1000 resultados para psicose pós-parto
Resumo:
Estudo retrospectivo das complicações de cirurgias primárias de lábio e palato, do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo, teve como objetivos identificar as complicações mais freqüentes, e verificar a associação entre as complicações identificadas e as variáveis demográficas. Foram verificados 555 prontuários de pacientes submetidos à cirurgia de lábio e/ou palato em um período de seis meses, destes foram excluídos pacientes sindrônicos, aqueles que tiveram complicações intra-operatórias e com os prontuários incompletos, resultando numa amostra de 484 prontuários. Obteve-se o predomínio do sexo masculino (60,5), a etnia branca (91,9%), eutrófica com média de idade de 37 meses, a fissura mais incidente foi a transforame (64,5%) e a cirurgia predominante foi a queiloplastia (56,6%). A dor foi a complicação mais freqüente seguida da desaturação de oxigênio e taquicardia. Não houve associação estatisticamente significante entre as complicações identificadas e o sexo, estado nutricional e procedimento cirúrgico.
Resumo:
Objetivou-se no estudo avaliar a efetividade de estratégias não-farmacológicas para o alívio da dor de parturientes no trabalho de parto. Ensaio clínico do tipo intervenção terapêutica antes e após, realizado em uma maternidade pública de Natal/RN - Brasil, com 100 parturientes na aplicação de exercícios respiratórios, relaxamento muscular, massagem lombossacral e banho de chuveiro. Utilizou-se a escala analógica visual para coleta de dados. A maioria das parturientes tinha entre 20 a 30 anos de idade (60%), ensino fundamental incompleto (85%), renda familiar de até 2 salários mínimos (74%) e 78% estavam com acompanhantes. A ocitocina foi administrada em 81% dos casos, mas 15% não receberam qualquer medicação. Verificou-se diferença significativa no alívio da dor após a aplicação das ENF, demonstrando redução dessa dor à medida que aumentava a dilatação do colo. Conclui-se que as estratégias foram efetivas no alívio da intensidade da dor das parturientes estudadas durante o trabalho de parto.
Resumo:
Estudou-se o processo de implantação da primeira Casa de Parto no Sistema Único de Saúde (SUS) da cidade do Rio de Janeiro. Por meio de pesquisa qualitativa objetivou-se identificar os determinantes do processo de implantação da Casa de Parto e analisar a influência dos grupos hegemônicos e contra-hegemônicos neste processo de implantação. O referencial teórico foi o conceito de hegemonia. O método dialético orientou a análise dos dados por meio das categorias metodológicas: contradição, totalidade e historicidade. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas no período de janeiro a julho de 2007. Os entrevistados foram quatro gestores da saúde municipal e onze profissionais técnico-administrativos designados para implantar a Casa de Parto. A síntese deste estudo revelou que a implantação da Casa de Parto foi determinada pela contra-hegemonia estabelecida na assistência à gestação e parto fisiológicos.
Resumo:
A Organização Mundial da Saúde e Ministério da Saúde do Brasil recomendam o uso do partograma para acompanhamento do trabalho de parto. O objetivo do estudo foi analisar o uso de intervenções obstétricas, tipo de parto e resultados perinatais, segundo as zonas I, II e III do partograma. Estudo transversal realizado com 233 parturientes de baixo risco entre dezembro de 2004 e março de 2005 em uma maternidade pública de Itapecerica da Serra-SP. Foram utilizados os testes Qui-quadrado e Exato de Fischer para análise comparativa, adotando-se o valor de p=0,05. As práticas utilizadas nas diferentes zonas do partograma com significância estatística (p=0,05) foram: banho, movimento e deambulação (zona-III); rotura artificial de membrana (zona-II); ocitocina (zona-I). A cesariana ocorreu em 24,0% das parturientes na zona-III. As intervenções ocorreram em momento oportuno, apontando que partograma pode ser um instrumento norteador para adoção de intervenções no trabalho de parto.
Resumo:
Este estudo objetivou identificar complicações prevalentes em Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA); relacionar as complicações às intervenções de enfermagem realizadas; relacionar o esquema de jornada de trabalho dos enfermeiros às complicações. A amostra compôs-se de 400 prontuários de pacientes maiores de 18 anos, submetidos a procedimentos cirúrgicos de grande e médio porte, admitidos na unidade de SRPA, com tempo de permanência superior à uma hora. As complicações prevalentes foram: dor e hipotermia. Complicações que apresentaram relação estatisticamente significante com intervenção de enfermagem - dor: rotina, oxigenioterapia, medicação e curativo; agitação/ansiedade: rotina e oxigenioterapia; hipotensão: hidratação, exames complementares e observação; hipertensão: observação; tremor: manta térmica, transfusão sanguínea; náuseas/vômitos: rotina, medicação e sondagem vesical de alívio; sangramento: rotina, medicação e curativos; hipoxemia: rotina e oxigenioterapia; hipotermia: rotina, manta térmica e medicação. A dor, náuseas/vômitos, agitação e sangramento obtiveram relação estatisticamente significante com o enfermeiro fixo em SRPA.
Resumo:
O controle da dor e seus eventos adversos são focos de profissionais e gestores das instituições de saúde para obtenção de desfechos assistenciais. O estudo teve como objetivos analisar a prevalência de combinações e interações medicamentosas da terapia analgésica e verificar a associação dessa com os eventos adversos conferidos. Trata-se de estudo descritivo, exploratório e retrospectivo. A amostra foi composta por 260 prontuários de pacientes submetidos a hemorroidectomia, com idade de até 60 anos hígidos. Os resultados mostraram que as associações medicamentosas mais utilizadas foram a dipirona+omeprazol (33,7%), dipirona+cetoprofeno (23,6%) e cetoprofeno+lactulose (22,8%). Observou-se que cetoprofeno+ omeprazol (p=0,001) e cetoprofeno+ lactulose (p=0,03) estiveram significativamente relacionados com sangramento. Concluiu-se que, com exceção do cetoprofeno, as outras associações medicamentosas identificadas no estudo se mostraram seguras para serem utilizadas no período pós operatório.
Resumo:
Este artigo consiste em uma revisão narrativa com o objetivo de identificar a produção científica brasileira relacionada ao processo assistencial e aos resultados maternos e perinatais em centro de parto normal (CPN). As publicações foram recuperadas nas bases de dados e portais de periódicos PubMed/MEDLINE, CINAHAL, SciELO e REVENF. Incluíram-se, também, publicação em livro e produção não publicada de grupo de pesquisa. Foram selecionados oito estudos do tipo descritivo, dois transversais e dois casos-controle, realizados com 5.407 mulheres e 5.395 recém-nascidos, divulgados entre 2005 e 2009. Os estudos analisaram variáveis sócio-demográficas e obstétricas, práticas na assistência ao parto e nascimento e remoções maternas e neonatais para o hospital. A produção científica sobre CPN apresenta dados da última década, relativos a sete serviços. São, principalmente, estudos descritivos, com foco nas práticas obstétricas e nos resultados maternos, com ênfase menor na assistência neonatal.
Resumo:
Esta pesquisa teve como objetivo compreender a percepção dos cônjuges de mulheres mastectomizadas em relação à convivência pós-cirúrgica. Estudo qualitativo, realizado em 2006, no domicílio de cinco homens que viviam maritalmente com mulheres mastectomizadas, em Fortaleza-CE. Utilizamos a entrevista semi-estruturada. Os resultados foram agrupados em três categorias de análise. Identificamos um nível de desinformação quanto à doença, tranquilidade atribuída à fé em Deus, e a forte convicção de que câncer e morte são sinônimos. Cabe aos profissionais de enfermagem/saúde favorecer o conhecimento sobre câncer de mama, e abrir um painel de integração marido/esposa, priorizando uma convivência saudável.
Resumo:
Investiga-se a percepção de enfermeiras obstétricas sobre sua competência na atenção ao parto normal (PN) hospitalar. Os dados foram coletados em pesquisa qualitativa, através de entrevistas individuais semi-estruturadas, realizadas em um hospital universitário de Porto Alegre, e submetidos à análise de conteúdo. A análise foi embasada nos referenciais que definem competência profissional como a capacidade de mobilizar diferentes conhecimentos, dependendo dos problemas da prática a resolver. Para as entrevistadas, a competência para atender o PN hospitalar é multidimensional, embora tenham enfatizado sua dimensão técnica. Essa ênfase é justificada pela insegurança resultante da falta de espaço para realizarem este atendimento, em função de disputas com médicos e deficiências na formação. O desejo de serem competentes no atendimento ao PN não se traduz, porém, na consciência das suas responsabilidades na transformação deste cenário. Isso sugere que, para agir nesta direção, seria necessário, não só desenvolver competência técnica, mas também ético-política.