999 resultados para Contra-violence
Resumo:
Cada año, la prohibición total del aborto y su penalización niegan a miles de mujeres y niñas de El Salvador sus derechos y decisiones. Las mujeres y niñas que tienen un embarazo no deseado se enfrentan a dos opciones: cometer un delito abortando o seguir adelante con el embarazo no deseado.
Resumo:
O espaço social subjacente à unidade literária de Êxodo 20,22-23,19 pressupõe uma sociedade agrária. Aparentemente é monótona, marcada por inúmeros conflitos sociais. O contexto social é de empobrecimento das famílias clânico-tribais israelitas. A nova economia se organiza em torno do santuário. Na pesquisa, há bastante consenso quanto à origem desta unidade literária conhecida como Livro da Aliança. É literatura jurídica de caráter religioso. Uma prescrição jurídica não precede as condições da realidade a que vai se referir, mas prescreve sobre as condições e situações já existentes. Na pesquisa clássica atual, encontram-se duas grandes correntes sobre a origem e a época desta literatura. Uma defende que o Livro da Aliança remonta à época pré-estatal, passagem do tribalismo para a monarquia; a outra argumenta que o Livro da Aliança, enquanto corpus codificado de leis, é um produto tardio , possivelmente surgido no final do século VIII ou início do século VII a.C. O Livro da Aliança é a base literária da presente pesquisa. Quanto à origem e à época do Livro da Aliança, sigo a corrente que defende ser o texto da época final do período tribal, anterior à monarquia. Esta época foi marcada por grandes mudanças econômicas: passagem de uma economia solidária de subsistência para uma economia de concentração do produto. A tese consiste em analisar a violência contra as mulheres, estruturada no discurso jurídico do Livro da Aliança. Busca-se desvendar os mecanismos que justificam e naturalizam as práticas de violência. O destaque é a violência contra as mulheres escravas, contra as filhas e, de modo especial, enfatizo as violências contra as mulheres feiticeiras. Evidencio três categorias de escravas prescritas no texto: as escravas domésticas, que sofrem violências físicas, podendo chegar até à morte debaixo do castigo da vara; as escravas temporárias, que têm seus olhos destruídos e os seus dentes quebrados; e as filhas que são vendidas como escravas. Sua sexualidade é transformada em mercadoria. Há filhas que são seduzidas, violadas e submetidas como mulher ao seu estuprador. O único grupo social descrito a partir da sua função pública são as feiticeiras. As violências são institucionais e sexistas. O patriarcado é o princípio organizador da sociedade. A característica do Livro da Aliança é marcadamente androcêntrica.(AU)
Resumo:
A presente tese tem como objetivo abordar e analisar a violência contra a mulher e a relação que existiria entre essa conduta e a imagem androcêntrica de "Deus", em um contexto específico: homens e mulheres da Igreja Metodista no Chile. Fizemos uma leitura analítica da maneira de se relacionar as mulheres e os homens nos matrimônios, e as mulheres e os homens com "Deus". O intuito é explorar as similitudes que existem entre a atitude hierárquica do homem na sociedade e na família e o modelo de "Deus" masculino presente no imaginário coletivo da sociedade. A questão foi desenvolvida tendo como eixo principal a imagem indrocêntrica de "Deus" e as variáveis que desde essa imagem se desprendem, a saber, a construção e a ideologia androcêntrica, a sobrevalorização da hegemonia e a linguagem masculina e a legitimação da violência contra mulher. Esta situação é analisada desde um contexto específico a Igreja Metodista no Chile, mas este fato é apenas o contexto de onde começamos a observar os casos de violência contra a mulher, o que permitiu sair desse contexto restringido, para um contexto mais abrangente. Por conseguinte, na procura de fundamentos para elucidar as hipóteses, levantamos alguns elementos antropológicos herdados das ideologias e crenças dos espanhóis e dos indígenas, os quais foram fundamentais na construção do ethos e da idiossincrasia chilena. Para a análise e a crítica do imaginário masculino de Deus, privilegiamos a produção da teologia feminista e, para o conceito de violência que contem a noção de poder, privilegiamos a concepção de micro-poder, estimando que a violência contra da mulher se concretiza, primordialmente, em nível de micro estruturas, ainda que o fato esteja legitimado em nível de macro estruturas. O objetivo desta tese é contribuir na reflexão teológico-pastoral desde a perspectiva da mulher, visando fornecer elementos de debate no caminho à superação da violência.(AU)
Resumo:
O espaço social subjacente à unidade literária de Êxodo 20,22-23,19 pressupõe uma sociedade agrária. Aparentemente é monótona, marcada por inúmeros conflitos sociais. O contexto social é de empobrecimento das famílias clânico-tribais israelitas. A nova economia se organiza em torno do santuário. Na pesquisa, há bastante consenso quanto à origem desta unidade literária conhecida como Livro da Aliança. É literatura jurídica de caráter religioso. Uma prescrição jurídica não precede as condições da realidade a que vai se referir, mas prescreve sobre as condições e situações já existentes. Na pesquisa clássica atual, encontram-se duas grandes correntes sobre a origem e a época desta literatura. Uma defende que o Livro da Aliança remonta à época pré-estatal, passagem do tribalismo para a monarquia; a outra argumenta que o Livro da Aliança, enquanto corpus codificado de leis, é um produto tardio , possivelmente surgido no final do século VIII ou início do século VII a.C. O Livro da Aliança é a base literária da presente pesquisa. Quanto à origem e à época do Livro da Aliança, sigo a corrente que defende ser o texto da época final do período tribal, anterior à monarquia. Esta época foi marcada por grandes mudanças econômicas: passagem de uma economia solidária de subsistência para uma economia de concentração do produto. A tese consiste em analisar a violência contra as mulheres, estruturada no discurso jurídico do Livro da Aliança. Busca-se desvendar os mecanismos que justificam e naturalizam as práticas de violência. O destaque é a violência contra as mulheres escravas, contra as filhas e, de modo especial, enfatizo as violências contra as mulheres feiticeiras. Evidencio três categorias de escravas prescritas no texto: as escravas domésticas, que sofrem violências físicas, podendo chegar até à morte debaixo do castigo da vara; as escravas temporárias, que têm seus olhos destruídos e os seus dentes quebrados; e as filhas que são vendidas como escravas. Sua sexualidade é transformada em mercadoria. Há filhas que são seduzidas, violadas e submetidas como mulher ao seu estuprador. O único grupo social descrito a partir da sua função pública são as feiticeiras. As violências são institucionais e sexistas. O patriarcado é o princípio organizador da sociedade. A característica do Livro da Aliança é marcadamente androcêntrica.(AU)
Resumo:
A presente tese tem como objetivo abordar e analisar a violência contra a mulher e a relação que existiria entre essa conduta e a imagem androcêntrica de "Deus", em um contexto específico: homens e mulheres da Igreja Metodista no Chile. Fizemos uma leitura analítica da maneira de se relacionar as mulheres e os homens nos matrimônios, e as mulheres e os homens com "Deus". O intuito é explorar as similitudes que existem entre a atitude hierárquica do homem na sociedade e na família e o modelo de "Deus" masculino presente no imaginário coletivo da sociedade. A questão foi desenvolvida tendo como eixo principal a imagem indrocêntrica de "Deus" e as variáveis que desde essa imagem se desprendem, a saber, a construção e a ideologia androcêntrica, a sobrevalorização da hegemonia e a linguagem masculina e a legitimação da violência contra mulher. Esta situação é analisada desde um contexto específico a Igreja Metodista no Chile, mas este fato é apenas o contexto de onde começamos a observar os casos de violência contra a mulher, o que permitiu sair desse contexto restringido, para um contexto mais abrangente. Por conseguinte, na procura de fundamentos para elucidar as hipóteses, levantamos alguns elementos antropológicos herdados das ideologias e crenças dos espanhóis e dos indígenas, os quais foram fundamentais na construção do ethos e da idiossincrasia chilena. Para a análise e a crítica do imaginário masculino de Deus, privilegiamos a produção da teologia feminista e, para o conceito de violência que contem a noção de poder, privilegiamos a concepção de micro-poder, estimando que a violência contra da mulher se concretiza, primordialmente, em nível de micro estruturas, ainda que o fato esteja legitimado em nível de macro estruturas. O objetivo desta tese é contribuir na reflexão teológico-pastoral desde a perspectiva da mulher, visando fornecer elementos de debate no caminho à superação da violência.(AU)
Resumo:
Introdução: A violência doméstica contra as mulheres apresenta-se, na atualidade, como relevante questão social e problema de saúde pública que afeta a maioria dos países. Portanto, não está mais restrita a países considerados do terceiro mundo e tende a ampliarse e a se generalizar. Em Moçambique pouco se investigou sobre a importância e papel das Delegacias de Mulheres no processo de implementação da Lei 29/2009 sobre Violência Doméstica contra a Mulher. Objetivo: Conhecer como profissionais de Delegacias de Mulheres acolhem e encaminham aos Tribunais os casos de violência doméstica; como interpretam o texto da lei, seu alcance, limitação e desafios na defesa dos direitos das mulheres vivendo em situação de violência na cidade de Maputo. Metodologia: Trata-se de pesquisa de natureza qualitativa, na qual foram realizadas entrevistas com 21 profissionais, operadores de Delegacias da cidade de Maputo Moçambique, que autorizaram a entrevista, segundo Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados e Discussão: Os entrevistados apresentaram, em seus relatos, grande identificação com o tipo de trabalho exercido, considerando as Delegacias como espaços significativos para o reconhecimento da cidadania das mulheres, assim como um campo de atuação políticojurídica em defesa dos direitos das mesmas via atuação na implementação da Lei 29/2009. Reconhecem a relevância da Lei, tendo em vista a significativa expressão da violência como prática naturalizada, na sociedade moçambicana, pela cristalização de valores tradicionais do poder masculino sobre as mulheres, secundados por diferentes práticas culturais. Tais entrevistados Identificam alcances, mas igualmente limites no processo de implementação da mesma, destacando a importância de sua maior divulgação em todas as regiões do país, quer urbanas, sobretudo nas periferias, assim como zonas rurais. Destacam, igualmente, a necessidade de maior capacitação dos próprios agentes do setor jurídico, considerando a multiplicidade de aspectos envolvidos na prática cotidiana dos serviços, notadamente nas delegacias, em relação à aplicação e ampliação do alcance da Lei. Considerações Finais: As tradicionais práticas culturais vigentes na sociedade moçambicana apresentaram-se como aspecto limitante para a implementação da Lei, assim como a remissão das penas, prevista na Lei, que, impossibilita a punição do agressor, em termos de detenção, uma vez que substitui a mesma por prestação de serviços à comunidade, pagamento de cestabásica e/ou multas, tendo em vista, sobretudo, sua estreita relação com o artigo 37 sobre a salvaguarda da família. Diante disso, foram sugeridas, para maior alcance e efetividade na aplicação da Lei, modalidades como o trabalho reflexivo com grupos de homens, com o objetivo de desconstrução dos tradicionais valores sobre masculinidade vigentes nas relações entre homens e mulheres nessa sociedade, que mantém tanto a desigualdade quanto a iniquidade de gênero, pela permanência de tradicionais valores culturais, a exemplo do lobolo e da poligamia
Resumo:
Referencia del artículo comentado: Heise, Lory L. «Violence against women: An integrated, ecological framework». Violence against Women 1998; 4: 262-290.
Resumo:
This study aimed to determine if legislation on violence against women (VAW) worldwide contains key components recommended by the Pan American Health Organization (PAHO) and the United Nations (UN) to help strengthen VAW prevention and provide better integrated victim protection, support, and care. A systematic search for VAW legislation using international legal databases and other electronic sources plus data from previous research identified 124 countries/territories with some type of VAW legislation. Full legal texts were found for legislation from 104 countries/territories. Those available in English, Portuguese, and Spanish were downloaded and compiled and the selection criteria applied (use of any of the common terms related to VAW, including intimate partner violence (IPV), and reference to at least two of six sectors (education, health, judicial system, mass media, police, and social services) with regard to VAW interventions (protection, support, and care). A final sample from 80 countries/territories was selected and analyzed for the presence of key components recommended by PAHO and the UN (reference to the term "violence against women" in the title; definitions of different types of VAW; identification of women as beneficiaries; and promotion of (reference to) the participation of multiple sectors in VAW interventions). Few countries/territories specifically identified women as the beneficiaries of their VAW legislation, including those that labeled their legislation "domestic violence" law ( n = 51), of which only two explicitly mentioned women as complainants/survivors. Only 28 countries/territories defined the main forms of VAW (economic, physical, psychological, and sexual) in their VAW legislation. Most highlighted the role of the judicial system, followed by that of social services and the police. Only 28 mentioned the health sector. Despite considerable efforts worldwide to strengthen VAW legislation, most VAW laws do not incorporate the key recommended components. Significant limitations were found in the legislative content, its application, and the extent to which it provided women with integrated protection, support, and care. In developing new VAW legislation, policymakers should consider the vital role of health services.
Resumo:
In this paper, we describe our experience of using the Putting Women First protocol in the design and implementation of a cross-sectional study on violence against women (VAW) among 1607 immigrant women from Morocco, Ecuador and Romania living in Spain in 2011. The Putting Women First protocol is an ethical guideline for VAW research, which includes recommendations to ensure the safety of the women involved in studies on this subject. The response rate in this study was 59.3%. The prevalence of VAW cases last year was 11.7%, of which 15.6% corresponded to Ecuadorian women, 10.9% to Moroccan women and 8.6% to Romanian women. We consider that the most important goal for future research is the use of VAW scales validated in different languages, which would help to overcome the language barriers encountered in this study.
Resumo:
A growing number of authors have been suggesting the necessary incorporation of children in the analysis of gender violence and, specifically, in the analysis of intimate partner violence against women (IPV). Such incorporation would be relevant not only for reducing children's invisibility and vulnerability, but also for achieving a better understanding of the characteristics and dynamics of IPV. Based on these considerations, we present in this paper the results of a secondary analysis applied to the data obtained in the last Spanish Survey on Violence Against Women. The available information allows us to analyze: 1) the presence of children exposed to IPV, 2) the relationship between this presence and the probability of reporting the violence, and 3) women's perception about the parental role of the aggressors.
Resumo:
Fundamentos: El Physician Readiness to Manage Intimate Partner Violence Survey (PREMIS) es uno de los cuestionarios más completos en el contexto internacional para la valoración de la capacidad de respuesta frente a la violencia del compañero íntimo por los profesionales de Atención Primaria de Salud. El objetivo de este estudio fue determinar la fiabilidad, consistencia interna y validez de constructo de la versión española de este cuestionario. Métodos: Tras la traducción, retrotraducción y valoración de la validez de contenido del cuestionario, se distribuyeron en una muestra de 200 profesionales de medicina y enfermería de 15 centros de atención primaria de 4 Comunidades Autónomas en 2013 (Comunidad Valenciana, Castilla León, Murcia y Cantabria). Se calcularon los coeficientes alfa de Cronbach, los de correlación intraclase y rho de Spearman (test-retest). Resultados: la versión española del PREMIS incluyó 64 ítems. El coeficiente α de Cronbach fue superior a 0,7 o muy cercano a ese valor en la mayoría de los índices. Se obtuvo un coeficiente de correlación intraclase de 0,87 y un coeficiente de Spearman de 0,67 que muestran una fiabilidad alta. Todas las correlaciones observadas para la escala de opiniones, la única tratada como estructura factorial en el cuestionario PREMIS, fueron superiores a 0,30. Conclusiones: el PREMIS en español obtuvo una buena validez interna, alta fiabilidad y capacidad predictiva de las prácticas auto-referidas por médicos(as) y enfermeros(as) frente a casos de violencia del compañero íntimo en centros de atención primaria.
Resumo:
This methodological note describes the development and application of a mixed-methods protocol to assess the responsiveness of Spanish health systems to violence against women in Spain, based on the World Health Organization (WHO) recommendations. Five areas for exploration were identified based on the WHO recommendations: policy environment, protocols, training, accountability/monitoring, and prevention/promotion. Two data collection instruments were developed to assess the situation of 17 Spanish regional health systems (RHS) with respect to these areas: 1) a set of indicators to guide a systematic review of secondary sources, and 2) an interview guide to be used with 26 key informants at the regional and national levels. We found differences between RHSs in the five areas assessed. The progress of RHSs on the WHO recommendations was notable at the level of policies, moderate in terms of health service delivery, and very limited in terms of preventive actions. Using a mixed-methods approach was useful for triangulation and complementarity during instrument design, data collection and interpretation.
Resumo:
Objective: Few evaluations have assessed the factors triggering an adequate health care response to intimate partner violence. This article aimed to: 1) describe a realist evaluation carried out in Spain to ascertain why, how and under what circumstances primary health care teams respond to intimate partner violence, and 2) discuss the strengths and challenges of its application. Methods: We carried out a series of case studies in four steps. First, we developed an initial programme theory (PT1), based on interviews with managers. Second, we refined PT1 into PT2 by testing it in a primary healthcare team that was actively responding to violence. Third, we tested the refined PT2 by incorporating three other cases located in the same region. Qualitative and quantitative data were collected and thick descriptions were produced and analysed using a retroduction approach. Fourth, we analysed a total of 15 cases, and identified combinations of contextual factors and mechanisms that triggered an adequate response to violence by using qualitative comparative analysis. Results: There were several key mechanisms —the teams’ self-efficacy, perceived preparation, women-centred care—, and contextual factors —an enabling team environment and managerial style, the presence of motivated professionals, the use of the protocol and accumulated experience in primary health care—that should be considered to develop adequate primary health-care responses to violence. Conclusion: The full application of this realist evaluation was demanding, but also well suited to explore a complex intervention reflecting the situation in natural settings.
Resumo:
Cover title.
Resumo:
O espaço social subjacente à unidade literária de Êxodo 20,22-23,19 pressupõe uma sociedade agrária. Aparentemente é monótona, marcada por inúmeros conflitos sociais. O contexto social é de empobrecimento das famílias clânico-tribais israelitas. A nova economia se organiza em torno do santuário. Na pesquisa, há bastante consenso quanto à origem desta unidade literária conhecida como Livro da Aliança. É literatura jurídica de caráter religioso. Uma prescrição jurídica não precede as condições da realidade a que vai se referir, mas prescreve sobre as condições e situações já existentes. Na pesquisa clássica atual, encontram-se duas grandes correntes sobre a origem e a época desta literatura. Uma defende que o Livro da Aliança remonta à época pré-estatal, passagem do tribalismo para a monarquia; a outra argumenta que o Livro da Aliança, enquanto corpus codificado de leis, é um produto tardio , possivelmente surgido no final do século VIII ou início do século VII a.C. O Livro da Aliança é a base literária da presente pesquisa. Quanto à origem e à época do Livro da Aliança, sigo a corrente que defende ser o texto da época final do período tribal, anterior à monarquia. Esta época foi marcada por grandes mudanças econômicas: passagem de uma economia solidária de subsistência para uma economia de concentração do produto. A tese consiste em analisar a violência contra as mulheres, estruturada no discurso jurídico do Livro da Aliança. Busca-se desvendar os mecanismos que justificam e naturalizam as práticas de violência. O destaque é a violência contra as mulheres escravas, contra as filhas e, de modo especial, enfatizo as violências contra as mulheres feiticeiras. Evidencio três categorias de escravas prescritas no texto: as escravas domésticas, que sofrem violências físicas, podendo chegar até à morte debaixo do castigo da vara; as escravas temporárias, que têm seus olhos destruídos e os seus dentes quebrados; e as filhas que são vendidas como escravas. Sua sexualidade é transformada em mercadoria. Há filhas que são seduzidas, violadas e submetidas como mulher ao seu estuprador. O único grupo social descrito a partir da sua função pública são as feiticeiras. As violências são institucionais e sexistas. O patriarcado é o princípio organizador da sociedade. A característica do Livro da Aliança é marcadamente androcêntrica.(AU)