998 resultados para Toxicidade Teses
Resumo:
Procura-se fornecer uma anlise global das teses popperianas e relacion-las ao debate metodolgico nas cincias econmicas. O trabalho subdividido em trs partes. A primeira parte d nfase anlise do falsificacionismo popperiano. A segunda parte analisa as teses do realismo popperiano - o seu chamado acionalismo crtico. Na terceira parte analisa-se o debate da metodologia cientfica nas cincias econmicas a luz do postulado de Popper.
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Conforme a legislo brasileira, a gesto das guas subterrneas est integrada das guas superficiais nas quais esto localizadas os aqiferos. Entretanto, no existe uma regulamentao especfica que defina critrios e mtodos de avaliao da qualidade ambiental, que caracterizem de forma completa este ambiente. A restrita bibliografia especializada que trata do assunto no conclusiva quanto a aplicao de ensaios de toxidades aqutica no monitoramente de guas subterrneas. Assim, com o bjetivo de verificar a aplicabilidade dos ensaios de toxidadee padronizados para a avaliao da qualidade de guas subterrneas potencialmente impactadas, foram avaliadas amostras provenientes de dois diferentes tipos de aqiferos (livre e semiconfinado) localizados em uma rea industrial da Regio Metropolitana de Porto ALegre, RS, Brasil. Um total de 75 amostrras distribudas em 19 poos de monitoramento foram analisadas quanto seus valores de pH, condutividade eltrica, cloretos, hidrocarbonetos, fenis, nitrognio amoniacal, slidos dissolvidos totais e metais (Cd, Pb, Cu, Cr, Mn, Zn, Hg e Hi) e quanto toxicidade crnica com Selenastrum capricornutum, Ceriodaphia dubia e Primephales promelas. As amostras foram coletadas semestralmente, sendo que o aqifero livre foi amostrado de janeiro de 2001 a janeiro de 2003 e o aqifero semiconfinado de fevereiro de 2002 a janeiro de 2003. Os resultados dos parmetros qumicos avaliados foram comparados, quando possvel, a diferentes concentraes tidas como valores de referncia (Portaria 1469/00 do Ministrio da Sade - Potabilidade), Lista Holandesa (valores de alerta - T) e Resoluo n 20/86 so CONAMA (Classe 2). A comparao dos resultados das anllises qumicas diferentes de contaminao. Os valores de nitrognio amoniacal, condutividade, fenis, e hidrocarbonetos totais foram signitivamente maiores no aqifero livre quando comparado ao aqifero semiconfinado, enquanto os metais mangans e zinco apresentaram maiores concentraes no aqifero semiconfinado. Para os demais parmetros no foram detectadas diferenas estatiscamente significativas. Os resultados das anlises ecotoxicolgicas dos poos dos poos de monitoramente do aqifero livre e semiconfinado acompanharam as diferenas qumicas encontradas para os dois aqiferos, demonstrando diferenas na qualidade das guas subterrneas avaliadas Observou-se claramente uma maior incidncia de valores negativos (inibio de crescimento ou reproduo), para os trs nveis trtficos, para as amostrras do aqifero livre, quando em comparao as amostrras do aqifero semiconfinado. Diferenas tambm foram verificadas nas respostas dos trs niveis trficos utilizadas, observando-se uma maior freqncia de amostrras txicas para alga S. capricormutum. O trrabalho apresenta ainda algumas correlaes significativas ( =0,05) entrer as concentraes de determinados parmetros com as toxidades detectados, tais como toxidade para C. dubla e nitrognio amoniacal (r=0,39) e fenis (r=0,394), toxidade para S. capricornutum e mangans (r=0,298), condutividade (r=0,393) e cobre (r=0,388) e Toxidade para P. promelas e pH (r=0, 484). Uma possvel influncia da matriz do solo sobre a toxicidade apresentada para S. capricornutum tambm discutida. O trabalho conclui que ensaios de toxicidade com organismos aquticos pode aplicados no monitoramento de guas subterrneas. Entretanto, a interpretao dos resultados e as decises a serem tomadas devem ser mais criteriosas, considerando-se um possvel efeito da matriz original do solo sobre os organismos-teste utlizados.
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Neste trabalho foi avaliado o desempenho do sistema de contatores biolgicos rotatrios para a remoo de matria orgnica de efluente hospitalar e a posterior inativao de coliformes totais, Escherichia coli e Enterococcus sp. com os oxidantes hipoclorito de sdio e oznio. A toxicidade gerada nos processos de desinfeco foi avaliada em Daphnia similis. Os efluentes hospitalares podem apresentar semelhanas aos efluentes domsticos no que diz respeito concentrao de matria orgnica, coliformes e pH e ambos so, geralmente, coletados pela rede de esgotos e enviados para mesma estao de tratamento. Contudo, a presena de substncias como frmacos, desinfetantes e compostos qumicos, bem como organismos patognicos multirresistentes a antimicrobianos podem ocorrer em elevadas contagens nas guas residurias hospitalares. O sistema biolgico de tratamento utilizado nesta pesquisa se mostrou adequado, obtendo-se remoes de matria orgnica na ordem de 80% em termos de DQO, sendo que no trmino do experimento atingiu-se 88,5% de remoo de DQO para o tempo de deteno hidrulico de 2,28 horas. Houve a inativao de 1 a 2 unidades logartmicas para coliformes totais, de 2 a 3 unidades logartmicas para Escherichia coli e significativa remoo de toxicidade. O desempenho dos desinfetantes hipoclorito de sdio e oznio mostrou similaridades. Entretanto, ao comparar-se com efluentes domsticos, foram necessrias maiores dosagens para o efluente hospitalar devido ao elevado consumo de oxidante pela presena da matria orgnica refratria ao tratamento biolgico. O processo de desinfeco com hipoclorito de sdio apresentou variabilidade nos resultados, em funo da concentrao de matria orgnica, nitrognio amoniacal e pH do efluente. Para ensaios em bateladas em volumes de amostra de 1 litro, valores de C.t oscilaram entre 20 a 50 mg.min.L-1 para inativao de E. coli. A desinfeco por oznio tambm sofreu variaes em funo da matriz complexa do efluente. A inativao dos organismos somente foi acentuada aps adio de 70 a 90 mg.L-1 de oznio, concentraes estas nas quais se observou grande decaimento na absorbncia em UV 254 nm, indicando possivelmente o consumo prioritrio de oznio para outras reaes de oxidao, tais como a ruptura de anis aromticos e/ou insaturaes nas cadeias carbnicas. Efluentes de origem domstica foram rapidamente desinfetados com oznio. Os organismos Enterococcus sp. apresentaram decaimento ora semelhante a coliformes totais, ora semelhante a Escherichia coli e ora resistentes frente ao do desinfetante. Aps total inativao de coliformes fecais foram eventua lmente observadas contagens na ordem de 103 UFC.100mL-1 de Enterococcus sp. Dada a prevalncia de organismos resistentes a antibiticos que, em funo disso, apresentam maior grau de virulncia, observou-se que somente o monitoramento de coliformes totais e fecais no seria adequado para a desinfeco e lanamento de efluentes hospitalares. A toxicidade aguda do efluente, verificada em Daphnia similis, aumentou aps adio de cloro mas foi reduzida quando houve declorao com tiossulfato de sdio. Com adio de oznio, verificou-se variabilidade nos resultados, mas geralmente houve aumento da toxicidade aps aplicao de elevadas dosagens as quais foram necessrias para desinfeco.
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Resumo no disponvel.
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Introduo: A cisplatina tem sido associada perda auditiva. O local da toxicidade so as clulas ciliadas externas da cclea. Geralmente, o dano irreversvel, bilateral e a perda auditiva se caracteriza por ser neurossensorial em freqncias altas. Este estudo foi realizado para avaliar a funo auditiva de crianas e adolescentes com cncer tratados com cisplatina. Procedimentos: Vinte e trs pacientes sobreviventes do tratamento de cncer com cisplatina no Servio de Oncologia Peditrica do HCPA no perodo de 1991-2004 realizaram audiometria tonal liminar, emisses otoacsticas evocadas transitrias (TEOA) e emisses otoacsticas evocadas por produto de distoro (DPEOA). Resultados: 61% dos pacientes tinham o diagnstico de osteossarcoma, 17% tumores de clulas germinativas e 22% tumor heptico. A mediana da idade dos pacientes foi de 12,3 anos e a mediana da dose total de cisplatina recebida foi 406mg/m2. A perda auditiva observada na audiometria foi moderada a severa, bilateral e em altas freqncias. As TEOA e as DPEOA detectaram 22% e 71% de alteraes cocleares, respectivamente. Foi observada alta concordncia entre os achados da audiometria e da DPEOA (P=0.01). No houve influencia de sexo, diagnstico e uso de outras drogas ototxicas concomitantemente cisplatina na perda auditiva. Observou-se uma tendncia de aumento da perda auditiva para pacientes mais jovens e para aqueles com maior dose cumulativa de cisplatina. Concluso: Este estudo fornece evidncias do dano auditivo causado pela cisplatina e salienta a importncia de monitorar a funo auditiva em crianas e adolescentes submetidos a tratamento antineoplsico com cisplatina, especialmente em crianas pequenas, que apresentam um risco maior de perda auditiva, capaz de comprometer o desenvolvimento da linguagem oral e escrita.
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Esta tese tem como objeto de estudo o processo de formao e desenvolvimento da rea de Estudos da Religio nas Cincias Sociais brasileiras. Visa formular uma interpretao sociolgica desse processo, a partir da abordagem terica configuracional proposta por N. Elias, sendo esta complementada pela utilizao de outras categorias de anlises, tais como Identidade Histrica, Identidade Social e Identidade Cognitiva (W. Lepenies), que permitem focalizar a dinmica deste e incorporar a sua dimenso histrica. Conforme essa orientao terica, o objeto de estudo reconstrudo, tendo como eixo de anlise a direo que este apresenta no decorrer do seu desenvolvimento. Essa direo, nesta tese, foi definida como uma tendncia que oscila entre diferenciao/integrao/diferenciao de grupos de pesquisadores envolvidos no processo. A partir desta tendncia, so identificados e caracterizados trs perodos, sendo eles: primeiro perodo (pr-1964): Pioneiros e precursores uma Identidade Histrica em construo; segundo perodo (ps-1964 at 1986): a construo de espaos institucionais (Identidade Social) e a redefinio da Identidade Cognitiva; terceiro perodo (1987 em diante): uma rea de Estudos da Religio nas Cincias Sociais diferenciada internamente. A formao da rea de Estudos da Religio analisada tambm levando-se em considerao as transformaes do campo religioso, das Cincias Sociais e das principais condies scio-polticas da sociedade brasileira contempornea. Nas Consideraes Finais, formula-se uma sntese comparativa dos trs perodos identificados na reconstruo do processo, que fornece uma viso de conjunto da evoluo do mesmo. Logo se examina, igualmente em perspectiva comparativa, a formao e o desenvolvimento da rea de Estudos da Religio nas Cincias Sociais brasileiras em relao trajetria desses estudos nos trs pases do Cone Sul aqui selecionados: Argentina, Chile e Uruguai. Por fim, salientam-se algumas consideraes sobre a abordagem terica adotada neste estudo. O material emprico utilizado provm de vinte entrevistas realizadas, neste estudo, com antroplogos e socilogos dedicados ao estudo da religio e inseridos no campo das Cincias Sociais, de uma extensa reviso bibliogrfica de livros, artigos publicados em revistas acadmicas, teses de Doutoramento e dissertaes de Mestrado, bem como de bancos de dados disponibilizados pela Internet.
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Em 1985, Mehra e Prescott levantaram uma questo que at hoje no foi respondida de forma satisfatria: o prmio de risco das aes americanas muito maior do que poderia ser explicado pelo paradigma neoclssico de finanas econmicas (financial economics) representado pelo modelo C-CAPM. E, a partir de ento, este problema no resolvido ficou conhecido como o Equity Premium Puzzle (EPP) ou o Enigma do Prmio (de risco) das Aes. Este enigma estimulou a produo de uma srie de artigos, dissertaes e teses que tentaram ajustar os modelos intertemporais de utilidade esperada aos dados dos mercados financeiros. Dentro deste contexto, esta tese busca (i) revisar a evoluo histrica da teoria dos modelos de maximizao da utilidade intertemporal dos agentes, (ii) analisar os pressupostos e conceitos chaves desses modelos, (iii) propor um novo modelo que seja capaz de solucionar o EPP, (iv) aplicar este modelo proposto aos dados histricos anuais entre 1929 e 2004 e (v) validar a lgica deste modelo atravs das metodologias Mehra-Prescott e Hansen-Jagannathan. Esta tese faz uma crtica de que os estudos at aqui desenvolvidos tentaram explicar a dinmica de um mercado financeiro altamente sofisticado, atravs de um modelo de economia no-monetria e de subsistncia. Assim, a sua contribuio consiste na alterao desse pressuposto de uma economia de subsistncia, considerando que a renda disponvel do setor privado no seja integralmente consumida, mas que tambm possa ser poupada. Assumindo que as pessoas obtm satisfao (utilidade) tanto pelo consumo atual como pela poupana atual (que ser o consumo futuro), ser deduzido que a utilidade marginal de consumir igual de poupar, em todo e qualquer perodo. Com base nisso, a utilidade marginal a consumir substituda pela utilidade marginal de poupar dentro do modelo bsico do C-CAPM. Para reforar a idia de que o modelo desta tese usa dados de poupana em vez de consumo, ao longo do trabalho ele ser chamado de Sanving-CAPM, ou S-CAPM. Este novo modelo mostrou-se capaz de solucionar o EPP quando submetidas s abordagens Mehra-Prescott e Hansen-Jagannathan.
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Com a globalizao, a internacionalizao de empresas tornou-se tanto oportunidade quanto imperativo. Em cada pas e setor de atividade, verifica-se evoluo qualitativa e quantitativa diferenciada, o que pode ser constatado pelo grau e ritmo de envolvimento com o mercado externo de cada economia. Apesar das dificuldades, empresas oriundas de pases em desenvolvimento tm demonstrado capacidade de competir em mercados globais. Especificamente no caso das empresas brasileiras, esse processo tem sido lento e tardio. Considerados o tamanho e a diversidade da indstria brasileira, essa incipincia ainda mais surpreendente. Entretanto, aps a abertura da economia, algumas empresas nacionais passaram por evolues e experincias significativas em direo ao mercado internacional, havendo sinais de mudana. Tais fatos tm sido alvo de genuno interesse por parte da academia na investigao de suas vrias facetas, por meio de enfoques tericos e mtodos de pesquisa diversos. Periodicamente, a academia necessita avaliar alguns campos de pesquisa, com vistas consolidao dos conhecimentos, identificao de reas de potenciais pesquisas, bem como de reavaliao dos aspectos metodolgicos empregados, apontando caminhos para novos desenvolvimentos tericos e empricos. Sendo assim, o objetivo da presente pesquisa a anlise das publicaes acadmicas nacionais que tratam da internacionalizao de empresas brasileiras. Para tanto, levantou-se a referida produo nos principais encontros cientficos de administrao do pas, em determinados peridicos nacionais com conceito A no sistema Qualis CAPES como tambm nas teses e dissertaes produzidas por programas de ps-graduao stricto-sensu no pas. A pesquisa demonstra que a produo brasileira pequena em nmeros absolutos, ainda que haja uma tendncia de crescimento. Alm disso, revela a predominncia de trabalhos terico-empricos que se utilizam largamente de mtodos qualitativos, em especial dos estudos de caso. Ao mesmo tempo, revelase desinteresse expresso e veemente pelas questes tericas, sobretudo quanto produo de teorias que sirvam realidade local. Ademais, fragilidades metodolgicas foram apuradas, podendo comprometer os resultados dos poucos trabalhos produzidos. Finalmente, constatou-se estar a produo acadmica acentuadamente concentrada em torno de poucos autores e instituies.
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H cerca de 20 anos a vanilina vem sendo descrita como uma substncia moduladora capaz de inibir eventos relacionados induo e promoo do processo carcinognico. Este comportamento associado ao seu consumo elevado despertou o nosso interesse cientfico - resultando na publicao do primeiro trabalho associando a VA a acrscimos expressivos em eventos recombinacionais mitticos, acompanhados de decrscimos na freqncia de mutaes pontuais e cromossmicas. Entretanto, quando a antimutagnese e a co-recombinognese foram avaliadas simultaneamente, a ao final da VA refletiu-se no como proteo, mas sim como um efeito potencializador expresso como um aumento de cerca de 200 vezes na genotoxicidade total da MMC. Na procura de respostas adicionais concernentes ao da VA como moduladora de diferentes espectros de leses no DNA utilizamos o Teste para Deteco de Mutao e Recombinao Somtica em Drosophila melanogaster (SMART) com o intuito de avaliar o comportamento deste flavorizante em relao genotoxicidade dos agentes qumicos: N-methyl-N-nitrosourea (MNU), N-ethyl-N-nitrosourea (ENU), ethylmethanesulphonate (EMS) e bleomicina (BLEO), em dois protocolos de administrao do modulador ps e co-tratamento. Ps-tratamento Os dados obtidos atravs do sistema de ps-tratamento evidenciaram que a VA no altera a mutagenicidade e a recombinogenicidade do ENU e MNU - o que sugere a no interferncia deste flavorizante sobre os mecanismos envolvidos na correo das leses induzidas por estes alquilantes. Ao contrrio, a toxicidade gentica do EMS foi significativamente aumentada em valores compreendidos entre 7,79 a 29,79%, representando a expresso final de dois efeitos antagnicos: (i) sinergismo em recombinao mittica e (ii) proteo em relao mutagnese. Tais achados sugerem que diferenas entre o espectro dos danos induzidos por estes agentes alquilantes, podem afetar os caminhos de reparao a serem priorizados. Como conseqncia, o efeito potencializador da VA sobre recombinao homloga (HR) est restrito ao EMS o nico dos agentes alquilantes monofuncionais estudados cujas leses so processadas, em Drosophila melanogaster, por ambos mecanismos de reparo: exciso de nucleotdeos e ps-replicativo. A VA tambm causou drsticos incrementos na genotoxicidade da BLEO - 120 a 178% - que esto limitados a aumentos em recombinao, uma vez que no foram observadas alteraes na sua potncia mutacional. Como a genotoxicidade da BLEO resulta basicamente da induo de quebras duplas corrigidas por mecanismos de reparao dependentes de recombinao - que podem ocorrer tanto entre cromossomos homlogos (HR) como no-homlogos (end joining -NHEJ) e como o teste SMART privilegia a deteco de recombinao homloga, os nossos dados indicam que a ao potencializadora de VA em relao a BLEO deve-se especificamente a incrementos em reparo dependente de HR. Ainda relevante o fato de que estes acrscimos no esto associados a decrscimos em mutao, como anteriormente observado para a MMC.Todos estes dados indicam que a modulao da VA est restrita ao seu efeito sinrgico sobre recombinao somtica promovendo especificamente a recombinao homloga em clulas proliferativas de Drosophila. Co-tratamento Atravs deste procedimento ficou claro que a VA diminui significativamente a toxicidade gentica total dos alquilantes MNU e ENU e do agente intercalante bleomicina. Os decrscimos observados tanto para o MNU quanto para o ENU so basicamente atribudos ao seu papel promotor sobre o processo de detoxificao - que leva a diminuio no nmero de metilaes e etilaes induzidas respectivamente pelo MNU e pelo ENU. Adicionalmente, a caracterizao da VA como um potente captador de radicais livres, especialmente em funo do seu efeito sobre os danos oxidativos induzidos pela BLEO explica a sua ao desmutagnica em relao a este agente intercalante. Todos estes dados referentes ao efeito modulador da VA no permitem a quantificao da relao risco-benefcio do seu consumo, especialmente pela dificuldade prtica de se medir o quanto a sua presena concomitante com as genotoxinas representado por efeito benfico, via interferncia no potencial genotxico ou a sua ao aps a induo dos danos genticos, atravs da promoo de reparo recombinacional e conseqente aumento em HR, contribuem para a expresso final do seu efeito modulador. Entretanto, o papel fundamental da recombinao homloga na gnese de inmeras doenas genticas, incluindo o cncer, e a preponderante ao recombinognica da VA so um sinal de alerta.
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Esta tese fundamenta-se na descrio e interpretao das polticas e da gesto do ensino pblico desenvolvido em Porto Alegre durante os 16 anos (1989-2004) em que o PT- Partido dos Trabalhadores, atravs da Administrao Popular, governou a cidade, tendo como problemtica os avanos, os limites e as contribuies dessa experincia na produo de um outro mundo possvel. O referencial terico, fundamentado em autores do campo da poltica, sociologia, da educao e de teorias crticas de outros campos do conhecimento, como Karl Marx, Henri Lefebvre, Immanuel Wallerstein, Boaventura de Sousa Santos e Stephen Stoer, apresentado nos 3 primeiros captulos. O mesmo desloca-se do mais global e abstrato, da globalizao econmica, poltica e social, inserindo nela a discusso dos conceitos Estado, de gesto (gerir, surfar e pilotar), de poltica (polity, politics e policy) e as reconfiguraes dos sistemas de ensino (STOER, 2004) na transio paradigmtica (SANTOS, 1999) e da crise do sistema-mundo (WALLERSTEIN, 2005), para o mais cotidiano (LEFEBVRE, 1973, 1991) das relaes sociais e educativas na cidade. Chegando a este ponto, se verificou como estabeleceram as relaes da gestora da educao em Porto Alegre (a Secretaria Municipal de Educao) no sistema municipal de ensino, em particular, na sua relao com as escolas e professores, no processo de implementao das polticas educativas durante os 16 anos em que o Partido dos Trabalhadores esteve frente da Prefeitura Municipal da cidade. Na parte emprica do estudo, captulos 4 ao 8, apresento e discuto o que o PT, em seus documentos nacionais, percebia e qualificava como educao no contexto de nosso pas ao longo dos anos oitenta e noventa, como pano de fundo e paralelo ao desenvolvido em Porto Alegre atravs da SMED. Detalho manifestaes de dirigentes da educao e do governo municipal, das atividades de cada gesto (1989-2004) e das Leis encaminhadas pelo Executivo e/ou vereadores como as que criaram o Conselho Municipal de Educao, os Conselhos Escolares, as Eleio de Diretores e o Sistema Municipal de Ensino. Apresento manifestaes das escolas e dos professores e alunos, publicadas em mbito acadmico. Portanto, a partir do referencial terico (dialtico-histrico-espacial, HARVEY, 2004) que articulou o descritivo, o analtico-regressivo e o histrico-gentico (LEFEBVRE, 1984), na descrio, sistematizao e interpretao do material emprico (polticas, documentos, panfletos, programas do PT; mais Leis, relatrios de gesto, manifestaes de dirigentes da SMED; teses, dissertaes, pesquisas e artigos de pesquisadores da UFRGS), aponto os avanos, limites e contradies revelados na produo da democracia sem fim (SANTOS, 1998, 2005), desta experincia contra-hegemnica . Disto, a tese: foras polticas contra-hegemnicas ao sistema capitalista em que vivemos, ao ocuparem espaos de poder, podem avanar no desenvolvimento de polticas alternativas quele, bem como na produo de novas relaes sociais. Neste sentido, as escolas, professores, comunidades escolares e movimentos sociais podem se tornar sujeitos de suas prprias aes e obra educativa, na relao com o Estado/governo, ainda que o Estado e suas instituies estejam circunscritos a regras legais, normas e procedimentos e prticas sociais a grupos vinculados ao status quo e ao establishment. Isto depende da forma como as polticas, os contedos e as formas de implementao so geridas. Agindo assim, constri-se um Estado como novssimo movimento social (SANTOS, 1998, 2005), para o qual, a experincia de gesto da e na educao municipal de Porto Alegre, pelo PT e partidos de esquerda por 16 anos, aportaram contribuies significativas para a efetivao de um outro mundo possvel, em alternativa ao que vivemos.
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Este trabalho trata do estudo taxonmico da tribo Dalbergieae no estado de Santa Catarina, Brasil. Foram reconhecidos seis gneros e 17 espcies nativas: Andira Lam. (A. fraxinifolia Benth.); Centrolobium Mart. ex Benth. [C. microchaete (Mart. ex Benth.) Lima]; Dalbergia L.f. [D. brasiliensis (Vell.) Britt., D. ecastaphyllum (L.) Taub., D. ernest-ulei Hoehne, D. frutescens (Vell.) Britt., D. lateriflora Benth.]; Machaerium Pers.[M. dimorphandrum Hoehne, M. hatschbachii Rudd, M. hirtum (Vell.) Stellfeld, M. nyctitans (Vell.) Benth., M. paraguariense Hassl., M. stipitatum Vogel, M. uncinatum (Vell.) Benth., M. vestitum Vogel]; Platymiscium Vogel (P. floribundum Vogel); Pterocarpus Jacq. (P. rohrii Vahl). So fornecidos chaves analticas para identificao de gneros e de espcies, descries, ilustraes, dados e mapas de distribuio geogrfica, dados sobre florao, frutificao e utilidades e observaes ecolgicas.
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A eficincia da tcnica de cultura de anteras, em escala comercial, ainda pode ser considerada baixa quando medida em nmero de plantas duplo-haplides frteis obtidas para cada antera estabelecida in vitro. Dessa forma, o presente trabalho pioneiro no estudo detalhado da embriognese in vitro do micrsporo e do gro de plen de cevada (Hordeum vulgare L. ssp. vulgare). Com o objetivo de contribuir para o aperfeioamento da tcnica de cultura de anteras foi analisada a embriognese, com especial nfase na etapa da induo, atravs de anlises citolgicas e histolgicas de anteras cultivadas in vitro. Foram analisadas uma cultivar brasileira de cevada, em comparao com linhagens de duas outras cultivares brasileiras, que foram selecionadas, por seleo divergente para maior ou para menor resposta na induo da rota embriognica e, respectivamente, para menor ou para maior capacidade de regenerar plntulas verdes. Somente foram estabelecidas em cultivo in vitro as anteras que apresentaram micrsporos e plens jovens, das linhagens selecionadas da cultivar A-05 (S3A22 e S3A23), e da cultivar BR-2(S3B63 e, apenas na cultura de anteras, S3B61), bem como da cultivar MN-599 (noselecionada). Para as anlises histolgicas, foram fixadas, a cada dois dias, duas anteras, correspondentes a cada fileira da mesma espiga, aps o incio do cultivo in vitro. As anteras em cultivo e respectivas estruturas multicelulares foram fixadas em FAA 50%, desidratadas em srie etlica e includas em hidroxietilmetacrilato. Os blocos de resina polimerizada foram secionados longitudinalmente com 3 mm de espessura. Para as anlises citolgicas foram fixadas, de cada espiga recm-coletada, trs espiguetas sendo uma da base, outra do meio e outra do pice. Aps o pr-tratamento baixa temperatura (5 C), porm antes do cultivo in vitro, foram fixadas trs anteras (amostras utilizadas como controles). A cada trs dias, durante o cultivo, trs anteras foram fixadas (at 18 dias). As anteras em cultivo e estruturas multicelulares foram fixadas em Farmer e FAA 50%, transferidas aps 24 horas para etanol 70%. Na cultura in vitro das anteras houve diferenas entre uma das linhagens da cultivar A-05 em relao a cultivar MN- 599, na produo inicial de estruturas embriognicas, diferena que desapareceu na produo total. Entretanto, houve diferenas na formao dos xiii embries: a cv.MN-599 formou embries bem diferenciados ao passo que a linhagem S3A22 produziu um nmero aparentemente menor, sendo que os embries no eram bem diferenciados. A linhagem S3B63 no apresentou embries at o final da anlise histolgica. Considerando que a amostra dessa linhagem, mantida em cultura, formou plantas verdes, pode-se propor que a formao de embries deve ocorrer posteriormente ao desenvolvimento da cv.MN-599. Cabe destacar que houve diferenas significativas entre as cultivares A-05 e BR-2 quanto regenerao de plntulas verdes. Esses resultados indicam ter havido maior eficincia da seleo em relao etapa da regenerao. Com relao s categorias classificatrias dos micrsporos e gros de plen, constatou-se que desde o incio da anlise histolgica (2o dia de cultivo in vitro) at o final (34o dia), foram observados micrsporos, o mesmo tendo sido observado na anlise citolgica. Os gros de plen multinucleados ocorreram praticamente em todo o perodo de cultivo in vitro, em ambas anlises; no ocorrendo nos controles da citologia (antes do cultivo); os multinucleados foram observados a partir do 3o dia, enquanto que os multicelulares a partir do 4o dia de cultivo. As estruturas multicelulares foram observadas a partir do 8o dia. A quantidade e o tamanho das estruturas multicelulares foram variveis ao longo da anlise histolgica, sendo que do 14o ao 20o dia foram encontradas as de maiores dimenses, resultantes da proliferao celular por mitoses sucessivas. A partir do 22o dia (cultivar MN- 599), a ocorrncia de estruturas multicelulares no interior dos lculos da antera diminuiu, predominando o processo de proliferao externo s anteras. Para as linhagens, a partir do 18o dia foram observadas estruturas multicelulares liberadas das anteras. A anlise das estruturas multicelulares permitiu classific-las em quatro categorias: 1. SFD: Sem forma definida; 2. MAC: meristema apical caulinar; 3. MAR: meristema apical radical embrionrio adventcio; e 4. Embries. As estruturas amorfas apareceram em maior nmero, quando comparadas com as outras categorias. Em sntese: as linhagens selecionadas e a cultivar diferiram no apenas no tempo necessrio para a formao dos embries, mas tambm no desenvolvimento dos mesmos, que foi mais diferenciado na cultivar MN-599, porm sendo observados mais cedo na linhagem S3A22 e S3A23, do que na cultivar MN-599.
Resumo:
Esta dissertao teve como objetivo geral ampliar o conhecimento sobre a ecologia vegetal das matas de Restinga arenosa em substratos bem drenados no Rio Grande do Sul. Para tanto, foram realizados o estudo florstico e fitossociolgico do componente arbreo de cinco capes de Restinga e a verificao de padres de interaes mutualsticas entre aves frugvoras e as rvores, alm do estudo do componente de regenerao e suas relaes com o estrato arbreo adulto. Para a amostragem da vegetao, foi usado o mtodo de parcelas, incluindo-se todas as rvores com DAP 5cm, totalizando uma rea de 1,02ha. Com estes dados, foram estimados os parmetros usuais em fitossociologia. Em um dos capes, foi realizado tambm o levantamento florstico e fitossociolgico das plntulas (0,05 altura < 1m) e juvenis (altura 1m, DAP < 5cm), avaliando-se as relaes com o estrato arbreo adulto, o potencial e a taxa de regenerao natural para cada espcie. Para o estudo dos mutualismos, foram feitas observaes visuais e capturas de aves durante um ano. Foram estimadas a conectncia do sistema mutualstico e o ndice de importncia das espcies. Tambm foi feita a rede de interaes do sistema e feita a anlise da variao destas interaes ao longo das estaes do ano. A composio florstica resultou em uma riqueza total de 20 famlias e 29 espcies para os cinco capes. A densidade total arbrea teve uma mdia mxima de 1207 ind/ha e mnima de 747 ind/ha. Sebastiania serrata apresentou o maior valor de importncia e Myrtaceae foi a famlia mais representada. A diversidade especfica foi baixa, variando de 1,08 a 2,38 (nats). No sistema mutualstico, registraram-se 29 espcies interagindo (aves e plantas), com uma conectncia de 23,9%. Turdus amaurochalinus e T. rufiventris interagiram com a maioria das espcies arbreas e tiveram o maior ndice de importncia, sendo caracterizadas como as principais dispersoras em potencial. Ocotea pulchella e Myrsine spp. foram registradas com maior nmero de eventos de consumo de frutos, no entanto, Ficus organesis interagiu com mais espcies frugvoras, alm de ter a maior importncia na dieta das aves. Houve variaes no nmero eventos de frugivoria ao longo das estaes, bem como no nmero de espcies frugvoras e de espcies arbreas consumidas. O componente de regenerao apresentou riqueza especfica e diversidade semelhantes s do estrato arbreo adulto, refletindo uma similaridade florstica maior que 70%. A maioria das espcies (73,7%) apresentou taxa de regenerao negativa, revelando o padro de 'J' invertido. Os resultados indicam a existncia de diferenas na composio e estrutura arbrea entre os capes de Restinga, alm de uma boa capacidade de regenerao para a maioria das espcies vegetais estudadas. Os dados revelam tambm um sistema disperso generalista, no qual poucas espcies de aves interagem com muitas espcies arbreas e vice-versa.
Resumo:
Micropartculas nanorrevestidas (MP) foram preparadas atravs da secagem por asperso (spray-drying), empregando-se suspenses polimricas nanoestruturadas como material de revestimento (nanoesferas NS, nanocpsulas NC ou nanodisperso ND). Foram realizados estudos utilizando-se o diclofenaco, tanto na sua forma hidroflica (diclofenaco sdico), hidrofbica (diclofenaco cido) e a dexametasona como frmacos-modelo e o Eudragit S100, como polmero. O trabalho foi delineado buscando-se o desenvolvimento de metodologias de preparao, o estudo dos fatores que influenciam o processo de revestimento, o conhecimento das caractersticas fsico-qumicas das MP e a avaliao das suas vantagens biolgicas. As suspenses polimricas (NC e NS) foram preparadas atravs da tcnica da nanoprecipitao. As MP foram preparadas utilizando-se diferentes metodologias, de acordo com a hidrofobia do frmaco, envolvendo a combinao de tcnicas de evaporao do solvente e secagem por asperso. A influncia dos fatores de secagem (fluxo de alimentao e temperatura de entrada) sobre as caractersticas das MP foi avaliada atravs de um delineamento fatorial 32. A caracterizao fsico-qumica foi realizada determinando-se o rendimento do processo, taxa de encapsulao, umidade, tamanho de partcula (nano e micropartculas), rea superficial e volume de poros, alm das anlises morfolgicas atravs de microscopia ptica, eletrnica de varredura (MEV) e microscopia de fora atmica (MFA) e anlises por difrao de raios-X. Alm disso, foram avaliados os perfis de liberao do frmaco a partir destas MP (pH 1,2; 5,0 e 7,4), bem como a sua interao (transporte do frmaco e citotoxicidade) com clulas Caco-2. A vantagem biolgica dos sistemas foi determinada pela avaliao do efeito protetor sobre a mucosa gastrintestinal frente aos efeitos txicos do diclofenaco. Atravs do delineamento fatorial foi possvel estabelecer os parmetros de secagem para a obteno de MP com boas caractersticas de rendimento, taxa de encapsulao e umidade (fluxo de alimentao: 3,0 e 4,5 ml/min, para MP obtidas a partir de NC e NS, respectivamente; e temperatura de entrada: 170 C, para ambas). As MP apresentaram rendimentos entre 40 e 80% e taxas de encapsulao entre 70 e 115 %, dependendo do tipo de revestimento nanoestruturado (NS, NC ou ND) e do frmaco empregado (diclofenaco cido, diclofenaco sdico ou dexametasona) Todas as formulaes apresentaram um teor de umidade menor que 3 %. As anlises atravs de MEV demonstraram a presena de nanoestruturas adsorvidas superfcie das MP, indepentemente da formulao estudada e com tamanhos de partculas diretamente relacionados ao tamanho das nanopartculas da suspenso original (170-200 nm para NC e 60-70 nm para NS). A observao morfolgica atravs de MFA tambm permitiu a visualizao destas nanoestruturas na superfcie das MP. Essa observao foi associada reduo nas reas superficias das MP (40-50 m2.g-1 e 115-135 m2.g-1 para MP revestidas a partir de suspenses de NC ou NS, respectivamente) em relao ao ncleo no revestido (150-160 m2.g-1). Os resultados de liberao in vitro do frmaco a partir das MP demonstraram uma modificao da sua liberao, de acordo com o tipo de material nanoestruturado empregado, a natureza do frmaco e a presena de um plastificante (triacetina ou poligol 6000). A anlise por difrao de raios-X mostrou que o frmaco encontra-se na forma cristalina em praticamente todas as formulaes. A vantagem biolgica foi estudada em ratos e demonstrada pela reduo na toxicidade gastrintestinal do diclofenaco apresentada pelas MP revestidas a partir de NC ou ND (ndices lesionais totais: 24,20 e 29,89, respectivamente) em relao a uma soluo aquosa do frmaco (ndice lesional total: 156,11). Os estudos de interao das MP contendo dexametasona com as clulas Caco-2 demonstraram a sua potencialidade em modificar a absoro do frmaco em relao a uma soluo aquosa do frmaco, sem apresentarem citotoxicidade sobre esta linhagem celular. Alm disso, o estudo demonstrou a potencialidade do emprego deste modelo in vitro para prever a liberao do frmaco a partir de sistemas microparticulados. Assim, o conjunto destes estudos mostra que as micropartculas nanorrevestidas apresentam-se como uma nova aplicao dos sistemas nanoestruturados e como uma nova estratgia na obteno de sistemas micro e multiparticulados de administrao de frmacos.
Resumo:
O ramo de lavagem de roupas um importante setor de servios na sociedade moderna e responsvel por uma parcela significativa no consumo de gua no meio urbano. No entanto, so poucas as empresas que se preocupam em lanar seus efluentes dentro de um padro de qualidade estabelecido pelos rgos ambientais ou, ainda, reciclar a gua no processo de lavagem. Portanto, o objetivo do presente trabalho foi estudar o tratamento e a reciclagem do efluente gerado por uma lavanderia industrial. Assim, realizou-se inicialmente um estudo de caracterizao do efluente e uma investigao, em laboratrio, das diferentes alternativas de tratamento, entre as quais a coagulao/floculao, adsoro/coagulao/ floculao e a Reao de Fenton, os quais foram avaliados em relao a padres fsicoqumicos e ecotoxicolgicos de qualidade. Nas condies otimizadas em laboratrio, realizou-se o tratamento de efluentes em escala industrial. Aps, avaliou-se a possibilidade de reciclagem do efluente no prprio processo de lavagem de roupas e fez-se uma avaliao de custos considerando as diferentes alternativas de processos. Por fim, realizou-se um estudo de caracterizao do lodo gerado. Os resultados obtidos demonstram que o efluente bruto da lavanderia no atinge os padres fsico-qumicos exigidos pela legislao e apresenta um alto grau de toxicidade no meio aqutico, devendo ser tratado para lanamento no corpo hdrico receptor. O efluente tratado por coagulao/floculao melhorou significativamente a qualidade da gua, porm ainda apresentou resultados insatisfatrios quanto ao parmetro surfactantes. Os ndices toxicolgicos melhoraram, porm ainda mostraram um nvel de toxidade elevado. O efluente tratado por adsoro/coagulao/floculao apresentou bons resultados tanto nos parmetros fsicoqumicos quanto nos ensaios de toxicidade, mostrando ser a melhor opo de processo. A aplicao deste processo em escala industrial demonstrou que o processo apresenta uma grande confiabilidade em relao a todos os parmetros de qualidade exigidos pelo rgo ambiental e a reciclagem do efluente pode ser realizada para fins de lavagem de roupas. O tratamento atravs da Reao de Fenton apresentou bons resultados em relao aos parmetros fsico-qumicos, porm a presena de agentes oxidantes de forma residual foi txica sobre os organismos avaliados. A Reao de Fenton, apesar de gerar um efluente com boas caractersticas para reciclagem, apresenta um custo de insumos no processo bastante elevado. O lodo um fator importante o processo de tratamento. Apresenta-se rico nos elementos alumnio e clcio e classificado, de acordo com a NBR 10.004, como um resduo no perigoso (Classe II - No Inerte). Esse lodo deve ser devidamente secado e envido para um aterro de resduos industriais. Porm, apresenta potencial para reso como matria-prima na construo civil.