média foi de 27,8 ± 12 anos, 104 ferimentos foram produzidos por arma de fogo, 38 por arma branca e 18 foram contusos, sendo de 18 ± 9 o ATI médio. A análise dos fatores de risco para infecção mostrou que o grau de contaminação fecal, o escore CIS, o tempo decorrido entre o trauma e a cirurgia e a faixa etária correlacionaram-se com complicações infecciosas neste estudo. Com base nesses resultados foi traçado um perfil do paciente de risco para infecção no grupo estudado: homem, mais de 35 anos, com trauma abdominal penetrante, com Cis > 3 e contaminação fecal moderada ou grande, submetido à cirurgia após mais de três horas do trauma.
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A anastomose esôfago-visceral cervical apresenta como complicações a fístula e a estenose, que podem necessitar de reintervenção cirúrgica para sua correção. Com o objetivo de avaliar as táticas para abordagem operatória dessas complicações e seus resultados, os autores estudaram retrospectivamente nove pacientes, que demandaram esta conduta, num período de 17 anos. Foram operadas duas fístulas e sete estenoses da anastomose esôfago-visceral cervical, sendo a via de acesso inicial a cervicotomia em todos os pacientes. Em quatro casos, houve necessidade de ampliação para esternotomia mediana total, que facilitou significativamente a reconstrução, porém com mortalidade de 75%. As táticas adotadas foram a reanastomose em cinco casos, a sutura do orifício da fístula em um caso e a plastia em três casos. A ressutura teve mau resultado. As plastias evoluíram satisfatoriamente, e os doentes submetidos a reanastomose sem ésternotomia também evoluíram satisfatoriamente. A plastia da anastomose demonstrou ser uma boa tática para o tratamento da estenose cervical, enquanto a reanastomose parece ter a melhor indicação nas fístulas, devendo-se evitar a esternotomia total mediana.
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As mordeduras representam uma lesão comum geralmente vista nas emergências dos hospitais, correspondendo a cerca de 1% dos atendimentos. Os autores conduziram um estudo para avaliar a conduta de fechamento primário das mordeduras na face dos pacientes atendidos na emergência do Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN, Brasília-DF) de janeiro a dezembro de 1999. O estudo compreendeu 42 pacientes, com média de idade de 17 anos (variação de um a 50 anos) e 29 (69,0%) dos pacientes eram homens. As mordeduras caninas foram as mais freqüentes (71,4%), seguidas pelas mordeduras humanas (26,2%). O tempo médio entre a agressão e o atendimento no Serviço de Cirurgia Plástica do HRAN foi de 16 horas. A orelha foi o sítio principal (40,0%), seguido pelo lábio. O tratamento utilizado foi a sutura direta em 28 (66,7%) pacientes, retalhos locais em 12 (28,6%) pacientes e enxerto em dois casos. Não houve infecção nos casos estudados. Os achados sugerem que o fechamento imediato das lesões na face é seguro, até em casos após várias horas da lesão.
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OBJETIVO: A hipertensão portal esquistossomótica com antecedente de hemorragia digestiva foi tratada com esplenectomia + ligadura da veia gástrica esquerda (LVGE) + desvascularização da grande curvatura do estômago + esclerose endoscópica pós-operatória. Quando da existência de varizes de fundo gástrico, realizamos a abertura do fundo gástrico e sutura obliterante destas varizes. O objetivo deste trabalho foi avaliar a recidiva de hemorragia digestiva, repercussões laboratoriais e mortalidade do tratamento cirúrgico/endoscópico. MÉTODOS: Entre 1992 e 1998, foram operados no HC-UFPE 131 pacientes. O seguimento médio foi de 30 meses, em 111 pacientes, que foram solicitados a retornar ao ambulatório do HC-UFPE para a realização de controle clínico e laboratorial. RESULTADOS: A recidiva hemorrágica foi de 14,4% (16/111) e uma mortalidade de 5,4% (6/111). A recidiva de hemorragia digestiva alta foi exteriorizada através de hematemese em oito pacientes e oito por melena. Dos seis pacientes que foram a óbito, três apresentavam diagnóstico de linfoma, hepatocarcinoma e infarto agudo do miocárdio, respectivamente. Dois pacientes foram a óbito no pós-operatório imediato (sepse e coagulação intravascular disseminada). O sexto paciente foi a óbito por recidiva da hemorragia digestiva alta. Em nove pacientes, 13,2%, foi diagnosticada trombose da veia porta. Os dados laboratoriais, hematológicos e de função hepática também foram analisados. CONCLUSÕES: Os autores concluíram que o tratamento cirúrgico da hipertensão portal esquistossomótica, através da esplenectomia + LVGE + desvascularização da grande curvatura do estômago + esclerose endoscópica pós-operatória determina resultados compatíveis com a literatura em relação à recidiva de sangramento, mas preserva a funcionalidade hepática.
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OBJETIVO: O efeito da corticoterapia sobre a cicatrização de feridas cirúrgicas vem apresentando resultados conflitantes na literatura, principalmente quando usada por tempo prolongado. O objetivo do presente trabalho foi comparar a resistência cicatricial da pele de camundongos submetidos à administração de hidrocortisona, em distintos períodos pós-operatórios. MÉTODO: Foram estudados 150 camundongos machos submetidos à incisão e sutura da pele dorsal, divididos em cinco grupos. No Grupo 1 (n=6) avaliou-se apenas a resistência da pele íntegra. Nos demais grupos (n = 36) realizaram-se incisão e sutura na pele, sendo que o Grupo 2 (controle) submeteu-se apenas à operação, enquanto o Grupo 3 recebeu, ainda, solução salina a 0,9% e os Grupos 4 e 5 receberam 10mg/kg/dia de hidrocortisona local e sistêmica, respectivamente. Avaliaram-se a resistência cicatricial e a variação ponderal nos sétimo e 21º dias pós-operatórios. RESULTADOS: Os camundongos que receberam corticóide, Gupos 4 e 5, apresentaram decréscimo ponderal significativo (p < 0,02). Quanto à resistência cicatricial da pele, os Gupos 3, 4 e 5 apresentaram valor inferior ao Grupo 2 no sétimo dia pós-operatório (p < 0,02). No 21º dia, a queda foi observada apenas no grupo submetido à solução salina (p < 0,05). CONCLUSÃO: Os resultados indicam uma diminuição da resistência cicatricial apenas nos camundongos tratados com corticóide em intervalos menores de tratamento.
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OBJETIVO: Demonstrar nossa experiência com a gastroplastia em Y de Roux por videolaparoscopia (GYRL), usando pequena bolsa gástrica e anastomose jejunal com grampeador circular. A gastroplastia com desvio em Y de Roux é uma das operações mais comuns para o tratamento da obesidade mórbida. Técnicas por laparoscopia têm sido relatadas, mas descrevem maior tempo operatório e maiores complicações quando comparadas com a cirurgia aberta. A abordagem por videocirurgia continua a ser um desafio mesmo para os cirurgiões mais experientes. MÉTODO: De setembro de 1999 a maio de 2001, 102 pacientes foram submetidos à gastroplastia em Y de Roux. A anastomose jejuno-jejunal foi feita a uma distância de 100cm a 150cm de acordo com o índice de massa corporal (IMC). Uma análise prospectiva identificou o índice de fístula e de estenose pós-operatória e a conduta em uma série consecutiva de pacientes, submetidos a GYRL com anastomose gastrojejunal realizada com grampeador circular 25mm ou 28mm. Nos últimos dez casos esta anastomose foi executada com sutura manual. RESULTADOS:. A média etária foi de 37,5 anos (17-62) e a média de IMC foi de 50,3kg/m² (35-78). O tempo operatório variou de 55min a 210min com média de 119min. O tempo médio de internação foi 4,3 dias (2-10). Dois pacientes superobesos tiveram a cirurgia convertida para o procedimento aberto por dificuldades técnicas. Houve dois óbitos (1,9%), ambos por embolia pulmonar. Houve uma fístula (0,9%) da anastomose gastrojejunal tratada conservadoramente. Quinze pacientes (14,7%), desenvolveram estenose na anastomose e necessitaram de dilatação endoscópica. Nove pacientes sofreram uma única dilatação e seis receberam duas a quatro dilatações e permaneceram sem disfagia. Vinte pacientes foram avaliados após um ano e mostraram uma média de IMC 33,4kg/m² (24-44). CONCLUSÃO: A GYRL com anastomose gastrojejunal com grampeador é segura e efetiva. Ocorreram estenoses que foram tratadas com dilatação endoscópica, mas, com o uso do grampeador circular de 28mm ou sutura manual, não mais aconteceram. Os dois óbitos ocorreram em superobesos, em que a intervenção foi convertida para procedimento aberto e evoluíram com embolia pulmonar irreversível.
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OBJETIVO: Os procedimentos disponíveis para correção de lesões do trato urinário não são livres de complicações. Recentemente, uma nova opção tem sido investigada: o uso da submucosa de intestino delgado (SIS). Constituída de uma matriz extracelular que não apresenta tendências à rejeição, a SIS é capaz de permitir o crescimento de vasos sangüíneos, participar de processos de diferenciação celular e de ser resistente contra o desenvolvimento de processos infecciosos. O objetivo deste estudo foi avaliar a histocompatibilidade de um enxerto autólogo de submucosa de intestino delgado (SIS), quando utilizado para a ampliação da bexiga urinária. MÉTODO: Utilizaram-se oito cães adultos, pesando entre 10 e 15kg. Realizou-se laparotomia mediana e enterectomia de um segmento de jejuno de 10cm, localizado a 20cm da flexura duodeno-jejunal, seguida de anastomose terminoterminal. Desse segmento de intestino obteve-se, por dissecção, a camada submucosa. Após esvaziamento da bexiga por punção, fez-se uma incisão mediana de 3cm em sua parede, compreendendo todas as camadas. Um segmento de 3 x 2,5cm de SIS foi fixado às bordas da incisão com sutura contínua, laçada de fio absorvível 3.0 de poliglecaprone-25. No 30º dia de pós-operatório os animais foram submetidos à retirada da bexiga para estudo histopatológico. RESULTADOS: Não se observou reação inflamatória aguda. Reação inflamatória crônica esteve presente com graus discreto e moderado. A infiltração fibroblástica foi moderada. A presença de células gigantes de corpo estranho foi mínima. A epitelização foi satisfatória, não sendo completa em apenas um dos oito implantes. Ocorreu incorporação predominante de fibras colágenas tipo III, cuja média correspondeu a 70,7% do colágeno total. A reabsorção da mucosa foi moderada em 7/8 dos implantes. CONCLUSÃO: Os resultados indicam que ocorre regeneração da bexiga, quando é utilizada a submucosa de intestino delgado como substrato. A submucosa de intestino delgado autóloga pode ser uma alternativa viável na reconstrução da bexiga urinária.
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OBJETIVO: Apresentar dados epidemiológicos de pacientes esquistossomóticos na forma hepatoesplênica com varizes do fundo gástrico, assim como avaliar os resultados de uma estratégia cirúrgica no manuseio destas varizes. MÉTODO: No período de janeiro de 1992 à julho de 2001 foram acompanhados no Serviço de Cirurgia Geral do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco 125 pacientes submetidos à esplenectomia com ligadura da veia gástrica esquerda (LVGE), desvascularização da grande curvatura do estômago e esclerose endoscópica pós-operatória, para o tratamento da hipertensão portal esquistossomótica com antecedentes de hemorragia digestiva. Quando da presença de varizes de fundo gástrico (44/125) foi associado ao procedimento cirúrgico, a abertura do estômago e sutura das varizes. RESULTADOS: Varizes de fundo gástrico foram identificadas em 35,2% (44/125) dos pacientes com esquistossomose hepatoesplênica e antecedentes de hemorragia digestiva alta. Durante o seguimento de 26 meses o procedimento cirúrgico erradicou 76,5% das varizes de fundo gástrico. A incidência de trombose da veia porta no período pós-operatório foi maior no grupo de pacientes sem varizes de fundo gástrico (16,3%) quando comparado com os pacientes portadores de varizes de fundo gástrico (8,8%), sem que, no entanto, esta diferença tivesse respaldo estatístico (p = 0,62). Não se identificou correlação entre a presença de varizes do fundo gástrico e o grau de fibrose periportal e o peso do baço. Na análise bioquímica e hematológica, no período pré-operatório dos grupos estudados, o número de leucócitos foi estatisticamente menor no grupo de pacientes que apresentavam varizes de fundo gástrico. CONCLUSÃO: A esplenectomia associada a desvascularização da grande curvatura do estômago, ligadura da veia gástrica esquerda, gastrotomia e sutura da varizes de fundo gástrico, erradicou 76,5% das varizes de fundo gástrico, em um seguimento tardio médio de 26 meses.
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OBJETIVO: O trauma da veia porta é raro e freqüentemente fatal por causa de exsanguinação e alta incidência de lesões de estruturas adjacentes. Devido às pecualiaridades desta lesão e diferentes condutas propostas na literatura, o objetivo dos autores é relatar a experiência neste tipo de lesão. MÉTODO: Estudo retrospectivo, de janeiro de 1994 e dezembro de 2001, de 1370 pacientes submetidos à laparotomia devido trauma abdominal. Entre esses, 15 pacientes apresentavam lesão da veia porta. As lesões foram classificadas conforme a sua extensão e localização. RESULTADOS: O mecanismo de trauma predominante foi o penetrante. O diagnóstico da lesão foi realizado no intraoperatório. Os procedimentos executados foram: sutura, anastomose término-terminal e ligadura da veia porta. A mortalidade foi de 53,3%. CONCLUSÃO: A lesão da veia porta possui alta taxa de mortalidade e o atendimento adequado está diretamente relacionado à sobrevida.
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OBJETIVO: Apresentar os resultados obtidos com técnica única para tratamento do Pectus Excavatum e Pectus Carinatum. MÉTODO: De 1976 a 2000 foram operados, 183 portadores de Deformidades da Parede Torácica Anterior sendo 98 Pectus Carinatum (70 P. Carinatum Simétrico, 18 P. Carinatum Lateral a Direita e 10 P. Carinatum Lateral a esquerda), 62 Pectus Excavatum (57 P. Excavatum Simétrico, 4 P. Excavatum Lateral a Direita e um P. Excavatum Lateral a Esquerda), 17 Pectus Carinatum Superior, um Pectus Combinado, quatro Protusões Costais Inferiores e uma Depressão Costal. A indicação foi exclusivamente estética em 182 (99,4%) dos pacientes. Foi utilizada técnica única para Pectus Carinatum e Pectus Excavatum: incisão transversal inframamária; ressecção subpericondral de todas as cartilagens envolvidas na deformidade; dissecção retroesternal mínima; osteotomia esternal anterior, fixação da osteotomia esternal com fios de aço;utilização da placa retroesternal em casos selecionados de Pectus Excavatum; pregueamento dos feixes pericondriais para dar maior rigidez a parede torácica e auxílio na manutenção do esterno na sua posição; drenagem do tecido celular subcutâneo e do plano submuscular, sutura intradérmica da pele. RESULTADOS: Bom ou excelente em 175 (95,6%) dos pacientes. Complicações ocorreram em 14 (7,6%) pacientes: oito casos (4,5%) de seroma; um (0,5%)hematoma de parede; dois (1,0%) caso de dor torácica intensa no pós-operatório; um(1,0%) caso de deiscência parcial da sutura da pele e dois casos (1,0%) de cicatriz hipertrófica que foram tratados com ressecção e betaterapia. CONCLUSÃO: Pelos resultados estéticos alcançados, a esternocondroplastia apresentada está indicada para correção de Pectus Excavatum/Carinatum.
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OBJETIVO: Avaliar o pneumoperitôneo no preparo pré-operatório de pacientes portadores de hérnias incisionais volumosas. MÉTODO: Foram estudados cinco pacientes portadores de hérnias incisionais volumosas, encaminhados ao Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da UFRJ, no período de agosto de 1994 a abril de 1997. Foi efetuado pneumoperitôneo progressivo, complementando a terapêutica pré-operatória instituída nestes pacientes. RESULTADOS: Não houve intercorrências durante os procedimentos de instalação do pneumoperitôneo. Um paciente - o único do sexo masculino - não aceitou bem a expansão intra-abdominal e decidiu interromper o tratamento. As cirurgias se mostraram tecnicamente facilitadas: em três casos foi possível a sutura direta da aponeurose comprometida, sendo necessário o uso de tela de polipropileno em apenas um paciente. O acompanhamento de 15 a 47 meses mostrou boa evolução e ausência de recidivas. CONCLUSÃO: O pneumoperitônio progressivo nos pacientes estudados, portadores de hérnias incisionais volumosas, se mostrou um método simples e eficaz do preparo pré-operatório.
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OBJETIVO: Quantificar a experiência clínica do Serviço de Cirurgia Geral do Complexo Hospitalar da Santa Casa de Porto Alegre, criando um diagnóstico epidemiológico de demanda e traçando um perfil do paciente de risco de evisceração, através da análise do manejo e conduta mais adequados. MÉTODO: No período de 2000 a 2001, foram estudados prospectivamente 1182 pacientes submetidos a laparotomias, dos quais 13 evoluiram com evisceração. RESULTADOS: Dos 13 pacientes eviscerados, 69,2% eram homens, com idade média de 55,9 anos. A neoplasia foi a patologia de base mais prevalente (61,5%), e o tempo médio de evisceração foi de 12,1 dias. A albumina sérica média encontrada foi de 2,8 g/dl e a sutura contínua a técnica de fechamento mais utilizada no Serviço. CONCLUSÃO: O perfil do paciente eviscerado nesta série,inclui homens com mais de 50 anos e obesos, com doença maligna e hipoalbuminemia. Esses pacientes têm maior probabilidade de desenvolver complicações locais, tais como infecção e aumento da pressão intra-abdominal, contribuindo para a deiscência total da parede abdominal. A análise destes fatores deve ser imperiosa na decisão de ancoragem primária dessa população.
Resumo:
OBJETIVO: Os fatores de crescimento são substâncias moduladoras do processo de cicatrização. O fator de crescimento de fibroblastos básico (FCFbeta) liberado pelas plaquetas, macrófagos e pelos próprios fibroblastos, estimulam a proliferação celular, a produção de colágeno e de outros elementos da matriz celular, favorecendo o processo da cicatrização, mesmo em situações adversas, como diabetes e uso de corticosteróides. O presente estudo objetivou determinar a influência do FCFbeta no processo de cicatrização de anastomoses esofageanas em modelo de experimentação animal, avaliando-se a resistência à pressão, formação de tecido de granulação e deposição de colágeno. MÉTODO: Foram estudados dois grupos A e B, ambos com 10 ratos de linhagem Wistar, separados de forma aleatória, todos submetidos à secção e anastomose do esôfago por via abdominal. Nos animais do grupo A, foi feita aplicação tópica na linha de sutura de 10ng de FCFbeta. No grupo B (controle) foi aplicado igual volume de solução salina. Os animais foram sacrificados no 7º dia, o esôfago ressecado para teste de resistência da anastomose, estudo qualitativo do aporte de células inflamatórias, da angiogênese e quantificação do colágeno na zona da anastomose, através de sistema digital. RESULTADO: A densidade média dos parâmetros histológicos do grupo A foi 9095,51±1284,5, maior que no grupo B, que teve densidade 7162,4±1273,19 (p=0,013). A resistência da anastomose do grupo A teve a média 210±18,88 mmHg, significativamente maior que no grupo B, que atingiu o valor 157±29,55 mmHg (p=0,0024). CONCLUSÃO: Este estudo concluiu que o FCFbeta atuou melhorando a cicatrização e aumentando significativamente a resistência de anastomoses do esôfago realizadas em ratos.