948 resultados para Upper Cretaceous
Resumo:
A Bacia Bauru (Cretáceo Superior), acumulou uma seqüência sedimentar continental essencialmente arenosa. Numa fase inicial desértica, o seu substrato basáltico foi soterrado por extensa e monótona cobertura de areias eólicas com intercalações subordinadas de depósitos de loesse. O relevo original do substrato favoreceu a formação de uma drenagem regional endorrêica, sob clima semi-árido, propiciando assim condições de formação do Paleopantanal Araçatuba. Os depósitos paludiais (Formação Araçatuba) constituem estratos tabulares de siltitos e arenitos de cor cinza claro esverdeado típica, eventualmente cimentados por carbonato de cálcio. Moldes e pseudomorfos de cristais de gipsita e dolomita foram identificados na unidade. Aparentemente, estão associados com gretas de ressecação, marcas de raízes e intervalos com laminação tipo climbing ripple, que indicam ambiente de águas salinas rasas e relativamente calmas, submetidas a fases de exposição subaérea e ressecação. Nos limites da área de ocorrência da Formação Araçatuba, as unidades arenosas podem exibir feições sigmóides e estratificação contorcida, comuns em depósitos deltaicos marginais. A Formação Araçatuba é contornada e posteriormente encoberta por depósitos eólicos da Formação Vale do Rio do Peixe.
Resumo:
Na primeira parte deste trabalho foram desenvolvidos estudos de magnetismo de rochas e paleomagnetismo em amostras de rochas vulcânicas do Nordeste brasileiro. As idades das amostras compreende os períodos Jurássico e Cretáceo. Com este objetivo foram amostradas quatro áreas tendo sido estudado um total de 496 amostras em 55 sítios. Para a coleta foi utilizada uma perfuradora portátil que extrai amostras de 2.5 cm de diâmetro. A orientação das amostras foi feita por meio de uma bússola magnética e de um clinômetro. Os espécimes foram submetidos a desmagnetizações por campo magnético alternado e em alguns poucos casos foi empregada a desmagnetização térmica. Atribuindo-se peso unitário a cada sítio foi determinada a direção média da magnetização remanescente característica de cada uma das áreas estudadas. As rochas vulcânicas do período Jurássico, localizadas na borda oeste da Bacia do Maranhão (Porto Franco-Estreito), apresentaram uma direção media em que D= 3.9°, I= -17.9° com α95= 9.3°, k= 17.9, N= 15 e todos os sítios apresentaram polaridade normal. Para esta área foi determinado o polo paleomagnético de coordenadas 85.3°N, 82.5°E (A95= 6.9º) que se localiza próximo a outros polos paleomagnéticos conhecidos para esse período. As rochas da borda leste da Bacia do Maranhão (Teresina-Picos-Floriano) de idade cretácica inferior apresentaram uma direção média de magnetização remanescente característica tal que D= 174.7°, I= +6.0º com α95= 2.8º, k= 122, N= 21 e todos os sítios apresentaram polaridade reversa. O polo paleomagnético associado a elas apresentou por coordenadas 83.6°N, 261.0°E (A95=1.9°) e mostrou concordância com outros polos sul americanos de mesma idade. No Rio Grande do Norte foi estudado um enxame de diques toleíticos também de idade cretácica inferior, cuja direção média da magnetização remanescente característica encontrada foi D= 186.6º, I= +20.6º com α95= 14.0° e k= 12.9, N= 10. Os sítios desta área apresentaram magnetizações com polaridades normal a reversa. O polo paleomagnético obtido se localiza em 80.6°N e 94.8°E com A95= 9.5°. O estudo das rochas vulcânicas da província magnética do Cabo de Santo Agostinho indicou para a região um valor de D= 0.4º, I= -20.6º com α95= 4.8° e k= 114, N= 9 para a magnetização remanescente característica. Todos os sítios apresentaram polaridade normal e o polo paleomagnético determinado apresentou as seguintes coordenadas: 87.6ºN, 135ºE com A95= 4.5º. Foi discutida a eliminação da variação secular das direções obtidas, de forma que cada polo apresentado nesta dissertação é verdadeiramente um polo paleomagnético. A análise dos minerais magnéticos portadores da remanência, efetuada por curvas termomagnéticas ou por difração de Raio-X, indicou na maior parte das ocorrências, a presença de titanomagnetita pobre em titânio. A presença de maguemita e algumas vezes hematita, na maior parte das vezes resultado de intemperismo, não anulou a magnetização termoremanente associada à época de formação da rocha, que foi determinada após a aplicação de técnicas de desmagnetização aos espécimes. Pelas curvas termomagnéticas obteve-se, para a maioria das amostras, uma temperatura de Curie entre 500 e 600ºC. Os casos mais freqüentes indicaram a ocorrência de titanomagnetita exsolvida, em que foram observadas a presença de uma fase próxima à magnetita e outra fase rica em titânio, próxima à ilmenita, resultado de oxidação de alta temperatura. A segunda parte do trabalho diz respeito à determinação da época de abertura do oceano Atlântico Sul por meio de dados paleomagnéticos. Entretanto ao invés de se utilizar o procedimento comumente encontrado na literatura, e que se baseia nas curvas de deriva polar aparente de cada continente, foi aplicado um teste estatístico que avalia a probabilidade de determinada posição relativa entre os continentes ser válida ou não, para determinado período em estudo. Assim foi aplicado um teste F a polos paleomagnéticos da África e da América do Sul, dos períodos Triássico, Jurássico, Cretáceo Inferior e Cretáceo Médio-Superior, tendo sido estudadas situações que reconstituem a posição pré-deriva dos continentes e configurações que simulem um afastamento entre eles. Os resultados dos testes estatísticos indicaram, dentro de uma probabilidade de erro de menos de 5%, que a configuração pré-deriva de Martin et al (1981) é compatível com os dados paleomagnéticos do Triássico, mas apresenta uma diferença significativa para os paleopolos de Jurássico, Cretáceo Inferior, Cretáceo Médio-Superior. Outras reconstruções pré-deriva testadas apresentaram o mesmo resultado. A comparação entre os polos paleomagnéticos da América do Sul e da África, segundo uma reconstrução que admite uma pequena abertura entre os continentes, como a proposta por Sclater et al (1977) para 110 m.a. atrás, indicou que os dados do Triássico não são compatíveis com este afastamento. Por outro lado os paleopolos do Jurássico e do Cretáceo Inferior, embora mais antigos que a data sugerida pela reconstrução, são consistentes com esta separação dentro de uma probabilidade de erro de menos de 5%. Os dados do Cretáceo Médio-Superior se mostraram consistentes com a reconstrução sugerida para 80 m.a. atrás por Francheteau (1973) e que propõe uma separação maior entre os continentes. Com base na premissa de deslocamentos de blocos continentais rígidos a análise dos resultados obtidos indicou que América do Sul e África estavam unidas por suas margens continentais opostas no período Triássico e que uma pequena separação entre estes continentes, provavelmente devida a uma rutura inicial, ocorreu no Jurássico e se manteve, então, aproximadamente estacionária até o início do Cretáceo Inferior. Esta conclusão difere da maior parte dos trabalhos que discutem a abertura do oceano Atlântico Sul. Os dados do Cretáceo Médio-Superior são compatíveis com um afastamento rápido e significativo entre os continentes naquele período.
Resumo:
Este artigo apresenta resultados parciais de uma pesquisa referente à cimentação em rochas sedimentares na região de Presidente Prudente – SP, que é integrada a um projeto aplicado à gestão de águas subterrâneas. Geologicamente, a área está localizada em depósitos sedimentares da Bacia Bauru, do Cretáceo Superior. Os resultados da pesquisa, baseados em dados de superfície e subsuperfície, demonstram uma correspondência entre o grau de cimentação carbonática e distinções petrográficas. Uma distinção nítida na porção leste da área da pesquisa deve ser relacionada a eventos tectônicos sindeposicionais ou pós-deposicionais. A presença de analcima no cimento indica a ocorrência de hidrotermalismo, que pode estar associado a esses eventos. Do ponto de vista hidrogeoquímico, a variação do pH das águas subterrâneas em função da profundidade dos poços está relacionada ao comportamento hidroquímico dos minerais constituintes do cimento. A pesquisa mostra também que as camadas menos cimentadas são as mais valorizadas do ponto de vista da explotação de águas subterrâneas.
Resumo:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Resumo:
Pós-graduação em Geociências e Meio Ambiente - IGCE
Resumo:
The Columbia Channel (CCS) system is a depositional system located in the South Brazilian Basin, south of the Vitoria-Trindade volcanic chain. It lies in a WNW-ESE direction on the continental rise and abyssal plain, at a depth of between 4200 and 5200 m. It is formed by two depocenters elongated respectively south and north of the channel that show different sediment patterns. The area is swept by a deep western boundary current formed by AABW. The system has been previously interpreted has a mixed turbidite-contourite system. More detailed study of seismic data permits a more precise definition of the modern channel morphology, the system stratigraphy as well as the sedimentary processes and control. The modern CCS presents active erosion and/or transport along the channel. The ancient Oligo-Neogene system overlies a ""upper Cretaceous-Paleogene"" sedimentary substratum (Unit U1) bounded at the top by a major erosive ""late Eocene-early Oligocene"" discordance (D2). This ancient system is subdivided into 2 seismic units (U2 and U3). The thick basal U2 unit constitutes the larger part of the system. It consists of three subunits bounded by unconformities: D3 (""Oligocene-Miocene boundary""), D4 (""late Miocene"") and D5 (""late Pliocene""). The subunits have a fairly tabular geometry in the shallow NW depocenter associated with predominant turbidite deposits. They present a mounded shape in the deep NE depocenter, and are interpreted as forming a contourite drift. South of the channel, the deposits are interpreted as a contourite sheet drift. The surficial U3 unit forms a thin carpet of deposits. The beginning of the channel occurs at the end of U1 and during the formation of D2. Its location seems to have been determined by active faults. The channel has been active throughout the late Oligocene and Neogene and its depth increased continuously as a consequence of erosion of the channel floor and deposit aggradation along its margins. Such a mixed turbidite-contourite system (or fan drift) is characterized by frequent, rapid lateral facies variations and by unconformities that cross the whole system and are associated with increased AABW circulation. (C) 2009 Elsevier B.V. All rights reserved.
Resumo:
This thesis is focused on the paleomagnetic rotation pattern inside the deforming zone of strike-slip faults, and the kinematics and geodynamics describing it. The paleomagnetic investigation carried out along both the LOFZ and the fore-arc sliver (38º-42ºS, southern Chile) revealed an asymmetric rotation pattern. East of the LOFZ and adjacent to it, rotations are up to 170° clockwise (CW) and fade out ~10 km east of fault. West of the LOFZ at 42ºS (Chiloé Island) and around 39°S (Villarrica domain) systematic CCW rotations have been observed, while at 40°-41°S (Ranco-Osorno domain) and adjacent to the LOFZ CW rotations reach up to 136° before evolving to CCW rotations at ~30 km from the fault. These data suggest a directed relation with subduction interface plate coupling. Zones of high coupling yield to a wide deforming zone (~30 km) west of the LOFZ characterized by CW rotations. Low coupling implies a weak LOFZ and a fore-arc dominated by CCW rotations related to NW-sinistral fault kinematics. The rotation pattern is consistent with a quasi-continuous crust kinematics. However, it seems unlikely that the lower crust flux can control block rotation in the upper crust, considering the cold and thick fore-arc crust. I suggest that rotations are consequence of forces applied directly on both the block edges and along the main fault, within the upper crust. Farther south, at the Austral Andes (54°S) I measured the anisotropy of magnetic susceptibility (AMS) of 22 Upper Cretaceous to Upper Eocene sites from the Magallanes fold-thrust belt internal domains. The data document continuous compression from the Early Cretaceous until the Late Oligocene. AMS data also show that the tectonic inversion of Jurassic extensional faults during the Late Cretaceous compressive phase may have controlled the Cenozoic kinematic evolution of the Magallanes fold-thrust belt, yielding slip partitioning.
Resumo:
Benthic foraminiferal assemblages are a widespread tool to understand changes in organic matter flux and bottom-water oxygenation and their relation to paleoceanographic changes in the Upper Cretaceous oceans. In this study, assemblage data (diversity, total number, and number per species and gram) from Deep Sea Drilling Project (DSDP) Site 390 (Blake Nose, western North Atlantic) were processed for the lower Maastrichtian (Globotruncana falsostuarti - Gansserina gansseri Planktic Foraminiferal Zone). These data document significant changes in nutrient flux to the sea floor as well as bottom-water oxygenation during this time interval. Parallel to the observed changes in the benthic foraminiferal assemblages the number of inoceramid shells decreases, reflecting also a significant increase in bottom-water oxygenation. We speculate, that these data could reflect the onset of a shift from warmer low-latitude to cooler high-latitude deep-water sources. This speculation will predate the major reorganization of the oceanic circulation resulting in a circulation mode similar to today at the Early/Late Maastrichtian boundary by ~1 Ma and therefore improves our understanding of Late Cretaceous paleoceanography.
Resumo:
A transect from the bathyal to proximal shelf facies of the Boreal Realm was investigated to compare spatial and temporal distribution changes of calcareous dinoflagellate cysts (c-dinocysts) throughout the mid-Cenomanian in order to gain information on the ecology of these organisms. Pithonelloideae dominated the cyst assemblages to more than 95% on the shelf, a prevalence that can be observed throughout most of the Upper Cretaceous. The affinity of this group with the dinoflagellates, which is still controversially discussed, can be confirmed, based on evidence from morphological features and distribution patterns. The consistent prevalence of Pithonella sphaerica and P. ovalis in c-dinocyst assemblages throughout the Upper Cretaceous indicates that they were produced more frequently than cysts of the other species and might, therefore, represent a vegetative dinoflagellate life stage. P. sphaerica and P. ovalis are interpreted as eutrophic species. P. sphaerica is the main species in a marginal-shelf upwelling area, offshore Fennoscandia. Here, sedimentary cyclicity appears to have been reduced to the strongest light/dark changes, while in the outer shelf sediments, light/dark cycles are well-developed and show pronounced temporal assemblage changes. Cyclic fluctuations in the P. sphaerica / P. ovalis ratio reflect shifts of the preferred facies zones and indicate changes in surface mixing patterns. During periods of enhanced surface mixing most parts of the shelf were well-ventilated, and nutrient-enriched surface waters led to high productivity and dominance of the Pithonelloideae. These conditions on the shelf contrasted with those in the open ocean, where more oligotrophic and probably stratified waters prevailed, and an assemblage with very few Pithonelloideae and dominance of Cubodinellum renei and Orthopithonella ? gustafsonii was characteristic. While orbitally-forced light/dark sedimentary cyclicity of the shelf sections was mainly related to surface-water carbonate productivity changes, no cyclic modulation of productivity was observed in the oceanic profile. Therefore, dark layer formation in the open ocean was predominantly controlled by the cyclic establishment of anoxic bottom water conditions. Orbitally-forced interruptions in mixing on the shelf resulted in cyclic periods of stratification and oligotrophy in the surface waters, an expansion of oceanic species to the outer shelf, and a shelfward shift of pithonelloid-facies zones, which were probably related to shelfward directed oceanic ingressions.
Resumo:
Sedimentary rocks of Barremian through early Maestrichtian age recovered on Deep Sea Drilling Project Leg 61 had their principal source in the complex of igneous rocks with which they are interlayered in the Nauru Basin. Relict textures and primary sedimentary structures show these Cretaceous sediments to be of hyaloclastic origin, in part reworked and redeposited by slumps and currents. The dominant composition now is smectite, but locally iron, titanium, and manganese oxides, plagioclase, pyroxene, analcime, clinoptilolite, chalcedonic quartz, cristobalite, amphibole, nontronite, celadonite, and pyrite are also present. The mineral assemblages and the geochemistry reflect the original basaltic composition and its subsequent alteration by one or more processes of submarine weathering, authigenesis, hydrothermal circulation, and contact metamorphism. Hyaloclastitic sandstone, siltstone, and breccia within the sheet flows below 729 meters sub-bottom depth have Barremian fossils, thus establishing the age of the lower, or extrusive, complex of post-ridge-crest volcanism. Similar hyaloclastites between 564 and 729 meters are invaded by hypabyssal sills of the upper igneous complex, and fossil ages of Albian or Cenomanian set an older limit to the age of that second post-ridge-crest episode. Cenomanian to early Campanian sedimentary rocks between 490 and 564 meters have a substantial contribution of clays of submarine-weathered-basalt origin, as well as hydrothermal and pelagic components. The interval of reworked hyaloclastitic siltstone, sandstone, and breccias between 450 and 490 meters is of late Campanian and early Maestrichtian age. These sediments probably formed from glassy basalt that fragmented upon eruption nearby, when sills were being emplaced. In addition to pelagic elements, these Upper Cretaceous volcanogenic sediments include redeposited material of shallow-water origin, apparently derived from the Marshall Islands.