Construindo um estilo de pensamento na questão agrária: o debate paradigmático e o conhecimento geográfico

Nesta tese de livre-docência apresento uma reflexão crítica da trajetória de quatorze anos sobre nove temas da questão agrária. Neste tempo, no coletivo de pensamento do Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária - NERA, produzimos um estilo de pensamento que chamamos de debate paradigmático, o sétimo tema desta tese, para fazer uma leitura do desenvolvimento territorial e suas conflitualidades, que são o quinto tema analiso. O primeiro tema é a própria questão agrária, explicando como velhos e novos elementos modificam a conjuntura sem abalar a estrutura. Um exemplo dessa tese são o latifúndio e o agronegócio analisados como o segundo tema. Outro exemplo estudado no quarto tema, são os conceitos de agricultura camponesa e agricultura familiar, que representam os mesmos sujeitos, mas que são vistos como diferentes pelo paradigmas da questão agrária e do capitalismo agrário. Para um aprofundamento do desenvolvimento territorial, proponho uma tipologia de territórios na perspectiva de superar o pensamento simples de entender o território como espaço de governança. Os movimentos socioespaciais e socioterritoriais são o sexto tema, onde procuro exemplificar com referencias do campo e da cidade. A estrangeirização da terra é o tema mais recente que tenho estudado, de modo que apresento minhas primeiras leituras a respeito deste novo elemento da questão agrária. E por fim, a luta pela terra e pela reforma agrária que são gerados e produtores da questão agrária. Minhas leituras foram construídas com a colaboração de uma equipe de pesquisadores do NERA e de outros grupos de pesquisa no Brasil e no exterior. Embora, este trabalho seja meu, não o teria realizado sem a contribuição de todos

Estudo comparativo da espacialização do MST no estado de São Paulo - 1990-2013

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

O Sistema ideológico do agronegócio: o poder do discurso e o discurso pelo poder

Pós-graduação em Geografia - FCT

Resíduos sólidos urbanos: impactos socioambientais e perspectiva de manejo sustentável com inclusão social

Com a Rio+20 retoma-se a discussão de estratégias para conciliar desenvolvimento com proteção dos ecossistemas. Um tema apenas tangenciado nessas discussões é o gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos. Diante da institucionalização da Política Nacional de Resíduos Sólidos, busca-se contribuir para esse debate, bem como apontar caminhos para o enfrentamento dessa questão, privilegiando a inclusão social. Para isso, foram utilizados documentos e informações sobre a gestão de resíduos sólidos, e a literatura científica especializada. Observa-se que o inadequado gerenciamento dos resíduos sólidos gera impactos imediatos no ambiente e na saúde, assim como contribui para mudanças climáticas. Considerando as limitações das opções de destinação final para os resíduos, é imprescindível minimizar as quantidades produzidas por meio da redução, reutilização e reciclagem. Nesse contexto, destaca-se o papel dos catadores, que vêm realizando um trabalho de grande importância ambiental. Dadas as fragilidades desse segmento populacional, é preciso delinear políticas públicas que tornem a atividade de catação mais digna e com menos riscos e que, ao mesmo tempo, garantam renda, para assim caminhar rumo a um desenvolvimento mais saudável, justo e sustentável.

Assessment of marine litter in the Western Adriatic Sea and its impact on marine biota

Due to its environmental, safety, health and socio-economic impacts, marine litter has been recognized as a 21st century global challenge, so that it has been included in Descriptor 10 of the EU MSFD. For its morphological features and anthropogenic pressures, the Adriatic Sea is very sensitive to the accumulation of debris, but data are inconsistent and fragmented. This thesis, in the framework of DeFishGear project, intents to assess marine litter on beaches and on seafloor in the Western Adriatic sea, and test if debris ingestion by fish occurs. Three beaches were sampled during two surveys in 2015. Benthic litter monitoring was carried out in the FAO GSA17 during fall 2014, using a rapido trawl. Litter ingestion was investigated through gut contents analysis of 260 fish belonging to 8 commercial species collected in Western Gulf of Venice. Average litter density on beaches was 1.5 items/m2 during spring, and decreased to 0.8 items/m2 in summer. Litter composition was heterogeneous and varied among sites, even if no significant differences were found. Most of debris consisted of plastic sheets, fragments, polystyrene pieces, mussels nets and cottons bud sticks, showing that sources are many and include aquaculture, land-based activities and local users of beaches. Average density of benthic litter was 913 items/Km2 (82 Kg/Km2). Plastic dominated in terms of numbers and weight, and consisted mainly of bags, sheets and mussel nets. The highest density was found close to the coast, and sources driving the major differences in litter distribution were mussel farms and shipping lanes. Litter ingestion occurred in 47% of examined fish, mainly consisting of fibers. Among species, S. pilchardus swallowed almost all debris categories. Findinds may provide a baseline to set the necessary measures to manage and minimize marine litter in the Western Adriatic region and to protect aquatic life from plastic pollution, even accounting the possible implications on human health.

Atlantic hurricanes and associated insurance loss potentials in future climate scenarios: limitations of high-resolution AGCM simulations

Potential future changes in tropical cyclone (TC) characteristics are among the more serious regional threats of global climate change. Therefore, a better understanding of how anthropogenic climate change may affect TCs and how these changes translate in socio-economic impacts is required. Here, we apply a TC detection and tracking method that was developed for ERA-40 data to time-slice experiments of two atmospheric general circulation models, namely the fifth version of the European Centre model of Hamburg model (MPI, Hamburg, Germany, T213) and the Japan Meteorological Agency/ Meteorological research Institute model (MRI, Tsukuba city, Japan, TL959). For each model, two climate simulations are available: a control simulation for present-day conditions to evaluate the model against observations, and a scenario simulation to assess future changes. The evaluation of the control simulations shows that the number of intense storms is underestimated due to the model resolution. To overcome this deficiency, simulated cyclone intensities are scaled to the best track data leading to a better representation of the TC intensities. Both models project an increased number of major hurricanes and modified trajectories in their scenario simulations. These changes have an effect on the projected loss potentials. However, these state-of-the-art models still yield contradicting results, and therefore they are not yet suitable to provide robust estimates of losses due to uncertainties in simulated hurricane intensity, location and frequency.

Index-Oriented Methodologies for Landslide Consequence Analysis: An Application to a Mountain Community in the French Alps

Consequence analysis is a key aspect of anchoring assessment of landslide impacts to present and long-term development planning. Although several approaches have been developed over the last decade, some of them are difficult to apply in practice, mainly because of the lack of valuable data on historical damages or on damage functions. In this paper, two possible consequence indicators based on a combination of descriptors of the exposure of the elements at risk are proposed in order to map the potential impacts of landslides and highlight the most vulnerable areas. The first index maps the physical vulnerability due to landslide; the second index maps both direct damage (physical, structural, functional) and indirect damage (socio-economic impacts) of landslide hazards. The indexes have been computed for the 200 km2 area of the Barcelonnette Basin (South French Alps), and their potential applications are discussed.

Territorialidades, re-territorializaciones y resistencias en el Delta

A partir de la década del 70` se marca un quiebre del modelo productivo industrial, así como de las relaciones sociales y económico organizativas producto de la misma. En este marco se produce un cambio en las estructuras productivas, relacionadas con la desarticulación del Estado benefactor, en conjunción con un imperio del mercado y la reconfiguración de los modos de vida existentes cristalizados en el espacio. En este contexto, este artículo intentará abordar un proceso socio-territorial de toma ilegal de tierras por parte de la empresa Colony Park S.A., en el delta que será el puntapié inicial para analizar procesos conflictivos respecto a sus habitantes tradicionales en torno al cambio en su modo de vida, producción y relaciones sociales al consolidarse una gentrificación (Castells, 1994) y un cambio del uso del suelo tradicional a favor de los intereses del Capital. Además, analizaremos la resistencia personificada en la conjunción de los habitantes tradicionales, los vecinos y el Estado municipal. La relevancia está en analizar nuevos conflictos socio-territoriales donde la toma de tierras es producida en torno a la utilización mercantil de las mismas, y que termina generando procesos de resistencia innovadores e impensados en la sociedad industrial

Exclusión socioterritorial

Este artículo analiza el concepto de Exclusión Socioterritorial, por ser esta una de las realidades socio-espaciales más visibles de nuestro continente, puesto que la mayor cantidad del territorio y población ha resultado perdedora, marginada y excluida de su participación en las redes globales y sus beneficios.

Caracterización del contratismo de servicios en un sector de la pampa cordobesa: las localidades de Alcira Gigena y Berrotarán. Presentación de resultados preliminares de investigación

Este trabajo procura caracterizar el contratismo de servicio, desde una perspectiva geográfica, en un área específica de la pampa cordobesa. Se procura analizar su estructura como empresa, su organización social del trabajo, su característica locacional, la actividad que desarrolla, e interesa también detectar el origen de su quehacer laboral y futuras estrategias en su desenvolvimiento económico. Luego, a modo de cierre, se reflexiona a nivel cualitativo sobre la incidencia del contratismo en el plano socio-territorial. Es un estudio de caso eminentemente empírico, con el propósito de obtener datos de primera mano de su realidad laboral.

Identificación de localidades en el partido de General Pueyrredón a partir de la Implementación de Tecnologías de Información Geográfica (TIGS)

El partido de General Pueyrredón es una unidad administrativa de fuerte tradición urbana, encabezada por la ciudad de Mar del Plata. No obstante, debe indicarse que hacia 1980 otros centros poblados del partido comenzaron a mostrar signos positivos en su dinámica demográfica. El reconocimiento de localidades dentro de una unidad civil de tercer rango, como son los partidos o departamentos, presupone un nivel de complejidad vinculado con aspectos teóricos, socio-culturales y metodológicos, por cuanto existen diversas elaboraciones referidas a la definición de localidades. Así, el aporte del presente trabajo consiste en aunar criterios, evidenciar la dinámica de las categorizaciones y remarcar la importancia de conocer directamente el territorio para mejorar las tipologías. El objetivo del trabajo es identificar las localidades del Partido de General Pueyrredón mediante el uso de TIGs como herramienta con potencialidad para el análisis de los procesos socioterritoriales

Geografía y bienestar en la Argentina : Desigualdad de la sociedad y el territorio a comienzos del XXI

En este trabajo examinamos los principales resultados generados por el incremento de la desigualdad en la sociedad y el territorio argentinos durante el último período intercensal (1991-2001). En primer lugar, desarrollamos una aproximación conceptual a las nociones de pobreza, nivel de vida y bienestar, explicando las diversas dimensiones que lo constituyen. En segunda instancia, exponemos los ejes metodológicos del trabajo, señalando las fuentes y las variables e indicadores utilizados. A continuación, elaboramos los índices de bienestar, plasmados en los respectivos mapas de la sociedad y el territorio. Por último, presentamos las reflexiones finales a las que arribamos.

Movimientos sociales, territorio e identidad : El movimiento de Madres y Abuelas de Plaza de Mayo

El presente artículo tiene por objetivo aportar desde el campo de la Geografía al estudio sobre los movimientos sociales o socioterritoriales. En este sentido, más específicamente, nos interesa reflexionar sobre la importancia que adquiere el territorio en el desarrollo del Movimiento de Madres y Abuelas de Plaza de Mayo considerándolo como un movimiento socioterritorial que produce espacialidad. Es decir, interesa cómo su lucha a través del tiempo y, principalmente, mediante la apropiación de un lugar simbólico como es la Plaza de Mayo, tan significativa en la historia de la sociedad argentina, se interrelaciona con la construcción de su identidad como movimiento y, asimismo, cómo su institucionalización social en el espacio contribuye en la construcción de la identidad argentina

Reflexiones sobre la gestión "integrada" de cuencas hídricas en Buenos Aires : Las redes de organización social en las políticas de saneamiento ambiental

La gestión integrada de cuencas resulta ser una directriz de los organismos internacionales. Desde la gestión local se apela a la participación social, al tiempo que las redes de organizaciones socio-territoriales reclaman mayor injerencia en procesos de control para el saneamiento de las cuencas en Buenos Aires. En cualquier caso, sobrevuelan ideas tales como "integración" (de componentes) y "participación" (de grupos y sectores), que no necesariamente son concebidas unívocamente por todos los actores sociales en juego. Mientras tanto, el control de la contaminación del agua sigue siendo una zona gris en la gestión, a pesar de la creación de autoridades de cuenca. Desde un enfoque de redes, el presente trabajo rastrea en documentos de organismos internacionales, entrevistas a funcionarios locales y miembros de organizaciones territoriales, las acepciones sobre la "gestión integrada" y la "participación" en torno a cuencas metropolitanas degradadas

Fronteras, territorialidades y tensiones en espacios de borde

La expansión de la frontera agrícola en la región pampeana argentina supuso la revalorización de los espacios de "borde", considerados "marginales" por el capital. El propósito de este artículo es interpretar los impactos socioterritoriales, desde los planos materiales y simbólicos, que está generando la expansión de la frontera productiva (agropecuaria y petrolera), liderada por agentes con perfil empresarial, en el centro-oeste de La Pampa. Desde el abordaje interpretativo que ofrecen las metodologías cualitativas proponemos analizar, mediante un estudio de caso, cómo estos procesos de expansión de la frontera alteraron y redefinieron el campo social entre los años 2000 y 2010, la construcción social del espacio y las relaciones de poder en el paraje Chos Malal