359 resultados para Discente
Resumo:
Interaction is a basic element in any educational process, and it is something that needs to be reconsidered in the light of technology. In order to examine the methodological changes that ICTs bring to teaching from an interaction perspective, a study was carried out at the University of Lleida to observe interaction processes in various face-to-face, blended learning and e-learning subjects. The methodological design was based on three data collection techniques: documentary analysis of subject curricula, lecturer and student questionnaires, and lecturer interviews. The data showed that, as the online component of subjects increased, the lecturers and students used more technological tools to communicate (e-mail, forums, chats, social networks, etc.). Furthermore, we found that the lecturers and students basically communicated for academic purposes. While they hardly ever communicated for personal reasons (guidance, support, etc.), they claimed that closer contact with a non-academic focus would be preferable. We also observed that the students’ work was more individual in e-learning subjects. Although there is still a considerable way to go in ICT-mediated lecturer-student interaction, both the lecturers and students recognise the potential of such technologies, even though they still do not use them as they feel they should.
Resumo:
São apresentados os resultados da experiência de transformação de uma disciplina tradicional do ensino médico voltada ao ensino da política e gestão de saúde com uso de tecnologias de informação e comunicação - e-Learning. Baseado em correntes construtivistas da educação, o curso dedica especial atenção à motivação do corpo discente, ao trabalho colaborativo e à procura e elaboração de informações de fontes oficiais de saúde. São características do curso: motivar os alunos por meio da proposta de caracterizar o sistema de saúde de um município de livre escolha dos mesmos; promover atividades de estudo e pesquisa em saúde utilizando roteiros orientados à análise e gestão da assistência; dar a conhecer e utilizar portais oficiais de informações em saúde e criar um ambiente virtual de pesquisa-aprendizagem disponível todo o tempo. Após quatro anos de experiência e em vista da boa aceitação entre os alunos, o modelo de curso foi expandido a outros cursos da área da saúde: Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Nutrição e Metabolismo, Fonoaudiologia e Informática Biomédica.
Resumo:
As faculdades de Medicina devem acompanhar as mudanças na política de saúde e os desafios da assistência médica com novas propostas de ensino-aprendizagem, contemplando o projeto pedagógico centrado no aluno. Apesar disso, a visão discente raramente tem servido de parâmetro para essa reforma. Com este objetivo, foi aplicado em 2004 um questionário para todos os alunos do terceiro ano do curso de graduação de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, sendo a participação voluntária e anônima. Esse questionário foi composto para se avaliar a importância do ciclo básico no ensino da Semiologia, os cenários de prática e o desempenho discente. Segundo os resultados, a Fisiologia foi considerada a mais importante do ciclo básico, seguida da Anatomia. A maioria dos alunos se considerou apta a fazer a anamnese, mas realizava o exame físico e o raciocínio fisiopatológico principalmente com ajuda docente. Quanto ao cenário de prática, houve uma preferência pelo ensino que englobasse a prática no ambulatório e na enfermaria. Concluiu-se que questionários específicos e apropriados podem ser úteis para um melhor planejamento pedagógico com a participação ativa dos alunos e para assegurar a integração horizontal e vertical das disciplinas.
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A formação de profissionais de saúde com as competências para prestação de cuidados básicos deve ser iniciada na graduação. Entretanto, o treinamento na rede básica de saúde (RBS) ainda encontra barreiras nas esferas docente, discente e nas unidades das Secretarias Municipais de Saúde (SMS). Considerando a relevância do papel dos preceptores na formação dos estudantes da área da saúde, avaliamos a opinião dos profissionais de saúde da RBS da SMS do Rio de Janeiro sobre a atividade de preceptoria. Um questionário foi respondido por 351 profissionais de saúde de 13 das 67 unidades da RBS. Destes, 77% consideram que a preceptoria faz parte das atribuições do profissional e 61% gostariam de assumir esta tarefa. Várias dificuldades foram apontadas, incluindo problemas estruturais e de recursos humanos. Os resultados responsabilizam, de alguma forma, as instituições de ensino superior (IES) e o Estado pela pouca valorização e estímulo às ações de preceptoria, na medida em que apontam a necessidade de rever as condições de trabalho e de ensino na RBS. Destacam-se a melhoria dos salários e da infraestrutura e a oportunidade de capacitação profissional, o que implica parcerias efetivas entre as IES e as SMS.
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Este artigo apresenta uma pesquisa que analisa as concepções de humanismo e suas contribuições para a formação médica, na ótica discente, no âmbito do curso de Medicina da Universidade Federal de Alagoas, no período compreendido de novembro de 2006 a julho de 2007. A metodologia escolhida foi a de realização de cinco grupos focais, nos quais foram coletados os depoimentos de 73 estudantes, analisados posteriormente por meio de referencial sobre as práticas discursivas. Os resultados encontrados destacam três aspectos acerca do que o estudante observa e vivencia: na relação com a instituição, o curso e os sentimentos que surgem no seu processo como aprendiz; sobre a relação aluno-professor no curso médico; e, por fim, sobre a relação médico-paciente e demais pessoas com quem o médico interage em seu exercício profissional. Surgiram elementos indicativos de um aprendizado entremeado de sinais de contrariedade, irritação, impaciência e intolerância com os professores e seus métodos e com a instituição. A humanização não é sentida nas práticas pedagógicas da formação médica, embora seja priorizada nos espaços formais iniciais do curso médico.
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O trabalho apresenta e analisa resultados provenientes da auto-avaliação a que se submeteram 28 escolas médicas brasileiras (EMBs) participantes do Projeto da Comissão de Avaliação das Escolas Médicas (Caem), da Associação Brasileira de Educação Médica (Abem), relativo ao eixo Cenários da Prática, um dos cinco eixos relevantes na formação do médico. Este eixo é composto de três vetores: locais de exercício da prática médica utilizados pela escola; prática proporcionada aos discentes com orientação docente; e oportunidades oferecidas aos estudantes para vivenciar as demandas espontâneas de atendimento em saúde - âmbito da prática. Em relação ao vetor Local de Prática, três quartos das escolas se colocam como predominantemente utilizando unidades do sistema de saúde voltadas à atenção primária, secundária e terciária, outro quarto se percebe utilizando predominantemente o hospital secundário e os serviços ambulatoriais da própria instituição. Quanto à Participação Discente, três quartos afirmam proporcionar ao estudante ampla participação, com orientação e supervisão docente nos diversos cenários de prática; as demais proporcionam aos discentes atividades selecionadas e parcialmente supervisionadas. No vetor que trata o Âmbito da Prática, um quarto das escolas se limita a oferecer práticas ligadas aos departamentos e especialidades/disciplinas; um terço oferece práticas que cobrem vários programas de forma estanque; e quase a metade das escolas (43%) oferece prática ao longo de todo o curso utilizando os serviços em todos os níveis de atenção de forma integral. Nem sempre as justificativas e evidências corresponderam às situações de inovação ou transformação percebidas pelas escolas.
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A pesquisa em educação médica vem se desenvolvendo muito nos últimos anos. A participação de estudantes nos processos de mudanças curriculares também é crescente e bastante contributiva. Ainda, a iniciação científica está sendo amplamente defendida por seu impacto positivo na formação profissional. Relatamos um ano de experiência do Núcleo Acadêmico de Pesquisa em Educação Médica (Napem), que integra as propostas de participação discente nas discussões de ensino médico através de trabalhos de iniciação científica em educação médica. O Napem foi fundado em 2008 e foi bem aceito na comunidade acadêmica da Faculdade de Medicina de Botucatu/Universidade Estadual Paulista (FMB/Unesp). Seus projetos de pesquisa atuais investigam: avaliação do curso médico, avaliação do estudante, fatores que influenciam a busca por iniciação científica, Ligas Acadêmicas e interdisciplinaridade. Estão envolvidos 17 estudantes e dez professores. Em um ano, o Napem apresentou trabalhos em congressos, publicou artigo em periódico indexado e está certificado como grupo de pesquisa no CNPq. Dentre seus desafios estão a necessidade de contínua renovação dos estudantes e o avanço nas pesquisas, de modo que os projetos não se encerrem em si mesmos, mas constituam um continuum de investigação à medida que novas informações sejam agregadas ao conhecimento.
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A saúde coletiva tenciona romper com o paradigma tradicional da medicina, centrado no modelo biologicista da saúde-doença. Este estudo visou: avaliar as disciplinas da saúde coletiva oferecidas na graduação dos alunos do curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará (Uece); caracterizar a percepção deles acerca da contribuição dessas disciplinas na relação com o paciente; descrever o conhecimento discente sobre aspectos relacionados à ementa de cada disciplina, como possíveis mudanças na disposição delas; e analisar o conceito de saúde coletiva do ponto de vista dos alunos. Estudo descritivo com abordagem quantitativa, desenvolvido na Uece e nos serviços de saúde conveniados ao curso de Medicina. De uma população de 240 alunos matriculados no curso de Medicina da Uece, retirou-se uma amostra por conveniência de 129 acadêmicos. Os dados foram obtidos mediante questionário semiestruturado. A análise foi realizada com o programa estatístico PASW, versão 17.0. Dos participantes, 112 (86,8%) enfatizaram o efeito positivo das disciplinas na relação com os pacientes. Noventa e um (70,5%) ressaltaram a grande carga horária das disciplinas e 91 (70,5%) desconhecem a ementa. Muitos, 52 (47,7%), sugeriram redução do número de disciplinas e créditos, e 36 (26%) não souberam conceituar saúde coletiva. Conclui-se que esta é essencial na formação dos futuros médicos, mas urge repensar a reformulação curricular e mudanças de atitudes dos docentes desse curso.
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INTRODUÇÃO: O internato médico compreende o período do curso de graduação em Medicina em que o educando recebe preparação para a prática médica. A avaliação contribui para a aquisição da competência clínica e, consequentemente, prepara o educando para a prática médica. OBJETIVOS: Estudar os métodos de avaliação discente no internato em Clínica Médica do curso de graduação em Medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), campus Tubarão, por meio da análise da percepção de discentes e docentes envolvidos neste estágio do curso. MÉTODOS: Participaram da pesquisa 44 internos e 15 docentes do semestre letivo 2009/2. RESULTADOS: Os sujeitos da pesquisa percebem a existência e a necessidade de avaliação no internato, têm conhecimento das estratégias e itens utilizados no processo avaliativo e entendem que nesse processo são empregados métodos com medidas objetivas e subjetivas, com abordagens qualitativas e quantitativas. CONCLUSÕES: Sugere-se maior ênfase em conteúdo prático e capacitação docente, aliadas a uma lista de verificação ao final do estágio.
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A proposta deste trabalho é apreender concepções de estudantes e tutores sobre a avaliação formativa nas sessões tutoriais de um currículo PBL, identificando as dificuldades enfrentadas no desenvolvimento dessa prática. Um questionário Likert foi aplicado a 11 tutores e 45 discentes do sétimo período do curso de Medicina da Universidade Estadual de Montes Claros e uma entrevista de aprofundamento foi realizada com a totalidade dos tutores e 20 estudantes. Os entrevistados percebem a proposta formativa da avaliação na sessão tutorial, definindo-a como processual, reflexiva, dialógica, diagnóstica, e enfatizam a possibilidade de feedback como fator motivador e determinante para solucionar as deficiências detectadas e reforçar as potencialidades percebidas. São identificadas dificuldades relacionadas ao desempenho dos docentes, como falta de preparo, ao desempenho dos estudantes (falta de sinceridade, maturidade) e outras decorrentes da inadequação dos critérios utilizados nos instrumentos avaliativos. Os resultados apontam a necessidade de programas de desenvolvimento docente e discente em avaliação, assim como maior compromisso das instituições que utilizam a metodologia Aprendizagem Baseada em Problemas na busca contínua e reflexiva da coerência com os pressupostos pedagógicos estabelecidos pelo currículo.
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Estudo transversal quantitativo descritivo observacional, realizado com discentes do internato da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás. OBJETIVOS: Conhecer a expectativa de prática profissional de discentes do internato e observar possíveis dissonâncias em relação ao perfil do discente preconizado pelas Diretrizes Curriculares Nacionais e projeto político-pedagógico da instituição. METODOLOGIA: Foi utilizado um questionário distribuído aos 222 discentes do internato da instituição no ano de 2012. A amostra consta de 190 discentes, que correspondem a 85% do universo de análise. A significância estatística foi calculada pelo Teste do Sinal. RESULTADOS: O perfil sociodemográfico caracteriza discentes com idade média de 23,8 anos, solteiros, sendo que 66% pertencem às classes sociais A e B. O ideal do perfil de prática profissional demonstra que 84% pretendem ser especialistas, 96% desejam cursar residência médica, sendo estatisticamente significante (p = 0,0001), e 70% não pretendem, a priori, trabalhar na Estratégia Saúde da Família (ESF) (p = 0,005). CONCLUSÃO: O estudo demonstra discentes com perfil socioeconômico elevado, que pretendem ser especialistas, cursar residência médica e não veem a ESF como uma meta-fim.
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INTRODUÇÃO: O curso de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde (FCMS) da PUC-SP de Sorocaba passou por mudanças em seu modelo curricular, motivadas por vários fatores, entre eles a instituição das Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Medicina (DCN), que resultou numa ampliação dos cenários da prática. Desde 2011, o estágio de urgências clínicas, do sexto ano, passou a ser realizado também em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). OBJETIVOS: Avaliar o estágio na UPA sob a perspectiva discente. MATERIAL E MÉTODOS: O instrumento de avaliação foi composto por um questionário semiestruturado, aplicado aos alunos do ano de 2012. RESULTADOS: Os alunos consideraram positivo o fato de ser um cenário prático, com grande volume de pacientes e com acompanhamento do professor. Chamou a atenção o grande número de pacientes que solicitam atestados para justificar falta ao trabalho, além dos quadros de lombalgia, dor torácica e dor abdominal e as doenças respiratórias. Entre os pontos negativos, destacaram a curta duração do estágio e o pequeno número de salas para atendimento. CONCLUSÃO: A inserção do aluno no nível secundário da atenção às urgências, em uma Unidade de Pronto Atendimento, mostrou-se como mais uma possibilidade para o ensino de urgência na graduação médica e de aspecto fundamental, dada a organização do sistema de saúde.
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A formação em Medicina é densa e com grandes responsabilidades. Contato com a morte, ambiente competitivo, privação de lazer e sensação de insegurança técnica funcionam como um retrato da formação. Objetiva-se descrever os diferentes processos que interferem no sofrimento psíquico discente em todas as escolas médicas do Ceará. O estudo acompanhou, do segundo ao sexto ano, 40 alunos da Universidade Estadual do Ceará (Uece) e 20% dos demais estudantes com ingresso comum em todas as outras escolas cearenses. Utilizou-se o Self-Report Questionnaire-20 para avaliar transtornos mentais leves (TML) . A maior prevalência de suspeitos de portar TML foi de 53,3% na Uece, com 20% dos alunos procurando ajuda psicológica. Nas outras escolas, 48,5% foram suspeitos e 18,2% procuraram ajuda. Depressão, insônia, problema pessoal, privação de lazer e insegurança técnica atuaram sobre o sofrimento. A formação médica representa um período de dúvidas, receios e tensões. Os currículos p recisam considerar como os estudantes lidam com a formação. As escolas devem tornar seus serviços de apoio mais integrados à execução dos currículos, focando os dois últimos anos, oferecendo suporte às tensões pessoais e familiares.
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Este ensaio discute possíveis contribuições advindas do pensamento de Paulo Freire para a transformação das escolas médicas no Brasil, tendo como referência o perfil profissional preconizado pelasDiretrizes Nacionais do Curso de Graduação em Medicina. Considerando que apenas mudanças de método são insuficientes para atingir as competências humanísticas preconizadas, apresenta-se a educação como prática de liberdade de Paulo Freire como um fundamento apropriado para definir estratégias e práticas voltadas à formação de um profissional crítico, reflexivo, com senso de responsabilidade social e cidadania. Com amparo no pensamento freireano, propõe-seque a inserção na comunidade, a democratização da relação docente-discente e a utilização do portfólio podem beneficiar o processo de formação médica.
Resumo:
No presente trabalho, avaliou-se a experiência de Educação Ambiental do "Projeto de Conservação do Papagaio-da-Cara-Roxa (Amazona brasiliensis)", no ensinoformal, realizado pela Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), no litoral norte do Estado do Paraná. A experiência teve o intuito de fomentar, tanto no corpo docente quando no corpo discente, a discussão sobre valores e princípios que norteiam as relações homem/natureza, desenvolvendo-se, assim, uma interação mais responsável com o meio ambiente. Foram desenvolvidos módulos-educativos sobre o papagaio-da-cara-roxa e seu ambiente, direcionados a 795 estudantes do ensino fundamental, nos Municípios de Paranaguá e Guaraqueçaba. Para analisar a eficácia das atividades, os estudantes responderam a testes antes e depois do processo educativo que mediram mudanças obtidas com relação ao incremento de conhecimento, postura e valorização do papagaio-da-cara-roxa e de seu ambiente. Os resultados indicaram que a utilização do exemplo de uma espécie, ameaçada de extinção e que ocorre próximo às comunidades envolvidas no processo de conservação, serviu de base para a associação do tema específico para com uma realidade ambiental mais ampla e contextualizada localmente.