294 resultados para Lagartas-desfolhadoras
Resumo:
O objetivo foi avaliar a eficiência de inseticidas à base de nim no controle da mariposa-oriental G. molesta em laboratório. A dieta artificial foi cortada em cubos e imersa nas caldas dos respectivos tratamentos; em seguida, lagartas recém-eclodidas foram transferidas para tubos de vidro, contendo os cubos de dieta tratados. Os produtos testados foram: NeemAzal-T/S®, Dalneem emulsionável®, Organic Neem® e Natuneem Agrícola® na concentração de 0,5% do produto comercial (p.c.) em comparação com o inseticida químico fenitrotion (Sumithion 500 CE®) a 0,15% p.c. e uma testemunha (água). Os inseticidas NeemAzal-T/S® e Dalneem emulsionável® apresentaram a mortalidade de 100% das lagartas, sendo eficientes no controle do inseto em condições de laboratório. Organic Neem® e Natuneem Agrícola® demonstraram menor atividade inseticida, ocasionando mortalidade de 73,5% e 22,5%, respectivamente; no entanto, afetaram significativamente a viabilidade larval.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência e os efeitos subletais de um inseticida à base de nim (10 g.L-1 de azadiractina A) sobre a lagarta-enroladeira Bonagota salubricola em laboratório. Nos bioensaios, foi utilizado o produto à base de azadiractina NeemAzal-T/S® nas concentrações de 0,06%; 0,09%; 0,12%; 0,16%; 0,18% e 0,20% do produto comercial (p.c) e uma testemunha (água destilada). A dieta artificial foi cortada em cubos e imersa nas caldas das respectivas concentrações do produto, e, em seguida, lagartas recém-eclodidas foram transferidas para tubos de vidro, contendo os cubos de dieta tratados. Quando a dieta artificial foi tratada com concentração de 0,20% do produto comercial, houve 100% da mortalidade aos 6 dias após a inoculação. Por outro lado, as concentrações de 0,16 e 0,18% prolongaram a fase larval, reduziram a viabilidade de pupas e afetaram negativamente a fecundidade do inseto.
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O sistema de produção integrada (IP) é uma tecnologia que permite aumentar a segurança alimentar, diminuir a aplicação de produtos químicos e o impacto ambiental. Este trabalho comparou dois pomares de pêssego da cultivar Chimarrita, um deles sob produção integrada e o outro sob manejo convencional (CP), situados na Lapa, Paraná, Brasil. O manejo do pomar CP foi o usualmente aplicado pelos produtores locais, e o manejo IP foi o recomendado pelas Normas Brasileiras de Produção Integrada de Pêssego. Durante três safras (2002, 2003 e 2004), produtividade, calibre dos frutos, incidência de podridão parda e danos (causados por Grapholita, Anastrepha, lagartas e outras causas) foram quantificados em ambos os sistemas. O número de aplicações de inseticidas e fungicidas no CP foi maior que no IP, tal qual ocorreu com a incidência de podridão-parda. Grapholita molesta, Anastrepha spp. e lagartas foram mantidas sob controle durante as três safras. A produtividade, bem como o tamanho dos frutos, foram maiores no IP, indicando as vantagens desse sistema de produção.
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A mariposa-oriental Grapholita molesta é uma das principais pragas da macieira e do pessegueiro. Neste trabalho, foi avaliada a mortalidade causada por inseticidas quando aplicados sobre diferentes fases de desenvolvimento de G. molesta e sobre ponteiros e frutos de macieira e pessegueiro. Os inseticidas acetamiprido (8 g 100L-1), fosmete (100 g 100L-1), espinetoram (3,75 g 100L-1) e novalurom (4,0 g i.a 100L-1) reduziram a eclosão em níveis superiores a 80%, independentemente de a aplicação ser realizada em pré ou pós-oviposição. O etofenproxi (15 g 100L-1) foi mais eficaz quando aplicado em pós-oviposição. Em ponteiros de macieira e pessegueiro, os inseticidas acetamiprido, clorantraniliprole (4,9 g 100L-1), etofenproxi, fosmete, novalurom e espinetoram causaram mortalidade de lagartas acima de 90%. Em frutos de macieira, os inseticidas acetamiprido, clorantraniliprole, etofenproxi, fosmete e espinetoram causaram mortalidade de lagartas de 100; 79; 76; 97 e 100%, respectivamente, enquanto em frutos de pessegueiro apresentaram controle superior a 85%. O inseticida novalurom aplicado em frutos causou menor mortalidade das lagartas quando comparado à aplicação em ponteiros. Em adultos, apenas os inseticidas etofenproxi e fosmete foram tóxicos tanto a fêmeas (59 e 39%) quanto a machos (79 e 80%), enquanto o espinetoram mostrou efeito apenas em machos (78%). Conclui-se que os inseticidas etofenproxi, fosmete e espinetoram foram eficientes no controle de G. molesta em todas as fases de desenvolvimento.
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RESUMO O bicho-furão, Gymnandrosoma aurantiana (Lima, 1927), é uma das principais pragas da citricultura brasileira, pois os frutos atacados pelas lagartas tornam-se inviáveis para o consumo in natura e processamento industrial. Objetivou-se estudar a distribuição espacial dos danos causados por G. aurantiana utilizando geoestatística. Para tanto, foi conduzido um experimento em um pomar de laranjeira-doce da variedade ‘Valência’, enxertado sobre limoeiro ‘Cravo’, localizado em Taquaritinga-SP, Brasil. A área foi dividida em 88 parcelas, sendo cada parcela formada por 30 plantas dispostas em três linhas de 10 plantas, e em seguida foi obtido o número de frutos atacados para os anos de 2007 e 2008. A distribuição dos frutos atacados pela praga foi agregada ao longo das avaliações, com variância maior que a média para todas as amostragens. Os dados apresentaram ajuste adequado segundo o modelo esférico, e o alcance da dependência espacial (a) variou entre 40,66 e 135,40 m. A estimativa de frutos atacados nas áreas não amostradas foi obtida pela krigagem, e os principais focos da praga foram observados nas parcelas próximas aos limites da área experimental.
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O objetivo deste trabalho foi investigar se o consumo de folhas de mudas de eucalipto por insetos herbívoros pode ser influenciado pela condição nutricional a que essas plantas estão submetidas. Para tal, mudas de Eucalyptus grandis W. Hill ex Maiden foram mantidas em soluções nutritivas, constituindo tratamentos diferenciados entre si pela presença e ausência dos macronutrrientes nitrogênio, fósforo e potássio, além da solução completa e da testemunha, sendo este último tratamento constituído somente por água destilada. Após as plantas estarem submetidas às diferentes condições de nutrição por 30 dias, suas folhas foram arrancadas e oferecidas como dieta a lagartas de Eupseudossoma involuta (Lepidoptera - Arctiidae). Decorridas 20 horas do início do período de alimentação, o restante da dieta de folhas foi pesado. Avaliaram-se os parâmetros altura e número de folhas das mudas de E. grandis antes e depois de submetidas aos tratamentos, bem como o peso das folhas antes e depois de serem oferecidas aos insetos. Concluiu-se que houve preferência alimentar das lagartas em função da nutrição com que as plantas de E. grandis eram mantidas.
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A biologia de Mimallo amilia Cramer (Lepidoptera: Mimallonidae) foi estudada em folhas de Eucalyptus urophylla em laboratório a 25 ± 2 ºC, 60 ± 10% de umidade relativa e fotoperíodo de 12 horas de luz e 12 horas de escuro. Essa espécie teve duração da fase larval de 34,88 dias e cinco estádios larvais. Houve mortalidade de lagartas no primeiro, terceiro e quarto estádios com 5,00; 7,89; e 14,28%, respectivamente. Os períodos de pré-pupa e de pupa foram de 4,33 ± 0,33 e 3,90 ± 0,23 e de 18,78 ± 0,69 e 18,82 ± 0,41 dias para machos e fêmeas, respectivamente. Cada fêmea de M. amilia depositou 4,86 ± 0,48 posturas com 19,84 ± 1,76 ovos por postura. O período de incubação dos ovos foi de 8,60 ± 0,24 dias, com viabilidade de 88,63%. A longevidade de adultos foi de 5,66 ± 0,61 e 9,22 ± 0,79 dias, com envergadura das asas de 42,70 ± 0,32 e 49,70 ± 0,17 mm para machos e fêmeas, respectivamente, e razão sexual de 0,56. As lagartas dessa espécie apresentaram tamanho de 0,90 ± 0,01 mm no primeiro estádio a 4,40 ± 1,42 mm no último.
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O objetivo deste trabalho foi estudar aspectos biológicos de Halysidota pearsoni Watson, 1980 (Lepidoptera: Arctiidae). Lagartas de H. pearsoni foram criadas com folhas de Morus alba L. em potes plásticos até a fase de pupa. Dez casais desse lepidóptero foram individualizados em gaiolas para obtenção de ovos à temperatura de 25 ± 2 °C, umidade relativa de 60 ± 10% e fotofase de 12 horas. Halysidota pearsoni teve período de oviposição de 3,5 ± 0,17 com 141,00 ± 9,18 ovos por fêmea, período de incubação de 7,5 ± 0,17 dias e viabilidade de ovos de 53,34 ± 5,24%. A fase larval de H. pearsoni teve seis estádios, com duração total de 28 dias, viabilidade de 91,78 ± 3,24%. A duração e a viabilidade dos períodos pré-pupal e pupal de H. pearsoni foram, respectivamente, de 7,0 ± 00 e 19,39 ± 0,74 dias e de 70,15 ± 5,63 e 93,62 ± 3,60%. O peso médio de suas pupas foi de 464,17 ± 7,70 mg e a razão sexual e de 0,45. A longevidade (dias) de machos e fêmeas de H. pearsoni, com folhas de M. alba, foi de 7,40 ± 0,34 e 9,50 ± 0,45, respectivamente.
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Neste trabalho, estudaram-se o desenvolvimento e a reprodução de Dirphia moderata Bouvier, 1919 (Lepidoptera: Saturniidae) alimentada com Eucalyptus cloeziana F. Muell ou Psidium guajava L. Os períodos de pré-oviposição, oviposição e incubação e a viabilidade e número de ovos por fêmea foram de 6,71 ± 0,18 dia; 4,00 ± 0,66 dia; 18,14 ± 0,18 dia; 17,54 ± 3,78%; 121,71 ± 18,96% para esse inseto com E. cloeziana e de 3,86 ± 0,26 dia; 5,86 ± 0,40 dia; 17,71 ± 0,21 dia; 23,12 ± 10,81%; 112,00 ± 8,79% com P. guajava, respectivamente. A duração e viabilidade larval (%) foram de 53,00 ± 0,09 e 80,00 ± 0,99 e de 55,83 ± 0,29 e de 77,5 ± 6,60 para lagartas de D. moderata criadas nos primeiro e segundo hospedeiros, respectivamente. A duração e viabilidade das fases de pré-pupa e pupa foram de 4,84 ± 0,07 dia e 96,88 ± 3,13% e de 37,64 ± 1,20 dia e 84,37 ± 6,53% com E. cloeziana e de 3,82 ± 0,06 dia e 100% e de 49,93 ± 2,04 dias e 75,00 ± 7,79% com P. guajava, respectivamente. A razão sexual de D. moderata foi de 0,48 e 0,46 e a longevidade, de 6,78 e 8,84 dias para machos e de 10,23 e 10,07 dias para fêmeas desse inseto com E. cloeziana e P. guajava, respectivamente. D. moderata apresentou melhor desenvolvimento e reprodução em E. cloeziana, mas P. guajava pode, também, ser utilizado para a criação desse inseto em laboratório.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência do parasitismo e a biologia da prole do parasitoide Palmistichus elaeisis Delvare e La Salle (Hymenoptera: Eulophidae) em pupas de Thyrinteina arnobia Stoll (Lepidoptera: Geometridae) quando criadas em plantas de Psidium guajava ou Eucalyptus cloeziana. Ovos de T. arnobia foram coletados e colocados em sacos de tecido tipo organza envolvendo galhos de plantas de P. guajava (T1) e E. cloeziana (T2) até as lagartas alcançarem a fase de pupa. Trinta pupas de cada tratamento foram individualizadas em tubos de vidro e expostas ao parasitismo por quatro fêmeas de P. elaeisis por 24 h. Avaliaram-se a emergência da progênie do parasitoide por pupa; a porcentagem de parasitismo, pupas mortas e de adultos de T. arnobia emergidos; a duração do ciclo de vida (ovo-adulto);a longevidade; a razão sexual; e o tamanho da cápsula cefálica e do corpo do parasitoide. A porcentagem de parasitismo, a emergência de P. elaeisis por pupa, a longevidade das fêmeas e o tamanho da cápsula cefálica e do corpo dos machos do parasitoide foram menores quando seu hospedeiro foi criado em plantas de eucalipto. Isso pode ter ocorrido devido à grande quantidade de compostos do metabolismo secundário presentes nesta planta, que podem ser acumulados no corpo do herbívoro ao se alimentar, afetando negativamente o inimigo natural. Palmistichus elaeisis mostrou-se mais adaptado à mirtácea nativa da América P. guajava.
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Avaliou-se a influência da pressurização da calda de pulverização na viabilidade dos seguintes microrganismos entomopatogênicos: o fungo Metarhizium anisopliae, a bactéria Bacillus thuringiensis var. kurstaki, o nucleopoliedrovirus de Anticarsia gemmatalis (AgMNPV) e o nematóide Steinernema glaseri. Utilizou-se do sistema hidráulico de um pulverizador, sem filtros, equipado com ponta de pulverização de jato cônico JA-2. O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado, com sete tratamentos: pressurização da calda em 172; 345; 517; 689; 1.034 e 1.379 MPa, e a testemunha (calda não submetida à pressurização). A avaliação da viabilidade de M. anisopliae foi realizada por meio da porcentagem de germinação dos conídios. Para B. thuringiensis, foi considerado o número de colônias. A eficácia do AgMNPV foi estimada indiretamente, pela mortalidade causada às lagartas de A. gemmatalis no início do terceiro instar, alimentadas com dieta artificial impregnada com suspensão viral. No caso do S. glaseri, foi calculada a porcentagem de indivíduos vivos em lâmina de Peters. Conclui-se que se podem pulverizar os entomopatógenos M. anisopliae, B. thuringiensis, AgMNPV e S. glaseri, até a pressão de 1.379 MPa, sem que haja perda na viabilidade desses organismos utilizados como agentes de controle biológico.
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Teve-se o objetivo de avaliar o espectro e a uniformidade de gotas em função de equipamentos de pulverização, volumes de calda e dosagem de inseticida na mortalidade de Pseudoplusia includens em laboratório. O trabalho foi conduzido na UNESP de Jaboticabal, sendo realizada uma aplicação sobre as lagartas com os tratamentos: dois equipamentos (bico rotativo e bico hidráulico); dois volumes de calda (17 e 50 L ha-1 para o bico rotativo, e 50 e 100 L ha-1 para o bico hidráulico), e duas dosagens do inseticida endosulfan (0,5 e 1,0 L p.c. ha-1), segundo delineamento inteiramente casualizado, no esquema fatorial 2x2x2 + 1 testemunha. Avaliou-se diariamente a mortalidade das lagartas até o sexto dia após a aplicação dos tratamentos. O espectro de gotas foi avaliado em aparelho medidor de tamanho de partículas, em tempo real, que determina o diâmetro das gotas do espectro pulverizado por meio do desvio de trajetória que sofrem os raios de um feixe de laser ao atingi-las. Verifica-se que, na aplicação em laboratório, onde o produto atinge diretamente o alvo, o volume pode ser reduzido para até 17 L ha-1, sem prejudicar o controle de P. includens; a dosagem de 0,5 L ha-1 do produto comercial endosulfan (recomendada para Anticarsia gemmatalis) não controla satisfatoriamente a lagarta P. includens; o bico rotativo produz gotas de maior uniformidade (AR: 0,52) e com menor percentagem suscetível à deriva (3,3%), comparada à ponta de pulverização de energia hidráulica (AR:1,34 e % gotas ≤ 100 µm: 15,2).
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Fatores de risco que afetam a produção de sementes em Ipomoea pes-caprae (L.) R. Br. (Convolvulaceae) foram avaliados em 10 praias da Ilha de Santa Catarina, SC. Ipomoea pes-caprae é auto-incompatível, possui longos estolões, com difícil individualização dos genetas em campo. Assim, manchas de I. pes-caprae foram monitoradas, sendo definidas como áreas ocupadas pela espécie, descontínuas entre si. Nestas, 9,4% a 76,0% das inflorescências estavam abortadas. Soterramentos causaram perda de botões e frutos, mas a ineficiência de polinização parece explicar a grande taxa de abortos após a floração. A predação de sementes pelas larvas dos bruquídeos Megacerus baeri e M. reticulatus e por lagartas da mariposa Ephestia kuhniella foi expressiva. Os bruquídeos ovipõem preferencialmente em frutos em amadurecimento, danificando até 65,7% das sementes produzidas nas manchas. Ephestia kuhniella danificou até 57,4% das sementes em 1996 e até 5,4% em 1997, ano com menor abundância de frutos. Frutos com mariposa não abrem para dispersão, permanecendo três meses e meio presos à planta. As sementes intactas destes frutos são viáveis e com sobrevivência de plântulas similar às provindas de frutos sem infestação. Os danos registrados podem reduzir as sementes viáveis a 9% do total produzido, estimando-se de 0,5 a 30,6 sementes viáveis m-2 nas manchas estudadas. As maiores densidades de sementes viáveis ocorreram nas manchas com mais frutos, reforçando como vantajosa, uma alta produção de frutos. A baixa densidade de sementes viáveis encontradas em algumas localidades talvez possa comprometer a regeneração local da espécie.
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Spodoptera frugiperda é um inseto-praga responsável por altos níveis de desfolhamento em gramíneas cultivadas, sendo que, dentre os métodos de controle, o biológico pode vir a tornar-se uma alternativa. Foi feita uma revisão de literatura sobre parasitóides de S. frugiperda. A ocorrência de parasitóides desse inseto, em áreas de cultivo de milho da EEA/IRGA, foi avaliada em Cachoeirinha, RS. Verificou-se a presença de Chelonus sp., Cotesia sp. e Exaticolus sp. (Hym., Braconidae), Campoletis flavicincta e Ophion sp. (Hym., Ichneumonidae) e de Archytas incertus e Lespesia archippivora (Dip., Tachinidae), com predomínio de C. flavicincta. Em função da dificuldade de obtenção de fêmeas deste inseto em laboratório, foram avaliadas diferentes condições de criação. Desta forma, registrou-se uma razão sexual de 0,41 quando foram expostas lagartas de segundo ínstar de S. frugiperda, as fêmeas do parasitóide apresentavam idade entre 3 e 6 dias e os casais foram formados no momento da exposição. Por fim, aspectos referentes à interação entre C. flavicincta/S. frugiperda/B. thuringiensis aizawai, em laboratório, foram avaliados A partir de análise do consumo alimentar de folhas de milho, observou-se que lagartas parasitadas e infectadas apresentaram um menor consumo, apesar do mesmo não ter diferido daquele de lagartas apenas parasitadas. A mortalidade das lagartas parasitadas e infectadas foi superior tanto das infectadas quanto das parasitadas. Lagartas infectadas mostraram um período de alimentação que não diferiu das sadias, apesar de terem apresentado maior duração da fase larval. Indivíduos descendentes de casais que emergiram de lagartas infectadas não tiveram alteradas suas características biológicas. A análise histológica de lagartas parasitadas e infectadas indicou não ter havido alteração no ovo e larva do parasitóide, resultante da ação do bacilo. Pode-se, portanto, inferir que o uso conjunto do parasitóide e da bactéria não resulta em prejuízo para o parasitóide.
Resumo:
Spodoptera frugiperda, uma das principais pragas do milho, tem grande importância pelos danos e dificuldades de controle. A ausência de informações sobre seu impacto em milho doce motivou a comparação de sua biologia entre os genótipos ELISA, BR 400 (milho doce) e BR PAMPA (milho comum). Parcelas com estes genótipos foram estabelecidas em área experimental do Departamento de Fitossanidade, UFRGS, Porto Alegre, RS, de outubro-novembro/2000 e de outubro-novembro/2001. Em condições de laboratório (25±1ºC; 70±10%UR; fotofase 12 horas), lagartas foram individualizadas e alimentadas com seções de 3,14 cm2 de milho, totalizando 60 indivíduos/genótipo. Diariamente, avaliou-se a área foliar consumida, peso das lagartas, indivíduos mortos e recolheram-se as cápsulas cefálicas. As pupas foram sexadas e pesadas, computando-se os indivíduos mortos. Os adultos foram mantidos aos casais, registrando-se períodos de pré-oviposição, oviposição e pós-reprodutivo, número de posturas e de ovos/postura, período de incubação, intervalo entre oviposições e longevidade. A preferência alimentar foi avaliada quantificando-se o consumo foliar em observações de 12, 36 e 72 horas. Foram calculados índices nutricionais. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas por Tukey a 5%. Não se registrou diferença na largura das cápsulas, nos três primeiros ínstares. No quarto e quinto ínstares, as cápsulas das lagartas mantidas em BR 400 foram menores O consumo foliar, o peso das lagartas e das pupas, a duração dos ínstares e a razão sexual não diferiram entre os genótipos. A duração da fase pupal foi menor nas fêmeas mantidas em BR 400. A mortalidade foi maior, na fase larval, em ELISA e na pupal, em BR PAMPA. Na fase reprodutiva constatou-se diferença apenas no período de incubação, que em BR 400 foi mais longo. Não se observou preferência alimentar. Em relação aos índices nutricionais, somente a taxa de crescimento relativo (RGR) diferiu entre os genótipos, sendo que em BR 400 e ELISA foram observados valores superiores.