1000 resultados para historia clínica electrónica
Resumo:
A avaliação de competências clínicas constitui etapa essencial na formação do estudante de Medicina e deve ser feita pela observação direta do desempenho em situação real. Este trabalho objetiva determinar a confiabilidade e a consistência interna do Miniexercício Clínico Avaliativo (Miniex), instrumento de avaliação de competências clínicas que consiste na observação feita pelo professor em uma consulta focada, realizada pelo interno, no ambiente de trabalho. Ao final da consulta, o docente conversa com o estudante sobre suas falhas e acertos, configurando a avaliação formativa. Foram produzidos 12 vídeos que mostram o desempenho de estudantes em atendimento a pacientes na Enfermaria de Pediatria do Hospital das Clínicas da UFMG. Vinte quatro professores do Departamento de Pediatria com média de 25 anos de docência assistiram individualmente aos filmes, pontuando os itens da competência pelo Miniex. O Coeficiente de Correlação Intraclasse foi de 0,71 com IC de 95%, e o Coeficiente Alfa de Cronbach, 0,84, indicando boa confiabilidade e consistência interna do Miniex. O escore de satisfação com o instrumento foi de 7,5 para os docentes e 8,3 para os internos numa escala de 9 pontos. Os achados recomendam prosseguir os estudos para avaliar os critérios de validade e exequibilidade do Miniex.
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OBJETIVO: Comparar quatro métodos de avaliação com base nas notas obtidas por alunos do quarto ano de Medicina em estágio clínico. MÉTODO: Ao final do estágio clínico em Ginecologia e Obstetrícia, Clínica Médica e Pediatria, em unidades de atenção primária, 106 alunos do quarto ano foram avaliados com base em quatro métodos: Prova Teórica (Pt), Portfólio (Pf), Avaliação Estruturada do Atendimento Clínico (AE) e Conceito Global Itemizado (CGI), (escala 0-10). A análise estatística utilizou coeficiente alfa de Cronbach, teste de Wilcoxon para dados pareados, coeficiente de correlação de Pearson, análise de componentes principais e distância euclidiana. RESULTADOS: As medianas mais baixas foram de PT, e as mais altas, de AE. Houve diferença significativa nas distribuições das notas entre todos os pares de métodos (P < 0,001). A correlação mais forte e a maior concordância ocorreram entre as notas de AE e CGI. A análise de componentes principais contrastou as notas de Pt e Pf com as de AE e CGI. CONCLUSÃO: Cada método parece enfocar diferentes aspectos da competência clínica. AE e CGI parecem avaliar competências semelhantes, em oposição a Pf e Pt. Portanto, nenhum método deve ser utilizado isoladamente para avaliar os alunos em estágio clínico.
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OBJETIVO: Identificar questões emocionais subjetivas da consulta ginecológica que possam interferir na relação médico-paciente e motivar a necessidade de ampliar a formação pessoal como uma atividade complementar. MÉTODO: Foi realizado um estudo clínico-qualitativo de pesquisa, por meio da técnica de entrevista semidirigida de questões abertas. Estas foram submetidas à técnica de análise temática de conteúdo e elaboração de categorias de análise embasadas no referencial psicodinâmico. Foi constituída uma amostra intencional com oito médicos ginecologistas da Região Sudeste do Brasil. RESULTADOS: A análise das entrevistas originou duas categorias temáticas sobre a relação médico-paciente: a consulta médica como "um encontro afetivo-profissional" e como "um momento de reflexão pessoal". Observou-se que a interação médico-paciente exerce importante papel na satisfação do exercício profissional, contribuindo para que o médico reflita sobre suas questões pessoais. Houve uma demanda por ensinamentos complementares que pudessem dar continência aos sentimentos internos mobilizados a partir da relação com a paciente. Há momentos de maior vulnerabilidade do médico, e o início da prática clínica é considerado um dos momentos marcantes de transição. CONCLUSÃO: Os entrevistados evidenciaram múltiplos aspectos que apontam uma forte mobilização de questões emocionais a partir do contato com as pacientes no ambiente da consulta médica. Limitações da educação médico-acadêmica dos ginecologistas entrevistados levaram à busca de complementação de sua formação pessoal, eventualmente incluindo suporte psicoterápico.
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INTRODUÇÃO: O internato médico compreende o período do curso de graduação em Medicina em que o educando recebe preparação para a prática médica. A avaliação contribui para a aquisição da competência clínica e, consequentemente, prepara o educando para a prática médica. OBJETIVOS: Estudar os métodos de avaliação discente no internato em Clínica Médica do curso de graduação em Medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), campus Tubarão, por meio da análise da percepção de discentes e docentes envolvidos neste estágio do curso. MÉTODOS: Participaram da pesquisa 44 internos e 15 docentes do semestre letivo 2009/2. RESULTADOS: Os sujeitos da pesquisa percebem a existência e a necessidade de avaliação no internato, têm conhecimento das estratégias e itens utilizados no processo avaliativo e entendem que nesse processo são empregados métodos com medidas objetivas e subjetivas, com abordagens qualitativas e quantitativas. CONCLUSÕES: Sugere-se maior ênfase em conteúdo prático e capacitação docente, aliadas a uma lista de verificação ao final do estágio.
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A clínica ampliada (CA) representa uma estratégia da Política Nacional de Humanização (PNH) para reflexão sobre o cuidado com o usuário do Sistema Único de Saúde (SUS). Impulsionados pelo Programa Pró-Saúde e pela PNH, docentes do curso de Odontologia da UEM promoveram uma reestruturação do atendimento clínico ofertado, resultando na implantação da CA. Este trabalho relata a experiência vivenciada na implantação dessa clínica, que visa a promover a interação e o vínculo do aluno com a comunidade e a equipe multiprofissional de saúde, de modo a obter o cuidado integral e humanizado. A CA está estruturada para acolher o usuário em um ambiente multiprofissional, direcionando-o dentro de um fluxograma até a sua alta, promovendo a autonomia na manutenção de sua saúde bucal. A CA tem dado subsídios para melhorar a visão do cuidado integral do usuário da clínica odontológica da UEM, fortalecendo a formação acadêmica e o cuidado prestado à comunidade. Nota-se que a construção coletiva agrega muito valor às ações, mas é um processo lento e depende da maturidade dos envolvidos.
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Este artigo é parte de uma pesquisa realizada no mestrado que tem como um de seus objetivos específicos levantar e discutir as concepções sobre integralidade entre os internos de Clínica Médica da Universidade Federal Fluminense (UFF), conceito trabalhado transversalmente durante o curso de Medicina da UFF. A metodologia utilizada teve como corpo teórico o Interacionismo Simbólico, e usamos como procedimentos: revisão bibliográfica, diário de campo, entrevista individual projetiva e grupo focal. Percebemos que os alunos conseguem identificar situações nas quais o conceito esteja presente ou não, mas apresentam dificuldades em defini-lo. Por outro lado, observamos que a aplicação do conceito ficou bastante clara, o que foi considerado pelos alunos como um diferencial entre os estudantes da UFF e os de outras faculdades. Os alunos relatam, ainda, que sentem falta de maior discussão do tema, em momento considerado crítico para eles (o Programa de Internato). Identificamos a presença de diferenças na atitude de alguns alunos na entrevista individual e no grupo focal, revelando a influência que a pressão do grupo tem sobre esses alunos.
Resumo:
O presente estudo avaliou o ganho de conhecimentos de estudantes do curso médico que participaram de uma atividade integradora básico-clínica de Farmacologia e Psiquiatria no quinto ano, bem como verificou a opinião deles quanto à relevância em participar dessa atividade. Foi realizado estudo quali-quantitativo, utilizando avaliação pré e pós-teste, e a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) para a análise do conteúdo linguístico. Observou-se aumento significativo na porcentagem de acertos no pós-teste em relação ao pré-teste (p < 0,001). As ideias centrais obtidas na análise do DSC foram: atividade muito pertinente; ampliação desta atividade para outros estágios; dificuldade nas disciplinas básicas; aplicação de avaliação cognitiva; e participação ativa do professor nas discussões. Estes resultados sugerem que a integração entre a Farmacologia e as atividades práticas do internato em Psiquiatria possibilitou ampliar conceitos de Farmacologia, tornando o aprendizado significativo. Embora os estudantes tenham apontado a necessidade de melhor ajuste da atividade, o seu nível de aceitação foi verbalizado por meio da sugestão de que ela se estenda aos demais estágios do quinto ano.