O emprego na transição para uma economia verde: cenários para o Brasil com base no consumo de energia pela indústria

Pós-graduação em Economia - FCLAR

Sustentabilidade dos sistemas agrícolas: uma análise no contexto da agrodiversidade. Um estudo de caso na Amazônia Oriental

O estudo tem como objetivo avaliar o processo de sustentabilidade em sistemas agrícolas, tendo como parâmetros os fluxos energético e econômico dentre seus compartimentos, cuja dinâmica é regida pela agrodiversidade de um ambiente agrário em transição. O trabalho de campo foi realizado no município de Igarapé-Açu, Nordeste do Pará. Inicialmente foi feito um survey em 60 unidades produtivas, seguindo-se da aplicação de questionário em 25 unidades, de uma modelagem sistémica em 11 unidades, subsidiada por um exame de contexto, além das entrevistas com agentes produtivos locais ligados direta ou indiretamente a ramos de interesses agrícolas. O resultado das análises revelou mecanismos que caracterizam as distintas lógicas que orientam os processos ecológicos e económicos no contexto da agrodiversidade local/regional. Os fenômenos que ocorrem no campo energético material não guardam correlação direta com os fenômenos de natureza econômica. Não há nem mesmo analogia, visto que os parâmetros adimensionais divergem em valores e padrão. Do ponto de vista da dinâmica ecológica/energética, a informação de maior relevância foi sobre o grau de dependência dos agricultores aos recursos da natureza, parametrizado através do seu coeficiente de depredação (φd). O modelo criado permite: configurar a dinâmica estrutural desses sistemas, estimar-lhes os respectivos níveis de dependência aos recursos, bem como o tempo e a área necessários à obtenção de equivalentes custos de oportunidade aos processos de produção agrícola, e, por fim, identificar fatores limitantes à transição agrária no Município. Esses parâmetros ecológicos/econômicos, pioneiramente definidos, podem ser considerados como operacionalizadores para o planejamento de um desenvolvimento agrário sustentável.

Zoneamentos agroecológicos e seus reflexos no desenvolvimento da produção agrícola familiar municipal no estado do Pará: a questão da seguridade alimentar da população local

A região amazônica representa atualmente um conjunto de conflitos de interesses, que apresentam como eixos centrais à questão ecológica e a necessidade de garantir a sobrevivência da população local municipal. O presente trabalho discute a eficiência, eficácia e efetividade de parte dos Zoneamentos Agroecológicos realizados pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária EMBRAPA, através de sua Unidade Descentralizada no Pará, Centro de Pesquisa Agroflorestal da Amazônia Oriental Embrapa Amazônia Oriental, nos anos de 1975, 1998, 1999, 2000, 2001, 2002, 2003 e 2004, quando atendeu dezenas de solicitações, por parte de gestores municipais, estaduais e federais (Instituições e governos), do Estado do Pará, no que tange aos reflexos do seu uso ou desuso, como instrumento de planejamento para o desenvolvimento endógeno desses municípios, principalmente àqueles ligados a garantia da seguridade alimentar da população neles residentes, de produtos como: Arroz (Oriza sativa) e Feijão (Phaseolus vulgaris L.), produzidos por pequenos produtores familiares, que segundo Costa (1973) trata-se do grupo formado por aqueles agricultores que utilizam módulos de terra de até duzentos hectares, e, que noventa e cinco por cento da mão-de-obra... ocupada com as atividades agrícolas, é familiar. Nessa pesquisa, serão avaliados os zoneamentos ecológicoeconômicos dos municípios, pertencentes à microrregião de Paragominas: Abel Figueirêdo, Rondon do Pará, Paragominas e Bom Jesus do Tocantins. De antemão, sabe-se que somente os ZEE, não representam in totum, uma panacéia (remédio para todos os males), mas trata-se de uma ferramenta potente para planificar o uso do território e da terra e ajudaria bastante quando utilizado para definição das áreas potencialmente promissoras para produção de alimentos básicos.

Dos limites do crescimento econômico ao crescimento sustentável: a proposta do decrescimento e seus desafios

This study aims to assess the evolution of the environmental debate, starting by the contextualization of its first appearance, and perform a theoretical and methodological analysis of its ramifications, especially regarding the two main lines of thought in economics: environmental economics and ecological economics. Once confirmed the incompatibility of economic growth per se with the environmental limits, the degrowth proposal will be presented, its theoretical basis and especially the means by which its creators aim to promote a economic, politic and social restructuring. Finally, the challenges regarding the degrowth implementation on both the developed Northern economies and the third-world or emerging Southern countries will be exposed

Crescimento econômico e desacoplamento do uso de recursos naturais e de impactos ambientais: evidências para o Brasil

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

Implications of Transdisciplinarity for Sustainability Research

In ecological economics the terms sustainable development and transdisciplinarity are closely related. It is shown that this close relation is due to the fact that research for sustainable development has to be issue oriented and reflect the diversity, complexity and dynamics of the processes involved as well as their variability between specific problem situations. Furthermore, the knowledge of people involved and their needs and interests at stake have to be taken into account. There are three basic and interrelated questions about issues to be addressed in sustainability research: (1) In which way do processes constitute a problem field and where are the needs for change? (2) What are more sustainable practices? (3) How can existing practices be transformed? To treat them properly, transdisciplinary research is needed. The emergence of transdisciplinary research in the North and the South is described. By distinguishing analytically among basic, applied and transdisciplinary research the challenges that have to be tackled in transdisciplinary projects are analyzed.

Transdisciplinary co-production of knowledge in the development of organic agriculture in Switzerland

The present study analyses transdisciplinary co-production of knowledge in the development of organic farming in Switzerland by using Fleck's theory of thought styles and thought collectives. Three different phases can be identified throughout the historical development. The initial phase lasting from the beginning of the 1920s to the early 1970s contains numerous characteristics of diverse well-established definitions and concepts of transdisciplinarity and represents a successful transdisciplinary process, which has not been perceived as such in the past and present scientific discussion. The second and third phases show an increasing segregation of thought collectives, caused by internal changes such as the establishment of specialised research institutions and external processes like agriculture policy and market development. These developments led to a decreasing degree of transdisciplinarity. We observe an ambiguous trend: the continuously growing and today well-established positive societal recognition of an initially rather little accepted newcomer movement is associated with the gradual loss of its very valuable forms of knowledge co-production and the related philosophical background. In order to maintain the various forms of transdisciplinary co-production of knowledge, one has to reflect not only their results or outcome but also the whole cooperation process, which has led to these results. The understanding of the historical development and characteristic features of knowledge co-production as presented in this study will help to reinforce transdisciplinary research in organic agriculture and research on transdisciplinarity in general.

Combining analytical frameworks to assess livelihood vulnerability to climate change and analyse adaptation options

Experts working on behalf of international development organisations need better tools to assist land managers in developing countriesmaintain their livelihoods, as climate change puts pressure on the ecosystemservices that they depend upon. However, current understanding of livelihood vulnerability to climate change is based on a fractured and disparate set of theories andmethods. This reviewtherefore combines theoretical insights from sustainable livelihoods analysis with other analytical frameworks (including the ecosystem services framework, diffusion theory, social learning, adaptive management and transitions management) to assess the vulnerability of rural livelihoods to climate change. This integrated analytical framework helps diagnose vulnerability to climate change,whilst identifying and comparing adaptation options that could reduce vulnerability, following four broad steps: i) determine likely level of exposure to climate change, and how climate change might interact with existing stresses and other future drivers of change; ii) determine the sensitivity of stocks of capital assets and flows of ecosystem services to climate change; iii) identify factors influencing decisions to develop and/or adopt different adaptation strategies, based on innovation or the use/substitution of existing assets; and iv) identify and evaluate potential trade-offs between adaptation options. The paper concludes by identifying interdisciplinary research needs for assessing the vulnerability of livelihoods to climate change.

Assessing sustainable forest management under REDD+: a community-based labour perspective

Reducing emissions from deforestation and forest degradation plus (REDD+) encourages economic support for reducing deforestation and conserving or increasing existing forest carbon stocks. The way in which incentives are structured affects trade-offs between local livelihoods, carbon emission reduction, and the cost-effectiveness of a REDD + programme. Looking at first-hand empirical data from 208 farming households in the Bolivian Amazon froma household economy perspective, our study explores two policy options: 1) compensated reduction of emissions fromold-growth forest clearing for agriculture, and 2) direct payments for labour input into sustainable forest anagement combined with a commitment not to clear old-growth forest. Our results indicate that direct payments for sustainable forest management – an approach that focuses on valuing farmers' labour input – can be more cost-effective than compensated reduction and in some cases is themost appropriate choice for achieving improved household incomes, permanence of changes, avoidance of leakages, and community-based institutional enforcement for sustainable forest management.