999 resultados para Fígado Doenças Teses
Resumo:
So apresentados os resultados obtidos na investigao entorno-epidemiolgica realizada no estudo do primeiro caso humano autctone de tripanossomase americana no Estado do Acre (Brasil). A investigao demonstrou ausncia de domiciliao triatomnea, ficando descartada totalmente a possibilidade de transmisso congnita ou transfusional. No foi possvel verificar se a transmisso foi metaxnica atravs da invaso domiciliar de barbeiro silvestre, ou se por via digestiva atravs de alimentos contaminados. Foram isoladas duas cepas de Trypanosoma cruzi, uma do caso humano chamada Acre-Humana (AH) e outra de Rhodnius robustus coletados em palmeiras uricuri (Attalea sp) nas proximidades da casa, chamada Acre-Silvestre (AS). Ficou comprovada a existncia de correlao entre os caracteres morfobiolgicos e patognicos das duas amostras estudadas: mostraram-se patognicas para camundongos, infectando 100% dos animais, quer com formas metacclicas de triatomneos, quer com formas sangucolas de doadores em fase aguda. A infeco dos camundongos nas duas amostras grave com curto perodo pr-patente, parasitemia elevada e taxa de letalidade alta. Em ambas as cepas, em fase aguda, so abundantes ninhos de amastigotas, principalmente no corao e fígado. As amostras AH e AS conferem aos animais que sobrevivem boa resistncia contra infeces pela amostra Y. Cultivaram-se facilmente em meios lquidos e semi-slidos e infectaram experimentalmente seis espcies de triatomneos. Os resultados comprovam mais uma vez a presena de focos naturais desta parasitose na regio.
Resumo:
discutido o valor do rastreamento sorolgico para doena de Chagas, sfilis, hepatite B e AIDS realizado por bancos de sangue como indicador de morbidade populacional. Foram analisados os dados referentes a 62.814 doaes de sangue obtidas em dois bancos de sangue pblicos e trs privados correspondendo ao total das doaes no perodo de outubro de 1985 a outubro de 1987 em Goinia, Gois (Brasil). A soroprevalncia foi comparada com dados obtidos pela notificao compulsria das doenças e com inquritos epidemiolgicos disponveis. Foi encontrada soroprevalncia para AIDS de 0,0@% para um nico exame de ELISA, estimando-se em 1.900 o nmero de indivduos supostamente infectados em Gois, nmero compatvel com o esperado quando se trabalha com dados de notificao. Para a doena de Chagas, hepatite B e sfilis foram observadas soroprevalncias de at 3,3%, 1,3% e 4,1%, respectivamente. Foram discutidas as dificuldades encontradas para validao desses resultados pela ausncia de notificao compulsria e caractersticas particulares dos inquritos sorolgicos.
Resumo:
No estudo de populao constituda de 3.792 indivduos, procurou-se caracterizar o estado dos nveis lipmicos, segundo sexo, idade e a presena ou ausncia de fatores de risco de doenças cardiovasculares, expressos pelo hbito de fumar, obesidade, antecedentes diabticos e uso de contraceptivos orais. Os indivduos que no apresentaram nenhuma patologia e qualquer dos fatores de risco considerados foram denominados "isentos". Os dados foram submetidos anlise de varincia constatando-se que a obesidade apresentou-se como o fator de risco mais relevante, para todos os grupos etrios de ambos os sexos. Entretanto, para as mulheres encontraram-se diferenas menores, embora significantes, ao se comparar as mdias dos nveis sricos lipmicos, entre "isentas" e portadoras de fatores de risco. Para o grupo etrio acima de 50 anos, sexo feminino, os nveis lipmicos foram altos independentemente dos fatores de risco abordados.
Resumo:
Com objetivo de verificar o grau de informao da populao urbana de Botucatu sobre questes de sade, foram pesquisados conhecimentos e opinies a respeito da freqncia e gravidade de treze sintomas e sinais de doenças, em 1.005 famlias amostradas. As respostas foram analisadas segundo idade, sexo, escolaridade e estrato scio-econmico e mostraram tendncia compatvel com os conhecimentos da medicina cientfica. Na comparao dos sexos, por idade, as mulheres (adultas jovens) valorizaram mais do que os homens a freqncia e a gravidade da maioria dos sintomas. Os escores altos conferidos para a gravidade tenderam a diminuir com o aumento da escolaridade para todos os sintomas. Houve variaes, entre os sintomas, na valorizao da freqncia, de acordo com os estratos scio-econmicos, com tendncia diminuio dos escores altos para gravidade, com o aumento do nvel scio-econmico. O grau de informao encontrado na populao contraria o preconceito ainda existente na rea mdica, a respeito do conhecimento dos leigos. Foi levantada a hiptese de que a amostra estudada teve acesso a mltiplas fontes de informao, entre as quais a extensa rede local de servios mdicos.
Resumo:
Valendo-se de um sistema de informaes sobre hospitalizaes no Municpio de Ribeiro Preto, SP (Brasil) foram estudadas as caractersticas clnico-epidemiolgicas referidas dos pacientes internados, em 1986, por doenças cardacas e vasculares-cerebrais (DCVC). De 43.499 hospitalizaes ocorridas naquele ano, 4.673 foram ocasionadas por doenças cardacas e vasculares-cerebrais. Utilizando a fonte de financiamento da internao como indicador do estrato social ao qual pertence o paciente, foram compostos 4 grupos de estudo: particulares, "outros", previdencirios e "no pagantes"; estes grupos apresentaram diferenas significativas quanto a coeficiente de internaes por DCVC, mdia e mediana de idade na hospitalizao, perfil ocupacional, durao da internao, freqncia dos sub-grupos diagnsticos, coeficientes de mortalidade e a idade mdia e mediana nos casos de bitos. Estas diferenas foram atribudas s disparidades sociais no nvel de vida e condies de trabalho dos grupos estudados o que determina diferenas no adoecer, ser assistido e no morrer.
Resumo:
Foram estudados os conhecimentos e opinies dos profissionais de sade do Municpio de Botucatu, SP (Brasil), acerca da freqncia e gravidade de treze sintomas e sinais de doenças, visando comparao com as opinies emitidas pela populao urbana do Municpio. Foram entrevistados 435 profissionais de sade ativos (mdicos, enfermeiros, auxiliares e atendentes de enfermagem e outros), a maioria do sexo feminino, com idade de 25 a 44 anos. A categoria de atendentes foi a mais numerosa. De modo geral, os cinco ltimos sintomas da relao constante do formulrio - sangue no escarro, sangramento vaginal, caroo no seio, acessos e sangue na urina, foram considerados menos freqentes e mais graves, comparativamente aos oito primeiros: falta de ar, febre, fraqueza, dor nas costas, dor no peito, dor de cabea, tosse e diarria. Dentre as categorias, os mdicos diferenciaram-se atribuindo, com menor freqncia, escores altos para a freqncia e gravidade. Os clnicos valorizaram mais do que os cirurgies, esses dois fatores, para quase todos os sintomas. O cotejo com a opinio dos leigos entrevistados revelou semelhanas nas tendncias, embora tenha havido, por parte destes, maior valorizao da freqncia e gravidade.
Resumo:
As doenças crionicas no-transmissveis so causa importante de morte no Brasil, principalmente nos grandes centros urbanos. Existem inmeros fatores de risco relacionados a este tipo de doenças, cuja remoo, ou atenuao, pode contribuir para o declnio da mortalidade. Descreve-se a metodologia do primeiro estudo muiticntrico abrangente realizado na Amrica Latina sobre a questo dos fatores de risco de doenças crnicas no-transmissveis. No Brasil o estudo foi realizado nos municpios de So Paulo, SP e Porto Alegre, RS. So apresentados resultados preliminares para o Municpio de So Paulo quanto prevalncia de hiperteno arterial (22,3%), tabagismo (37,9%), obesidade (18,0%), alcoolismo (7,7%) e sedentarismo (69,3%). Os resultados obtidos so comparados com dados existentes para o Brasil e outros pases, e discute-se a relao entre a magnitude dos diversos fatores de risco e a mortalidade por doenças cardiovasculares em So Paulo e alguns pases desenvolvidos.
Resumo:
Foram estudadas 257 mulheres com diagnstico de doena benigna de mama (DBM), atestado por anatomopatolgico ou citologia, e um controle para cada uma delas. Foram apresentados resultados das possveis relaes entre variveis reprodutivas e o risco para DBM. Os casos e controles foram comparados levando em conta a idade na menarca e na menopausa, o nmero de gravidezes, de meses em que amamentaram e de ciclos menstruais ovulatrios, e os antecedentes familiares de cncer de mama. Mostraram influncia significativa, em relao s DBM, a nuliparidade, aumentando o risco enquanto a idade de 30 ou mais anos no primeiro parto o reduziu; o nmero de ciclos ovulatrios, que foi significativamente maior para os casos, e a mdia de meses de uso de plula, menor entre as mulheres com DBM. O uso de contraceptivos orais apresentou um efeito protetor apenas quando a durao total do uso foi maior que dois anos. Os resultados no se revelaram novos ou diferentes se comparados com outros estudos, mas confirmam a relativa concordncia entre os fatores de risco para DBM e para cncer de mama, ainda que as relaes entre esses fatores e as DBM no sejam to claras como o so para o cncer, e existam tambm algumas discrepncias.
Resumo:
Dando seqncia investigao de fidedignidade da certificao da causa bsica da morte de mulheres em idade frtil (10-49 anos) residentes no Municpio de So Paulo, em 1986, so apresentadas as principais causas de morte encontradas para o conjunto da populao e segundo idade. Destacam-se, pela ordem, as doenças do aparelho circulatrio (doenças cardiovasculares - DCV), os neoplasmas malgnos e as causas externas. As DCVs foram responsveis por 23,6% das mortes ocorridas nesse grupo etrio, com destaque para as doenças cerebrovasculares (51,1% destas mortes por DCV) e para a doena isqumica do corao (18,2% destas mortes, a maioria por infarto agudo do miocrdio). Comparando-se os resultados com o de investigao de mesma metodologia ocorrida no mesmo local para a dcada de 60, notou-se um declnio da mortalidade por doena reumtica crnica de corao, aumento da mortalidade por doena cerebrovascular e por doena isqumica do corao, mas com uma reduo global dos coeficientes, ajustados por idade para o conjunto das DCVs. Houve tambm grande nmero de menes de hipertenso arterial ligadas s doenças cerebrovasculares (78,3% dos bitos por estas causas eram de hipertensas) e doena isqumica do corao (onde esta proporo era de 63,4%). Discute-se a importncia desta possvel alta prevalncia de hipertenso arterial em populao em idade frtil e o uso de anticoncepcionais orais de forma indiscriminada.
Resumo:
Apresentam-se os conceitos sobre DST entre 41(63,07%) coletores de lixo de uma cidade do interior de So Paulo, com a finalidade de oferecer subsdios para a elaborao de programas de educao em sade sobre DST, para este grupo da populao e outros similares. Da anlise dos dados coletados, em entrevista com os indivduos, obteve-se que um nmero aprecivel destes trabalhadores possuem conceitos inadequados sobre as DST. Estes resultados vm denotar a desinformao e ausncia de conhecimento existente sobre o assunto, requerendo portanto a implementao de aes educativas.
Resumo:
Num perodo de 4 anos (1986-1989) foram processados 517 materiais correspodentes a 235 casos com diagnstico clnico de botulismo de bovinos, dos Estados de So Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Gois, Bahia, Par, Maranho, Distrito Federal e Roraima (Brasil). Exames laboratoriais foram realizados com o intuito de confirmar a suspeita clnica, detectando a toxina nos materiais correspondentes aos casos supracitados. Os tipos de toxina verificados foram "C" e "D" presentes no fígado e contedos de estmago e intestinos, que perfaziam o maior nmero das amostras remetidas. O pequeno nmero de casos confirmados leva suposio de que outras enfermidades devem estar envolvidas nessas mortes, ainda que se considere possveis resultados falso negativos.
Resumo:
A anlise da mortalidade por causas, bem como da morbidade, necessita de um instrumento que agrupe as doenças segundo caractersticas comuns, isto , uma classificao de doenças. Atualmente est em uso a Classificao Internacional de Doenças da OMS, na sua Nona Reviso. Esta classificao surgiu em 1893; para 1993 est proposta a implantao da Dcima Reviso. O trabalho descreve as razes de uma classificao internacional, fazendo referncias a John Graunt, William Farr e Jacques Bertillon bem como evoluo pela qual passou em suas sucessivas revises. Inicialmente era uma classificao de causas de morte passando a ser, a partir da Sexta Reviso, uma classificao que incluiu todas as doenças e motivos de consultas, possibilitando seu uso em morbidade, sendo que a partir da Dcima Reviso se prope uma "famlia" de classificaes, para os mais diversos usos em administrao de servios de sade e epidemiologia. O trabalho tambm apresenta algumas crticas que so feitas Classificao Internacional de Doenças.
Resumo:
Trs quartos da mortalidade no Estado do Rio Grande do Sul (Brasil) ocorrem por doenças no-transmissveis. Dentre elas as doenças cardiovasculares, por si s, correspondem a 35% das causas de morte. Para avaliar a prevalncia de fatores de risco para essas doenças, foi realizado inqurito domiciliar no perodo de 1986/87. Foram entrevistados 1.157 indivduos entre 15-64 anos, residentes em setores censitrios de 4 reas docente-assistenciais do Municpio de Porto Alegre, RS. A prevalncia padronizada de tabagismo foi de 40%, hipertenso 14%, obesidade 18%, sedentarismo geral 47% e consumo excessivo de lcool, 7%. Trinta e nove por cento da amostra acumulavam dois ou mais desses cinco fatores de risco, somente 22% de homens e 21% de mulheres no apresentaram esses fatores de risco. As elevadas freqncias e concomitncias desses fatores de risco alertam para sua importncia em programas que visam a preveno das doenças no-transmissveis.
Resumo:
Foi realizado estudo epidemiolgico sobre os seguintes fatores de risco de doenças cardiovasculares aterosclerticas: dislipidemias, obesidade, hipertenso, diabetes melito e alguns elementos definidores do estilo de vida (sedentarismo, etilismo, tabagismo e hbitos alimentares) em populao pertencente rea Metropolitana de So Paulo. Os objetivos da pesquisa foram os seguintes: a) desenvolver uma linha de base epidemiolgica para o estudo das doenças cardiovasculares aterosclerticas e os fatores de risco representados pelas dislipidemias, obesidades, hipertenso e diabetes melito e de suas relaes com caractersticas pessoais, familiares e sociais; b) encaminhar para tratamento clnico-educativo os indivduos doentes ou portadores de risco. A metodologia empregada a primeira parte de uma srie destinada divulgao dos resultados da pesquisa. Tendo em vista os objetivos, optou-se por se trabalhar integradamente com os centros de sade e associaes comunitrias locais na fase de coleta de dados em campo. Por isso, a metodologia empregada foi a de trabalhar em pequenas reas geogrficas, homogneas do ponto de vista socioeconmico, denominadas "reas de estudo". A caracterizao de grupos sociais foi feita atravs do conceito de classes sociais, operacionalizado por meio de indicadores como renda, escolaridade, ocupao, posio na ocupao, posse de propriedade e respectiva dimenso e emprego de mo-de-obra. Foram estabelecidas as seguintes classes sociais: burguesia, pequena burguesia tradicinal, proletariado e sub-proletariado. Foram realizados inquritos clnicos, bioqumico, alimentar e entrevistas para se obter informaes de carter demogrfico, socioeconmico e de estilo de vida. O inqurito clnico constou de tomada de medidas antropomtricas, presso arterial, eletrocardiograma e informaes sobre antecedentes pessoais e familiares de hipertenso, obesidade, cardiopatias e outras morbidades. O inqurito bioqumico constou da medida dos seguintes constituintes sangneos: colesterol total, HDL colesterol, LDL colesterol, triglicrides, magnsio, glicose, sdio, potssio, clcio e fsforo. O inqurito alimentar envolveu informaes sobre a histria alimentar do indivduo. A interveno clnico -educativa foi feita com a participao de associaes comunitrias e centros de sade, que criaram programas locais de atendimento aos doentes e portadores de risco.
Resumo:
Objetivou-se avaliar a freqncia de outras doenças sexualmente transmissveis (DST) em pacientes portadores de AIDS, identificando-se suas associaes epidemiolgicas e possveis relaes com as categorias de exposio ao vrus. Os dados foram coletados dos pronturios mdicos, identificando-se as DST com base em dados de anamnese, exame fsico e exames laboratoriais. Dos portadores de HIV/AIDS, atendidos no hospital estudado, de janeiro de 1986 a janeiro de 1992, 207 constituram a amostra estudada. Dos pacientes estudados, 88 (42,5%) apresentaram alguma DST e 119 (57,5%) no, resultando proporo de pacientes com DST/pacientes sem DST igual a 0,7. As DST mais prevalentes foram hepatite B (33, 3%), sfilis (30, 3%) e gonorria (12, 9%). Quanto s categorias de exposio dos indivduos ao HIV, a mais prevalente foi a sangnea (44,9%), seguida pela sexual (21,3%), sexual e sangnea (17, 9%) e indeterminada em 15, 9%. Comparando particularmente as categorias de transmisso sexual e sangnea do HIV e a presena de outras DST, estas foram significativamente mais freqentes nos casos cuja categoria de exposio referida foi a sexual.