998 resultados para gastos com internação hospitalar


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OBJETIVO: Os avanços no tratamento de queimados têm reduzido as taxas de mortalidade e melhorado a qualidade de vida das vítimas de queimaduras. Entretanto, a sepse continua sendo um desafio e umas das principais causas de óbito no queimado. O objetivo deste trabalho é investigar, através de um estudo caso-controle, os fatores de risco da sepse em pacientes queimados. MÉTODO: O estudo caso-controle foi conduzido durante 12 meses, compreendendo os pacientes que foram tratados em regime de internação hospitalar na Unidade de Queimados do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), Brasília-DF. RESULTADOS: Quarenta e nove (19,4%) pacientes tiveram sepse, de um total de 252 queimados internados na Unidade de Queimados durante o periodo do estudo. Eles tiveram um ou no maximo tres episodios de sepse durante a internacao, totalizando 62 episodios. Vinte e seis (53,1%) eram homens e a media de idade foi de 21,9 ± 18,9 anos (variacao de um a 89 anos). A superficie corporal queimada dos pacientes que tiveram sepse variou de sete a 84%, com uma media de 37,7 ± 18,4%, sendo significativamente superior aos controles. As principais bacterias causadoras de sepse foram Staphylococcus aureus (46,5%), Staphylococcus coagulase negativo (20,7%), Acinetobacter baumannii (12,1%) e Enterobacter cloacae (12,1%). Trinta (61,2%) pacientes tiveram seu primeiro episodio de sepse na primeira semana de internacao. Quanto aos fatores de risco para a ocorrencia de sepse, destacam-se os seguintes, conforme seu poder de associacao "odds ratio": o uso de tres ou mais cateteres, a presenca de duas ou mais complicacoes, a superficie corporal queimada > 30%, o agente chama aberta e o sexo feminino. No geral, a taxa de letalidade por sepse foi de 24,5%. CONCLUSÃO: Um melhor conhecimento dos fatores de risco da sepse no paciente queimado permite o tratamento precoce dessa complicação, com antibioticoterapia sistêmica adequada, contribuindo para reduzir a morbidade e a mortalidade desses pacientes.

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OBJETIVO: A reconstrução abdominal tardia após laparostomia é sempre um procedimento desafiador para o cirurgião devido à necessidade de se corrigir um grande defeito na parede abdominal anterior, o que habitualmente demanda a lise de extensas aderências entre alças intestinais e o tecido cicatricial, sem que a hérnia incisional seja o resultado final. Neste trabalho, propomos uma técnica simples e inédita para esta reconstrução abdominal, sem tensão, utilizando tela de polipropileno sobre o tecido de granulação, sem necessidade de qualquer dissecção intra-peritoneal. MÉTODO: Descrição da técnica e estudo prospectivo de 17 pacientes submetidos à mesma entre 1998 e 2005. Foram analisados; a causa da laparostomia, o tempo entre a laparostomia e a reconstrução, o tempo operatório e a evolução pós-operatória imediata e tardia incluindo a incidência de hérnias incisionais. RESULTADOS: A idade média dos pacientes foi de 41 anos. As indicações da laparostomia foram; peritonite em oito pacientes, trauma abdominal em outros oito e pancreatite necrotizante em um. O tempo médio até a reconstrução abdominal foi de 14 meses. O tempo médio do procedimento cirúrgico foi de 130 minutos. O período médio de internação hospitalar foi de 2,6 dias para os 15 pacientes sem complicações pós-operatórias. Não houveram óbitos ou ocorrência de síndrome de compartimento abdominal relacionados à técnica. A média do período de acompanhamento pós-operatório é de 24 meses e até o momento não há ocorrência de hérnia incisional em todo o grupo. CONCLUSÕES: A técnica aqui proposta é de fácil execução e reprodutibilidade, torna desnecessária a manipulação da cavidade abdominal com conseqüente diminuição do risco de lesão de vísceras abdominais e proporciona o fechamento definitivo da laparostomia sem tensão. Esta técnica não acarretou síndrome de compartimento abdominal e nenhum paciente desenvolveu hérnia incisional até o momento.

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OBJETIVO: Avaliar a eficiência da reconstrução com Prótese Imediata para Grandes Perdas da Maxila (PIGPM) em pacientes submetidos a maxilectomia, considerando-se o tempo de: internação hospitalar, retirada da sonda naso enteral, deglutição, fonação e reabilitação estética e funcional. MÉTODO: Foram avaliados 20 pacientes, 14 do sexo masculino, 6 do feminino com idade variando de 7 a 78 anos; 11 com Carcinoma Espino Celular (CEC). Realizamos a moldagem no intraoperatório com moldeira de acrílico com godiva termo-plástica ou alginato de sódio. O tempo de confecção da prótese foi de 45 minutos e todos os pacientes sairam da sala de cirurgia com a prótese instalada. RESULTADOS: Os resultados foram satisfatórios nos 20 casos. Média: de internação 8,1 dias; retirada da sonda naso-enteral de 7,3 dias. A maioria dos pacientes foi alimentada por via oral em 3,3 dias, com alimentação pastosa. A voz foi considerada satisfatória. CONCLUSÃO: Concluímos que a PIGPM pós maxilectomia reduz o tempo para retirada da sonda naso enteral e o tempo de internação hospitalar; possibilita a alimentação precoce e melhora as condições da fala; reduz a deformidade provocada pela retração cicatricial; reintegra precocemente o paciente às suas atividades profissionais e sociais devendo ser adotada como rotina.

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OBJETIVO: Relatar nossa experiência em cirurgia laparoscópica de cólon e analisar os resultados comparando-os à literatura. MÉTODOS: Analisamos retrospectivamente entre novembro de 1995 e outubro de 2006, 120 pacientes submetidos à ressecções laparoscópicas de cólon. A indicação cirúrgica incluiu 65 pacientes com neoplasia, 50 com doença diverticular dos cólons, três com constipação intestinal crônica intensa, um com Doença de Crohn e um com tuberculose intestinal. Todos os pacientes foram operados eletivamente e analisados quanto ao resultado cirúrgico e suas complicações, número de conversões, reoperações, morbi-mortalidade e tempo de internação hospitalar. RESULTADOS: As complicações intra-operatórias totalizaram 4% (5/120) dos casos. A taxa de conversão foi de 9% (11/120). Reoperação foi necessária em 6% (7/120) dos pacientes. A deiscência de anastomose ocorreu em 6,5% dos casos (8/120) e a mortalidade geral foi de 2,5% (3/120). O tempo médio de internação foi de 8,2 dias. CONCLUSÃO: A colectomia laparoscópica apresenta taxas aceitáveis de complicação e conversão para cirurgia aberta. Além das vantagens da laparoscopia em diminuir a dor pós-operatória e melhorar o resultado estético, destacam-se o retorno precoce da função intestinal e um número menor de infecções de sítio operatório.

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OBJETIVO: Os autores apresentam a experiência no tratamento laparoscópico do cisto hepático não parasitário. MÉTODOS: No período de maio de 2003 a agosto de 2006, treze pacientes com cisto hepático não parasitário foram submetidos a tratamento com fenestração laparoscópica. Havia dois pacientes do sexo masculino (15,4%) e onze do sexo feminino (84,6%), com idade média no momento do diagnóstico de 48,3 anos (variação de 35 a 72 anos). A maioria dos pacientes apresentava dor e desconforto abdominal, dispepsia e saciedade precoce ao diagnóstico. A tomografia computdorizada do abdome foi realizada em todos os pacientes e o cisto solitário diagnosticado em onze pacientes (84,6%) e doença policística em dois pacientes (15,4%). O tamanho médio do cisto solitário era 11,3 cm (variação de 9,5 a 17 cm) e doença policística era 10,6 cm (um paciente com o maior cisto de 9,2 cm e o outro com 12,1 cm). A cirurgia foi indicada devido a todos os pacientes se apresentarem sintomáticos e a técnica utilizada foi a fenestração laparoscópica. RESULTADOS: O procedimento de fenestração laparoscópica foi realizado com êxito em todos os pacientes. O tempo operatório médio foi de 85 min (variação de 53 a 110 minutos). Não ocorreu óbito ou complicações intra-operatórias. Complicações pós-operatórias foram observadas em dois pacientes (15,4%). Fístula biliar em um paciente e ascite em outro paciente, sendo tratados de forma conservadora com sucesso. O tempo médio de internação hospitalar foi de 3,5 dias (variação de 2 a 9 dias) e o seguimento médio foi de 36 meses. Foi observada uma recorrência assintomática (7,6%) em paciente com doença policística após dois anos de seguimento. CONCLUSÃO: A fenestração laparoscópica é o método preferido para o tratamento do cisto hepático não parasitário. Este procedimento apresenta baixa morbidade associada a recorrência incomum. A adequada seleção dos pacientes e a técnica cirúrgica laparoscópica são fatores fundamentais para o tratamento destes pacientes.

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OBJETIVO: Comprovar a viabilidade da técnica de herniorrafia inguinal com anestesia local, em regime ambulatorial, com segurança, eficácia e curta curva de aprendizado. MÉTODOS: Analisamos prospectivamente 454 pacientes submetidos à herniorrafias inguinais sob anestesia local em regime ambulatorial entre novembro de 2004 e agosto de 2008. Do total de hérnias tratadas cirurgicamente neste período, 285 foram operadas à direita, 163 à esquerda e seis bilaterais. Foram utilizados critérios clínicos, cirúrgicos e psicossociais para inclusão no procedimento. Os parâmetros para exclusão foram hérnia complexa ou irredutível, hérnia recidivada, obesidade (IMC maior que 30 Kg/m²), recusa do paciente e pacientes psiquiátricos. Todos os pacientes foram operados eletivamente e analisados quanto ao resultado cirúrgico, suas complicações e tempo de internação hospitalar. RESULTADOS: Todas as operações foram concluídas com êxito. Em nenhum dos casos foi necessário a mudança do método anestésico. O tempo cirúrgico foi semelhante ao realizado com outros métodos de anestesia, não havendo casos de efeitos adversos dos anestésicos locais. As complicações intra-operatórias totalizaram aproximadamente 2,64% (12/454) dos casos. Não houve necessidade de internações hospitalares superiores ao período de 24 horas. CONCLUSÃO: O procedimento é viável sem dor per - operatória significativa, com segurança, podendo ser realizada por residentes sob supervisão, com satisfatória aceitação pelos pacientes, com complicações semelhantes às observadas em uma herniorrafia convencional, possibilitando um tempo e custo de internação menor e acesso mais rápido dos pacientes ao tratamento.

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OBJETIVO: Avaliar resultados pós-operatórios de pacientes do Serviço de Cirurgia Geral do Hospital Universitário Julio Muller antes e após a implantação do protocolo multimodal ACERTO. MÉTODO: Estudo retrospectivo em fichas preenchidas prospectivamente referentes a 5974 pacientes. Foram comparadas duas fases: de Janeiro de 2002 a Dezembro de 2004 (antes da implantação do protocolo ACERTO: período AA, n=1987); e de Janeiro de 2005 a Dezembro de 2008 (após a implantação do mesmo: período DA, n=3987). Comparou-se tempo de internação hospitalar, hemotransfusões realizadas, infecções de sítio cirúrgico (ISC), complicações operatórias e óbitos. RESULTADOS: Houve uma diminuição em um dia no tempo de internação entre o período AA e DA (mediana [variação]: 4 [0-137] vs. 3 [0-126] dias e moda: 3 vs. 2 dias; p<0,001). No período AA houve uma relação de 2,53 bolsas de hemoderivados transfundidas por paciente contra 0,77 no período DA (p<0,001). Notou-se tendência decrescente no número de casos de ISC ao longo dos anos estudados (A=-153,08; AA:7,51% vs. DA: 3,36% (p<0,001; RR=2,23; IC95%:1,73-2,89). Houve ainda tendência decrescente em relação a complicações operatórias (A=-51,41; AA:7,9% vs. DA: 6,14%; p=0,02; RR=1,29; IC95%:1,03-1,60), reoperações (A=-57,10; AA:/2,65% vs. DA:1,19%; p<0,001; RR=2,22; IC95% 1,43-3,44) e óbitos (A=-62,07;2,81% vs.1,73%; p<<0,01; RR=1,63; IC95%:1,15-2,31). CONCLUSÃO: A introdução do protocolo ACERTO proporcionou melhora dos resultados cirúrgicos, expressos por menor tempo de permanência hospitalar, uso de hemoderivados, e diminuição dos casos de infecção do sítio cirúrgico, complicações operatórias e óbitos.

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OBJETIVO: Analisar o tempo operatório, a permanência hospitalar, a taxa de conversão, a morbidade e a mortalidade de pacientes idosos submetidos à colecistectomia videolaparoscópica por doença da vesícula biliar. MÉTODOS: Estudo descritivo, retrospectivo, realizado no prontuário de 960 pacientes, de ambos os sexos, com idade entre 60 e 97 anos no período de janeiro de 1993 a agosto de 2009. RESULTADOS: O tempo operatório variou de nove a 180 minutos. O tempo de internação variou de 24 a 120 horas. A conversão ocorreu em 28 pacientes (2,92%), dos quais 67,9% eram mulheres e 28,6% homens tendo sido em 11 casos (39,3%) realizada minilaparotomia e em 17 (60,7%) a via aberta convencional. As intercorrências no transoperatório foram duas rupturas da vesícula biliar, uma falha no pneumoperitônio e uma na clipagem do ducto cístico. No pós-operatório observaram-se cinco hérnias umbilicais incisionais. As complicações sistêmicas foram: nove arritmias cardíacas, uma icterícia pós-operatória, um infarto agudo do miocárdio e um infarto enteromesentérico. Mortalidade ocorreu em três pacientes (0,3%), um por infarto agudo do miocárdio no transoperatório, uma sepse e um infarto enteromesentérico. CONCLUSÃO: Os pacientes idosos submetidos à colecistectomia videolaparoscópica apresentaram baixo tempo de internação hospitalar e baixa morbimortalidade. O tempo operatório e o de internação hospitalar foram curtos, demonstrando que a colecistectomia videolaparoscópica é procedimento seguro e eficaz nos idosos.

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OBJETIVO. Avaliar o valor da tomografia computadorizada no diagnóstico de lesões da coluna e medula cervicais em vítimas de trauma contuso. MÉTODOS. Revisão dos prontuários de vítimas de trauma contuso atendidas de janeiro de 2006 a dezembro de 2008. Foram analisados os seguintes dados: epidemiológicos, mecanismo de trauma, transporte das vítimas para o hospital, atendimento intra-hospitalar, critérios de indicação da TC, diagnóstico, tratamento, e evolução das vítimas em estudo. As vítimas foram distribuídas em dois grupos: Grupo I - sem lesão na coluna cervical; Grupo II - com lesão na coluna cervical . RESULTADOS. Foram analisados os prontuários de 3.101 vítimas. A tomografia computadorizada foi indicada em 1.572 (51%) pacientes, Foi observado predomínio masculino entre as vítimas (79%), com média etária de 38,53 anos no Grupo I e 37,60 anos no Grupo II. A distribuição dos mecanismos de trauma foi semelhante nos dois grupos. Lesões encontradas: 53 fraturas, oito listeses vertebrais e oito lesões medulares. As sequelas incluíram: três paraplegias, cinco tetraplegias e oito sequelas de lesão cerebral. No Grupo II ocorreram sete óbitos ,no Grupo I 240. A duração média de internação hospitalar foi de 11 dias para o Grupo I e 26,2 dias para o Grupo II. CONCLUSÃO. A TC de coluna cervical em vítimas de trauma contuso foi eficaz na identificação de lesões da coluna e medula cervicais. Assim, apesar do custo da TC cervical, e da baixa incidência de lesões por ela identificáveis, a sua indicação baseada nos critérios usuais parece justificável.

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OBJETIVO: avaliar o perfil epidemiológico e o desfecho das vítimas de trauma abdominal submetidas à laparotomia em hospital de urgência. MÉTODOS: estudo observacional, descritivo, longitudinal, com abordagem prospectiva, mediante entrevista de 100 pacientes com trauma abdominal submetidos ao tratamento cirúrgico e à avaliação dos seus prontuários. Período da coleta dos dados: setembro a novembro de 2011. RESULTADOS: Os pacientes mais acometidos pelo trauma abdominal foram do sexo masculino, de cor parda, na faixa etária de 25-49 anos, com baixa escolaridade, solteiros, católicos, com rendimento de um a dois salários mínimos. Houve uma predominância do trauma no ambiente urbano, no período noturno e no final de semana. O motivo mais frequente do trauma foi a tentativa de homicídio, associado ao uso de álcool e drogas ilícitas e o mecanismo a arma branca. A dor mostrou-se o sinal de alerta mais presente. A região mais afetada foi abdome superior e o fígado o órgão mais acometido. O tempo de internação hospitalar durou em torno de quatro a dez dias. A maioria teve alta sem sequela. Ocorreram dois óbitos. CONCLUSÃO: Foi marcante a associação do trauma abdominal com homens sob efeito de álcool e/ou drogas ilícitas, refletindo o contexto da violência interpessoal na sociedade atual. A despeito da magnitude do trauma, o desfecho foi satisfatório, apesar da ocorrência de óbitos, o que denota a importância dos hospitais de urgência de manter no seu corpo clínico uma equipe cirúrgica treinada.

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Na última década multiplicaram-se as publicações e a utilização da cirurgia de controle de danos, resultando num número crescente de pacientes deixados com o abdome aberto (ou peritoneostomia). Uma das consequências nefastas do abdome aberto são as hérnias ventrais gigantes que resultam da impossibilidade de se fechar o abdome durante a internação hospitalar do paciente. Para minimizar esta sequela têm surgido na literatura diferentes tipos de abordagem. Para abordar este tópico, a reunião de revista "Telemedicina Baseada em Evidência - Cirurgia do Trauma e Emergência" (TBE-CiTE) optou por não analisar sistemas comerciais de fechamento abdominal dinâmico, com exceção da terapia de pressão negativa ou vácuo. O grupo fez uma avaliação crítica dirigida de três artigos mais relevantes publicados recentemente sobre fechamento sequencial da parede abdominal (com tela ou sutura) mais vácuo. Nesta avaliação foram incluídos dois estudos retrospectivos mais um estudo prospectivo. Baseados na análise crítica desses 3 estudos mais a discussão que contou com a participação de representantes de 6 Universidades e realizada via telemedicina, são feitas as seguintes recomendações: (1) a associação de terapia de pressão negativa com tração fascial constante mediada por tela ou sutura, ajustada periodicamente, parece ser uma ótima estratégia cirúrgica para o tratamento de peritoneostomias. (2) O fechamento abdominal primário dinâmico com sutura e mediada por tela parece ser mais econômico e eficiente do que deixar o paciente com uma hérnia gigante e planejar uma reconstrução complexa tardiamente. Novos estudos com grupos maiores de pacientes separados de acordo com as diferentes apresentações e doenças são necesários para definir qual o melhor método cirúrgico para o tratamento de peritoneostomias.

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OBJETIVO: rever a experiência (2011 e 2012) do Centro de Feridas da Cirurgia Plástica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo com tratamento de feridas traumáticas complexas na região perineal, pela associação da terapia com pressão negativa seguida de procedimento cirúrgico para cobertura cutânea. MÉTODOS: análise retrospectiva de dez pacientes com ferida complexa no períneo consequente a traumatismo atendidas pelo Serviço de Cirurgia Plástica no HC-FMUSP. A terapia por pressão negativa foi utilizada como alternativa para melhoria das condições locais visando o tratamento definitivo com enxertos de pele ou retalhos. RESULTADOS: a terapia por pressão negativa foi empregada para o preparo do leito da ferida. Nos pacientes atendidos, o tempo médio de utilização do sistema de pressão negativa foi 25,9 dias, com trocas de curativos a cada 4,6 dias. Após a terapia por pressão negativa, foram realizados 11 retalhos locais em nove pacientes, com o retalho fáscio-cutâneo antero-lateral da coxa utilizado em quatro destes pacientes. O tempo médio de internação hospitalar foi 58,2 dias e de acompanhamento no Serviço da Cirurgia Plástica foi 40,5 dias. CONCLUSÃO: a utilização da terapia por pressão negativa levou à melhoria das condições locais da ferida mais rapidamente do que curativos tradicionais, sem complicações significativas, demonstrando ser a melhor alternativa adjuvante atualmente para o tratamento deste tipo de lesão, seguida sempre por reconstrução cirúrgica com enxertos e retalhos.

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OBJETIVO: avaliar a experiência com o emprego de terapia por pressão subatmosférica no tratamento das lesões traumáticas agudas das partes moles, em especial nos membros. MÉTODOS: cento e setenta e oito pacientes com feridas traumáticas foram tratados pelo Centro de Feridas Complexas no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2011 e, submetidos à terapia por pressão subatmosférica. RESULTADOS: dos 178 pacientes submetidos à terapia por pressão subatmosférica, 129 (72,5%) eram do sexo masculino e 49 (27,5%) apresentavam idade entre 18 e 40 anos. Os ferimentos descolantes nos membros foram o tipo de ferida traumática mais comum, sendo responsáveis pela internação de 83 (46,6%) pacientes. O tempo médio de internação hospitalar foi 17,5 dias. Foram realizados 509 procedimentos cirúrgicos (média de 2,9 por paciente). A terapia por pressão subatmosférica foi utilizada em 287 procedimentos, sendo 209 (72,8%) sobre feridas traumáticas e 78 (27,2%) sobre enxertos de pele. O número de trocas de terapia por pressão negativa por paciente foi 1,6 e o tempo médio de utilização foi 8,5 dias por paciente. CONCLUSÃO: os resultados foram considerados satisfatórios, diminuindo consideravelmente a morbidade e o tempo de cicatrização dessas lesões em comparação com tratamentos anteriormente executados como curativos. A terapia por pressão subatmosférica é um método útil no tratamento de feridas agudas traumáticas, atuando como ponte entre o tratamento de urgência e a cobertura cutânea definitiva destas lesões, em comparação com métodos mais tradicionais da cirurgia plástica.

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A reunião de revista "Telemedicina Baseada em Evidência - Cirurgia do Trauma e Emergência" (TBE-CiTE) realizou uma revisão crítica da literatura e selecionou os três artigos mais relevantes e atuais sobre a indicação de tomografia de crânio em pacientes pediátricos com trauma craniencefálico leve (TCE). O primeiro trabalho identificou pacientes vítimas de TCE leve com fatores de alto e baixo risco de apresentarem lesões intracranianas vistas à tomografia computadorizada (TC) de crânio e com necessidade de intervenção neurocirúrgica. O segundo trabalho avaliou o uso das recomendações do "National Institute of Clinical Excellence" em pacientes pediátricos com TCE, e utilizou como variáveis de desfecho a realização de TC ou internação hospitalar. O último artigo analisou e identificou os pacientes onde a TC de crânio seria desnecessária e, portanto, não deve ser feita rotineiramente. Baseado nessa revisão crítica da literatura e a discussão com especialistas, o TBE-CiTE concluiu que é importante evitar a exposição desnecessária de crianças com TCE leve à radiação ionizante da TC de crânio. O grupo favoreceu a utilização do guideline do PECARN onde ECG de 14, alteração do nível de consciência ou fratura do crânio palpável são indicações de TC de crânio, ou quando a experiência do médico, achados múltiplos ou piora dos sintomas ocorrerem.

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Objetivos: comparar, em uma população de gestantes brasileiras com rotura prematura de membranas a termo (RPM-T), as condutas expectante ou ativa com ocitocina. Métodos: ensaio clínico prospectivo, randomizado e multicêntrico, avaliando as variáveis relativas ao tempo para o início do trabalho de parto e parto e tempo de internação hospitalar materna e neonatal. Foram selecionadas 200 gestantes com RPM-T, atendidas em quatro instituições públicas do estado de São Paulo de novembro de 1995 a fevereiro de 1997. As pacientes foram divididas aleatoriamente em dois grupos de conduta: ativa, com indução do trabalho de parto com ocitocina iniciando até 6 h de RPM, e expectante, aguardando-se o início espontâneo do trabalho de parto por um período máximo de 24 h. Os dados foram analisados com o auxílio dos programas Epi-Info e SPSS-PC+, utilizando-se os testes estatísticos do chi², t de Student e Log-rank. Resultados: indicam que as diferenças entre a utilização da conduta ativa com ocitocina e a conduta expectante dizem respeito ao maior tempo necessário no grupo de conduta expectante para o início do trabalho de parto e parto, além da maior proporção de mulheres e recém-nascidos com internação superior a três dias. Conclusões: o tempo entre a admissão e o parto, o período de latência e o tempo entre a rotura das membranas e o parto foram maiores quando se adotou conduta expectante.