1000 resultados para Foz do Amazonas.
Resumo:
Este estudo foi desenvolvido na Plataforma Continental do Amazonas (PCA) com o objetivo de determinar os níveis de Hg total no sedimento de fundo, e assim contribuir como matriz ambiental indicadora para o plano geral de gerenciamento costeiro na região norte do Brasil. Foram amostrados 20 pontos entre maio e junho dos anos de 1999 a 2002, 2005 e 2007. Os resultados indicam não haver evidências de atividades antrópicas relacionadas à contaminação de mercúrio na região. Os teores encontrados variaram entre 0,047 e 0,166 mg kg-1 com média 0,085±0,026 mg kg-1, estando dentro do intervalo de "background" referido para os rios amazônicos não contaminados, que é de 0,05 a 0,28 mg kg-1. As concentrações de Hg no sedimento, especialmente no sedimento lamoso, mostraram uma estreita dependência com os teores de argila (material fino) e matéria orgânica, corroborando mecanismos geoquímicos importantes na dinâmica do metal. A maior adsorção do mercúrio pode estar associada ao aumento dos teores de compostos (óxidos e hidróxidos) de ferro, alumínio, manganês e os minerais primários e secundários formadores das rochas da bacia de drenagem amazônica.
Resumo:
Pesquisa avaliativa, tipo estudo de caso, do contexto e grau de implantação do Programa de Controle da Tuberculose (PCT) no município de Coari, Amazonas, 2001-2008. As técnicas de pesquisa conjugaram abordagens quantitativa e qualitativa, com uso de modelo lógico e matriz de julgamento. O componente quantitativo utilizou dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação e dados populacionais do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. As variáveis foram, idade, sexo, forma clínica, procedência, tipo de entrada, meios diagnósticos e situação de encerramento. Para a população foram feitos cálculos de interpolação geométrica, por faixa etária, sexo e procedência (urbana e rural). O componente qualitativo combinou técnicas e fontes: pesquisa documental; observação e entrevista. O modelo lógico propiciou o entendimento da estrutura, processo e resultado do PCT; e a matriz de julgamento permitiu identificar o grau de implantação. A taxa média de incidência da tuberculose na área urbana foi 27 casos por 100.000 habitantes e de 9,4 por 100.000 habitantes na área rural, com razão masculino/feminino de 1,6. A avaliação do contexto externo, vigilância epidemiológica e operacionalização do PCT mostrou grau de implantação intermediário. No contexto organizacional, estrutura física das Unidades Saúde, recursos humanos e efetividade, o resultado foi incipiente. No geral, o grau de implantação foi intermediário. A flutuação nas notificações e taxas anuais de incidência, associada ao não cumprimento das metas do PCT, à desarticulação entre o PCT e o restante da atenção básica e à não interiorização da assistência indicam sérias dificuldades na operacionalização das ações de controle da tuberculose.
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[Excerto] Há quem advogue que a publicidade pode ser encarada como um sismógrafo (Sodré, 2006) ou um espelho da sociedade (Foz, 1984). Ambas as metáforas pecam por mecanicismo e univocidade. A publicidade abala tanto quanto é abalada e servir de espelho não é a sua vocação actual. Ela declina retratar tanto o produto como o público, público que, por sua vez, dispensa rever-se na publicidade. Procura, antes pelo contrário, a sensação de espanto e o sentimento de estranheza. Muita da publicidade actual, quiçá a melhor, não imita, mas alucina, não argumenta, mas seduz, nem sequer insinua, insinua-se, através da pele e dos sentidos (Kherckove, 1997). Esta dinâmica não se reduz a dois lados com o seu pêndulo de ecos e reflexos. A actividade publicitária não decorre de uma agência isolada que produz efeitos externos. Parte específica de um todo, integra uma configuração que convoca a sociedade, a cultura e a vida quotidiana (Lears, 1994).A actividade publicitária constitui um“mundo”, no sentido de Howard S. Becker (1988), ou um“campo”, no sentido de Pierre Bourdieu (1976; 1984; 1992). À semelhança da ciência e da arte, a actividade publicitária logrou alguma autonomia, que, por ser mais recente, não é menos complexa. Alberga sistemas de posições e disposições, recursos e percursos, regras e enredos, cooperação e conflito, legitimidades e instâncias de reconhecimento.
Resumo:
Entre as abelhas eussociais, dois gêneros apresentam estratégia de vida cleptobiótica, obtendo recursos alimentares de ninhos de outras abelhas ao invés de coletá-los em flores. Entre as espécies atacadas existe um gradiente de suscetibilidade ao roubo variando desde espécies vulneráveis até altamente resistentes. Neste trabalho nós descrevemos um ataque de Lestrimelitta rufipes a um ninho de Scaptotrigona sp. em um meliponário na Amazônia central (Amazonas, Brazil). O ninho atacado foi transferido para um meliponário com espécies resistentes (Duckeola ghilianii e Melipona fulva) e as interações foram descritas. As abelhas resistentes contra-atacaram e afugentaram as ladras protegendo o ninho de Scaptotrigona sp.. A presença de comportamento defensivo em gêneros não proximamente relacionados sugere que ele tenha evoluído mais de uma vez entre os Meliponini. Considerando o comportamento descrito, sugerimos a criação de espécies nativas resistentes em meliponários de regiões onde elas forem nativas, devido ao potencial que elas tem na proteção.
Resumo:
Amanoa tem distribuição pantropical, com centro de diversidade na Amazônia, e ainda não recebeu uma revisão recente. Este trabalho tem como objetivo atualizar a taxonomia deste gênero, enfatizando as espécies ocorrentes no Brasil. Analisou-se coleções depositadas em herbários nacionais e estrangeiros, pelo método de dissecção das partes vegetativas e reprodutivas em estereomicroscópio, seguido-se descrição e ilustração do material. Estudou-se as seguintes espécies: A. almerindae, A. congesta, A. cupatensis, A. glaucophylla., A. gracillima, A. guianensis, A. nanayensis, A. neglecta, A. oblongifolia, A. pubescens e A. sinuosa. Amanoa pubescens é restabelecida e ilustrada pela primeira vez. A flor pistilada e a ilustração de A. glaucophylla são apresentadas pela primeira vez, bem como a flor estaminada de A. almerindae, a flor pistilada de A. oblongifolia, e o botão e a flor pistilada de A. sinuosa. Novas ocorrências: Amanoa almerindae para o Pará, Amanoa cupatensis para o Acre, A. glaucophylla para Pernambuco e Bahia, A. guianensis para Pernambuco e Sergipe, A. neglecta para o Brasil (Amapá), A. oblongifolia para o Acre e Bahia, A. pubescens para o Brasil (Amazonas) e A. sinuosa para o Amapá e Pará. Registra-se presença de monoicismo em A. glaucophylla.
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A cultura da mandioca (Manihot esculenta) tem importância socioeconômica no Brasil, no entanto há ainda uma escassez de informações sobre a associação de nematoides fitoparasitas, bem como ao comportamento de cultivares de mandioca ao parasitismo desses agentes. O objetivo do presente trabalho foi relatar a distribuição geográfica e novas ocorrências das principais espécies de nematoides encontradas associadas à mandioca em diferentes municípios dos estados do Acre, Amapá, Pará e Rondônia. Além disso, estudou-se, em casa de vegetação, a reação de algumas cultivares de mandioca ao parasitismo de Meloidogyne incognita raça 3, Pratylenchus brachyurus e P. zeae. Nematoides foram extraídos de 10 g de raízes ou 250 cm³ de solo e identificados sob microscópio de luz. A espécie mais prevalente foi P. brachyurus, presente em 37,1% das amostras analisadas (n=35), seguida de M. incognita, encontrada em de 14,2% das amostras. Constituíram novas ocorrências para mandioca no Brasil: Helicotylenchus erythrinae, M. enterolobii e Xiphinema longicaudatum. As cultivares de mandioca provenientes do Amapá (Amazonas, Colônia Matapi, Manteiga, Pretinha e Pó-da-China) e as cultivares de mandioca Colonial e Caipora, provenientes do Acre, comportaram-se como suscetíveis a M. incognita raça 3. Por outro lado, as cultivares Caipora e Colonial comportaram-se como resistentes a P. brachyurus (fator de reprodução = 0,5 e 0,9, respectivamente) e imunes a P. zeae. Informações geradas neste estudo podem ser úteis para o manejo de áreas cultivadas com mandioca e infestadas pelos nematoides das lesões, P. brachyurus e/ou P. zeae.
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Honeys are described possessing different properties including antimicrobial. Many studies have presented this activity of honeys produced by Apis mellifera bees, however studies including activities of stingless bees honeys are scarce. The aim of this study was to compare the antimicrobial activity of honeys collected in the Amazonas State from Melipona compressipes, Melipona seminigra and Apis mellifera against Staphylococcus aureus, Enterococcus faecalis, Escherichia coli, Chromobacterium violaceum, and Candida albicans. Minimum inhibitory concentrations were determined using the agar dilution method with Müller-Hinton agar (for bacteria) or Saboraud agar (for yeast). Staphylococcus aureus and E. faecalis were inhibited by all honeys at concentrations below 12%, while E. coli and C. violaceum were inhibited by stingless bee honeys at concentrations between 10 and 20%. A. mellifera honey inhibited E. coli at a concentration of 7% and Candida violaceum at 0.7%. C. albicans were inhibited only with honey concentrations between 30 and 40%. All examined honey had antimicrobial activity against the tested pathogens, thus serving as potential antimicrobial agents for several therapeutic approaches.
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Dichaea is the largest genus of the subtribe Zygopetalinae and holds it's the highest species diversity in South America. Therefore, this study aims to describe a new species of Dichaea, which occurs in northern Brazil, Dichaea bragae Valsko, Krahl & Holanda. The new species was collected in the north of Manaus in an area of ombrophilous forest and flowered when cultivated. The epithet honors Dr. Pedro Ivo Soares Braga (in memoriam), orchidologist who conducted several studies in the Brazilian Amazon. This new species show a affinity with Dichaea tenuis C. Schweinf., however it is differentiated both vegetatively and on labellum morphology.
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Field collection and herbaria data did not allow to quantify the diversity of aquatic plants from Northern Brazil, so we could not detect biogeographic patterns. Therefore, our objectives were to identify and quantify the aquatic macrophytes of North Brazilian states, analyzing herbaria data plataforms (SpeciesLink and Flora do Brasil). The checklist was produced by bibliographic search (articles published between 1980 and 2000), herbaria collections of the platforms SpeciesLink and Flora do Brasil and field expeditions, where we utilized asystematic sampling. We also analyzed the floristic similarity of aquatic macrophytes among Northern Brazil, wetlands of distinct Brazilian regions and the Neotropics. We recorded 539 species, of which 48 are endemic to Brazil. The states with highest number of species were Amazonas and Pará, independently on platform. The most represented families were Poaceae (89 species), Podostemaceae (55), Cyperaceae (50) and Fabaceae (47). We highlight the unprecedent richness of Podostemaceae, due to our own field collection efforts on favorable habitats, 25 species being endemic. Emergent and/or amphibious plants (515) were dominant in total species richness and were best represented in lotic habitats. We found significant differences in richness and floristics among states, obtained from the platforms. There is floristic similarity among Northern states and other Brazilian wetlands. In conclusion, we observed a rich aquatic flora in Northern Brazil, in spite of scarcity of records for Acre, Rondonia and Tocantins; we highlight the unprecedent number of endemic species of Podostemaceae (25) and contrasting richness between SpeciesLink and Flora do Brasil.