1000 resultados para Reator químico
Resumo:
A giberela é considerada uma doença de infecção floral. Para seu desenvolvimento, são necessárias temperaturas superiores a 20 ºC e períodos de molhamento das espigas maiores do que 72 h durante a antese do trigo (Triticum aestivum). Os objetivos do presente trabalho foram estudar o momento ideal durante a antese para realizar a aplicação de fungicida, o efeito do número de aplicações e de doses de fungicida sobre o controle da doença e sobre a qualidade dos grãos colhidos. Até sete aplicações realizadas durante a antese não erradicaram a doença (controle de 91%). Duas e três aplicações realizadas durante a antese apresentaram controle superior em relação a uma única aplicação. O controle médio dos tratamentos foi de 67% em relação a severidade. O incremento de grãos obtido de 32%, justifica economicamente a aplicação de fungicidas para o controle da doença em plena floração.
Resumo:
Em experimentos conduzidos no campo, na safra 2000, avaliou-se a sensibilidade do oídio do trigo nas cultivares de trigo (Triticum aestivum) BR 23 e OR 1 a alguns fungicidas. As avaliações da intensidade da doença foram feitas com base na incidência, severidade e área abaixo da curva de progresso da doença, realizadas aos sete, 14 e 21 dias após a pulverização dos fungicidas. O fungo agente causal do oídio, Blumeria graminis f.sp. tritici, mostrou-se sensível aos fungicidas sistêmicos em ambas as cultivares. A maior sensibilidade foi ao fungicida triadimenol, considerando-se os valores absolutos na porcentagem de controle da doença. O enxofre, pelo curto período de proteção, não tem potencial de uso em trigo. Os danos no rendimento de grãos foram de 32% e 79% respectivamente para 'BR 23' e 'OR 1'. O controle do oídio, mesmo em cultivares altamente suscetíveis, como 'OR 1', pode ser eficientemente realizado com fungicidas sistêmicos recomendados pela pesquisa, não sendo detectada insensibilidade do fungo aos mesmos. No entanto, deve-se evitar o uso de sub-dose e controlar a doença com a incidência recomendada pela pesquisa com base no limiar de dano econômico.
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Por ser comum a ocorrência de altos níveis populacionais de nematóides ectoparasitos em canaviais da região Nordeste, estudou-se o efeito do nematicida Terbufos (Counter 50G), em soqueira, em área infestada naturalmente por Helicotylenchus dihystera, Criconemella ornata e Paratrichodorus minor. O delineamento estatístico adotado foi o de blocos ao acaso em arranjo fatorial 2x3x5 (duas épocas de corte x três tratamentos nematicida x cinco variedades de cana-de-açúcar), com cinco repetições. Os tratamentos nematicidas consistiram de 3 kg i.a./ha aplicado por ocasião do plantio e após o primeiro corte, 4 kg i.a./ha aplicado no plantio, e testemunha, 0 kg i.a./ha, distribuídos em microparcelas de 2,0 m x 2,0 m. As avaliações, fundamentadas nas densidades populacionais dos nematóides, foram realizadas em cinco variedades de cana-de-açúcar (Saccharum spp.), CB45-3, RB813804, SP78-4764, SP79-1011 e SP 70-1143, na colheita da cana planta, 16 meses após o plantio, e primeira soca, 16 meses após o primeiro corte. Não houve interação entre nematicida, variedade e época de corte. As aplicações do nematicida e as variedades de cana não afetaram significativamente os níveis populacionais dos ectoparasitos. Entretanto, por ocasião do segundo corte, as densidades populacionais de C. ornata e P. minor foram significativamente menores do que no primeiro corte, ocorrendo o inverso com a população de H. dihystera.
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A antracnose foliar causada por Colletotrichum gloeosporioides é a doença mais importante da cebolicultura (Allium cepae) em Guidoval e Guiricema, MG. Para controle da doença, utilizam-se intensivamente fungicidas, principalmente benomil (Ben), o que tem sido pouco efetivo. Neste trabalho, testou-se a hipótese da existência de isolados de C. gloeosporioides resistentes ao Ben e se comparou a eficiência de diferentes fungicidas no controle do patógeno. Nas concentrações testadas, Ben impediu o crescimento micelial do fungo, e a germinação de conídios decresceu com o aumento da concentração do produto. Independente do isolado do patógeno e da concentração dos fungicidas, ocorreu maior inibição da germinação com Tiofanato metílico (Tm) + Mancozeb (Man), Man, Clorotalonil (Clo), Ben+Man, TM+Clo, Captan (Cap) e Procloraz (Pro). Excetuando-se Clo, os demais tratamentos inibiram totalmente o crescimento micelial do fungo. Em casa de vegetação, pulverizaram-se os diferentes tratamentos em plantas de cebola 'Texas Early Grano 502' (TEG502) e 24 h após inoculou-se o patógeno. Maior redução na intensidade da doença ocorreu com TM+Man, TM+Clo, Ben+Man, Man, Cap, Clo, Ben e Pro. Em plantas de TEG502, pulverizaram-se diferentes fungicidas imediatamente após, dois, quatro ou seis dias após inoculação do patógeno. Na pulverização imediatamente após a inoculação, Ben e Pro foram os mais eficientes; nas demais épocas, nenhum fungicida reduziu a severidade da doença.
Resumo:
Os efeitos protetor, curativo e erradicante de fungicidas sistêmicos (azoxystrobin 50 g i.a./ha + nimbus 0,5%, carbendazin 250 g i.a./ha, tebuconazole 100 g i.a./ha, difenoconazole 50 g i.a./ha e epoxiconazole 25 g i.a./ha + pyraclostrobin 66,5 g i.a./ha) foram avaliados em plantas de soja (Glycine max) inoculadas com suspensão de uredósporos de Phakopsora pachyrhizi, em casa de vegetação. Para avaliar o efeito protetor, as plantas foram tratadas com os fungicidas e inoculadas quatro, oito e 14 dias após o tratamento. Os efeitos curativo e erradicante foram avaliados em plantas previamente inoculadas com uma suspensão de uredósporos e tratadas com os fungicidas após dois, quatro e oito dias. A severidade foi quantificada 16 dias após as inoculações. Com exceção do fungicida carbendazin, os demais apresentaram efeito protetor com controle acima de 90%, até oito dias após o tratamento. Plantas inoculadas 14 dias após o tratamento com carbendazin apresentaram severidade estatisticamente semelhante à testemunha sem controle, enquanto as plantas tratadas com os fungicidas dos grupos dos inibidores da biossíntese de ergosterol e com as estrobilurinas apresentaram controle acima de 60%. Nenhum produto mostrou efeito erradicante, quando aplicado durante o período de incubação da doença, no entanto, todos os fungicidas reduziram a severidade da doença e a viabilidade dos uredósporos. Com exceção do carbendazin, todos os fungicidas inibiram acima de 60% a germinação de uredósporos, quando aplicados até oito dias após a inoculação, no período de incubação da doença.
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A antracnose da mangueira (Mangifera indica), causada pelo fungo Colletotrichum gloeosporioides, é um dos fatores limitantes à produção de frutos sadios e comercializáveis. Conhecendo a importância desta enfermidade para a cultura, avaliou-se a eficiência do fungicida azoxistrobina em diferentes doses, comparando-as com diferentes fungicidas já utilizados no controle da antracnose da mangueira. O ensaio constou de dez tratamentos com quatro repetições de três plantas da cv. Tommy Atkins. Os produtos utilizados foram azoxistrobina GrDa 500 g/kg (50; 75; 100 mg.l-1 i.a.) acrescido de nonilfenol etoxilado a 0,05%; azoxistrobina (75 mg.l-1 i.a.) acrescido de óleo mineral parafínico a 0,2 e 0,5%; clorotalonil PM 825 g/kg (1240 mg.l-1 i.a.); benomil PM 500g/kg (500 mg.l-1 i.a.); oxicloreto de cobre PM 588 g/kg (2350 mg.l-1 i.a.); clorotalonil/azoxistrobina (1240/75 mg.l-1 i.a.), alternando-se esses produtos a cada pulverização, e uma testemunha sem pulverizar. Foi realizado um total de seis aplicações com intervalos de 15 dias, sendo estas iniciadas no momento da floração plena da panícula. A avaliação dos frutos foi realizada 20 dias após a última pulverização, sendo coletados 25 frutos/planta. Os mesmos foram acondicionados em caixas de papelão e armazenados a temperatura ambiente durante 15 dias. A avaliação foi realizada com base na incidência e severidade de antracnose nos frutos. O teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis indicou que não houve diferença significativa entre os tratamentos químicos, tendo estes diferido da testemunha. Entretanto, o tratamento azoxistrobina (75 mg.l-1) + óleo mineral parafínico a 0,5% foi o que apresentou a menor incidência de frutos com antracnose.
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A rotação de culturas é um método eficiente e de baixo custo para o controle de doenças de final de ciclo (DFC) da soja (Glycine max). Em experimentos de campo, nas safras 1998/99 e 2000/01, avaliaram-se os efeitos da rotação de culturas de verão, com os sistemas soja e milho (Zea mays), de diferentes ciclos e cultivares de soja e da aplicação de fungicidas, sobre a ocorrência e intensidade das DFC. Na safra 98/99, detectou-se diferença significativa no rendimento de grãos na comparação da média dos dois sistemas (soja/soja e soja/milho), devido, principalmente, ao controle da podridão-parda da haste, que causou danos em monocultura. Não houve diferença significativa para o uso de fungicida na parte aérea na safra 98/99 para o rendimento. Na safra 00/01 não houve efeito significativo da rotação para intensidade de oídio e DFC. A aplicação de fungicidas proporcionou menor severidade do oídio e das DFC, diferindo significativamente da testemunha em todos as cultivares. Em relação à severidade do oídio e das DFC houve diferenças significativas para a aplicação de fungicida. A maior resposta em rendimento de grãos foi obtida nas cultivares suscetíveis ao oídio. Os maiores rendimentos de grãos foram detectados quando a soja foi cultivada em rotação com o milho e com a aplicação de fungicidas, principalmente nas cultivares suscetíveis ao oídio, e na safra 00/01 devido a maior precipitação pluvial onde houve maior severidade de DFC.
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Para o controle integrado de doenças, o tratamento químico das sementes de milho (Zea mays) torna-se indispensável, sendo a sua eficácia e influenciada por vários fatores, entre eles o tamanho das sementes. O objetivo do trabalho foi avaliar a relação do tamanho da semente e doses do fungicida thiabendazole no controle de Stenocarpella maydis, considerando-se diferentes tamanhos de sementes e doses do fungicida. As sementes classificadas nas peneiras 19, 22 e 24 foram inoculadas com S. maydis e tratadas com o fungicida thiabendazole em três doses, sendo avaliadas a incidência do patógeno e desempenho das sementes por meio de testes de qualidade fisiológica. Constatou-se com o tratamento fungicida, aumento na germinação, maior peso de plântulas e redução de tombamento provocado por S. maydis, havendo comportamento diferenciado do tratamento químico em relação ao tamanho de sementes e doses do produto.
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A podridão do colo do maracujazeiro (Passiflora edulis f. flavicarpa), causada por Nectria haematococca e Phytophthora spp., é um dos principais problemas da cultura no Brasil, sendo responsável pelo decréscimo da produtividade e constantes migrações da cultura. O controle da doença é basicamente preventivo, visando a não introdução dos patógenos na área. O presente trabalho visou 1) avaliar métodos de inoculação de N. haematococca e a suscetibilidade do maracujazeiro amarelo ao patógeno em diferentes idades; 2) a ocorrência de "damping-off"; 3) o comportamento de diferentes espécies do gênero Passiflora e de genótipos de P. edulis f. flavicarpa ao patógeno; e 4) realizar testes de controle químico. Inoculações no colo de maracujazeiro amarelo proporcionaram maiores níveis de doença comparadas às inoculações no sistema radicular. Os resultados sugerem que N. haematococca seja um patógeno que penetra por ferimentos. A mortalidade foi maior quando a inoculação foi realizada em plantas mais jovens e quando N. haematococca e Phytophthora nicotianae estavam associados. Dentre as 17 espécies do gênero Passiflora avaliadas para resistência a N. haematococca, P. nitida, P. laurifolia e P. alata foram as menos lesionadas. Os genótipos de P. edulis f. flavicarpa mais resistentes ao patógeno foram os procedentes de Morretes (PR), Sapucaí (SP) e a cultivar Maguari. Os fungicidas prochloraz, thiabendazole, thiram+thiabendazole, carbendazim, triflumizole e captan exerceram controle erradicante em solo infestado com N. haematococca. Os fungicidas prochloraz e carbendazim evitaram a morte de plantas em tratamento curativo, com os melhores resultados quando aplicados dois dias após a inoculação, comparado a sete dias.
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A mancha-aquosa, causada por Acidovorax avenae subsp. citrulli, é a mais importante doença bacteriana do meloeiro (Cucumis melo) no Nordeste. Objetivando buscar alternativas para seu controle, diferentes doses de kasugamicina (100, 200, 300, 500 e 700 ppm), oxicloreto de cobre (500 ppm) e mistura dos dois produtos (200+500 ppm) foram avaliadas quanto à inibição do patógeno, in vitro. Em seguida, dois ensaios de campo foram realizados no Rio Grande do Norte (RN) e Ceará (CE), registrando-se inicialmente as incidências médias da doença em plantas. Os tratamentos: 1 a 4 - kasugamicina 40, 50, 60 e 70 ppm; 5 - kasugamicina + oxicloreto de cobre 40 + 1250 ppm; 6 - oxicloreto de cobre 1250 ppm; 7 - sal de oxitetraciclina 82 ppm e 8 - testemunha, foram aplicados quatro vezes, sendo avaliada a incidência da doença em frutos, 67 dias após plantio. In vitro, 300, 500 e 700 ppm de kasugamicina inibiram significativamente o crescimento do patógeno, diferindo dos demais tratamentos, mas não diferindo entre si (teste não paramétrico de Friedman, P=0,01). Nos campos do RN e CE, incidências médias da doença de 67,8 e 46,3%, respectivamente, foram registradas inicialmente. Aos 67 dias após plantio, os tratamentos 4 e 6 no RN, bem como 5 e 7 no CE, reduziram significativamente a incidência da doença em frutos, com relação aos demais (teste z de duas proporções, P= 0,05).