1000 resultados para Microscópio cirúrgico
Resumo:
Trinta e cinco doentes portadores de megacólon chagásico foram operados pela técnica da retocolectomia abdominal com anastomose colorretal mecânica término-lateral durante o período de 1993 a 1997. Vinte (57,14%) doentes eram do sexo feminino e 15 (42,85%) do masculino. A idade variou de 27 a 76 anos, com média de 51 anos. A operação constou de ressecção do segmento dilatado, sepultamento do coto retal na altura da reflexão peritoneal com grampeador, dissecção do espaço retrorretal até o plano dos músculos elevadores e anastomose colorretal mecânica término-lateral posterior. Em quatro (11,42%) doentes a anastomose foi anterior. Em três (8,57%) doentes, o teste de escape da anastomose foi positivo, o que obrigou a complementação manual da sutura em dois (5,71 %) e sutura e ostomia derivativa em um (2,85%). Ocorreram sete (20,00%) complicações pós-operatórias precoces, sendo quatro consideradas relevantes (11,42%) e quatro (11,42%) complicações tardias. Houve um (2,85%) óbito por complicação clínica. Os doentes submetidos a colostomia foram reoperados para fechamento da mesma sem intercorrências. A totalidade dos doentes apresenta hábito intestinal normal. Não houve referências a alterações gênito-urinárias, nem a incontinência fecal. A anastomose foi tocada ou visibilizada em todos os pacientes examinados, durante o seguimento ambulatorial. Não houve casos de fecaloma no coto retal. Embora os resultados iniciais sejam bastante satisfatórios, é necessário maior tempo de observação para se avaliar a possibilidade de recidiva.
Resumo:
O autor fez revisão da literatura, o que lhe permitiu afirmar que o tratamento cirúrgico das hérnias inguinais contribuiu para o desenvolvimento da cirurgia como um todo. Somente no final do século passado foi alcançado o ponto importante do progresso das técnicas operatórias. Um "fantasma continuou rondando" os pacientes operados de hérnia: a recidiva. Vários grupos de cirurgiões já demonstraram essa preocupação e, a partir de 1913, passou-se a pensar em colocação de prótese, visando substituir a fáscia transversal desgastada, nas hérnias recidivadas. Dentre os vários tipos de material de prótese, a malha de polipropileno monofilamentar - marlex®, - tomou-se o mais aceitável. Nesse trabalho propõe-se a modificação da técnica de Mc Vay pelo uso da malha de polipropileno monofilamentar marlex®, que, em 109 hernioplastias para hérnias recidivadas, seguidas durante vinte anos, resultou em recidiva zero.
Resumo:
O resultado de operações na cavidade abdominal pode ser influenciado por aderências. Existem muitos conceitos ainda não comprovados sobre os efeitos das aderências na resistência de suturas tanto de vísceras intracavitárias quanto da parede abdominal. O presente trabalho visa a avaliar a influência das aderências peritoneais e vários tipos de fios cirúrgicos na tensão de ruptura da parede abdominal. Em 60 ratos Wistar, realizou-se laparotomia de 5cm de comprimento. A parede muscular e o peritônio foram fechados em plano único, com pontos simples, usando aleatoriamente os fios de náilon monofilamentar, ácido poliglicólico, categute simples e categute cromado, todos 4-0. Os animais foram divididos em três grupos: 1- Controle; 2- INTRODUÇÃO de 0,3g de talco dentro da cavidade abdominal; 3- Acréscimo de carboximetilcelulose sódica (CMC) juntamente com o talco. Houve a análise dos grupos com sete e 21 dias. Avaliou-se o grau de aderências e a tensão de ruptura da ferida cirúrgica. A CMC reduziu a formação de aderências provocadas pelo talco (p<0,01). Houve diferença na tensão de ruptura quando comparados os grupos de sete e 21 dias (p<0,05). As aderências proporcionaram uma maior força tênsil à ferida (p<0,01). O tipo de fio utilizado não influenciou na tensão de ruptura a longo prazo. Portanto, as aderências aumentaram a força tênsil dos tecidos e o tipo de fio cirúrgico não influenciou nesse processo.
Resumo:
A análise do tratamento cirúrgico de doentes portadores de pancreatite biliar mostra a existência de controvérsias em relação à oportunidade da intervenção, principalmente se deve ser precoce ou postergada. Do mesmo modo, a possibilidade do emprego de procedimentos endoscópicos no pré, intra ou pós-operatório e o advento da videolaparoscopia, trouxeram novos aspectos à discussão. Não existe consenso sobre a escolha da melhor conduta. Em função disso, analisamos retrospectivamente os resultados imediatos de 107 doentes portadores de forma leve de pancreatite, todos com menos de três sinais de gravidade, segundo o critério de estratificação proposto por Ranson, e que foram submetidos ao tratamento cirúrgico postergado na mesma internação, no período de janeiro de 1988 a maio de 1999, tanto por via convencional como por via laparoscópica. Desses, 80 doentes (75%) eram do sexo feminino, 90% da raça branca e a média de idade foi de 46 anos. Os doentes foram operados em média após 9,5 dias de internação e receberam alta hospitalar após 2,9 dias, o que resultou numa permanência hospitalar média de 12,6 dias. A colangiografia intra-operatória foi realizada em 102 casos (96%) e a colangiografia endoscópica pré-operatória em 24 doentes (22,4%). Os resultados mostraram incidência de coledocolitíase em 25 casos (23%), taxa de morbidade de 12% e mortalidade nula. Dos 107 casos estudados, 64 (60%) foram operados pela via de acesso convencional e 43 (40%) pela via laparoscópica. A comparação dos resultados entre as vias de acesso empregadas mostrou diferença estatística significante em relação ao intervalo de tempo pós-operatório, que foi menor nos doentes submetidos à via de acesso laparoscópica. Concluímos, assim, que o tratamento cirúrgico postergado de doentes portadores de pancreatite biliar na forma leve apresenta baixas morbidade e mortalidade e pode ser feito tanto pela via convencional como pela via laparoscópica. A presença de coledocolitíase, nesta casuística, não contribuiu para aumentar os índices de complicações pós-operatórias e nem a mortalidade.
Resumo:
A anastomose esôfago-visceral cervical apresenta como complicações a fístula e a estenose, que podem necessitar de reintervenção cirúrgica para sua correção. Com o objetivo de avaliar as táticas para abordagem operatória dessas complicações e seus resultados, os autores estudaram retrospectivamente nove pacientes, que demandaram esta conduta, num período de 17 anos. Foram operadas duas fístulas e sete estenoses da anastomose esôfago-visceral cervical, sendo a via de acesso inicial a cervicotomia em todos os pacientes. Em quatro casos, houve necessidade de ampliação para esternotomia mediana total, que facilitou significativamente a reconstrução, porém com mortalidade de 75%. As táticas adotadas foram a reanastomose em cinco casos, a sutura do orifício da fístula em um caso e a plastia em três casos. A ressutura teve mau resultado. As plastias evoluíram satisfatoriamente, e os doentes submetidos a reanastomose sem ésternotomia também evoluíram satisfatoriamente. A plastia da anastomose demonstrou ser uma boa tática para o tratamento da estenose cervical, enquanto a reanastomose parece ter a melhor indicação nas fístulas, devendo-se evitar a esternotomia total mediana.
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OBJETIVO: A hipertensão portal esquistossomótica com antecedente de hemorragia digestiva foi tratada com esplenectomia + ligadura da veia gástrica esquerda (LVGE) + desvascularização da grande curvatura do estômago + esclerose endoscópica pós-operatória. Quando da existência de varizes de fundo gástrico, realizamos a abertura do fundo gástrico e sutura obliterante destas varizes. O objetivo deste trabalho foi avaliar a recidiva de hemorragia digestiva, repercussões laboratoriais e mortalidade do tratamento cirúrgico/endoscópico. MÉTODOS: Entre 1992 e 1998, foram operados no HC-UFPE 131 pacientes. O seguimento médio foi de 30 meses, em 111 pacientes, que foram solicitados a retornar ao ambulatório do HC-UFPE para a realização de controle clínico e laboratorial. RESULTADOS: A recidiva hemorrágica foi de 14,4% (16/111) e uma mortalidade de 5,4% (6/111). A recidiva de hemorragia digestiva alta foi exteriorizada através de hematemese em oito pacientes e oito por melena. Dos seis pacientes que foram a óbito, três apresentavam diagnóstico de linfoma, hepatocarcinoma e infarto agudo do miocárdio, respectivamente. Dois pacientes foram a óbito no pós-operatório imediato (sepse e coagulação intravascular disseminada). O sexto paciente foi a óbito por recidiva da hemorragia digestiva alta. Em nove pacientes, 13,2%, foi diagnosticada trombose da veia porta. Os dados laboratoriais, hematológicos e de função hepática também foram analisados. CONCLUSÕES: Os autores concluíram que o tratamento cirúrgico da hipertensão portal esquistossomótica, através da esplenectomia + LVGE + desvascularização da grande curvatura do estômago + esclerose endoscópica pós-operatória determina resultados compatíveis com a literatura em relação à recidiva de sangramento, mas preserva a funcionalidade hepática.
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OBJETIVO: Determinar a validade do enxerto autólogo de crista ilíaca não vascularizado no tratamento cirúrgico do ameloblastoma de mandíbula. MÉTODO: Nos Serviços de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e Semiologia Bucal do Complexo Hospitalar Heliópolis, de 1980 a 2000, foram tratados 31 pacientes com ameloblastoma de mandíbula, dos quais sete receberam enxerto de crista ilíaca autólogo, fixos com placa de titânio do sistema A-0 (quatro casos) e aço inox (três casos), sendo portadores da variedade folicular (seis casos) e plexiforme (um caso). RESULTADOS: Nesta análise, foi utilizado o Teste de Hipótese para a média populacional com a variança desconhecida, houve exposição da placa em três casos (40%) quando a neoplasia ultrapassava a linha média e em quatro casos (60%) não incidiu nenhuma complicação. CONCLUSÕES: Apesar da incidência de exposição de placa, o método é indicado na reconstrução da mandíbula de pacientes com ameloblastoma.
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OBJETIVO: Analisar a indicação, resultados e limitações da portoenterostomia para o tratamento da atresia de vias biliares em hospital infantil terciário no Rio de Janeiro-RJ/Brasil. MÉTODO: Foram estudados prospectivamente oito pacientes submetidos à portoenterostomia do tipo Kasai 1, num período de três anos (1997-2000). Todos foram submetidos à antibioticoterapia profilática, uso de colerético, reavaliação médica mensal nos primeiros seis meses de seguimento e reavaliação laboratorial, ultra-sonográfica e através de endoscopia digestiva alta em prazos programados. RESULTADOS: Em cinco pacientes foi possível obter drenagem biliar estável e satisfatória por > 6 meses pós-operatórios. Quatro faleceram no período de observação (um por insuficiência hepática, um por colangite, dois por hemorragias digestivas, inclusive os três pacientes em que não foi obtida drenagem biliar satisfatória). Quatro persistem em bom estado geral, anictéricos, um deles com fibrose hepática residual grave e provável indicação futura de transplante hepático. Detectamos problemas graves com relação ao encaminhamento tardio de doentes para tratamento e para disponibilizar transplante hepático quando necessário. CONCLUSÕES: Os resultados da portoenterostomia são compensadores quando é possível obter bom débito biliar no pós-operatório. Em pacientes em que não é obtida boa drenagem biliar o pós-operatório é tormentoso e o óbito é esperado até o segundo ano de vida sem o uso de transplante hepático. É necessário disponibilizar transplante hepático pediátrico em nosso meio e conscientizar a comunidade médica para o encaminhamento precoce de bebês ictéricos além dos primeiros 15 dias de vida para investigação e tratamento em unidades especializadas.
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OBJETIVO: o objetivo deste estudo retrospectivo foi analisar os resultados de 25 doentes com linfoma gástrico primário operados com intenção curativa. MÉTODO: os dados foram obtidos pela revisão dos prontuários e contato com os doentes ou familiares. A doença foi estadiada pelo sistema Ann Arbor modificado por Musshoff e Schmidt-Vollmer e a classificação histológica utilizada foi o sistema de Kiel. O esquema de radioterapia utilizado foi o CHOP e a radioterapia aplicada foi de 2000 a 4000 cGy. RESULTADOS: os sintomas e sinais clínicos assemelhavam-se aos da doença péptica ulcerosa ou do carcinoma gástrico Obteve-se o diagnóstico pré-operatório pela biópsia endoscópica em três casos e a exploração cirúrgica foi necessária para o diagnóstico nos restantes. No pré-operatório, sete doentes (30,4%) foram submetidos ao mielograma, que foi normal. Todos os pacientes foram submetidos à ressecção (12 gastrectomias subtotais e 13 gastrectomias totais) com retirada dos linfonodos regionais. Dez doentes (40%) receberam tratamento complementar (quimioterapia e/ou radioterapia). O estadiamento foi significativamente mais avançado nas lesões fundocárdicas e nos mais idosos e a sobrevida média foi de 31,5 meses. CONCLUSÕES: nesta série, as variáveis que influenciaram significativamente os índices de sobrevida foram a idade e o estádio avançados, o tamanho da lesão maior que 6,0cm e a realização do tratamento adjuvante pós-operatório (p< 0,05). Estes resultados sugerem que a ressecção completa da lesão com linfonodos adjacentes, acompanhada de tratamento adjuvante, constitui a melhor abordagem do linfoma gástrico primário ressecável.
Resumo:
OBJETIVO: A esclerodermia é caracterizada pelo aumento fibrótico do tecido conectivo. O envolvimento esofágico atinge 75 a 90% dos pacientes. O receio em se construir uma válvula em um esôfago hipotônico levou às operações de ressecção, que têm morbidade significante. Posteriormente, estudos com técnicas anti-refluxo demonstraram regressão dos sintomas em 69 a 75% dos pacientes. MÉTODO: Sete pacientes femininas (32 a 59 anos, seguimento entre seis e 48 meses) com esclerodermia apresentavam pirose e havia disfagia em seis casos. Quatro pacientes com estenoses necessitaram dilatações. Quatro pacientes foram submetidas à técnica de Nissen modificada e três pacientes à técnica de Lind, por via laparoscópica. Houve uma conversão. RESULTADOS: Todas obtiveram alguma melhora clínica, exceto uma em que houve migração da válvula. Quatro pacientes ficaram com Visick grau I (58%), uma com grau II (14%), uma com grau III (14%) e uma com grau IV (14%). Não houve retardo importante do esvaziamento esofágico à cintilografia, e os exames não demonstraram mais estenoses. CONCLUSÃO: O tratamento cirúrgico anti-refluxo é eficaz em regredir os sintomas da DRGE na esclerodermia, sem comprometer a função esofágica. As ressecções são indicadas para falha do tratamento inicial, pacientes com estenoses graves ou lesões malignas.
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O linfonodo sentinela é o primeiro linfonodo que recebe a drenagem linfática proveniente do câncer de mama. A sua detecção tem a finalidade de predizer o estado da axila e evitar o esvaziamento axilar nos pacientes sem comprometimento metastático. Os autores realizaram uma ampla revisão da literatura, envolvendo os aspectos cirúrgicos, de Medicina Nuclear e de Anatomia Patológica do linfonodo sentinela. Muitos estudos demonstraram a eficácia do linfonodo sentinela em predizer o comprometimento axilar. Entretanto, existem várias técnicas empregadas para a identificação desse linfonodo, sem haver ainda um consenso em relação ao método mais adequado e reproduzível. A associação do corante vital com o probe, até o presente, é a que tem apresentado os melhores resultados. Também não existe uma padronização do exame patológico intra-operatório do linfonodo sentinela e os índices de falso-negativos encontrados são bastante variáveis. A biópsia do linfonodo sentinela pode oferecer uma alternativa segura à dissecção axilar e com menos efeitos colaterais nos pacientes com axila clinicamente negativa. Entretanto alguns pontos conflitantes devem ser resolvidos antes que o método passe a ser utilizado na prática com o câncer de mama. O objetivo desse trabalho foi discutir os principais aspectos envolvidos no desenvolvimento e na aplicação dessa técnica.
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OBJETIVO: Avaliar o fluxo sangüíneo portal na esquistossomose hepato-esplênica e o efeito tardio do tratamento cirúrgico na hemodinâmica portal. MÉTODO: Foram estudados 64 pacientes por Doppler dúplex: grupo I (pacientes com hipertensão portal esquistossomótica); grupo II (pacientes submetidos a desconexão ázigo-portal com esplenectomia) e grupo III (pacientes submetidos derivação esplenorrenal distal). RESULTADOS: O fluxo da veia porta foi maior no grupo I (1954,46 ± 693,73ml/min) e foi menor no grupo III (639,55 ± 285,86ml/min), neste correlacionou-se com o tempo pós-operatório (r=-0,67, p=0,0005). O fluxo sangüíneo portal do grupo II (1097,18 ± 342,12ml/min) foi semelhante ao de indivíduos normais. As mesmas alterações foram verificadas com relação ao diâmetro da veia porta nos grupos I, II, e III (cm): 1,46 ± 0,23; 1,12 ± 0,22; 0,93 ± 0,20, respectivamente. CONCLUSÕES: Estes dados sugerem que: 1) Existe hiperfluxo portal na fisiopatologia da hipertensão portal esquistossomótica; 2) o tratamento cirúrgico interferiu na hemodinâmica portal, diminuindo o fluxo sangüíneo da veia porta; 3) Esta redução do fluxo sangüíneo portal correlacionou-se com o tempo de seguimento pós-operatório no grupo III mas não no grupo II.
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The authors describe a case of a 52 years-old woman who presented recurrent and metastatic pheochromocytoma from a primary lesion ressected from the right adrenal, who was treated by surgical ressection with good results.
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OBJETIVO: Analisar pré-operatoriamente o peso do baço como fator prognóstico do tratamento cirúrgico de pacientes portadores de esquistossomose mansônica. MÉTODOS: Foram analisados 114 pacientes, portadores de esquistossomose mansônica com antecedentes de hemorragia digestiva, submetidos a tratamento cirúrgico. Os pacientes foram divididos em três grupos: Grupo 1 - baço menor que 500 gramas (17); Grupo 2 - baço entre 500 e 1.000 gramas (58); Grupo 3 - baço acima de 1.000 gramas (39). RESULTADOS: No Grupo 1 a recidiva hemorrágica foi de 17,6%, trombose da veia porta de 5,9% e não houve mortalidade. A incidência de hiperesplenismo pré-operatório foi de 29,4% e o calibre da veia porta foi de 1,1cm. No Grupo 2 a recidiva hemorrágica foi de 15,5%, trombose da veia porta de 10,3% e a mortalidade de quatro pacientes (6,9%) (dois pacientes no período pós-operatório e dois no seguimento tardio, hepatocarcinoma e hemorragia digestiva). A incidência de hiperesplenismo foi de 53,4% e o calibre médio da veia porta foi de 1,4cm. No Grupo 3 a recidiva hemorrágica foi de 12,8%, trombose da veia porta de 5,1% e uma mortalidade tardia de dois pacientes (linfoma e infarto agudo do miocárdio). A incidência de hiperesplenismo foi de 76,9% e o calibre da veia porta foi de 1,5cm. CONCLUSÕES: O peso do baço apresenta relação com o hiperesplenismo pré-operatório, calibre da veia porta e permanência hospitalar pós-operatória. Não encontramos relação com a incidência de varizes de fundo gástrico, recidiva de sangramento digestivo, trombose da veia porta, grau de fibrose periportal e dados bioquímicos.
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OBJETIVO: Relatar a experiência pessoal no tratamento cirúrgico de hérnias incisionais com a utilização da malha de polipropileno monofilamentar-márlex. MÉTODOS: Foram operados e seguidos 74 pacientes portadores de hérnia incisional originada de tratamento cirúrgico de diferentes afecções da cavidde abdominal, com idade entre 30 e 94 anos, sendo 39 do sexo feminino e 35 do sexo masculino. Destes 41,9% foram submetidos a hernioplastia incisional pela primeira vez e 58,1% já haviam tentado o tratamento sem sucesso. A técnica operatória usada foi a dissecção do saco herniário, ressecção da fibrose resultante de operações anteriores e fixação de tela de márlex substituindo ou reforçando a fáscia transversal por baixo dos músculos da parede abdominal. RESULTADO: 74 pacientes foram operados e seguidos de 1975 a 1995. Na última revisão, em maio de 1998, três pacientes haviam falecido, dois de doenças cardíacas e um de doença neoplasia. Apenas um paciente (1,3%) apresentou recidiva, no início da experiência. Este foi reoperado e terve sua hérnia incisional curada. CONCLUSÃO: o uso da tela de márlex tecnicamente aplicada é o método ideal para a cura definitiva das hérnias incisionais.