995 resultados para Ansiedade filial


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Objectivos: O presente estudo tem como principal objectivo avaliar a prevalência dos comportamentos de cyberbullying, analisando a influência de variáveis sóciodemográficas, e, compreender a sua relação com as vivências de vergonha interna e externa e com os estados emocionais negativos, particularmente a depressão, a ansiedade e o stress. Método: Para a recolha de dados recorreu-se a uma mostra de adolescentes (N=131) a frequentar o 3º ciclo do ensino básico, com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos (M= 13,76; DP= 1,25). O protocolo de avaliação foi constituído por um questionário psicossocial desenvolvido especificamente para este estudo e por um conjunto de medidas fidedignas para avaliar o cyberbullying (CBQ e CBQ-V), a vergonha interna (ISS), vergonha externa (OAS) e os estados emocionais negativos (DASS-21). Resultados: Os nossos dados revelaram que 76 adolescentes (58%) exerceram um qualquer comportamento de cyberbullying (com um predomínio dos rapazes), enquanto 50 adolescentes (38,2%) já foram vítimas de um qualquer comportamento de cyberbullying (com igual proporção entre rapazes e raparigas). Manter lutas e discussões online, usando insultos mediante mensagens electrónicas foi o comportamento praticado mais frequente (30,5%), enquanto o ser removido intencionalmente de um grupo online foi o comportamento sofrido mais frequente (16,1%). A idade e os anos de reprovações mostraram uma associação positiva com os comportamentos de agressão por cyberbullying. Foi ainda analisada a sobreposição entre a execução e a vitimização de comportamentos de cyberbullying, tendo sido discriminados quatro grupos de adolescentes: só agressores (adolescentes que apenas exerceram comportamentos de agressão), só vítimas (apenas sofreram comportamentos de cyberbulling), vítimas e agressores (adolescentes que são simultaneamente agressores e vítimas), e nem vítimas nem agressores (adolescentes que não exerceram nem sofreram qualquer comportamento de cyberbullying). Os resultados evidenciaram que quanto maior a frequência de comportamentos de agressão por cyberbullying, maior a vergonha interna e maior os níveis de stress demonstrados. Por sua vez, quanto maior a frequência de vitimização por cyberbullying, maior a vergonha interna e externa, bem como maior os níveis de ansiedade e stress. Conclusão: Devido a complexidade do fenómeno cyberbullying e seu recente surgimento, serão necessários mais estudos, particularmente longitudinais, para compreender a relação antecedente e/ou consequentes aos comportamentos de cyberbullying entre estados emocionais negativos e as experiências de vergonha. / Objectives: The present study has as main objective to assess the prevalence of cyberbullying behaviours, analyzing the influence of socio demographic variables, and, understand its relationship to the experiences of internal and external shame and negative emotional states, particularly depression, anxiety and stress. Method: For data collection we used a sample of adolescents (N=131) attending the 3rd cycle of basic education, aged between 12 and 18 years (M=13,76; SD=1,25). The evaluation protocol consisted of a psychosocial questionnaire developed specifically for this study and a set of reliable measure to assess cyberbullying (CBQ and CBQ-V), internal shame (ISS), external shame (OAS) and the emotional states negative (DASS-21). Results: Our data indicate that 76 adolescents (58%) exerted any conduct of a cyberbullying (with a predominance of boys), while 50 adolescents (38,2%) had been victims of cyberbullying behaviour of any one (with an equal ratio of boys and girls). Keep fighting and discussions online, through e-mails using insults behaviour was practiced more often (30,5%), while being intentionally removed a group of online behaviour is seen more frequently (16,1%). The age and years of failures were positively associated with the behaviours of aggression by cyberbullying. Was further examined the overlap between enforcement and victimization of cyberbullying behaviours, having been discriminated four groups of adolescents: only aggressors (adolescents who have had only aggressive behaviour), only victims (only suffered cyberbullying behaviours), victims and aggressors (adolescents who are both perpetrators and victims), and neither victims nor aggressors (adolescents who did not exercise any behaviour or suffered cyberbullying). Results showed that the higher the frequency of aggression by cyberbullying behaviour, the greater shame and internal stress levels demonstrated. In turn, the higher the frequency of cyberbullying victimization, the greater the shame internal and external, as well as higher levels of anxiety and stress. Conclusion: Due to the complexity of the phenomenon cyberbullying and its recent emergence, further studies are needed, particularly longitudinal, to understand the relationship between antecedent and/or consequential to cyberbullying behaviours between negative emotional states and experiences of shame.

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Este estudo pretende explorar a natureza da vergonha, enquanto vivência emocional, e a sua relação com a solidão nos doentes mentais crónicos. Foi avaliada a vergonha interna e externa, a solidão, e estados emocionais negativos, nomeadamente a depressão, ansiedade e stress. Nesta investigação participaram 41 utentes com diagnóstico de perturbação mental. Para avaliar as variáveis psicológicas pretendidas foi utilizada a Escala de Vergonha Interna (ISS), a Escala de Vergonha Externa (OAS), A Escala de Solidão UCLA e a Escala de Depressão, Ansiedade e Stress (DASS-21). Os resultados indicaram que os doentes mentais da nossa amostra apresentam maiores níveis de vergonha comparativamente à população geral. São as mulheres que apresentam valores mais elevados de vergonha interna, enquanto os divorciados apresentam maiores índices de vergonha externa e de solidão. Os doentes que têm uma actividade laboral manifestam menores níveis de solidão e de depressão. Quanto mais elevadas as habilitações literárias dos participantes, menor é o nível de ansiedade. No estudo de comparação entre doentes institucionalizados e não-institucionalizados, verificou-se que os primeiros apresentam níveis significativamente mais elevados de ansiedade, não se distinguindo relativamente à percepção de solidão e de vergonha (interna e externa). A análise da relação entre as variáveis evidenciou que os valores de vergonha interna e de solidão estavam associados de forma positiva e elevada à depressão e de forma moderada à ansiedade e stress. Não obstante as limitações reconhecidas, o presente estudo contribuiu para um melhor conhecimento dos estados emocionais negativos nos doentes mentais. / This study aims to explore the nature of shame, while emotional experience and its relationship with loneliness in the chronic mentally ill. We evaluated the internal and external shame, loneliness, and negative emotional states, including depression, anxiety and stress. 41 users participated in this investigation with a diagnosis of mental disorder. To assess the psychological variables was intended to use Internal Shame Scale (ISS), the Foreign Shame Scale (OAS), the UCLA Loneliness Scale and the Scale for Depression, Anxiety and Stress (DASS-21). The results indicated that the mentally ill in our sample have higher levels of shame compared to the general population. They are women who have higher levels of internal shame, while the divorced have higher rates of external shame and loneliness. Patients who have a work activity demonstrate lower levels of loneliness and depression. The higher the educational level of participants, the lower the level of anxiety. In the comparative study of institutionalized patients and non-institutionalized, it was found that the former have significantly higher levels of anxiety, not distinguishing relation to the perception of loneliness and shame (internal and external). The analysis of the relationship between the variables showed that the values of internal shame and loneliness were positively associated with depression and high and moderately to anxiety and stress. Despite the recognized limitations, this study contributes to a better understanding of negative emotional states in the mentally ill.

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Introdução: Os sintomas neuropsiquiátricos (SNP) afetam a maioria das pessoas que sofrem de Declínio Cognitivo e da doença de Alzheimer (DA). O nosso principal objetivo passa por relatar a prevalência dos SNP avaliados através do Neuropsychiatric Inventory Questionnaire (NPI-Q) numa amostra de idosos recolhida em instituições do Concelho de Coimbra. o nosso principal objetivo passa por relatar a prevalência e gravidade dos sintomas neuropsiquiátricos avaliados através do NPI-Q, numa amostra de idosos recolhida em instituições do Concelho de Coimbra. Estudaremos também a título exploratório a prevalência e gravidade do declínio cognitivo, bem como a gravidade dos sintomas depressivos e dos sintomas ansiosos. Pretendemos, ainda, verificar se existem associações estatisticamente significativas entre a gravidade e grau de perturbação associado aos SNP (tal como avaliados pelos cuidadores formais) (NPI-Q)e o declínio cognitivo (avaliado com o MoCA, administrado junto dos idosos). É igualmente nosso objectivo averiguar se existem correlações estatisticamente significativas entre a sintomatologia depressiva (GDS) / a ansiosa (GAI) avaliado junto dos idosos e as variáveis avaliadas junto dos cuidadores formais . — . a gravidade e o grau de perturbação associados aos SPN . — ., assim como verificar se existem correlações estatisticamente significativas entre o declínio cognitivo (MoCA) e as sintomatologias depressiva e ansiosa. Queremos igualmente observar se existem eventuais associações entre as variáveis gravidade e grau de perturbação (NPI-Q) e as variáveis sociodemográficas em estudo. Na medida em que a literatura refere associações significativas entre o declínio cognitivo, a sintomatologia depressiva e ansiosa e as diferentes variáveis sociodemográficas, pretendemos explorar se estas associações estão presentes na nossa amostra. Não deixaremos de explorar também eventuais associações entre as variáveis sociodemográficas e os diferentes SNP(item por item) e por fim pretendemos constatar se na nossa amostra temos associações estatisticamente significativas entre cada item do NPI-Q e as pontuações do MoCA, GDS e GAI. Metodologia: A amostra incluiu 40 idosos(média de idades, M = 79,80; Desvio-padrão, DP = 6,42; variação = 67-90) sob resposta social em instituições do Concelho de Coimbra que aceitaram responder voluntariamente ou cujos cuidadores concederam o consentimento a uma bateria de teste(incluindo questões sociodemográficas, o MoCA, o Geriatric Anxiety Inventory/GAI, a Geriatric Depression Scale/GDS e o NPI-Q. Resultados: Os SNP mais prevalentes foram a Ansiedade (30%) e a Irritabilidade/Labilidade (27,5%). Não se verificaram associações estatisticamente significativas entre a gravidade dos SNP e grau de perturbação associado (NPI-Q) e o declínio cognitivo nos idosos (MoCA). Não se encontraram associações estatisticamente significativas entre a gravidade dos sintomas o grau de perturbação dos mesmos (NPI-Q) e as variáveis sociodemográficas, nem entre a sintomatologia depressiva e ansiosa e a gravidade e grau de perturbação associado aos SNP. As mulheres idosas manifestavam maior sintomatologia ansiosa face aos homens; bem como os idosos que se encontram na valência de Centro de dia manifestavam maior sintomatologia ansiosa do que os idosos residindo em Centro de noite/Lar de idosos. Os idosos que não frequentaram a escola apresentavam um valor inferior no MoCA por comparação com os que frequentaram a escola.Discussão/Conclusão: Ao contrário do esperado, não se observou uma associação entre a gravidade e grau de perturbação associados aos SNP avaliados junto dos cuidadores formais e o declínio cognitivo, avaliado junto dos idosos. Entre os motivos possíveis para este facto salientamos o tamanho reduzido da amostra e o facto dos SNP terem sido avaliados por funcionários da instituição que podiam ou não possuir a formação necessária para os avaliar, ou não os conhecer há tempo suficiente, ou ainda não estar em contacto directo com os idosos. Outro dado relevante foi a ausência de associações significativas entre a gravidade/grau de perturbação associado aos SNP, a sintomatologia depressiva/ansiosa e as variáveis sociodemográficas. Importa, em estudos futuros, com uma amostra maior, verificar se os resultados se mantêm e comparar os obtidos quando o NPI-Q é respondido por clínicos, familiares e auxiliares dos idosos.

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Neste estudo propomo-nos estudar as possíveis diferenças existentes entre a idade adulta e a velhice ao nível da solidão e do auto-conceito. Analisámos o papel de variáveis psicossociais específicas e de variáveis psicológicas, como a depressão, ansiedade, stresse e estilos de coping, sobre a solidão, bem como qual o conjunto de variáveis que melhor prediz a solidão. A solidão e o auto-conceito constituem constructos relevantes na vida do ser humano nas mais variadas formas, interagindo com um grande leque de domínios pessoais e desempenhando um papel importante na compreensão da psicopatologia. Nesta investigação participaram 222 sujeitos, com idades compreendidas entre 35 e 90 anos de idade. Para avaliar as variáveis psicológicas pretendidas foi utilizada a Escala de Solidão da UCLA, o Inventário Clínico de Auto-conceito, a Escala de Depressão, Ansiedade e Stresse (DASS-21) e o Questionário de Estratégias de Coping (CSQ). Os resultados indicaram que os indivíduos em idade adulta e na velhice não diferem na experiência de solidão, embora apresentem diferenças significativas ao nível de autoconceito, com os idosos a revelarem um pior auto-conceito. São os indivíduos com um trabalho doméstico, com menor escolaridade, com uma relação conjugal pouca satisfatória, com um nível sócio-económico baixo, com uma saúde pobre e sem suporte social que apresentam valores mais elevados de solidão. Na análise da acção conjunta das variáveis, o auto-conceito e os estilos de coping revelaram-se os melhores preditores da solidão. Não obstante as limitações reconhecidas, o presente estudo contribuiu para um melhor conhecimento desta realidade na população portuguesa adulta e idosa.

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O presente trabalho, destinou-se à validação do Avoidance and Fusion Questionnaire for Youth - AFQ- Y( Greco, Baer, & Lambert, 2008), traduzido por Questionário de Evitamento Experiencial e Fusão Cognitiva para Adolescentes. Isto porque, na prática clínica, se verifica uma escassez de instrumentos de auto-resposta que avaliam estes contructos, caracterizadores da inflexibilidade psicológica. A amostra do nosso estudo consiste em 461 adolescentes, com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos, a frequentar o 3º ciclo do ensino básio e ensino secundário de escolas situadas em meio rural e urbano. Para além do citado instrumento a validar, os jovens preencheram também outras medidas de sintomas psicopatológicos e de percepção do seu auto-conceito social; nomeadamente, o Inventário Depressivo para Crianças (CDI; Kovacs, 1985), a Escala Revista de Ansiedade Manifesta para Crianças (RCMAS; Reynolds & Richmond, 1978) e a Escala de Comparação Social (SCS; Allan, & Gilbert, 1995), bem como uma medida de um construto semelhante referente à aceitação e mindfulness em crianças(CAMM; Greco, Baer & Lambert, 2008). Os resultados obtidos mostram que o questionário possui uma boa consistência interna, uma adequada estabilidade temporal, assim como uma boa validade. Sugerem ainda tratar-se de uma escala unidimensional. Estes dados permitem o avanço da psicologia, no que diz respeito à prática clínica com adolescentes, nomeadamente no domínio das chamadas terapias de terceira geração em Portugal. São apresentados e discutidos os dados normativos para a população portuguesa. Não obstante às limitações apontadas, os resultados sugerem que o AFQ-Y é um questionário útil na avaliação da inflexibilidade psicológica em adolescentes. /