997 resultados para Evento e legado


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Neste artigo faço uma descrição etnográfica do "Encontro Para a Nova Consciência" - ENC, que acontece anualmente em Campina Grande-PB, no período do carnaval, desde 1992. Um evento que promove o contato inter-religioso, ao mesmo tempo em que divulga uma "leitura" de realidades com conotação terapêutica. Propõe o diálogo de práticas religiosas com temas de amplo interesse na atualidade, tais como tolerância, paz, diversidade, questões ambientais, entre outros. Um espaço aberto que incorpora a cada edição novos diálogos, o que contribui para sua permanência. O texto sublinha interações e diálogos entre atores no ENC, por meio de referências associadas à religiosidade, enquanto vivência e partilha, num horizonte de produção e difusão de práticas e conteúdos que ganham expressividade pelo reconhecimento coletivo.

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Resumo Neste ensaio, estamos interessados menos em “objetos” do que em certos tipos de coisas: coisas como fumaça, gestos, imagens, encruzilhadas, pessoas e entidades. Tomando um evento em particular – uma festa de exu –, buscamos explorar a circulação de tais coisas, que se configuram numa nebulosa encruzilhada entre coisa e signo, ação e significado. Longe de explorarmos a festa por seus conteúdos simbólicos, abordamos o próprio jogo tenso entre significação e materialidade que ali ganha vida. Tais matérias nebulosas envolvem não movimentos claramente identificáveis ou transições entre coisas pré-constituídas, ou mesmo os processos ordenados/ordenadores pelos quais essas coisas são constituídas, mas estados potenciais indeterminados e atos imprevistos, processos materiais e performativos de circulação em que as coisas ganham vida na festa.

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O objetivo deste trabalho foi caracterizar a gabiroba (Campomanesia pubescens) ao longo do seu desenvolvimento por meio de análises físicas, químicas e fisiológicas. Os frutos foram coletados a 8 km de Lavras, sul de Minas Gerais, em intervalos de 5 dias, a partir da antese até a sua maturação completa. A floração da gabiroba iniciou-se no mês de agosto e o ápice do evento foi no mês de setembro; sua frutificação inicial ocorreu no mês de setembro, sendo outubro o período ideal para coleta. O período compreendido entre a abertura da flor (antese) e o amadurecimento foi de 63 dias (9 semanas). O fruto atingiu o tamanho máximo aos 63 dias (9ª semana) após a antese, com 4,26 g, 17,39 mm e 16,03 mm, representando a sua massa, os diâmetros transversal e longitudinal, respectivamente. A gabiroba apresentou um incremento nos valores de massa, diâmetros transversal e longitudinal, valores L* e a*, vitamina C, açúcares totais, sólidos solúveis (SS) e pectina solúvel com o decorrer do desenvolvimento do fruto, seguindo um padrão sigmoidal simples. Observou-se redução na taxa respiratória e atividade de poligalacturonase entre 48 e 53 dias, além de redução na firmeza e clorofila total e oscilação do valor b* e pectina total ao longo do desenvolvimento.

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A sarcoidose é uma doença sistêmica de etiologia desconhecida, caracterizada pela inflamação crônica granulomatosa, que acomete com maior frequência os pulmões, a pele e os olhos e, muito raramente, detectamos envolvimento renal na patologia. Relatamos aqui o caso de uma paciente de 47 anos, branca, internada em uma unidade de emergência de Hospital Universitário, devido a sintomas e achados radiológicos sugestivos de pneumonia. Desde o início da internação ela se apresentava com quadro laboratorial de insuficiência renal aguda, inicialmente atribuída ao histórico recente de uso abusivo de anti-inflamatórios. No entanto, devido à evolução arrastada e aparentemente desfavorável, inclusive com necessidade de terapia renal substitutiva (TRS), a paciente foi submetida a uma biópsia renal para esclarecimento diagnóstico e avaliação prognóstica. A descrição histológica mostrava um quadro de nefrite intersticial aguda granulomatosa, característico de sarcoidose renal, diagnóstico confirmado após revisão do prontuário médico, que revelava internação anterior devido a evento pulmonar da doença. Iniciado tratamento com prednisona 1 mg/kg/dia, a paciente evoluiu com melhora do quadro de insuficiência renal aguda, não mais necessitando de TRS. Atualmente, a paciente é mantida em acompanhamento ambulatorial com função renal estável.

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No dia 14 de novembro de 2009, a Sociedade Brasileira de Nefrologia promoveu um fórum de discussão das novas diretrizes do KDIGO (Kidney Disease: Improving Global Outcomes). O objetivo desse encontro, onde estiveram presentes 64 participantes, foi discutir estas novas diretrizes diante da realidade brasileira. Esse encontro teve o patrocínio da Empresa de Biotecnologia Genzyme, que não teve acesso à sala de discussão e tampouco aos temas tratados durante o evento. Este artigo traz um resumo das diretrizes do KDIGO e das discussões realizadas pelos participantes.

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INTRODUÇÃO: Diversos estudos evidenciam que as alterações fisiopatológicas, quando associadas ao estresse, podem influenciar a fisiologia renal e estão associadas ao aparecimento de doenças. Entretanto, não foi encontrado nenhum estudo que tivesse realizado investigação associando estresse e lesão renal aguda. OBJETIVO: Avaliar a associação entre os eventos vitais estressores e o diagnóstico de lesão renal aguda, especificando as classes de eventos mais estressores para esses pacientes, nos últimos 12 meses. MÉTODOS: Estudo caso-controle. Foi realizado no Hospital São Paulo da Universidade Federal de São Paulo e no Hospital dos Servidores do Estado de São Paulo. Foram incluídos pacientes com lesão renal aguda, sem doenças crônicas, assistidos em Centros de Terapia Intensiva ou semi-intensivas. Os Controles incluíram pacientes assistidos nos mesmos Centros de Terapia Intensiva, com outras doenças agudas, exceto lesão renal aguda e, também, sem doenças crônicas. Dos 579 pacientes inicialmente identificados, 475 responderam ao instrumento Social Readjustment Rating Scale (SRRS) e 398 pacientes foram pareados por idade e sexo (199 casos/199 controles). RESULTADOS: Constatou-se que a frequência dos eventos vitais estressores nos casos apresentava equivalência estatística aos controles. A regressão logística para examinar os efeitos combinados das variáveis independentes associados aos eventos estressantes evidenciou que: o aumento da idade e as classes econômicas AB intensificam a chance da presença do evento estressante em cerca de duas vezes; as classes socioeconômicas AB do Hospital São Paulo elevam a chance de evento estressante. CONCLUSÕES: O presente estudo não evidenciou que o grupo com lesão renal aguda estivesse associado à maior frequência de eventos estressores, mas idade e renda elevadas e, ainda, o tipo de centro clínico estão associados.

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Introdução: O aumento da espessura média-intimal (EMI) avaliada por ultrassom é um preditor de risco cardiovascular na população geral. Porém, em pacientes com doença renal crônica nos estágios iniciais, essa associação ainda não está bem estabelecida. Objetivo: Avaliar a associação EMI com a ocorrência de eventos cardiovasculares e mortalidade em pacientes nos estágios iniciais da doença renal crônica. Métodos: A análise post hoc de uma coorte de pacientes nos estágios 2-4 da DRC. Foram avaliados dados laboratoriais, ultrassom da artéria carótida e tomografia coronariana no início do estudo e a ocorrência de óbito, em seguimento por 24 meses. Resultados: Um total de 117 pacientes (57 ± 11 anos, 61% sexo masculino) foram avaliados. A taxa de filtração glomerular foi 36 ± 17 mL/min, 96% dos pacientes eram hipertensos, 23% diabéticos e 27% obesos. Calcificação arterial coronariana esteve presente em 48% dos pacientes, sendo mais prevalente em pacientes nos estágios mais avançados da DRC (p = 0,02). EMI foi 0,6 mm (0,4-0,7 mm). Comparado aos pacientes com EMI < 0,6mm, aqueles com EMI ≥ 0,6 mm eram mais velhos (p = 0,001), apresentavam maior prevalência do sexo masculino (p = 0,001), menor taxa de filtração glomerular (p = 0,01) e maior proporção de pacientes com calcificação (p = 0,001). Não foi observada relação entre a espessura média-intimal e a ocorrência de evento cardiovascular e óbito. Conclusão: A espessura médio-intimal em pacientes DRC se associou à calcificação coronariana, mas não à ocorrência de eventos cardiovasculares e óbito, em um seguimento de 24 meses.