997 resultados para Filoso a com crianças
Resumo:
Ningum consegue sair ileso de um encontro com o currculo e com a escola, principalmente diante de relaes to assimtricas de poder que no valorizam o que as crianças tm a dizer. Quantas narrativas curriculares sobre as crianças? Quantas narrativas curriculares com as crianças? As narrativas e as fotografias se seguiro nesta pesquisa, porque com elas nos colocamos a pensar nos processos de criao curricular, explorando novas sensibilidades, novas maneiras de ver e falar, a partir das redes de sentidos, forjadas nos contextos vividos, imaginados ou pensados, dentrofora da escola. Tambm inclumos a forma como as crianças se relacionam com as prticas pedaggicas dos professores e do modo como se relacionam com a escola. Nessa perspectiva, interessa-nos pensar em como os usos (CERTEAU, 1994) da imagem fotogrfica so capazes de afetar (e at transformar) as prticas curriculares, traando algo da potncia da/na imagem fotogrfica em sua funo fabuladora por meio das oficinas de fotografias realizadas com as crianças em virtude da pesquisa. A fotografia se torna potente como um recurso para provocar a inveno tessitura de outros sentidos em currculo no porque em sua materialidade ela est repleta de sentidos de currculo priori, mas porque pode ou no, ao ser usada (CERTEAU, 1994), ao ser vista pelas crianças, agenciar outros possveis para o currculo. Assim, o foco da discusso no a fotografia em si nem a criana em si, ou seja, no h protagonismo nem da criana nem da fotografia. O foco est nas relaes, naquilo que nos passa, isto , na experincia esttica (LARROSA, 2004b) que ocorre ao entrarmos em contato, ao vermos, ao compormos com as fotografias! Nesse sentido, pensamos as oficinas de fotografias como um dispositivo de criao e produo de acontecimentos em currculo, considerando-as mquinas de fazer ver e falar, o que as justifica como uma estratgia narrativa capaz de produzir acontecimentos na imagem e no mundo. Que sentidos de currculo so produzidos em multiplicidades? Pelas minoridades pretendemos movimentar nosso pensamento: que quer pensar um currculo como fabulao sem dizer o que ele , mas no que ele vai se transformando com a chegada das crianças. No encontro das imagens com as palavras, em que o currculo vai se transformando? Sob a mesma superfcie chamada currculo em extenso com as crianças, co-habitantes, encontrar os modos de olhar esse currculo e de diz-lo por meio das fotografias, das narrativas, dos cartazes, dos desenhos, das poesias... As conversas com as crianças provocam o real, colocam em desequilbrio algumas ideias feitas em educao, exigindo reordenaes e invenes de outros pensamentos para a educao. dessa criao de efeitos impensveis que surge a inveno de currculos possveis. Aprender a olhar mais (at cansar!) aquilo que no percebemos no dia a dia tem uma dimenso poltica muito importante; por meio desse gesto (que aprendemos com as crianças) podemos criar um novo pensamento poltico em educao. A partir daquilo que nos d a ver, as crianças vo inaugurar sentidos impertinentes, desestabilizadores daquilo que chamamos de currculo e escola. O desafio consiste em falar da fora contida na imagem fotogrfica sem vontade de interpret-la ou descrev-la, mas escrever e pensar pelas fotografias num movimento de criao de sentidos e acontecer por elas.
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A identificao e a avaliao de crianças com desenvolvimento atpico configuram um processo muito importante para subsidiar as estratgias de ensino voltadas para a promoo do potencial de aprendizagem. O interesse em relao ao prognstico de crianças com deficincia tem impulsionado o desenvolvimento de novas tecnologias e pesquisas relacionadas avaliao, preveno e interveno. Nesse contexto, torna-se relevante verificar com instrumentos adequados indicadores lingusticos, cognitivos e comportamentais, para assim traar metas a partir daquilo que as crianças podem aprender. Dessa forma, esta pesquisa teve por objetivo verificar se a avaliao assistida informatizada se apresenta como uma modalidade de diagnstico mais prescritivo do desenvolvimento cognitivo, quando comparada avaliao psicomtrica, na aplicao em crianças com deficincia. Na modalidade assistida h ajuda do examinador para conduzir a criana a um melhor nvel de desempenho cognitivo. Participaram 11 crianças que frequentam uma instituio de atendimento clnico, em sade, para crianças com deficincia, na Grande Vitria. Na avaliao psicomtrica foram utilizados a Escala de Maturidade Mental Colmbia computadorizada Colmbiacomp e o Teste de Vocabulrio por Imagens Peabody - TVIPcomp. Na avaliao assistida informatizada foram aplicadas trs provas voltadas para as habilidades de classificao e raciocnio analgico: Excluso de Objetos, Excluso de Figuras Geomtricas e Jogo de Analogia de Figuras, no ambiente informatizado SINDAPSI. Protocolos de registro de fatores afetivo-motivacionais e de operaes cognitivas foram utilizados durante as tarefas assistidas. Na avaliao do comportamento, o Child Behavior Checklist CBCL foi respondido pelas mes. Dados documentais e dos instrumentos foram submetidos anlise estatstica descritiva para verificar o desempenho das crianças nas duas formas de avaliao informatizada (psicomtrica e assistida). Nos testes psicomtricos, 64% das crianças alcanaram ndice abaixo da mdia no TVIPcomp, e 55% mdio-inferior no Colmbiacomp. Em relao ao perfil de desempenho cognitivo, na Prova de Excluso de Objetos computadorizada 55% das crianças foram avaliadas como no-mantenedoras. Na Prova de Excluso de Figuras Geomtricas computadorizada 55% da amostra foi classificada no perfil alto-escore, e no Jogo de Analogias de Figuras computadorizado 45% apresentou o perfil ganhador. A amostra demonstrou nveis de dificuldade na realizao dos testes,tanto na modalidade psicomtrica quanto assistida. Contudo, o desempenho nos testes assistidos foi relativamente melhor, evidenciando que o grupo se beneficiou da mediao,implementada na fase de assistncia, para melhorar as habilidades cognitivas. Alm disso, a apresentao informatizada dos testes apresentou-se como fator motivador para a realizao e persistncia nas tarefas.
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O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) caracteriza-se por uma srie de distrbios cognitivos e neurocomportamentais e sua prevalncia mundial estimada em 1 criana com TEA a cada 160 crianças com tpico desenvolvimento (TD). Indivduos com TEA apresentam dificuldade em interpretar as emoes alheias e em expressar sentimentos. As emoes podem ser associadas manifestao de sinais fisiolgicos, e, dentre eles, os sinais cerebrais tm sido muito abordados. A deteco dos sinais cerebrais de crianças com TEA pode ser benfica para o esclarecimento de suas emoes e expresses. Atualmente, muitas pesquisas integram a robtica ao tratamento pedaggico do TEA, atravs da interao com crianças com esse transtorno, estimulando habilidades sociais, como a imitao e a comunicao. A avaliao dos estados mentais de crianças com TEA durante a sua interao com um rob mvel promissora e assume um aspecto inovador. Assim, os objetivos deste trabalho foram captar sinais cerebrais de crianças com TEA e de crianças com TD, como grupo controle, para o estudo de seus estados emocionais e para avaliar seus estados mentais durante a interao com um rob mvel, e avaliar tambm a interao dessas crianças com o rob, atravs de escalas quantitativas. A tcnica de registro dos sinais cerebrais escolhida foi a eletroencefalografia (EEG), a qual utiliza eletrodos colocados de forma no invasiva e no dolorosa sobre o couro cabeludo da criana. Os mtodos para avaliar a eficincia do uso da robtica nessa interao foram baseados em duas escalas internacionais quantitativas: Escala de Alcance de Metas (do ingls Goal Attainment Scaling - GAS) e Escala de Usabilidade de Sistemas (do ingls System Usability Scale - SUS). Os resultados obtidos mostraram que, pela tcnica de EEG, foi possvel classificar os estados emocionais de crianças com TD e com TEA e analisar a atividade cerebral durante o incio da interao com o rob, atravs dos ritmos alfa e beta. Com as avaliaes GAS e SUS, verificou-se que o rob mvel pode ser considerado uma potencial ferramenta teraputica para crianças com TEA.
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INTRODUO: O diagnstico e terapia antirretroviral precoce em lactentes, infectados pelo HIV por transmisso vertical, reduz a progresso do HIV e comorbidades que podem levar ao bito. OBJETIVO GERAL: Avaliar o perfil clnico e epidemiolgico em uma coorte de crianças e adolescentes com aids, infectados por transmisso vertical do HIV, por um perodo de onze anos, atendidos em hospital estadual de referncia, no Estado do Esprito Santo. OBJETIVOS ESPECFICOS: 1. Descrever a frequncia das comorbidades diagnosticadas aps o diagnstico de HIV e verificar sua distribuio, segundo dados demogrficos, epidemiolgicos e clnicos, e segundo a classificao dos casos em uma coorte de crianças e adolescentes com aids. 2. Avaliar os fatores preditores de risco de progresso para aids e bito e causas de morte. 3. Estimar a taxa de sobrevida. MTODOS: Coorte retrospectiva de crianças e adolescentes infectados pelo HIV, por transmisso vertical (TV), atendidas no Servio de Atendimento Especializado (SAE) do Hospital Infantil Nossa Senhora da Glria (HINSG), de janeiro 2001 a dezembro 2011, em Vitria ES/Brasil. A coleta de dados foi realizada em protocolo especfico padronizado, e dados sobre as comorbidades, mortalidade e sua causa bsica foram obtidos dos pronturios mdicos, da Declarao de bito e do banco de dados SIM (Sistema de Informao sobre Mortalidade). O diagnstico de aids e comorbidades foi de acordo com CDC (Centers for Disease Control and Prevention)/1994. RESULTADOS: Foi arrolado um total de 177 pacientes, sendo 97 (55%) do sexo feminino; 60 (34%) eram menores de1ano, 67 (38%) tinham de 1 a 5 anos e 50 (28%) tinham6 anos ou mais de idade no ingresso ao servio. A mediana das idades na admisso foi de 30 meses (Intervalo Interquartis (IIQ) 25-75%: 5-72 meses). Em relao classificao clnico-imunolgica, 146 pacientes (82,5%) apresentavam a forma moderada/grave no momento do ingresso no Servio e 26 (14,7%) foram a bito. Os sinais clnicos mais frequentes foram hepatomegalia (81,62%), esplenomegalia (63,8%), linfadenopatia (68,4%) e febre persistente (32,8%). As comorbidades mais frequentes foram anemia (67,2%), pneumonia/sepses/meningite - primeiro episdio (64,2%), OMA/sinusite recorrente (55,4%), infeces bacterianas graves recorrentes (47,4%) e dermatites (43,1%). Encontrou-se associao entre classificao clnico-imunolgica grave e ingresso no servio com menos de um ano de idade com algumas comorbidades (p<0,001). O tempo total do acompanhamento dos pacientes foi de 11 anos, com mediana de cinco anos (IIQ: 2-8 anos). No final do perodo estudado, 132 (74,6%) pacientes estavam em acompanhamento, 11 (6,2%) foram transferidos para outros servios eem oito (4,5%) houve perda de seguimento. Quanto ao bito, observou-se uma reduo de casos ao longo do tempo. A maioria dos pacientes que foram a bito deu entrada no servio com classificao clnica imunolgica grave (77%-20/26), apresentava anemia moderada/grave e estava em uso de terapia antirretroviral (TARV) por mais de 3 meses (17/24-71%).Os principais fatores de risco para o bito foram: faixa etria < 1 ano (p=0,005), pneumonia por P. jirovecii (p=0,010), percentual de linfcito T CD4+ nadir <15% (p=0,012), anemia crnica (p=0,012), estgio clnico imunolgico grave (p=0,003), infeces bacterianas graves recorrentes(p=0,003) e tuberculose (p=0,037). Ter iniciado TARV antes dos 6 meses de vida (diagnstico e tratamento precoces) foi associado sobrevida(OR 2,86, [Intervalo de Confiana (IC) de 95%: 1,12-7,25] p=0,027).O principal diagnstico registrado para os bitos foram infeces bacterianas graves (12/21-57%). Foi encontrada uma elevada taxa de sobrevida, com 85,3% de probabilidade de sobrevivncia por mais de 10 anos (IC 95% 9,6-10,7). CONCLUSES: A maioria das crianças teve diagnstico tardio da infeco pelo HIV aumentando o risco de progresso para aids e bito por falta de tratamento precoce. A tendncia de mortalidade das crianças infectadas pelo HIV se mostrou uma constante com queda nos dois ltimos anos do estudo, e ainda persistem as infeces bacterianas como maior causa de bito. Portanto, melhoria no cuidado pr-natal e acompanhamento peditrico com vista ao diagnstico precoce das crianças infectadas verticalmente devem fazer parte do cuidado integral criana com aids, o que poderia reduzir a mortalidade destas crianças.
Resumo:
Diversas pesquisas apontam um contnuo desuso dos clticos de 3 pessoa (lhe, o, a, os, as e suas variantes) na modalidade oral do Portugus Brasileiro (PB), sendo substitudos pelo pronome reto, pelo objeto nulo ou pela repetio do sintagma a que eles fazem referncia. Por outro lado, os clticos de 3 pessoa aparecem comumente em textos escritos veiculados pela mdia, bem como nos estilos mais formais da lngua falada, o que faz com que esses elementos constem dos programas da disciplina Lngua Portuguesa, nas escolas brasileiras. Dessa feita, esta pesquisa tem por objetivo descrever esse processo de aprendizagem do ponto de vista lingustico e social, procurando investigar como as crianças interpretam o uso dessas formas e, por conseguinte, da variedade padro da lngua , e se e/ou como a escola favorece a aprendizagem dessas formas. Para respondermos a essas perguntas, procedemos a uma pesquisa sociolingustica, que analisa os fatores lingusticos e sociais que poderiam influenciar essa aprendizagem. Para tanto, os clticos de 3 pessoa foram trabalhados gradualmente durante um ano letivo. Assim, o corpus desta pesquisa compe-se de textos escritos livremente e de testes de compreenso que visava verificar a compreenso dos clticos presentes em textos infantis e de desempenho que consistia na substituio de expresses pelos clticos adequados. Os dados foram colhidos em uma turma de 4 ano do Ensino Fundamental durante 10 meses letivos, numa escola pblica de Belo Horizonte, Minas Gerais, cujos alunos pertencem a diferentes nveis socioeconmicos. Os resultados obtidos revelam que: i) o contexto em que o cltico inserido contribui significativamente para a sua compreenso; ii) com relao aos fatores extralingusticos, os alunos, independentemente de sua origem social e sexo/gnero, apresentam dificuldades em compreender os clticos; entretanto, h uma leve tendncia de um melhor aproveitamento quanto aos meninos da classe socioeconmica favorecida
Resumo:
Trata-se de um estudo sobre avaliao da qualidade de vida de crianças e adolescentes com cncer que objetivou-se a produo de duas propostas de artigo. A primeira proposta de artigo teve como objetivo conhecer as mdias dos escores geral ou por dimenses encontrados nos estudos realizados os quais utilizaram o Pediatric Quality of Life Inventory 3.0 Cancer Module. Aplicou-se a estratgia de busca nas bases Scopus, Web of Science, Bireme, PsycoInfo e a EBSCO host. Encontrou-se 210 resumos e ttulos, excluiu-se 189 por duplicidade e por no atender aos critrios de incluso. Analisou-se e elegeu-se 21 para compor o estudo. Todos os artigos publicados na lngua inglesa, em sua maioria na Amrica (47,6%) e no perodo de 2011 a 2013 (61,9%), utilizaram-se do questionrio para a coleta de dados tanto para criana e adolescentes quanto para seus pais na maioria dos artigos (61,9%). A variao dos escores por dimenses e geral provavelmente esteve relacionada com a seleo dos grupos de comparao pois, pode-se perceber a diversidade dos critrios de incluso e das variveis para a anlise em cada estudo. Concluiu-se que as mdias dos escores por dimenses e geral no alcanaram valores abaixo de 30 e os maiores escores por dimenses esto acima de 80. Sugere-se que a dimenso ansiedade frente ao tratamento, no relato das crianças, pode ter obtido os maiores escores dentro de cada estudo. A segunda proposta de artigo objetivou-se avaliar a qualidade de vida de crianças e adolescentes com cncer em tratamento ou em acompanhamento e verificar associaes com as variveis socioeconmicas e clnicas. Realizou-se um estudo transversal com 98 crianças e adolescentes com diagnstico de cncer de uma unidade de referncia em oncologia peditrica no estado do Esprito Santo - Brasil. Aplicou-se o questionrio PedsQLTM e coletou-se informaes sociodemogrficas e clnicas. A amostra caracterizou-se com predominncia do sexo masculino, de faixa etria de 08 a 12 anos, de classe econmica C e com diagnstico de leucemia. Houve associao entre a faixa etria nas mdias escores de 5 das 8 dimenses da avaliao da qualidade de vida. No houveram diferenas estatisticamente significante em nenhuma das dimenses nem no escore total da qualidade de vida com as variveis sexo da criana e adolescente, tipo de tumor, classe econmica e a escolaridade da me. Concluiu-se que faixa etria, o status do tratamento e frequentar a escola so fatores que modificam a avaliao qualidade de vida no relato das crianças e adolescentes, aumentando ou diminuindo as dificuldades frente ao tratamento e a doena.
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Objetivou-se investigar o padro de adeso ao tratamento por cuidadores de crianças e adolescentes HIV positivos e identificar as estratgias de enfrentamento adotadas diante de estressores da soropositividade. Participaram 30 cuidadores e utilizou-se entrevista semiestruturada, Escala Modos de Enfrentamento de Problemas e pronturio clnico, este como fonte de dados secundrios. Os cuidadores foram classificados em Grupo Adeso e Grupo No-Adeso com base em seus relatos sobre condutas de uso dos medicamentos antirretrovirais e outros critrios. Vinte e cinco cuidadores foram includos no Grupo Adeso. No se observaram diferenas significativas quanto ao enfrentamento entre os grupos, excetuando a busca de prticas religiosas/pensamento fantasioso. Os resultados do subsdios para intervenes visando reduzir impactos psicossociais da soropositividade a cuidadores, crianças e adolescentes. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT
Resumo:
OBJETIVO: Esta pesquisa foi realizada com o objetivo de comparar os valores da latncia do P300 em crianças de 8 a 13 anos de idade, do sexo feminino e do sexo masculino, sem e com repetncia escolar. FORMA DE ESTUDO: Estudo clnico com coorte transversal. MATERIAL E MTODO: Foram examinadas 60 crianças sem repetncia e 43 crianças com repetncia escolar. Todas as crianças foram submetidas anamnese, audiometria tonal liminar, curva timpanomtrica, reflexos auditivos contralaterais e o P300. RESULTADOS E CONCLUSES: Ao final desta pesquisa, concluiu-se que as crianças do grupo sem repetncia escolar apresentaram valor da mdia aritmtica da latncia do P300 menor (332,25 ms), comparando-se ao grupo de crianças com repetncia escolar (413,23 ms). As crianças do sexo feminino sem repetncia escolar apresentaram valor da mdia aritmtica da latncia do P300 menor (328,37 ms), comparando-se s crianças do sexo masculino do mesmo grupo (337,68 ms). No grupo de crianças com repetncia escolar, as crianças do sexo feminino tambm apresentaram valor da mdia aritmtica da latncia do P300 menor (387,50 ms), comparando-se s crianças do sexo masculino (423,19 ms). Finalmente, observou-se que os valores das mdias aritmticas da latncia do P300 apresentaram-se menores nas crianças do sexo feminino (328,37 ms) e do sexo masculino (337,68 ms) sem repetncia escolar, comparando-se com os valores das mdias aritmticas da latncia do P300 nas crianças do sexo feminino (387,50 ms) e do sexo masculino (423,19 ms) com repetncia escolar.
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A Sndrome da Apnia e da Hipopnia Obstrutivas do Sono (SAHOS) na infncia tem se tornado cada vez mais freqente, adquirindo importncia crescente nos ltimos anos. Este aumento na incidncia se deve em grande parte melhoria de seu diagnstico, seja pelo melhor reconhecimento dos sintomas associados a esta Sndrome em crianças, ou pelo aprimoramento dos exames complementares para confirmao diagnstica. Nesta reviso, sero abordados as principais caractersticas e os sintomas envolvidos na SAHOS durante a infncia. Alm disso, os autores discutem as causas e as conseqncias da SAHOS no desenvolvimento da criana, assim como as possveis formas de tratamento atualmente empregadas e o seu prognstico.
Resumo:
Massas cervicais na infncia que aparecem apenas ao esforo fsico so raras, tendo como principais diagnsticos diferenciais laringocele, cisto ou tumor do mediastino superior e flebectasia jugular. A flebectasia jugular uma dilatao sacular ou fusiforme anormal da veia jugular. Relatamos um caso de flebectasia de veia jugular externa em uma criana saudvel. Vrias hipteses tm sido propostas para explicar a etiologia da flebectasia jugular, dentre elas, a anormalidade anatmica de sua parede, compresso mecnica da veia braquioceflica, leses adquiridas da veia e idioptica. Geralmente, uma condio assintomtica, cujo diagnstico pode ser estabelecido a partir de uma forte suspeita clnica, sendo comprovado por exames complementares. O tratamento pode ser conservador ou cirrgico dependendo da sintomatologia.
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Com a descoberta das Emisses Otoacsticas (EOA), tornou-se possvel analisar e investigar as funes auditivas das clulas ciliadas externas do rgo da audio. Podem ser espontneas, evocadas transientes ou por produto de distoro. O teste das EOAEs-DP caracteriza-se por ser um exame objetivo, rpido, indolor, no-invasivo e de fcil aplicao tanto para clnica como para programas de triagem auditiva. FORMA DE ESTUDO: Coorte transversal. MATERIAL E MTODO: Foram avaliadas 105 crianças entre 2 e 7 anos de idade da creche "Lar da Criana", de Marlia, SP. A avaliao constou de exame otorrinolaringolgico completo e EOAEs-DP. Todas estas crianças, aps prvia autorizao dos responsveis, foram submetidas a exame otorrinolaringolgico completo e EOAEs-DP. RESULTADOS: Os resultados demonstraram que das 105 crianças avaliadas, 44,76% apresentavam cerume. 12 crianças permaneceram com cerume mesmo aps uso de ceruminoltico e lavagem auricular ou no apresentaram consentimento informado de seus responsveis. Portanto, estas foram excludas do trabalho sendo o restante, 93 crianças, submetidas a avaliao das EOAEs-DP Aps a realizao das EOAEs-DP, verificou-se que 5,37% das crianças apresentaram exames alterados, sendo que 60% destas eram do sexo masculino e 60% com acometimento bilateral. DISCUSSO: Os resultados encontrados foram inferiores aos citados na literatura, assim como o predomnio do sexo masculino. Alm disso, notou-se alta prevalncia de cerume nos pacientes testados. CONCLUSO: essencial uma avaliao otorrinolaringolgica completa prvia. O exame de EOAEs-DP pode ser realizado em crianças para deteco precoce e preveno de falhas no desenvolvimento cognitivo e psicoemocional.
Resumo:
A configurao gltica varia durante a fonao, mesmo em indivduos sem queixas vocais e sem alteraes ao exame, de acordo com a idade, o sexo, o registro vocal, a freqncia fundamental, a tenso e as leses. Observa-se juno completa ou incompleta da borda livre da prega vocal; quando incompleta, formam-se fendas de formatos variados. OBJETIVO: Nosso objetivo encontrar no modo de coaptao gltica, durante a fonao sustentada da vogal /psilon/ em crianças com alterao estrutural mnima, elementos que permitam diferenci-lo dos indivduos com ndulo vocal ou de indivduos sem queixas vocais. MATERIAL E MTODO: Estudo retrospectivo de dados de crianças atendidas no perodo de 1996 a 2001. A amostra constou de imagens de laringes de crianças que apresentaram diagnstico de alterao estrutural mnima, ndulo vocal e tambm de crianças sem queixas vocais, estes denominados normais. Destas imagens foi analisada a configurao gltica durante a fonao da vogal /psilon/ e realizada anlise estatstica para a comparao entre os trs grupos. RESULTADOS: As fendas triangulares so encontradas nos trs grupos, enquanto que a fenda fusiforme s ocorreu nas alteraes estruturais mnimas. CONCLUSES: A utilizao do modo de coaptao gltica em crianças, como critrio diagnstico para diferenciar alterao estrutural mnima de ndulo vocal e de laringe normal, relevante quando se observa fenda fusiforme, condio encontrada somente nas alteraes estruturais mnimas; as fendas triangulares no se mostraram significantes para diferenciar alterao estrutural mnima de ndulo vocal e laringe normal.
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OBJETIVO: Demonstrar o efeito do uso do Cidofovir (aplicaes locais) em crianças com papilomatose larngea recorrente (PLR), respeitando um protocolo adotado desde 2002 na Disciplina de Otorrinolaringologia Peditrica da UNIFESP. FORMA DE ESTUDO: Preliminar/clnico-prospectivo. MATERIAL E MTODO: Foram includas inicialmente 5 crianças portadoras de PLR acompanhadas no nosso ambulatrio de laringologia peditrica. Estas j haviam sido submetidas h no mnimo 3 cirurgias prvias ao uso do Cidofovir, com confirmao anatomopatolgica de papilomatose (critrios incluso) e no apresentavam alteraes renais ou hepticas (critrios de excluso). O protocolo consistia em exrese das leses e aplicao de at 3ml Cidofovir (7,5mg/ml). O ciclo de tratamento consistia de, no mnimo, 3 aplicaes, e a qualquer sinal de recidiva iniciava-se novo ciclo de aplicaes. RESULTADOS: Observamos nas 5 crianças estudadas que as recidivas das leses (antes do Cidofovir) ocorreram em intervalos muito curtos (1 a 3 meses) necessitando de interveno cirrgica. Aps incluso no protocolo ocorreu mudana na evoluo da doena nas 5 crianças, pois permanecem por perodo de no mnimo 1 ano sem necessidade de cirurgia. Nenhuma criana apresentou nenhum tipo de alterao nos exames laboratoriais, e nenhum tipo de efeito colateral local ou sistmico com a injeo local de Cidofovir. Os resultados deste estudo preliminar nos permitem observar que a aplicao local de cidofovir utilizado em crianças com PLR, respeitando o protocolo adotado, demonstrou um bom controle das recidivas das leses durante o perodo estudado.
Resumo:
O aumento de volume das tonsilas palatina e farngea um dos problemas mais freqentes do consultrio do otorrinolaringologista e a principal causa de apnia obstrutiva do sono em crianças. OBJETIVO: Avaliar o impacto da adenoamigdalectomia na qualidade de vida em crianças com hiperplasia adenoamigdaliana. FORMA DE ESTUDO: Clnico prospectivo. MATERIAL E MTODO: Trinta e seis pais ou responsveis de crianças submetidas a adenoamigdalectomia foram entrevistados antes e aps a cirurgia atravs do questionrio sobre qualidade de vida especfica desenvolvido por Serres et al., 2000, que inclui os domnios: sofrimento fsico, distrbios do sono, problemas de fala e deglutio, desconforto emocional, limitao das atividades e preocupao do responsvel. RESULTADOS: A qualidade de vida de todas as crianças melhorou aps a cirurgia. Foi observada correlao direta entre o grau de obstruo e distrbios do sono, preocupao paterna, e na mdia dos domnios. Correlacionando-se os domnios entre si, observamos relao estatstica entre sofrimento emocional e distrbios do sono, preocupao paterna e distrbios do sono, limitao das atividades fsicas e desconforto emocional. CONCLUSO: O aumento das tonsilas e a apnia obstrutiva do sono pioram a qualidade de vida das crianças, principalmente pelo sofrimento fsico e distrbios do sono. A adenoamigdalectomia realmente traz uma melhora importante na qualidade de vida destes pacientes.
Estudo comparativo radiolgico e nasofibroscpico do volume adenoideano em crianças respiradoras orais
Resumo:
A tonsila farngea ou adenides a extenso superior do anel linftico de Waldeyer e est localizada na poro alta da cavidade nasofarngea, prxima tuba auditiva e coana. Ela desempenha um papel relevante nas otites mdias recorrentes e freqentemente sua hipertrofia responsvel pela obstruo das vias areas superiores. A tonsilectomia um tratamento comumente realizado para doenas crnicas das tonsilas e ainda o procedimento cirrgico mais freqente e mais antigo realizado em crianças e adultos jovens. Os critrios para a realizao da tonsilectomia, o efeito da mesma na integridade imunolgica do paciente e seus riscos inerentes cirurgia so muito discutveis e controversos em todo o mundo. Estudos de imagem utilizando-se o raio-X do cavo um mtodo simples, fcil e confortvel para avaliar o tamanho das adenides e o grau de obstruo das vias areas superiores. Um estudo nasofibroscpico da nasofaringe pode fornecer uma informao melhor sobre essa regio, tendo em vista que ele mostra todas as estruturas presentes na nasofaringe e o grau de obstruo das vias areas superiores de forma dinmica. FORMA DE ESTUDO: Clnico no randomizado. MATERIAL E MTODO: Este estudo comparou o grau de hipertrofia e de obstruo das vias areas superiores, usando os dois mtodos acima, em crianças de 3 a 10 anos de idade, constatando que a nasofibroscopia flexvel um mtodo diagnstico excepcionalmente mais fidedigno do que o raio-x do cavo, na avaliao volumtrica da adenide.