1000 resultados para Drogas e plantas orientais
Resumo:
O amendoim-bravo, (Euphorbia heterophylla) é uma importante planta daninha em mais de 56 países, inclusive no Brasil, onde tem sido relatado o aparecimento de populações resistentes aos herbicidas inibidores da acetolactato sintase (ALS). O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito do herbicida imazaquin na atividade da ALS extraída das plantas de milho e amendoim-bravo, resistentes e suscetíveis ao produto. Sementes de dois genótipos de milho e vários biótipos de amendoim-bravo provenientes de diferentes regiões agrícolas brasileiras foram cultivadas em casa de vegetação por 21 dias. A atividade da ALS extraída das folhas das plantas foi determinada na presença de doses de imazaquin. A etapa de purificação da enzima foi substituída por uma centrifugação de 2.800 rpm por dois minutos. Equações de regressão linear para absorbância em função do log da concentração de imazaquin foram ajustadas para cada população, visando obtenção do I50. A dose de imazaquin necessária para inibir 50% da atividade da ALS (I50) na variedade de milho Pioneer 3162 IR (I50 260 µM) foi 4.333 vezes maior que a dose requerida pela BRS 473 (0,06 µM), a qual é suscetível ao imazaquin. Os biótipos de amendoim-bravo provenientes do Rio Grande do Sul apresentaram valores de I50 de 1.961,3 e 13,8 mM para os biótipos resistentes e suscetíveis, respectivamente. Os biótipos provenientes de Cafelândia e Maringá (PR) e Viçosa (MG) apresentaram valores de I50 maiores que 5.000 mM para os biótipos resistentes e maiores que 1.000 mM para os suscetíveis. O amendoim-bravo coletado na Embrapa Milho e Sorgo, em área que nunca foi tratada com herbicidas inibidores da ALS, apresentou I50 de 12,2 mM. Conclui-se que a medida in vitro da atividade da ALS é um método sensível para determinação da presença de biótipos resistentes à ação do herbicida imazaquin. A etapa de purificação da ALS pode ser substituída por um método que envolve uma rápida centrifugação.
Resumo:
A resistência de plantas aos herbicidas é conseqüência, na maioria das vezes, de mutação ou da preexistência de genes que conferem resistência à população. No caso dos herbicidas inibidores da acetolactato sintase (ALS) ocorreram casos de resistência tanto em plantas daninhas quanto em culturas. Essa revisão foi realizada com o objetivo de discutir aspectos bioquímicos, genéticos e moleculares da resistência de plantas aos herbicidas inibidores da ALS, sendo destacados também os efeitos na ecofisiologia das plantas daninhas e em mutações que conferem resistência em plantas daninhas e a possibilidade de utilizá-las para o desenvolvimento de culturas resistentes aos inibidores da ALS. Em plantas daninhas, a resistência aos herbicidas inibidores da ALS resulta de uma ou mais mutações no gene que codifica a ALS; quando a herança desse gene é monogênica, ele possui característica dominante a semidominante. As substituições em uma única seqüência nucleotídica ocasionam alteração na ALS, conferindo resistência aos herbicidas inibidores dessa enzima. Embora o biótipo resistente apresente alteração genética e enzimática quando comparado com biótipo suscetível, o comportamento ecofisiológico dos biótipos resistentes e suscetíveis é similar. Essa característica tem implicações muito importantes no estabelecimento das populações resistentes. Já foram desenvolvidos cultivares resistentes para diversas culturas, incluindo arroz e milho, as quais variam no nível de resistência aos diferentes grupos químicos de herbicidas inibidores da ALS.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi estudar a anatomia das folhas das espécies de plantas daninhas Nicandra physaloides (joá-de-capote), Solanum viarum (joá-bravo), Solanum americanum (maria-pretinha) e Raphanus raphanistrum (nabiça), visando obter melhor entendimento sobre as barreiras que cada espécie impõe à penetração dos herbicidas. Folhas completamente expandidas do terceiro ao quinto nó foram coletadas de plantas de ocorrência espontânea no campo. Das folhas de cada espécie foram obtidas três amostras da região central mediana, com aproximadamente 1 cm², as quais foram utilizadas em estudos da estrutura, clarificação e nas observações em microscópio eletrônico de varredura (MEV). Todas as espécies avaliadas são anfiestomáticas. O principal obstáculo foliar à penetração de herbicidas constatado em N. physaloides foi a alta densidade tricomática. Já em relação a S. viarum, baixa densidade estomática na face adaxial, alta densidade tricomática, presença de placas de cera epicuticular e grande espessura das cutículas foram as principais barreiras detectadas. S. americanum apresentou como principais obstáculos foliares à penetração de herbicidas a baixa densidade estomática na face adaxial e a grande espessura da cutícula da face adaxial, sendo esta última a única barreira constatada nas folhas de R. raphanistrum.
Resumo:
A utilização de sistemas para manejo integrado de plantas daninhas depende da habilidade em se prever o impacto da infestação de plantas daninhas no potencial de rendimento de grãos da cultura. O objetivo deste trabalho foi comparar diferentes variáveis explicativas para uso no modelo da hipérbole retangular, a fim de identificar aquela que forneça melhor previsão da interferência de picão-preto (Bidens pilosa e Bidens subalternans, em infestações mistas) em soja. Foram realizados experimentos em dois ambientes, localizados em Passo Fundo e Eldorado do Sul, RS. Utilizaram-se densidades variáveis de picão-preto e três épocas de semeadura da soja (3, 7 e 11 dias após a dessecação da cobertura vegetal das áreas). Avaliou-se a densidade das plantas daninhas aos 20 e 30 dias após a emergência da soja (DAE) e na pré-colheita e características morfológicas de plantas de picão-preto, como densidade de folhas, área foliar e cobertura foliar do solo aos 20 DAE. Constatou-se que a variável explicativa densidade de plantas de picão-preto propiciou ajustes satisfatórios do modelo; no entanto, ela não integra os efeitos de ambientes e de épocas de semeadura da cultura, diferentemente do que ocorreu para as características morfológicas. Dentre estas, destacam-se a densidade de folhas e a de área foliar como as de maior potencial de utilização como variáveis explicativas na previsão da perda de rendimento de grãos de soja por interferência de picão-preto.
Resumo:
Em experimento conduzido em solo de textura argilosa, localizado no município de Viçosa-MG, durante o ano agrícola 1998/1999, avaliaram-se os períodos de convivência de plantas daninhas com a cultura do algodão conduzida em sistema de plantio direto. Foram avaliados os tratamentos: períodos de 0, 15, 30, 45, 60 e 75 dias após a semeadura da cultura do algodão em convivência com as plantas daninhas; depois desse período a cultura foi mantida livre da competição com as plantas daninhas até a colheita, em delineamento de blocos ao acaso, com quatro repetições. As parcelas foram constituídas de seis fileiras com 4 m de comprimento, espaçadas de 0,9 m, com seis plantas por metro. As plantas daninhas foram avaliadas ao final de cada período de convivência, determinando-se o número e a biomassa seca da parte aérea de cada espécie. Também foram avaliadas na cultura a altura média das plantas, aos 125 dias após a emergência (DAE), o número de maçãs por planta, o número de nós até a inserção do primeiro ramo frutífero e, na colheita, a produtividade de algodão em caroço. O acúmulo médio de biomassa seca do total de plantas daninhas foi de 4,7 g m-2 dia-1. Comparando os tratamentos com e sem interferência, verificou-se que a presença das plantas daninhas durante todo o ciclo da cultura aumentou o número de nós até a inserção do primeiro ramo frutífero e reduziu o número de maçãs e a altura das plantas, além de reduzir a produtividade de algodão em caroço em 81,2%. O período que antecede a interferência das plantas daninhas (PAI), considerando uma perda tolerável de 5% na produtividade de algodão em caroço, foi de 14 DAE.
Resumo:
Este trabalho foi conduzido na Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal-UNESP, com o objetivo de estudar o efeito de diferentes quantidades de palha de cana-de-açúcar deixadas na superfície do solo sobre a emergência de algumas espécies de plantas daninhas pertencentes à família Convolvulaceae. Os tratamentos foram distribuídos no esquema de parcelas subsubdivididas, com a quantidade de palha nas parcelas de 0, 5, 10, 15 e 20 t ha-1, as variedades SP 79 2233 e RB 83 5486 nas subparcelas e as espécies de plantas daninhas nas subsubparcelas. Aos 45 dias após semeadura (DAS), a presença de 15 t ha-1 de palha reduziu em 46 e 62% o número de plantas de I. quamoclit e M. cissoides, respectivamente. Entretanto, a presença de 20 t ha-1 reduziu em 82, 65, 62, 70, 60 e 88% o número de plantas de I. quamoclit, I. purpurea, I. grandifolia, I. hederifolia, I. nil e M. cissoides, respectivamente, quando comparadas à ausência de palha.
Resumo:
No ano agrícola 1996/97 foi conduzido, na Fazenda-Escola da Universidade Estadual de Ponta Grossa, em Ponta Grossa-PR, um experimento a campo com o objetivo de determinar o período crítico de prevenção da interferência das plantas daninhas sobre a cultura do feijoeiro-comum (Phaseolus vulgaris), em sistema de semeadura direta, associando esse período com a fenologia da planta. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso em arranjo fatorial 2 x 8, com quatro repetições. Os 16 tratamentos testados foram resultados da combinação de dois conjuntos de tratamentos de interferência das plantas daninhas: (1) inicialmente em convivência com as plantas daninhas (2) inicialmente sem convivência com as plantas daninhas, em sete estádios fenológicos do feijoeiro - V2, V3, V4, R5, R6, R7 e R8 - e uma testemunha em convivência durante todo o ciclo da cultura. O experimento foi instalado em uma área há oito anos sob plantio direto, com semeadura realizada de acordo com a tecnologia recomendada para a cultura, com adubações no sulco e em cobertura e tratamentos fitossanitários, para que os feijoeiros se desenvolvessem normalmente. O período crítico de prevenção da interferência ocorreu entre os estádios fenológicos V4 e R6, e a interferência das plantas daninhas durante todo o ciclo reduziu em média 71% o rendimento de grãos dos feijoeiros. Com relação à comunidade infestante, as dicotiledôneas representaram 61,3% das plantas daninhas, destacando-se as espécies Bidens pilosa e Richardia brasiliensis, com 30,6 e 16,6%, respectivamente; já as monocotiledôneas representaram 38,7% da comunidade infestante, com destaque para as espécies Digitaria horizontalis e Brachiaria plantaginea, com 23,6 e 14,3%, respectivamente.
Resumo:
O presente trabalho foi realizado com o objetivo de quantificar as interações competitivas e os índices de competitividade entre plantas de tomate industrial (Lycopersicon esculentum cv. Heinz 9553) e maria-pretinha (Solanum americanum). Usou-se como método um experimento substitutivo, com densidade total de 40 plantas m-2 e 11 proporções, além das monoculturas em densidades, que variaram de 20 a 100 plantas m-2, em intervalos de 20 plantas, conduzidos no delineamento de blocos casualizados com três repetições. Os resultados obtidos foram analisados pelo método convencional de análise de experimentos substitutivos e pela produção recíproca total. A maria-pretinha mostrou ser um competidor mais agressivo que o tomate, sendo mais importante a competição interespecífica para a planta cultivada. Para a biomassa seca total, as duas espécies não competiram pelos mesmos fatores de crescimento. Já para a área foliar, as duas espécies se mostraram competidoras pelos mesmos fatores de crescimento, mostrando ser essa a característica mais sensível à interferência.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar a produção (número e peso) e a composição (teores de lipídeo total, proteína total, carboidrato e cinzas) de sementes de Euphorbia heterophylla (biótipos suscetível e resistente aos herbicidas inibidores da ALS), Bidens pilosa e Desmodium tortuosum em condições de campo. Os biótipos de E. heterophylla apresentaram maiores valores para peso de 100 sementes. D. tortuosum produziu maior número de sementes por planta (714,2). Para todas as espécies avaliadas, a maior parte da reserva da biomassa seca das sementes foi constituída por carboidrato, e B. pilosa apresentou o maior acúmulo (61,7%). Biótipos de E. heterophylla acumularam maiores quantidades de lipídeos e de cinzas, enquanto D. tortuosum acumulou maior teor de proteínas (34,8%). Biótipos de E. heterophylla não diferiram quanto a produção e composição de suas sementes.
Resumo:
Com o objetivo de estudar a influência do momento da chuva após a aplicação do herbicida glyphosate isolado e em mistura com adjuvantes na dessecação de plantas daninhas, foram instalados dois experimentos na Fazenda Experimental de Ensino e Pesquisa da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, UNESP - campus de Jaboticabal-SP, em duas épocas: inverno de 2000 (junho - agosto) e verão de 2001 (janeiro-março). Os experimentos foram instalados no delineamento experimental de blocos ao acaso, em arranjo fatorial 4 (tratamentos herbicidas) x 5 (períodos livres de chuva simulada) + 1, com quatro repetições. Os tratamentos consistiram da combinação de glyphosate SAqC (360 g e.a. ha-1) isolado ou adicionado de uréia (50 g L-1 de calda) ou óleo vegetal (100 ml L-1 de calda) ou sulfato de amônio (100 g L-1 de calda), com cinco períodos de chuva simulada (1, 2, 4, 6 e > 48 horas após a aplicação), além de uma testemunha. A chuva foi simulada com um sistema de irrigação por aspersão, e a quantidade aplicada variou entre 18 e 19 mm. Em ambas as épocas a chuva foi prejudicial à ação do glyphosate, principalmente nos menores períodos livres de chuva após a aplicação. Os sintomas de fitointoxicação apareceram mais rapidamente no verão. A utilização de adjuvantes na calda de pulverização não beneficiou o desempenho do herbicida glyphosate no controle das plantas daninhas, no inverno. A adição de uréia (50 g L¹) é uma boa alternativa para o controle de plantas daninhas, no verão, em situações sujeitas à chuva até duas horas após a aplicação.