1000 resultados para tolerância de plantas
Resumo:
A importância econômica, epidemiologia e controle das intoxicações por plantas em animais domésticos no Brasil são revisadas. Com os dados dos laboratórios de diagnóstico de diferentes regiões do país, as perdas anuais por mortes de animais foram estimadas em 820.761 a 1.755.763 bovinos, 399.800 a 445.309 ovinos, 52.675 a 63.292 caprinos e 38.559 equinos. No Brasil, atualmente, o número de plantas tóxicas é de 131 espécies e 79 gêneros e aumenta permanentemente. No entanto, a maioria das perdas são causadas por poucas plantas, incluindo Palicourea marcgravii, Amorimia spp., Senecio spp., Pteridium aquilinum, Ateleia glazioviana e Cestrum laevigatum em bovinos, Brachiaria spp em bovinos e ovinos, Nierembergia veitchii, Mimosa tenuiflora e Ipomoea asarifolia em ovinos, plantas que contêm swainsonina (Ipomoea carnea, Turbina cordata e Sida carpinifolia) em caprinos e Brachiaria humidicola e Crotalaria retusa em equinos. Os principais fatores epidemiológicos relacionados às intoxicações por plantas incluem palatabilidade, fome, sede, facilitação social, desconhecimento da planta, acesso a plantas tóxicas, dose tóxica, período de ingestão, variações de toxicidade e resistência/susceptibilidade dos animais às intoxicações. Quanto aos métodos de controle e profilaxia descrevem-se os resultados obtidos no Brasil com métodos recentemente desenvolvidos, incluindo controle biológico, aversão alimentar condicionada, utilização de variedades não tóxicas de forrageiras, utilização de animais resistentes às intoxicações e técnicas de indução de resistência.
Resumo:
São descritos os aspectos epidemiológicos, clínicos e patológicos de um surto de intoxicação por Pteridium arachnoideum e Pteridium caudatum em bovinos no Estado de Mato Grosso. A distribuição dessas plantas no Estado, a intensidade de invasão de pastagens e alguns fatores associados à invasão das pastagens por Pteridium spp. são também descritos. Pteridium spp. foi observada em 83 propriedades de nove municípios de Mato Grosso e deste total, amostras de 22 propriedades foram coletadas para identificação taxonômica. Em 22 propriedades identifica-se P. arachnoideum e em duas dessas havia também P. caudatum. O desmatamento e a realização de queimadas parecem estar relacionados com a invasão de Pteridium spp. nas pastagens. Na propriedade em que ocorreu a doença, 306 bovinos foram introduzidos em uma pastagem formada por Brachiaria brizantha intensamente invadida por P. arachnoideum e P. caudatum e desses 22 bovinos adoeceram e morreram. Os principais sinais clínicos foram febre alta, apatia, fadiga, fraqueza e decúbito. Na necropsia havia graus variáveis de hemorragias em vários órgãos e cavidades e infartos ocasionais. Microscopicamente, a alteração mais importante consistiu em aplasia severa da medula óssea vermelha. Os achados epidemiológicos, clínicos e patológicos associados à identoificação taxonômica da planta fundamentam o diagnóstico de intoxicação aguda por P. arachnoideum e P. caudatum em bovinos. O crescente desmatamento e a frequente utilização de queimadas em Mato Grosso podem contribuir para que esta doença venha a ser uma importante fonte de prejuízos para a pecuária do Estado.
Resumo:
Realizou-se, na região de Jaboticabal (S.P.), um levantamento dos principais gêneros e espécies de nematóides fitoparasitos encontrados em associação com plantas daninhas de ocorrência genera lizada nas principais culturas locais. Para tal, utilizou -se, como materiais, amostras do solo da rizosfera e raízes de plantas daninhas. Foram identificadas 13 espécies de nematóides de importância agrícola, pertencentes a nove gêneros, em 27 espécies daninhas.
Resumo:
Em ensaio de campo, onde as principais plantas daninhas eram representadas por duas gramíneas e seis ervas de folhas largas, foi comparada a ação de misturas de trifluralin, pendimethalin, dinitramine e alachlor com metribuzin e de alachlor com linuron, no seu controle. Os resultados mostraram que as misturas de alachlor a 2,00 kg/ha e metribuzin a 0,35 kg/ha, e desses mesmos herbicidas a 3,00 kg/ha e 0,50 kg/ha, feitas no tanque, aplicadas em pré-emergência, seguidas da mistura de trifluralin a 1,00 kg/ha, aplicado em pré-plantio incorporado, com metribuzin a 0,50 kg/ha, aplicado em pré-emergência, foram as mais eficientes. Acanthospermum australe foi a planta daninha de mais difícil controle. Somente a mistura de tanque de alachlor a 2,00 kg/ha e linuron a 0,75 kg/ha foi eficiente no seu controle. As misturas de pendimenthalin a 1,30 kg/ha e de dinitramine a 0,50 kg/ha, ambos com metribuzin a 0,50 kg/ha, retardaram o crescimento inicial da soja, porém sem prejudicar o stand e a produção. Os demais tratamentos também não foram prejudiciais à produção dessa leguminosa.
Resumo:
Em ensaio de campo conduzido em 1975/76 procurou-se avaliar a ação de misturas de MSMA com diuron e de paraquat com diuron, aplicadas em pós-emergência, em jato dirigido, em duas épocas diferentes, no controle de algumas plantas daninhas de folhas largas em algodão: carrapicho- do-campo (Acanthospermum australe (Loef) O. Kuntze) , falsa-poaia (Borreria ala ta (Aubl) DC), poaia-branca (Richardia brasiliensis Gomez ) e guanxuma (Sida spp) . A vegetação natural da área do ensaio era formada ainda pela gramínea capim-de-colchão (Digitaria sanguinalis (L.) Scop ). Os resultados mostraram que as misturas de 2,00 kg e 2,70 kg/ha de MSMA com, respectivamente 0,30 kg e 0,40 kg/ha de diuron, e a mistura de 0.60 kg/ha de paraquat com 0,60 kg/ ha de diuron, foram eficientes no co ntro le daquelas dicotiledôneas, e também no da gramínea. Todos os tratamentos provocaram leves sintomas de fitotoxicidade nos algodoeiros, mas desapareceram depois e não prejudicaram o desenvolvimento vegetativo das plantas, assim como a produção de algodão em caroço.
Resumo:
No Estado de Minas Gerais já foram feitas várias listagens de espécies de plantas daninhas que ocorrem em áreas restritas e diversificadas, sendo que até o presente momento não foi realizado um levantamento das mesmas que ocorram em áreas cultivadas. Foram identificadas cerca de 295 espécies, pertencentes a 29 famílias, representando 158 gêneros; sendo as famílias mais representantes: Composi tae, Gramineae e Leguminosae com 61,43 e 32 espécies, respectivamente.
Resumo:
Com a finalidade de estudar a ação dos herbicidas oxadiazon, napropamide, methazole e A-3587 na cultura de cana -de-açúcar (Saccharum sp), foram conduzidos em 1971/72 dois ensaios de campo nos municípios paulistas de Capivari e Leme. Os herbicidas acima citados foram comparados, em trés doses, com 2,4-D anina e atrazine, aplicados em pré -emergência. Oxadiazon a 2,0 kg/ha e A-3587 a 3,0 kg e 4,0 kg/ha foram eficientes no controle das principais plantas daninhas que apareceram nos experimentos: capim-marmelada, Brachiaria plantaginea (Link) Hitch; capim-de-colchão, Digitaria sanguinalis (L.) Scop; capim-pé-degalinha, Eleusine indica (L.) Gaertn.; beldroega, Portulacca oleracea L e guanxumas, Sida spp. Napropamide a 3,0 kg/ha e methazole a 3,5 kg e 4,0 kg/ha só não con trolaram as guanxumas. Nas doses empregadas, nenhum dos herbicidas mostrou-se prejudicial às plantas e à produção de cana-de-açúcar.
Resumo:
No presente estudo comparou-se a aplicação de herbicidas em mistura com vinhaça, com aplicação pelo sistema convencional, em soqueira de cana-de-açúcar. Os herbicidas usados foram oryzalin, diuron, 2,4 -D, ametryne e tebuthiuron. A aplicação em mistura com vinhaça foi feita com caminhão-tanque com capacidade para 7000 litros, provido com uma barra de distribuição de vazão controlada. A dose de aplicação foi de 25.000 1/ha. A distribuição dos herbicidas com equipamento convencional foi feita com pulverizador John Bean», provido com 16 bicos «Teeject» 110.04, trabalhando com pressão de 1,4 kg/cm². Usou-se delineamento experimental de blocos casualizados com parcelas subdivididas, com quatro repetições. Pelos resultados obtidos constatou-se que, à exceção do diuron, os demais herbicidas não foram prejudicados quando aplicados com vinhaça. O 2,4-D e a ametryne melhoraram a sua ação no controle de plantas daninhas e seu efeito residual aumentou, quando aplicados em mistura com vinhaça. O tebuthiuron e o oryzalin apresentaram comportamento semelhante no controle das plantas daninhas, nos dois sistemas de aplicação. O diuron aplicado em mistura com vinhaça apresentou resultados altamente negativos no controle das planta daninhas.
Efeito do bentazon e bentazon + dichlorprop na cultura do arroz irrigado e sobre as plantas daninhas
Resumo:
Foi instalado um experimento de campo, em solo barrento, com a finalidade de se verificar o efeito do bentazon e da mistura de bentazon + dichlorprop sobre o desenvolvimento do arroz em cultura irrigada e sobre o controle das plantas daninhas. Os tratamentos utilizados foram os seguintes: bentazon á 0,75-1,00 e1,50 kg/ha; bentazon + dichlorprop a 0,80 + 1,00 e 1,00 + 1,40 kg/ha; propanil a 4,20 kg/ha (tratamento padrão); testemunha capinada e testemunha sem capina. Todas as pulverizações foram realizadas em pósemergência. As plantas daninhas encontradas no experimento foram: capituva - Echinochloa colonum (L) Link, tiririca amarela - Cyperus esculentus L., beldroega - Portulaca oleracea L. e carurú comum - Amaranthus viridis L. Bentazon a 1,00 e 1,50 kg/ha e bentazon + dichlorprop a 1,00 + 1,40 kg/ha foram eficientes no controle de P. oleracea, A. viridis e C. esculentus; já a dose menor de bentazon apresentou bons resultados contra P. oleracea e A. viridis, enquanto que a dose menor de bentazon + dichlorprop controlou apenas P. oleracea. Propanil, de uma maneira geral, proporcionou eficiente ação sobre as plantas daninhas. Nas condições em que foi realizado o experimento nenhum dos herbicidas, nas suas respectivas doses, apresentou fitotoxicidade para as plantas de arroz da variedade IAC-435 ou prejudicou a produção da cultura.
Resumo:
Este trabalho foi conduzido no campo experimental da UEPAE de Penedo, Alagoas, no ano agrícola 76/77, com o objetivo de estudar os efeitos da profundidade da lamina de água sobre a incidência de plantas daninhas na cultura do arroz. Testaram-se em delineamento experimental de blocos casualizados com parcelas subdivididas, 6 laminas de água (0, 5, 10, 15, 20 e 25 cm) e três cultivares de arroz (SML-5/65, Suvale-1-70 e seleção- 10). As laminas ocuparam as parcelas, e as cultivares as subparcelas. Avaliaram -se a qualidade e a quantidade de plantas daninhas. Verificou-se que a irrigação por inundação contínua estática reduz significativamente a incidência de plantas daninhas, obtendo-se um bom controle quando a lamina foi maior de 10 cm. A principal planta daninha foi uma ciperácea conhecida como «cabeça de fôsforo» (Fimbristylis sp), sendo controlada através de submergência superior a 15 cm. O tipo de planta daninha dominante variou com a profundidade da lamina de água usada. Até 15 cm predominava a ciperácéa, e acima desse nível, plantas aquáticas.