954 resultados para HORMONAL
Resumo:
Há controvérsia sobre a relação entre o uso de contraceptivos hormonais e o risco de adquirir o vírus da imunodeficiência humana (HIV), e pouco se sabe sobre os efeitos da contracepção hormonal em mulheres infectadas (efeitos colaterais, distúrbios menstruais, progressão da doença, interações com terapias anti-retrovirais). O objetivo deste artigo foi revisar os dados disponíveis quanto à vulnerabilidade ao HIV e à sua transmissibilidade na vigência do uso de contraceptivos hormonais bem como as conseqüências potenciais do uso desses contraceptivos por mulheres HIV-positivas sob terapia anti-retroviral (TARV), com ênfase nas interações medicamentosas. Concluiu-se que ainda não é possível elaborar recomendações, baseadas em evidências, sobre a contracepção hormonal em mulheres portadoras do HIV sob TARV. Assim, os infectologistas e os ginecologistas devem estar atentos às interações potenciais que possam representar aumento de efeitos adversos, individualizando a orientação sobre os esteróides contraceptivos, suas doses e vias de administração, considerando a TARV em uso.
Resumo:
Existem evidências de que estrogênios, progesterona e androgênios têm efeito modulador sobre as respostas imunes humoral e celular. Estes efeitos ocorrem via interações imuno-neuroendócrinas, envolvendo a hipófise, esteróides sexuais, hormônios do timo e a presença de receptores específicos. As respostas imunes, tanto a celular como a humoral, podem ser alteradas durante a gravidez, ooforectomia, menopausa e terapia hormonal (TH). O estrogênio deprime a imunidade celular, suprime a atividade das células matadoras naturais e aumenta a produção de anticorpos. Progesterona/progestogênios têm efeito imunossupressor sobre a imunidade celular. Androgênios, após a conversão em estrogênios, podem estimular o sistema imuno humoral. A TH é, ainda, amplamente usada em mulheres após a menopausa, com o propósito de eliminar os sintomas do hipoestrogenismo e prevenir atrofia genital e perda da massa óssea. Seu uso, com o objetivo de atenuar o risco de doenças cardiovasculares ou doenças neurodegenerativas, permanece em debate. Poucos estudos foram efetuados com o propósito de examinar o efeito da TH na pós-menopausa sobre o sistema imunológico e as reações inflamatórias. Há evidências de que o hipoestrogenismo, seguindo a menopausa, possa resultar em menor resistência às infecções. Esta revisão fundamenta o entendimento da interação entre esteróides sexuais e sistema imune e, baseado em estudos epidemiológicos e clínicos, examina a aplicabilidade da TH, durante a menopausa, na modulação das respostas imunes celular e humoral. Concluiu-se que a TH normaliza a resposta imunocelular.
Resumo:
OBJETIVO: avaliar a qualidade de vida (QV) de mulheres na pós-menopausa usuárias e São Paulo. MÉTODOS: foi conduzido estudo clínico transversal, com 250 mulheres na pós-menopausa, idade entre 45 a 70 anos, atendidas em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), de setembro de 2007 a agosto de 2008. As participantes foram divididas em dois grupos: usuárias de terapia hormonal (TH, n=70) e não usuárias (n=180). Consideraram-se como usuárias de TH aquelas que faziam uso contínuo dessa terapia há pelo menos seis meses. Foram avaliadas as características sociodemográficas e clínicas. Aplicou-se o Índice Menopausal de Blatt e Kupperman (IMBK), para avaliar a intensidade dos sintomas climatéricos, e o Questionário de Saúde da Mulher (QSM), para a avaliação da QV. A análise estatística foi realizada pelo teste do χ2 ou exato de Fisher, teste de Mann-Whitney e de Kruskal-Wallis. RESULTADOS: não foram encontradas diferenças significativas na comparação entre os grupos quanto à idade, menarca, menopausa, paridade e índice massa corpórea. Observou-se que 67,2% eram casadas, 83,2% com ensino fundamental e 53,2% se ocupavam com os trabalhos domésticos, não diferindo entre os grupos. As usuárias de TH relataram menor frequência de sintomas climatéricos (IMBK) de intensidade moderada e acentuada, comparadas a não usuárias (p<0,001). Na avaliação do QSM, verificou-se, entre as usuárias de TH, menor escore médio quanto ao déficit cognitivo (p<0,001), sintomas vasomotores (p=0,04), problemas com o sono (p<0,001) e atratividade (p=0,02), contudo, sem diferença no escore total quando comparadas a não usuárias. CONCLUSÕES: as mulheres na pós-menopausa usuárias e não usuárias de TH, atendidas em UBS, não apresentaram diferenças na QV global.
Resumo:
OBJETIVO: avaliar o efeito da terapêutica hormonal (TH) no peso de mulheres na peri-menopausa, assim como o efeito de diferentes regimes terapêuticos no referido parâmetro. MÉTODOS: estudo retrospectivo de 139 mulheres, com menopausa há menos de 2 anos, acompanhadas na consulta de climatério do nosso departamento. Obtiveram-se dois grupos: mulheres a quem se iniciou TH (n=89) e outro, grupo controle, sem terapia hormonal (n=50). Em cada grupo, foi avaliada a modificação ponderal no intervalo de 1 ano após a primeira consulta. Nas submetidas a TH, avaliou-se esse mesmo parâmetro em função de diferentes regimes terapêuticos preconizados: estrogênio isolado vs estroprogestagênio e dose standard vs baixa dosagem. A análise estatística foi realizada com recurso ao programa SPSS®, adotando-se como nível de significância valores p<0,05. RESULTADOS: os dois grupos foram semelhantes no que diz respeito a características basais e demográficas. No nosso estudo, constatou-se um aumento ponderal médio superior no grupo controle relativamente ao grupo de mulheres sob TH (434 vs 76 g), embora a diferença verificada não seja estatisticamente significativa (p=0,406); Nas usuárias de TH, aquelas sob estrogênio isolado tiveram um aumento ponderal acrescido face a mulheres sob terapêutica com estroprogestativo (775 vs 24 g), embora com diferenças não significativas, o mesmo sucedendo quando analisada a dosagem de TH inicialmente prescrita (92 vs 49 g). CONCLUSÕES: apesar da crença comum do aumento ponderal associado à TH, os resultados do estudo descrito parecem contrariar esse aspecto, não havendo um ganho ponderal adicional ao normalmente associado a este período da vida da mulher.
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OBJETIVO: Analisar os sintomas climatéricos e estado nutricional em mulheres na pós-menopausa, usuárias e não usuárias de terapia hormonal (TH). MÉTODOS: Estudo analítico, exploratório, tipo inquérito populacional domiciliar, realizado na área urbana do município de Maringá, Paraná, incluindo 456 mulheres com idade entre 45 e 69 anos, no período pós-menopausa. A coleta teve como base de referência os setores censitários urbanizados (368) do município, de acordo com o Censo Demográfico Brasileiro. Foi utilizada amostra aleatória simples proporcional às mulheres residentes em cada setor censitário e, por meio de visita domiciliar, aplicou-se um questionário e verificaram-se as medidas antropométricas e pressão arterial. Para avaliação dos sintomas climatéricos, foi utilizado o Índice Menopausal de Blatt e Kupperman. A variável desfecho foi o uso de TH. RESULTADOS: A média de idade foi de 58,7 anos. O excesso de peso esteve presente em 72,6% das mulheres e a obesidade abdominal em 81,4% delas. Sintomas climatéricos de intensidade leve foram evidenciados em 69,5% das mulheres. Apenas 18,4% das mulheres faziam uso de TH e eram, na sua maioria, brancas, não fumantes, sem comorbidades e sem companheiro. Usuárias de TH apresentaram menor frequência de excesso de peso e obesidade abdominal e tiveram menor prevalência de sintomas climatéricos de intensidade severa. CONCLUSÃO: O excesso de peso e a obesidade abdominal foram prevalentes na amostra estudada. Embora em menor número, as usuárias de TH apresentaram uma frequência menor de excesso de peso e sintomas climatéricos leves e intensos na pós-menopausa.
Resumo:
The purpose of this research was to evaluate the effects of evaporative cooling in freestall on mastitis occurrence, milk production, and composition, as well as cortisol, T3 (triiodothyronine), and T4 (thyroxin) levels in lactating dairy cows. Twenty-eight multiparous cows averaging 70 ± 10 day postpartum were used in four treatments from January to March 2003. The treatments were: Day (cooling from 7:00 a.m. to 7:00 p.m.); Night (cooling from 7:00 p.m. to 7:00 a.m.); 24-hour (cooling 24-hour); and Control (no cooling). Wired cup test was used for clinical mastitis diagnosis, and the California Mastitis Test (CMT) was used to identify subclinical mastitis. Blood and milk samples were taken weekly for microbiological and hormonal analyses. The cortisol levels were higher than normal values in all treatment groups, suggesting stress conditions, but T3 and T4 levels remained normal in all groups. The occurrence of subclinical mastitis was lower in Day and Night groups than in Control and 24-hour groups. Regarding the microbiological analyses, in all groups the isolation of Corynebacterium sp. from milk samples increased while negative coagulase staphylococci (CNS) declined as etiological agents of subclinical mastitis. However, in Day and 24-hour groups, coagulase positive staphylococci (CPS) increased mainly Staphylococcus aureus (49.8% and 47.7% respectively). The Night group showed a decrease in subclinical mastitis occurrences. Our data indicate that all animals subjected to treatments presented high levels of cortisol, indicating a stress condition. The Night treatment presented a reduction in microbial isolation, suggesting a reduced susceptibility to mastitis.
Resumo:
No período periparto ocorrem importantes adequações fisiológicas que, se não forem efetivas predispõem a fêmea a enfermidades metabólicas. O conhecimento desta adaptação é relevante para que sejam implementadas, precocemente, medidas preventivas a poupar perdas produtivas. Com este objetivo foi avaliado o perfil energético e hormonal de ovelhas Santa Inês durante a gestação e puerpério. Foram utilizadas 10 ovelhas não gestantes (G0), 10 gestantes de um (G1) e 14 gestantes de dois e três fetos (G2). Foram avaliadas concentrações plasmáticas de glicose, ácidos graxos não esterificados (AGNE), betahidroxibutirato (BHB), e as concentrações séricas de insulina, glucagon, cortisol, triiodotironina (T3) e tiroxina (T4) a partir do 88º dia de gestação até o 28º dia pós-parto. No terço final de gestação, ovelhas gestantes apresentaram maiores concentrações de AGNE, T3 e T4 que as ovelhas não gestantes. No momento do parto foram observadas maiores concentrações de glicose, AGNE e T3 para todas as ovelhas gestantes em relação às não gestantes. Não houve diferença entre as ovelhas gestantes de um, dois ou três fetos. As diferenças observadas ocorreram apenas entre ovelhas gestantes e as vazias. Portanto, quando há adequada adaptação neste período de elevado desafio metabólico, os parâmetros bioquímicos aqui considerados independem do número de fetos gestados e podem ser considerados como valores de referência para ovelhas gestantes de um feto ou mais fetos do terço médio de gestação ao primeiro mês pós-parto.
Resumo:
Secretion curves for prolactin, cortisol, TSH, and GH from a 37-year old woman with dysthymia and panic disorder with agoraphobia were determined one day prior to (day I), and during a panic attack (day II) associated with an oral dose of 60 mg dl-fenfluramine, a drug known to increase anticipatory anxiety. The increased cortisol secretion observed is discussed in relation to the hormonal correlates of anxiety and the possible role of depression, dl-fenfluramine, and serotonergic receptor sensitivity
Resumo:
Stress is a well-known entity and may be defined as a threat to the homeostasis of a being. In the present study, we evaluated the effects of acupuncture on the physiological responses induced by restraint stress. Acupuncture is an ancient therapeutic technique which is used in the treatment and prevention of diseases. Its proposed mechanisms of action are based on the principle of homeostasis. Adult male Wistar EPM-1 rats were divided into four groups: group I (N = 12), unrestrained rats with cannulas previously implanted into their femoral arteries for blood pressure and heart rate measurements; group II (N = 12), rats that were also cannulated and were submitted to 60-min immobilization; group III (N = 12), same as group II but with acupuncture needles implanted at points SP6, S36, REN17, P6 and DU20 during the immobilization period; group IV (N = 14), same as group III but with needles implanted at points not related to acupuncture (non-acupoints). During the 60-min immobilization period animals were assessed for stress-related behaviors, heart rate, blood pressure and plasma corticosterone, noradrenaline and adrenaline levels. Group III animals showed a significant reduction (60% on average, P<0.02) in restraint-induced behaviors when compared to groups II and IV. Data from cardiovascular and hormonal assessments indicated no differences between group III and group II and IV animals, but tended to be lower (50% reduction on average) in group I animals. We hypothesize that acupuncture at points SP6, S36, REN17, P6 and DU20 has an anxiolytic effect on restraint-induced stress that is not due to a sedative action
Resumo:
An association between depression and altered immune and hormonal systems has been suggested by the results of many studies. In the present study we carried out immune and hormonal measurements in 40 non-medicated, ambulatory adult patients with depression determined by CID-10 criteria and compared with 34 healthy nondepressed subjects. The severity of the condition was determined with the Hamilton Depression Rating Scale. Of 40 depressed patients, 31 had very severe and 9 severe or moderate depression, 29 (72.5%) were females and 11 (27.5%) were males (2.6:1 ratio). The results revealed a significant reduction of albumin and elevation of alpha-1, alpha-2 and ß-globulins, and soluble IL-2 receptor in patients with depression compared to the values obtained for nondepressed subjects (P<0.05). The decrease lymphocyte proliferation in response to a mitogen was significantly lower in severely or moderately depressed patients when compared to control (P<0.05). These data confirm the immunological disturbance of acute phase proteins and cellular immune response in patients with depression. Other results may be explained by a variety of interacting factors such as number of patients, age, sex, and the nature, severity and/or duration of depression. Thus, the data obtained should be interpreted with caution and the precise clinical relevance of these findings requires further investigation.
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A double-blind, randomized, placebo-controlled study was carried out on 44 hypertensive type 2 diabetic subjects previously treated by diet associated or not with sulfonylurea to assess the effects of acarbose-induced glycemic control on blood pressure (BP) and hormonal parameters. Before randomization and after a 22-week treatment period (100 to 300 mg/day), the subjects were submitted to a standard meal test and to 24-h ambulatory BP monitoring (ABPM) and had plasma glucose, glycosylated hemoglobin, lipid profile, insulin, proinsulin and leptin levels determined. Weight loss was found only in the acarbose-treated group (75.1 ± 11.6 to 73.1 ± 11.6 kg, P<0.01). Glycosylated hemoglobin decreased only in the acarbose group (6.4 ± 1.7 to 5.6 ± 1.9%, P<0.05). Fasting proinsulin decreased only in the acarbose group (23.4 ± 19.3 to 14.3 ± 13.6 pmol/l, P<0.05), while leptin decreased in both (placebo group: 26.3 ± 6.1 to 23.3 ± 9.4 and acarbose group: 25.0 ± 5.5 to 22.7 ± 7.9 ng/ml, P<0.05). When the subset of acarbose-treated patients who improved glycemic control was considered, significant reductions in diurnal systolic, diastolic and mean BP (102.3 ± 6.0 to 99.0 ± 6.6 mmHg, P<0.05) were found. Acarbose monotherapy or combined with sulfonylurea was effective in improving glycemic control in hypertensive diabetic patients. Acarbose-induced improvement in metabolic control may reduce BP in these patients. Our data did not suggest a direct action of acarbose on insulin resistance or leptin levels.