211 resultados para BUDDHISM
Resumo:
Este texto visa discutir o tratamento que o autor português António Sérgio dá ao Budismo na sua obra. Verifica-se, então, que tal temática está tremendamente associada à reflexão que Antero de Quental tece nos seus escritos acerca do assunto e à associação entre os conceitos de Nirvana Activo e Uno Unificante.
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Tendo como prerrogativa o desmascaramento da pretensão, inserida em qualquer essência fenoménica e psicológica, de afirmar-se como uma entidade autónoma, isolada e independente, como puro “em si”, e à revelação de como, contrariamente, qualquer realidade empírica tenha de tal forma uma natureza impermanente subentendendo-se como uma rede de relações e de interligações, a teoria da anatta-, juntamente com a da anicca, representam no âmbito do ensinamento budista talvez o que mais se assemelha ao conceito de askesis filosófica formulado no Ocidente por uma certa tradição de pensamento tendo como raízes Heraclito, Platão, Hegel e Nietzsche e que descobre dois de entre os mais originais intérpretes em Novalis e Pessoa. De facto, quer no primeiro quer no segundo, o filosofar configura-se como uma arte de compor e recompor- se a si mesmo, um percurso de iniciação a si que passa inexoravelmente pelo abandono da posição da própria auto-referencialidade e da aceitação ontognoseológica do outro no seio do idêntico. Mediante esta operação de descentralização, que em Pessoa começa e se dissolve no interior da estratégia estética da heteronímia, onde a palavra poética transfigura-se no interstício, na abdicação e fingimento, o sujeito descobre-se diferença e relação e é-lhe finalmente possível reconhecer-se como totalidade e de reflectir-se nela.
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Sendo um poeta aparentemente simples, Alberto Caeiro tem lugar de destaque na gaLibertador’ e ‘Revelador da Realidade’ são duas expressões usadas pelos discípulos que assim o descrevem, evidenciando um processo em que o conhecimento da realidade se relaciona directamente com uma libertação ou livramento. Parece, de facto, ser projecto do poeta a procura de tal conhecimento, descrito e ilustrado no conjunto dos seus versos. E a verdade encontrada das coisas, vazias e passageiras como bolas de sabão, assemelha-se ao que na filosofia budista se refere à sua verdadeira natureza; a vacuidade, cuja compreensão directa é fonte de paz, porventura a mesma que reconhecemos na admirável serenidade do mestre.
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Neste breve artigo, de sinal marcadamente indicativo, é nossa intenção ensaiar a aproximação entre o Budismo, numa consideração genérica, e o pensamento e obra de Vergílio Ferreira em dois pontos ou gestos de ambos. Num primeiro, relevamos a posição, dizemo-la, principial, que ocupa, na doutrina e prática budistas, o autoconhecimento, chave e vector, a par da mesma posição de tal conhecimento, seu valor e modo, no pensamento e obra vergilianos. Finalmente, comparamos o gesto que, no Budismo, considera o tecido (os cinco agregados ou khandhas) que responde pela insatisfação (dukkha) da existência, e o valor libertador do seu reconhecimento efectivo, com a posição vergiliana, notada numa noção que cremos crucial, a de interrogação, de distância, face à filosofia, e sua diversidade de programas ou sistemas de relação com o real, assim como, ultimamente, face à linguagem, à nomeação e determinação da realidade, tecida, esta, ultimamente, de mistério.
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Neste texto, pretende-se demonstrar como o Oriente é dinamicamente pensado na filosofia portuguesa (Leonardo Coimbra, Agostinho da Silva, António Quadros) como um lugar de destinação e origem, tanto do pensamento como da história, desse modo se estatuindo uma original atitude ecuménica. Assim, neste sentido, a rica e polimórfica Teoria da Saudade é por Dalila Pereira da Costa enriquecida pela confrontação com o pensamento oriental e o Budismo. Este estudo procura mostrar como o Budismo, na obra desta filósofa, é identificado com uma forma de niilismo, em contraposição com a experiência saudosa que é vista como uma forma de autodescoberta e de salvação.
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Sintetizaram-se os aspectos históricos principais referentes à introdução do budismo na Europa, nomeadamente das escolas do Zen, do Theravada e do chamado Budismo Tibetano, dada a influência que as mesmas iriam ter na posterior introdução em Portugal. Apresentou-se, cronologicamente, uma visão genérica da história do budismo em Portugal, desde a sua introdução, por finais dos anos setenta, à fundação das diferentes escolas budistas passando pela União Budista Portuguesa e realçando algumas das principais actividades e realizações empreendidas pelas mesmas até aos dias de hoje.
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The papers in this volume were presented at a Mellon-Sawyer Seminar held at the University of Oxford in 2009-2010, which sought to investigate side by side the two important movements of conversion that frame late antiquity: to Christianity at its start, and to Islam at the other end. Challenging the opposition between the two stereotypes of Islamic conversion as an intrinsically violent process, and Christian conversion as a fundamentally spiritual one, the papers seek to isolate the behaviours and circumstances that made conversion both such a common and such a contested phenomenon. The spread of Buddhism in Asia in broadly the same period serves as an external comparator that was not caught in the net of the Abrahamic religions. The volume is organised around several themes, reflecting the concerns of the initial project with the articulation between norm and practice, the role of authorities and institutions, and the social and individual fluidity on the ground. Debates, discussions, and the expression of norms and principles about conversion conversion are not rare in societies experiencing religious change, and the first section of the book examines some of the main issues brought up by surviving sources. This is followed by three sections examining different aspects of how those principles were - or were not - put into practice: how conversion was handled by the state, how it was continuously redefined by individual ambivalence and cultural fluidity, and how it was enshrined through different forms of institutionalization. Finally, a topographical coda examines the effects of religious change on the iconic holy city of Jerusalem.
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Este trabalho procura justapor duas visões do homem no mundo, a cartesiana e a zen-budista, ressaltando o aspecto fragmentador da primeira e o aspecto integrador da segunda. O objetivo básico é contribuir para maior articulação e integração do homem contemporâneo através de três movimentos. Primeiro, através da critica à concepçao racionalista, mecânica, prepotente e antinatural, fundada na lógica dual e antitética do paradigma da ciência e do pensamento ocidental em boa parte construido por René Descartes; Segundo, através da divulgação e da exposição enfática, em nosso meio acadêmico ocidental, da metafisica e da mística budistas, especialmente em sua versão Zen, que compreende o mundo em permanente transformação e construção como um todo articulado ao equilibrio universal, no qual as palavras, os conhecimentos e a percepção são meros signos passageiros que escondem a realidade cósmica. O movimento final pretende negar uma visão maniqueísta da realidade onde a oposição não é vista como a liquidação de um dos termos pelo outro, mas como a busca de uma nova síntese: a gestação, enfim, de um novo referencial do mundo - e aqui apenas se levanta a questão - a ser construído, quem sabe, a partir da integração dos paradigmas caracterizados hoje como ocidental e oriental.
Resumo:
Pós-graduação em Artes - IA
Resumo:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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Pós-graduação em Letras - FCLAS
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This paper provides an analysis of the key term aidagara (“betweenness”) in the philosophical ethics of Watsuji Tetsurō (1889-1960), in response to and in light of the recent movement in Japanese Buddhist studies known as “Critical Buddhism.” The Critical Buddhist call for a turn away from “topical” or intuitionist thinking and towards (properly Buddhist) “critical” thinking, while problematic in its bipolarity, raises the important issue of the place of “reason” versus “intuition” in Japanese Buddhist ethics. In this paper, a comparison of Watsuji’s “ontological quest” with that of Martin Heidegger (1889-1976), Watsuji’s primary Western source and foil, is followed by an evaluation of a corresponding search for an “ontology of social existence” undertaken by Tanabe Hajime (1885-1962). Ultimately, the philosophico-religious writings of Watsuji Tetsurō allow for the “return” of aesthesis as a modality of social being that is truly dimensionalized, and thus falls prey neither to the verticality of topicalism nor the limiting objectivity of criticalism.
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This thesis provides a critique of Western media articles concerning self-immolation in Tibet. I begin by illustrating how the Western media provides reductionist accounts of Tibetan self-immolation by depicting the act solely as a form of political protest in response to Chinese occupation. I argue that these limited portrayals of self-immolation can be attributed to the Shangri-La imagery that characterizes much of the Western conceptions of Tibet. Through Shangri-La imagery, both Tibetans and their Buddhist religion are portrayed as utopic, peaceful, and able to provide the antidote to solving Western problems relating to modernization and consumerism. After illustrating the ways in which Shangri-La imagery influences Western media portrayals of Tibetan self-immolation, this thesis explores the commonly disregarded Buddhist dimensions of the act. Looking to Buddhist doctrine, scripture, and history, this thesis establishes a clear relationship between self-immolation and Buddhism, which situates the act as being more complicated than mere political protest. I argue that these limited portrayals given by the Western media are problematic because they overlook a fundamental aspect of self-immolation, thus potentially misrepresenting Tibetans. This thesis explores the Buddhist dimensions of self-immolation as a possible way to further understand what has led more than one hundred Tibetans to perform this act during the time of political crisis.