997 resultados para Testes funcionais dos pulmões - Teses
Resumo:
Medidas de espectroscopia gama de alta resoluo tm diversas aplicaes. Aplicaes envolvendo medidas de radioistopos de meia-vida curta podem apresentar problemas de baixa preciso nas contagens quando a fonte radioativa est distante do detector e de perda de acurcia por efeitos de tempo morto e empilhamento de pulsos em situao de altas taxas de contagens. Um modo de minimizar esses problemas alterando a posio da fonte radioativa durante o processo de medio, aproximando-a do detector conforme sua atividade diminui e assim maximizando o nmero de contagens medidas. Neste trabalho, foi desenvolvido o Movimentador de Amostras Radioativas Automatizado (MARA), um aparato de baixo custo, feito com materiais de baixo nmero atmico e leve, projetado e construdo para auxiliar nas medidas de espectroscopia gama, capaz de controlar a distncia entre a fonte e o detector, permitindo inclusive que ocorra alterao dessa distncia durante o processo de medio. Por ser automatizado ele otimiza o tempo do operador, que tem total liberdade para criar suas rotinas de medidas no dispositivo, alm de evitar que o mesmo tome uma parcela da dose radioativa. Foi tambm feita uma interface que permite controle do MARA e a programao do sistema de aquisio de dados. Foram realizados testes para otimizao da operao do sistema MARA e foi verificada a segurana de operao do MARA, no apresentando nenhuma falha durante seus testes. Foi aplicado o teste de repetitividade, por meio de medies com uma fonte calibrada de 60Co, e verificou-se que o sistema de movimentao de prateleiras automatizado reproduziu os resultados do sistema esttico com confiabilidade de 95%.
Resumo:
O HDL-c um fator de risco cardiovascular negativo e sua concentrao plasmtica apresenta relao inversa com a incidncia de eventos cardiovasculares. Entretanto, as evidncias relativas ao grupo de indivduos com nveis de HDL-c acima do percentil 95 da populao geral ainda so escassas e o impacto da hiperalfalipoproteinemia (HALP) sobre o risco cardiovascular continua representando motivo de controvrsia na literatura mdica. Alguns estudos em populaes especficas associam a HALP a aumento do risco cardiovascular. Ao mesmo tempo, outros estudos identificaram populaes de indivduos hipoalfalipoproteinmicos com marcada longevidade. Assim, demonstrou-se aparente dissociao entre nveis de HDL-c e risco cardiovascular em determinadas populaes, reconduzvel a aspectos disfuncionais da HDL. O objetivo do presente estudo foi verificar o papel da HALP na determinao do risco cardiovascular; comparar a prevalncia de doena cardiovascular subclnica, avaliada por meio da quantificao ultrassonogrfica da Espessura ntimo-Medial Carotdea (EIMC), entre portadores de HDL-c >= 90mg/dL (grupo HALP) e portadores de concentraes de HDL-c atualmente consideradas normais (entre 40 e 50mg/dL para os homens e entre 50 e 60mg/dL para as mulheres); e avaliar caractersticas e funo da HDL em portadores de HALP por meio do estudo de sua composio, de sua capacidade de efluxo de colesterol, e de sua atividade anti-inflamatria e antioxidante, correlacionando estas caractersticas com a presena de doena cardiovascular subclnica avaliada por meio da determinao da EIMC, da Velocidade de Onda de Pulso (VOP) e da presena de Calcificao Arterial Coronariana (CAC) avaliada pela TCMD. Para responder estas perguntas, o presente estudo foi articulado em dois braos: Brao 1: Anlise da coorte do estudo ELSA com o objetivo de determinar a prevalncia de HALP em uma populao geral; definir o perfil demogrfico, antropomtrico e metablico dos portadores de HALP; e comparar a prevalncia de doena vascular subclnica deste grupo com controles da mesma coorte com nveis normais de HDL-colesterol. Brao 2: Recrutamento de 80 voluntrios hgidos e portadores de HALP para avaliao da correlao entre presena de doena vascular subclnica, e aspectos estruturais e funcionais da HDL. Em seus dois braos, o estudo levou a quatro concluses principais: 1) Nveis marcadamente elevados de HDL-c esto associados a menor espessura ntimo-medial carotdea quando comparados a nveis de HDL-c considerados normais pelas diretrizes vigentes. Embora portadores do fentipo HALP apresentem, como grupo, um perfil metablico mais favorvel que o encontrado em indivduos com HDL-c normal, a associao entre EIMC e HALP foi independente dos fatores de risco tradicionais, indicando que a menor prevalncia destes ltimos em portadores de HDL-c marcadamente elevado justifica apenas parcialmente a menor prevalncia de doena vascular subclnica neste grupo; 2) Embora a HALP se apresente como um fentipo ateroprotetor, h indivduos com nveis marcadamente elevados de HDL-c que evoluem com doena cardiovascular, clnica ou subclnica. Neste contexto, nossos resultados indicam correlao entre os trs mtodos avaliados para estudar doena vascular subclnica em portadores de HALP: EIMC, VOP e CAC; 3) Os fatores de risco tradicionais continuam exercendo seu peso na determinao do risco cardiovascular em portadores de HALP. Idade, tabagismo, hipertenso arterial, hipertrigliceridemia e altos nveis de LDL-c apresentaram associao estatisticamente significativa com a presena de doena vascular subclnica no grupo estudado; 4) A avaliao da composio e da funo da HDL em portadores de HALP pode permitir identificar indivduos especificamente mais suscetveis aterosclerose. Nossos resultados indicam que, em particular, a atividade anti-inflamatria da HDL, avaliada pela capacidade de inibio da produo de IL-6; o efluxo de colesterol e a capacidade de transferncia de triglicrides apresentaram associao independente com menor espessura ntimo-medial carotdea em portadores de HALP, enquanto nveis mais altos de Apo A-IV se associaram a maior grau de doena cardiovascular subclnica
Resumo:
Introduo: A Hiperplasia Adrenal Congnita por deficincia da 21-hidroxilase (HAC) uma doena com mortalidade neonatal elevada sendo elegvel para programas pblicos de Triagem Neonatal (TN). A HAC causada por mutaes no gene CYP21A2, as quais acarretam diferentes comprometimentos da atividade enzimtica e resultam em espectro amplo de manifestaes clnicas. Apesar da eficincia da TN para diagnosticar os casos graves, a taxa elevada de resultados falso-positivos (RFP), principalmente relacionados prematuridade, um dos maiores problemas. Porm, resultados falso-negativos tambm podem ocorrer em coletas antes de 24 horas de vida. No Brasil, a coleta da amostra neonatal difere entre os municpios, podendo ser no terceiro dia de vida como aps. Objetivo: Avaliar se os valores da 17OH-progesterona neonatal (N17OHP) das coletas no terceiro dia de vida diferem significativamente das coletas a partir do quarto dia. Determinar qual percentil (99,5 ou 99,8) pode ser utilizado como valor de corte para a N17OHP, de acordo com o peso ao nascimento e tempo de vida na coleta, a fim de que proporcione taxa menor de RFP. Mtodos: Foi avaliada, retrospectivamente, a N17OHP de 271.810 recm-nascidos (Rns) de acordo com o tempo de vida na coleta (G1: 48 - = 72h) e peso ao nascimento (P1: <= 1.500g, P2: 1.501-2.000g, P3: 2.001-2.500g e P4: >= 2.500g), pelo mtodo imunofluorimtrico. Testes com resultados alterados foram confirmados no soro por Espectrometria de Massas em Tandem - LC-MS/MS. Rns afetados e/ou assintomticos e com valores persistentemente elevados de 17OHP srica foram submetidos ao estudo molcular, sequenciamento do gene CYP21A2. Resultados: os valores da N17OHP no grupo G1 foram significativamente menores do que em G2 em todos os grupos de peso (p < 0.001). A taxa de RFP em G1 e G2 foi de 0,2% para o percentil 99,8 e de 0,5% para o percentil 99,5 em ambos os grupos. O percentil 99,8 da N17OHP foi o melhor valor de corte para distinguir os Rns no afetados dos afetados, cujos valores so: G1 (P1: 120; P2: 71; P3: 39 e P4: 20 ng /mL) e em G2 (P1: 173; P2: 90; P3: 66 e P4: 25 ng/mL). Vinte e seis Rns do grupo G1 apresentaram a forma perdedora de sal (PS) (13H e 13M), nestes a N17OHP variou de 31 a 524 ng/mL e vinte Rns no grupo G2 (8H e 12M), nestes a N17OHP variou de 53 a 736 ng/mL. Para ambos os grupos foram encontrados trs Rns com a forma virilizante simples (1H e 2M) e os valores da N17OHP variaram de 36 a 51 ng/mL. Resultados falso-negativos no foram relatados. O valor preditivo positivo (VPP) no teste do papel filtro foi de 5,6% e 14,1% nos grupos G1 e G2, respectivamente, ao se utilizar o percentil 99,8, e de 2,3% e 7% nos grupos G1 e G2 ao se utilizar o percentil 99,5. Dentre os casos com TN alterada (RFP), 29 deles tambm apresentaram 17OHP srica elevada quando dosada por LC-MS/MS. Os casos assintomticos foram acompanhados at normalizao da 17OHP srica e/ou submetidos ao estudo molecular, que identificou dois Rns com gentipo que prediz a forma no clssica. Concluso: a melhor estratgia para otimizao do diagnstico da HAC na triagem neonatal se padronizar valores de corte da N17OHP em dois grupos de acordo com o tempo de vida na coleta (antes e depois de 72 horas), subdivididos em quatro grupos de peso. A utilizao dos valores de corte do percentil 99,8 se mantm eficaz no diagnstico da HAC-21OH na triagem neonatal, reduzindo de forma significativa a taxa de RFP, sem perda do diagnstico da forma PS
Resumo:
Discutimos nesta pesquisa o uso dos elementos de Cortesia, em especifico, a atenuao, entendida como categoria pragmtica que afeta as relaes interpessoais enquanto atividade lingustica (reduo do dito e do dizer) e social (aproximao ou no distanciamento do outro). Enfatizando estes aspectos, o trabalho tem como objetivo comparar o emprego de procedimentos lingusticos de atenuao na produo de atos diretivos e respostas no preferidas (atos de fala no corteses), por estudantes universitrios das cidades de So Paulo (Brasil) e Crdoba (Argentina). Ainda, explicar as diferenas tendo como base os conceitos de sociedades de aproximao e distanciamento (HAVERKATE, 2004 e BRIZ, 2007) e analisar as diferenas nas interpretaes que realizaram os estudantes da cidade argentina dos enunciados formulados pelos paulistanos. Nesta investigao, formulou-se e aplicou-se questionrio de coleta de dados denominado testes sociais no qual apareceram situaes de interao no ambiente de trabalho e da faculdade. No processo analtico deste fenmeno, usamos o mtodo comparativo salientando as relaes quantitativas e qualitativas dos enunciados estabelecidos pelos paulistanos e cordobeses, analisando dois tpicos, a comparao dos procedimentos de atenuao empregados; e a interpretao dos enunciados (dos estudantes paulistanos) feita pelos alunos de Crdoba. Como resultado, verificamos o uso acentuado de procedimentos de atenuao por parte dos paulistanos, causando interpretaes dspares por parte dos cordobeses.
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Introduo: Crianas com distrbio especfico de linguagem (DEL) so propensas a apresentar dificuldade no processo de alfabetizao devido s mltiplas alteraes de linguagem que possuem. Este estudo comparou e caracterizou o desempenho de crianas com DEL e em desenvolvimento tpico de linguagem em atividades de aliterao, rima, memria de curto prazo fonolgica, ditado de palavras e de pseudopalavras. A principal hiptese do estudo era de que o grupo DEL apresentaria desempenho inferior do que o grupo em desenvolvimento tpico em todas as habilidades estudadas. Mtodo: Participaram do estudo 12 crianas com DEL (GP) e 48 em desenvolvimento tpico (GC) com idade entre 7 anos e 9 anos e 11 meses. Todos os sujeitos cursavam o 2 ou 3 ano do ensino fundamental I e apresentavam audio e rendimento intelectual no-verbal preservados. Para a seleo dos grupos foram utilizadas medidas de vocabulrio receptivo, fonologia e nvel socioeconmico. J as medidas experimentais avaliadas foram testes padronizados de aliterao, rima, memria de curto prazo fonolgica e a aplicao de um ditado de palavras e de pseudopalavras elaborados para esta pesquisa. Resultados: ambos os grupos apresentaram pior desempenho em tarefas de rima do que de aliterao e o GP apresentou desempenho inferior em ambas as tarefas quando comparado ao GC. A anlise dos distratores nas atividades de aliterao e rima apontou que em tarefas de aliterao, o GP cometeu mais erros de tipologia semntico enquanto na prova de rima foram mais erros de tipologia fonolgico. O GP obteve desempenho inferior ao GC nas avaliaes da memria de curto prazo fonolgica, ditado de palavras e de pseudopalavras. O GP evidenciou maior dificuldade no ditado de pseudopalavras no que no de palavras e o GC no apresentou diferena significativa no desempenho dos ditados. No ditado de palavras, o GP cometeu mais erros na palavra toda enquanto no ditado de pseudopalavras ocorreram mais erros na palavra toda e na slaba final. Na comparao do desempenho dos grupos de acordo com a escolaridade, notou-se que os sujeitos do GC do 2 e 3 ano no evidenciaram diferena significativa em seu desempenho nas tarefas, enquanto os sujeitos do GP do 3 ano apresentaram melhor desempenho do que os do 2 ano em todas as medidas experimentais, com exceo da memria de curto prazo fonolgica. Concluses: o GP apresentou dificuldade em tarefas de processamento fonolgico e de escrita que foram realizadas com relativa facilidade pelo GC. Os sujeitos com DEL evidenciaram uma anlise mais global dos estmulos apresentados nas tarefas de conscincia fonolgica, o que os fez desprezar aspectos segmentais importantes. A dificuldade em abordar as informaes de modo analtico, somado a alteraes lingusticas e do processamento fonolgico, levou o GP a apresentar maior taxa de erros nas tarefas de ditado. Apesar das alteraes apontadas, os sujeitos do GP do 3 ano obtiveram melhor desempenho do que os do 2 ano em todas as habilidades com exceo da memria de curto prazo fonolgica, que sua marca clnica. Estes dados reforam a necessidade do diagnstico e interveno precoces para esta populao, onde as habilidades abordadas neste estudo devem ser includas no processo teraputico
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Introduo: A obesidade uma afeco com alta prevalncia no Brasil e no mundo. fator de risco para comorbidades como Diabetes tipo 2 (DM2), Hipertenso Arterial Sistmica (HAS), Dislipidemia, Apneia Obstrutiva do Sono (AOS), entre outras. Seu tratamento complexo e a cirurgia baritrica, executada por diferentes tcnicas, tem sido uma das opes. Objetivo: Analisar os resultados publicados na literatura em relao s tcnicas cirrgicas de Banda Gstrica Ajustvel (BGA), Gastrectomia Vertical (GV), Gastroplastia com derivao em Y de Roux (GDYR) e Derivao Biliopancretica (DBP) - tcnica de \"Scopinaro\" e de \"Duodenal Switch\" quanto s complicaes operatrias, mortalidade, perda do excesso de peso (PEP) e ao reganho, e a resoluo das comorbidades aps a operao. Mtodo: Foram analisados 116 estudos selecionados na base de dados MEDLINE por meio da PubMed publicados na Lngua Inglesa entre 2003 e 2014. Para comparar as diferentes tcnicas cirrgicas (BGA, GV, GDYR e DBP), realizou-se estudo estatstico por meio da anlise de varincia (ANOVA) aplicando os testes de Duncan e de Kruskal Wallis avaliando: complicaes ps-operatrias (fstula, sangramento e bito); perda e reganho do excesso de peso, e resoluo das comorbidades. Resultados: A ocorrncia de sangramento foi de 0,6% na mdia entre todos os estudos, sendo 0,44% na BGA; 1,29% na GV; 0,81% na GDYR e 2,09% na DBP. J a ocorrncia de fstulas foi de 1,3% na mdia entre todos os estudos, 0,68% para BGA; 1,93% para GV; 2,18% para GDYR e 5,23% para DBP. A mortalidade nos primeiros 30 dias ps-operatrios foi de 0,9% na mdia entre todos os estudos, 0,05% na BGA; 0,16% na GV; 0,60% na GDYR e 2,52% na DBP. A PEP aps cinco anos na mdia entre todos os estudos foi de 63,86%, especificamente na BGA, foi de 48,35%; 52,7% na GV; 71,04% na GDYR e 77,90% na DBP. A taxa de DM2 resolvida foi de 76,9% na mdia entre todos os estudos, sendo 46,80% na BGA; 79,38% na GV; 79,86% na GDYR e 90,78% na DBP. A taxa de Dislipidemia resolvida aps a operao foi de 74,0% na mdia de todo o estudo, sendo 51,28% na BGA; 58,00% na GV; 73,28% na GDYR e 90,75% na DBP. A taxa de HAS resolvida aps a operao foi de 61,80% na mdia de todo o estudo, sendo 54,50% na BGA; 52,27% na GV; 68,11% na GDYR e 82,12% na DBP. A taxa de AOS resolvida aps a operao foi de 75,0% na mdia de todo o estudo, sendo 56,85% na BGA; 51,43% na GV; 80,31% na GDYR e 92,50% na DBP. Concluso: quando analisadas e comparada as quatro tcnicas observa-se que nos primeiros 30 dias ps-operatrio a taxa de sangramento superior nos pacientes submetidos DBP e taxa de fstula inferior nos pacientes da BGA. Quanto mortalidade observou-se taxa mais pronunciada nos pacientes submetidos DBP e menos nos submetidos BGA. Quanto PEP observou-se uma uniformidade entre os pacientes submetidos GV, GDYR E DBP at o terceiro ano. Aps esse perodo observa-se reganho de peso nos submetidos GV at o quinto ano de seguimento. J nos pacientes submetidos BGA observou-se taxas de PEP menos pronunciadas em relao s demais desde o incio do seguimento. Quanto resoluo das comorbidades observou-se taxas de resoluo de DM2 inferiores nos pacientes submetidos BGA, e no houve diferena entre nenhuma tcnica quanto resoluo das demais comorbidades: HAS, AOS e dislipidemia
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Evidncias apontam para forte relao independente entre maus tratos na infncia, comportamentos disruptivos e prejuzos em funes executivas. No entanto, ainda no completamente compreendido como estes trs fatores se relacionam entre si. Esta pesquisa avaliou a relao entre maus-tratos na infncia e transtornos do comportamento disruptivo, testando desempenho em funes executivas como possvel mediador e moderador desta relao. A presente pesquisa est inserida no estudo \"Coorte de escolares de alto risco para o desenvolvimento de psicopatologia e resilincia na infncia e adolescncia - projeto Preveno\", projeto integrante do Instituto Nacional de Cincia e Tecnologia de Psiquiatria do Desenvolvimento para Infncia e Adolescncia (INCT-INPD), o qual incluiu 2500 crianas em idade escolar de So Paulo e Porto Alegre (Brasil). As crianas foram extensamente avaliadas com entrevistas diagnsticas, relatos de pais e da prpria criana sobre maus tratos e com testes neuropsicolgicos. Resultados indicam associao de maus tratos na infncia e transtornos do comportamento disruptivo, porm no foi encontrada associao entre maus tratos e funes executivas. Crianas com transtornos do comportamento disruptivo apresentaram pior desempenho em teste especfico para avaliao de flexibilidade cognitiva. Desempenho em funes executivas no agiu como mediador ou moderador da associao entre maus tratos e transtornos do comportamento disruptivo. Desta forma, os resultados indicam que a associao entre experincias de maus tratos e transtornos do comportamento disruptivo ocorre independentemente do desempenho em funes executivas. Futuros estudos longitudinais so fundamentais para confirmar estes resultados e elucidar os mecanismos cognitivos envolvidos nesta associao causal
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Em regies altamente contaminadas como a regio da Baixada Santista, importante estabelecer metas para a recuperao do ambiente. Apesar da ausncia da contaminao ser a meta ideal, as implicaes e os custos associados a esse objetivo, demanda o estabelecimento de metas de recuperao realistas em relao aos contaminantes presentes na regio. Com o objetivo de caracterizar valores de referncia de qualidade de sedimentos para compostos orgnicos na regio da Baixada Santista, o Canal de Bertioga foi escolhido como local de referncia por ser uma regio sem fontes industrais ou outras fontes pontuais relativas aos compostos analisados. Amostras de gua, sedimento e ostras foram coletadas e os hidrocarbonetos policclicos aromticos (PAHs), bifenilos policlorados (PCBs) e pesticidas organoclorados (OCPs) foram determinados por tcnicas cromatogrficas. A avaliao dos resultados de anlises de PAHs, permite afirmar com alguma segurana, que os valores da somatria de PAHs das amostras sedimentos so, na sua grande maioria, inferiores a 1.000 µg/kg, no superando 1.600 µg/kg, concentraes abaixo dos limites estabelecidos na Resoluo CONAMA 344/04 e abaixo dos valores que possam causar algum efeito adverso biota, conforme valores descritos na literatura. Resultados de anlise de PCBs, OCPs, compostos fenlicos e compostos orgnicos volteis (VOCs) em amostras de sedimento, indicaram concentraes destes compostos abaixo dos limites de quantificao, exceto DDE (5,30 g/kg) e HCB (2,34 g/kg), que foram detectados em apenas um ii stio de amostragem. No houve evidncias de possveis fontes de emisso prximas regio de referncia para PCBs, OCPs, compostos fenlicos e VOCs. Finalizando, espera-se que os resultados obtidos neste estudo possam fornecer subsdios para futuramente estabelecer uma rea de referncia para qualidade de sedimento na regio da Baixada Santista, ou ainda serem utilizados em conjunto com as avaliaes de contaminantes inorgnicos, testes ecotoxicolgicos e indicadores biolgicos, como ferramenta para avaliao da qualidade de sedimento e/ou para a classificao de material a ser dragado na regio da Baixada Santista.
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Este trabalho prope uma tcnica de modelagem multiescala concorrente do concreto considerando duas escalas distintas: a mesoescala, onde o concreto modelado como um material heterogneo, e a macroescala, na qual o concreto tratado como um material homogneo. A heterogeneidade da estrutura mesoscpica do concreto idealizada considerando trs fases distintas, compostas pelos agregados grados e argamassa (matriz), estes considerados materiais homogneos, e zona de transio interfacial (ZTI), tratada como a parte mais fraca entre as trs fases. O agregado grado gerado a partir de uma curva granulomtrica e posicionado na matriz de forma aleatria. Seu comportamento mecnico descrito por um modelo constitutivo elstico-linear, devido a sua maior resistncia quando comparado com as outras duas fases do concreto. Elementos finitos contnuos com alta relao de aspecto em conjunto com um modelo constitutivo de dano so usados para representar o comportamento no linear do concreto, decorrente da iniciao de fissuras na ZTI e posterior propagao para a matriz, dando lugar formao de macrofissuras. Os elementos finitos de interface com alta relao de aspecto so inseridos entre todos os elementos regulares da matriz e entre os da matriz e agregados, representando a ZTI, tornando-se potenciais caminhos de propagao de fissuras. No estado limite, quando a espessura do elemento de interface tende a zero (h ?0) e, consequentemente, a relao de aspecto tende a infinito, estes elementos apresentam a mesma cinemtica da aproximao contnua de descontinuidades fortes (ACDF), sendo apropriados para representar a formao de descontinuidades associados a fissuras, similar aos modelos coesivos. Um modelo de dano trao proposto para representar o comportamento mecnico no linear das interfaces, associado formao de fissuras, ou at mesmo ao eventual fechamento destas. A fim de contornar os problemas causados pela malha de elementos finitos de transio entre as malhas da macro e da mesoescala, que, em geral, apresentam diferenas expressivas 5 de refinamento, utiliza-se uma tcnica recente de acoplamento de malhas no conformes. Esta tcnica baseada na definio de elementos finitos de acoplamento (EFAs), os quais so capazes de estabelecer a continuidade de deslocamento entre malhas geradas de forma completamente independentes, sem aumentar a quantidade total de graus de liberdade do problema, podendo ser utilizados tanto para acoplar malhas no sobrepostas quanto sobrepostas. Para tornar possvel a anlise em multiescala em casos nos quais a regio de localizao de deformaes no pode ser definida a priori, prope-se uma tcnica multiescala adaptativa. Nesta abordagem, usa-se a distribuio de tenses da escala macroscpica como um indicador para alterar a modelagem das regies crticas, substituindo-se a macroescala pela mesoescala durante a anlise. Consequentemente, a malha macroscpica automaticamente substituda por uma malha mesoscpica, onde o comportamento no linear est na iminncia de ocorrer. Testes numricos so desenvolvidos para mostrar a capacidade do modelo proposto de representar o processo de iniciao e propagao de fissuras na regio tracionada do concreto. Os resultados numricos so comparados com os resultados experimentais ou com aqueles obtidos atravs da simulao direta em mesoescala (SDM).
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Estima-se que 52% da populao mundial faz uso de lcool, sendo a droga mais consumida no mundo. Ao usurio, o lcool torna-se prejudicial devido s consequncias nos nveis biolgicos, sociais e funcionais. Assim, a reduo do uso abusivo da substncia um dos objetivos da Organizao Mundial de Sade (OMS) e uma das prioridades na agenda de sade pblica mundial. No Brasil, a Poltica do Ministrio da Sade para a Ateno Integral aos Usurios de lcool e Outras Drogas teve como objetivo a criao de uma rede de ateno integral a eles - a RAPS (Rede de Ateno Psicossocial). A RAPS considerada um grande avano da Reforma Psiquitrica, j que integra os diversos pontos de ateno disponveis no Sistema nico de Sade (SUS). Um dos pontos da RAPS a Ateno Bsica (AB), que atravs da atuao das equipes da Estratgia Sade da Famlia (ESF) tem a possibilidade de monitorao, preveno do uso e colaborao na reinsero social dos usurios de lcool e outras drogas devido proximidade e criao de vnculo entre o servio e usurio. Para que o vnculo seja estabelecido o Agente Comunitrio de Sade (ACS) a pea fundamental, visto que conhece a comunidade e reconhece suas necessidades, alm de ser a figura que medeia as relaes entre a equipe de sade e os usurios. Assim sendo, o objetivo deste estudo foi descrever e analisar o discurso de ACS sobre o uso de lcool e a assistncia prestada na AB. Trata-se de um estudo qualitativo de teor descritivo, cuja pesquisa ocorreu em cinco municpios da regio central do Estado de Santa Catarina. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, analisadas atravs do mtodo da Anlise de Contedo. A anlise das entrevistas resultou na formulao de duas categorias e quatro subcategorias empricas. Os resultados evidenciaram que os ACS percebem o consumo de lcool como inerente a populao em virtude da cultura caracterizada pelo consumo habitual e festivo da droga. Eles percebem que o uso do lcool torna-se um problema quanto definio social atribuda pela comunidade, ressaltando as consequncias para a famlia e outras perdas vivenciadas pelos usurios com base nas repercusses sociais. Quanto assistncia prestada por eles aos usurios de lcool, os resultados indicaram uma prtica desprovida de instrumentos ou habilidades para a abordagem adequada do uso, evidenciando uma prtica infundada pelos ACS. A prtica est pautada tambm nas crenas em relao aos usurios de lcool, que esto muito ligadas aos estigmas relacionados a estes usurios em geral e no em evidncias cientficas. Conclui-se que a partir do conhecimento das percepes e prticas deste profissional, possvel direcionar aes que potencialize a prtica dos ACS, j que so profissionais com grandes possibilidades de atuao diante da preveno e tratamento do abuso de lcool e reabilitao social do usurio
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O tratamento do cncer de cabea e pescoo e a dificuldade de comunicao decorrente da laringectomia interferem de maneira significativa na qualidade de vida das pessoas acometidas, principalmente quanto aos aspectos funcionais, psicolgicos e sociais. Este estudo teve como o objetivo avaliar a qualidade de vida relacionada sade (QVRS) de pessoas com cncer de cabea e pescoo. Trata-se de um estudo exploratrio com metodologia quantitativa, do tipo transversal. A coleta de dados foi realizada no perodo de maio a setembro de 2015, com 100 pessoas com cncer de cabea e pescoo, divididas em dois grupos: G1: pessoas laringectomizadas, G2: pessoas no laringectomizadas. Para isto, foi utilizado um aplicativo de comunicao alternativa instalado em tablet e foram aplicados o Critrio de Classificao Econmica Brasil (CCEB) e a escala Functional Assessment Cancer Therapy (FACT-H&N). Para a anlise dos dados foram utilizados o teste exato de Fisher, teste de Kruskal-Wallis, Ancova e estatstica descritiva. Como resultados observou-se a prevalncia de pessoas do sexo masculino, com faixa etria entre 59 e 74 anos , casadas, aposentadas no ativas, com baixa escolaridade e baixo nvel socioeconmico. Os sujeitos participantes de ambos os grupos avaliaram sua qualidade de vida global, de um modo geral, como satisfatria sendo que as funes mais acometidas foram: bem estar emocional e bem estar funcional. Quanto s comparaes dos escores finais da escala, observa-se que os participantes do G1 apresentaram melhor QVRS do que os do G2 no escore FACT-G total score, o G1 apresentou melhor QVRS do que o G2, enquanto no FACT-H&N Total score e TOI o G2 apresentou resultados ligeiramente melhores, porm sem significncia estatstica. Quanto ao uso do LIVOX, todos os participantes que apresentaram alguma dificuldade no seu uso tinham mais de 58 anos e se declararam aposentados no ativos (p=0,04). Conclui-se que importante o oferecimento, tanto no pr quanto no ps operatrio, de cuidados que possam avaliar e melhorar a qualidade de vida relacionada sade das pessoas com cncer de cabea e pescoo
Resumo:
O emprego da flotao por ar dissolvido (FAD) para o ps-tratamento de efluentes de reatores anaerbios aparenta ser atraente considerando algumas caractersticas desse processo fsico-qumico. A FAD reconhecidamente um processo de alta taxa, particularmente eficiente na remoo de material particulado em suspenso e de flocos produzidos pela coagulao qumica de guas residurias. Alm disso, h produo de lodo espesso e provavelmente arraste de parcela de gases e de compostos volteis, presentes nos efluentes anaerbios. Entretanto, a concepo de sistemas de FAD deve ser precedida por ensaios em unidades de flotao em escala de laboratrio, permitindo a determinao dos principais parmetros do processo. Neste trabalho, so apresentados e discutidos os resultados obtidos em laboratrio e em instalao piloto de flotao com escoamento contnuo recebendo efluente de reator anaerbio de manta de lodo (UASB), com 18 m3 de volume, tratando esgoto sanitrio. Os ensaios em unidade em escala de laboratrio foram realizados utilizando diferentes dosagens de cloreto frrico (entre 30 e 110 mg/L) ou de polmero catinico (entre 1,0 e 16,0 mg/L), atuando como coagulantes. Alm disso, foram estudadas as condies de floculao (tempo de 15 e de 25 min, e gradiente mdio de velocidade de floculao entre 30 e 100 s-1) e diferentes valores de quantidade de ar fornecido ao processo (S*, entre 4,7 e 28,5 g de ar por m3 de efluente). Com a instalao piloto de FAD foram realizados apenas ensaios preliminares variando-se a taxa de aplicao superficial (140 e 210 m3/m2/d) para diferentes valores de S* (14,8 a 29,5 g de ar por m3 de efluente). Com o emprego de dosagem de 65 mg/L de cloreto frrico, de tempo de 15 min e gradiente mdio de velocidade de floculao de 80 s-1 e de 19 g de ar por m3 de efluente, foram observados excelentes resultados em laboratrio, com elevadas remoes de DQO (89%), de fosfato total (96%), de slidos suspensos totais (96%), de turbidez (98%), de cor aparente (91%), de sulfetos (no detectado) e NTK (47%). Considerando o sistema UASB e FAD, nos testes em laboratrio, foram observadas remoes globais de 97,7% de DQO, de 98,0% de fosfato total, de 98,9% de SST, de 99,5% de turbidez, de 97,8% de cor aparente e de 59,0% de NTK. Nos ensaios com a instalao piloto de FAD, o sistema apresentou remoes de 93,6% de DQO, de 87,1% de SST, de 90% de sulfetos e de 30% de NTK.
Resumo:
O objetivo deste estudo foi investigar se a progresso da carga do treinamento de fora (TF) de acordo com a monitorao da percepo subjetiva do esforo da sesso (PSE da sesso) pode ser mais eficaz no desenvolvimento da fora motora e hipertrofia muscular em relao ao modelo tradicional de prescrio do TF baseado apenas na carga externa do treinamento. Mtodos: Vinte sujeitos do sexo masculino com experincia prvia em treinamento de fora (5,4 4,1 anos) foram submetidos a seis semanas de TF no exerccio agachamento (2x/sem.). Os sujeitos foram separados em dois grupos: i) grupo progresso linear da carga de treinamento (PL, n=10), que seguiu um modelo pr-determinado de progresso da carga do TF, com incrementos realizados a cada duas semanas de treino, partindo do protocolo A em direo ao protocolo C (protocolo A= 2x12-15RM; protocolo B= 4x8-10RM e protocolo C= 6x4-6RM) e; ii) grupo PSE (PSE, n=10), que progrediu a carga do TF de acordo com os escores da PSE da sesso partindo do protocolo A, na primeira sesso de treino, com incremento de carga (i.e., do protocolo A para protocolo B ou do protocolo B em direo ao protocolo C) quando os escores de PSE da sesso estivessem abaixo de 6 (i.e., <=5). Mantendo o protocolo do prximo treino caso os escores da PSE da sesso estivessem entre 6 e 8 e diminuindo em uma srie o protocolo da sesso seguinte caso os escores da PSE da sesso estivessem por duas vezes consecutivas acima de 8 (i.e., >=9) at que a resposta perceptiva voltasse as classificaes entre 6 e 8. As avaliaes de fora mxima dinmica (1-RM) e de rea de seco transversa muscular (ASTM) foram realizadas antes (pr) a ps o perodo experimental (ps). Resultados: Ambos os grupos aumentaram de forma semelhante os valores de 1-RM (PL: p<0,0001 e PSE: p<0,0001) a ASTM (PL: p<0,0001 e PSE: p=0,0032). Entretanto, o grupo PSE chegou a estes resultados realizando um nmero menor de sesses nos protocolos com cargas de treinamento mais altas (protocolos B: p=0,0028 e C: p=0,004) ao mesmo tempo em que realizaram um nmero maior de sesses no protocolo de treinamento com cargas mais baixas (i.e., protocolo A) (p<0,0001) quando comparado ao grupo PL. De forma interessante, o subgrupo composto (a posteriori) pelos indivduos do grupo PSE que no progrediram a carga do TF alm do protocolo A (SubPSE, n =6), obtiveram ganhos de fora motora e hipertrofia muscular semelhantes queles observados no grupo PL (1-RM p=0,0003; ASTM: p=0,0212 respectivamente) realizando de um volume total menor de treinamento (p=0,0258). Concluso: O controle da progresso da carga do TF por meio da PSE da sesso proporcionou ajustes mais eficientes da carga de treinamento possibilitando aumentos de fora motora e hipertrofia muscular similares aos obtidos atravs do modelo de progresso tradicional por meio de protocolos de treinamento menos intensos e de menor volume. Adicionalmente, quando considerados os dados do subgrupo SubPSE, observou-se as mesmas adaptaes funcionais e morfolgicas por meio de um menor volume total de treinamento
Resumo:
O presente trabalho tem por finalidade estudar as relaes estratigrficas das rochas consideradas do Grupo Passa Dois no Estado do Rio Grande do Sul. Este estudo foi feito atravs de levantamento de seces geolgicas perpendiculares ao mergulho das camadas, em regies cujo reconhecimento preliminar determinou serem as mais propcias para a demonstrao das variaes faciolgicas das unidades. Foi completado com o estudo de testemunhos e perfis de sondagens e estabelecimento de seces colunares em reas consideradas interessantes e que no se prestavam para um perfil contnuo. Foram feitas cinco sees, estudadas trs reas complementares e sete sondagens, cedidas pela Companhia Riograndense de Minerao - CRM. Os trabalhos de campo foram completados com estudos de laboratrio que incluram anlises granulomtricas, lminas delgadas, testes colorimtricos e difrao de Raios X. A integrao dos dados de campo e de laboratrio mostrou que: 1 - O grupo Passa Dois est constitudo pelas Formaes Irati e Estrada Nova, estando ausente a Formao Rio do Rasto, na faixa aflorante no Estado; 2 - A espessura do Grupo Passa Dois, na faixa aflorante no Estado varia ao redor de 100 metros; 3 - A Formao Irati apresenta duas fcies litolgicas no Rio Grande do Sul. A primeira, quando presente, ocupa a posio basal e caracterizada pela ocorrncia de duas camadas de folhelhos pretos pirobetuminosos, associados com lentes calcrias fossilferas. As camadas de folhelhos pretos contm, entre elas, um pacote de folhelhos cinza com fratura concide, com concrees calcrias de colorao amarelo-palha. Estas trs camadas esto sobrepostas a um folhelho semelhante ao que est intercalado aos folhelhos pretos e contm as mesmas lentes calcrias. A essa fcies aqui proposta a designao fcies Tiaraju, indicando como rea tipo a regio a sul e a leste da estao Tiaraju, no municpio de So Gabriel. A segunda fcies, parcialmente sincrnica com a primeira, e que encerra a sedimentao Irati no Estado, atpica da Formao Irati do resto da Bacia e pode ser descrita como folhelhos cinza-claros e cinza-escuros, s vezes com ritmitos na base, com laminao cruzada, com lentes calcrias de cor amarelo-palha. Em algumas reas, como a Mina do Leo, os folhetos esto intercalados com siltitos e arenitos finos, de cor cinza, micceos. A parte superior, a oeste de Pntano Grande, cortada por veios verticalizados, espessura de 2 a 15 cm, preenchidos por slica. Para esta fcies proposta a designao fcies Valente e indicada como rea-tipo a regio a 5 quilmetros a norte do Passo do Valente, na estrada Bag-Acegu; 4 - O contedo fossilfero destas fcies da Formao Irati, no Rio Grande do Sul, o mesmo; 5 - A Formao Estrada Nova tambm se apresenta com duas fcies litolgicas bem distintas, sendo uma peltica e outra arenosa. Em todas as regies em que ambas ocorrem a arenosa situa-se no topo; 6 - O contato inferior da Formao Estrada Nova, com a Formao Irati, marcado pelo aparecimento das cores vermelhas de alterao, que se intercalam com cores cinza-esverdeadas nos folhelhos e folhelhos slticos. considerado como topo da fcies inferior o aparecimento de arenitos muito finos em camadas lenticulares de pequena espessura que se alternam com lamitos vermelhos. Para a litofcies aqui proposto o termo fcies Caveiras, sendo indicada como rea tipo a regio do Cerro das Caveiras no Municpio de Dom Pedrito; 7 - O contato superior da Formao Estrada Nova com a Formao Rosrio do Sul, sendo caracterizado pela ocorrncia de arenitos mdios, de colorao rosa, com estratificao cruzada planar ou acanalada, com conglomerados intraformacionais, ou de arenitos com estratificao ondulada. Este contato , na maioria dos casos, erosivo sobre os sedimentos da Formao Estrada Nova, sendo aqui interpretado como discordante; 8 - O membro superior caracterizado pela incidncia de corpos lenticulares de arenitos muito finos e pela ocorrncia de lentes calcrias com bordos irregulares, e de concrees calcrias elipsoidais de dimetros de mais de dois metros. A este conjunto aqui proposto o termo fcies Armada, sendo indicada como rea tipo a regio a leste do Rio Ibicu da Armada, na estrada BR-293, no Municpio de Dom Pedrito; 9 - O contedo fossilfero da Formao Estrada Nova no Rio Grande do Sul, presentemente conhecido, no permite caracterizar qualquer das duas fcies.
Resumo:
A amnia no ionizada pode ser interferente nos testes de toxicidade com a gua intersticial de sedimentos marinhos e estuarinos. Com o objetivo de se encontrar em uma alternativa que minimizasse o efeito da amnia avaliou-se, em paralelo gua intersticial, o mtodo que utiliza a interface sedimento/gua. Foram analisadas 25 amostras de sedimento atravs do teste de toxicidade crnica de curta durao com Lytechinus variegatus. Foi observada correlao significativa entre os efeitos txicos para os diversos estgios embrio-larvais e a concentrao de amnia no ionizada para os dois mtodos avaliados. Quando comparadas com a interface sedimento/gua, foram observadas concentraes superiores de amnia no ionizada em todas as amostras de gua intersticial, que isoladamente, poderiam causar os efeitos txicos observados. Conclui-se que o teste de toxicidade na interface sedimento/gua o mtodo mais adequado para avaliao de sedimentos marinhos e estuarinos, pois possibilitou a utilizao de um maior nmero de resultados de testes de toxicidade do que aquele com gua intersticial, uma vez que minimizou a influncia da amnia. Foi evidenciada correlao significativa entre os resultados das concentraes de HPAs determinadas nas amostras de sedimento bruto e a toxidade observada nos diversos estgios embrio-larvais, pelo mtodo da gua intersticial. Para os metais, obteve-se correlao significativa com os efeitos txicos nos referidos estgios determinados na interface sedimento/gua. No foi evidenciada correlao entre a granulometria e o efeito txico nas amostras. O registro dos efeitos nos diferentes estgios embrio-larvais mostrou-se bastante til, pois alm de oferecer informaes a respeito da toxicidade da amostra (ausncia ou presena) possibilitou a hierarquizao, em termos da intensidade de efeito adverso, daquelas amostras txicas.