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Resumo:
As estruturas de tamanho e espacial de uma população de Calophyllum brasiliense (Clusiaceae) foram estudadas em uma área de 3600 m2 de floresta higrófila localizada em Brotas, SP. No primeiro censo, foram marcados 1658 indivíduos e, após um ano, este número havia aumentado para 1706. A estrutura de tamanho não mudou durante o período de estudo, com predomínio de plântulas (indivíduos £ 0,2 m) e jovens (> 0,2 - 2 m) e menor número de subadultos (> 2 - 10 m) e adultos (> 10 m). A mortalidade em plântulas (29,7%) e jovens (5,3%) foi bem maior que em subadultos (0,7%) e adultos (0%), e teve como causa principal o soterramento na época chuvosa. O maior número de plantas novas concentrou-se nos locais mais baixos da área, onde sementes trazidas pela água eram acumuladas. A taxa de recrutamento de plântulas foi alta (48,1%), e a de jovens (7,3%), subadultos (1,9%) e adultos (0%), bem menores. Plantas de todas as classes de tamanho apresentaram distribuição espacial agregada, devido à topografia do terreno, que favorece o encharcamento do solo e o acúmulo de sementes, e à presença de sementes sob os adultos reprodutivos. Dispersão de frutos por morcegos ou pela água, capacidade de sobrevivência em condições hipóxicas, estrutura de tamanho com predomínio de plântulas e jovens e crescimento da população, são os principais fatores que determinam C. brasiliense como a espécie de maior importância na floresta estudada e também em outras florestas semelhantes do sudeste do Brasil.
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A dinâmica da comunidade arbórea foi analisada, tendo como base um inventário contínuo em 64 ha da mata de galeria do Gama, na Fazenda Água Limpa, DF. O inventário consistiu de 151 parcelas permanentes (10 x 20 m) contíguas locadas em dez transectos eqüidistantes 100 m uns dos outros. Todos os indivíduos com diâmetro à altura do peito (DAP) maior ou igual a 10 cm foram mapeados nas parcelas, marcados e medidos em 1985, 1988, 1991, 1994, 1999 e 2004. O incremento periódico anual (IPA) no período de 19 anos foi de 0,22 cm ano-1 com coeficientes de variação de 84% a 143%. O incremento em diâmetro apresentou tendência crescente com o aumento das classes de diâmetro até 52 cm de DAP, onde se concentraram aproximadamente 95% dos indivíduos em cada ocasião. A taxa média anual de mortalidade foi de 2,87%, enquanto o recrutamento foi 2,08%, resultando em um decréscimo na densidade da mata durante os 19 anos de estudo. A meia-vida foi de 24,13 anos de 1985 a 2004. A comunidade foi dinâmica com 92% de todas as espécies ou sofrendo mortalidade ou ganhando recrutas ou ambos mas, 83% das espéces ocorreram em todos os períodos analisados. Mortalidade e recrutamento foram elevados, levando a alta rotatividade, típica de ambientes sob intenso efeito de borda como as matas de galeria que são estreitas faixas de floresta tropical, circundadas por savanas. Estes resultados sugerem uma comunidade muito dinâmica mas, estável.
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A abordagem de crescimento e mortalidade de ramos fornece informações essenciais a respeito da dinâmica de crescimento de espécies arbóreas. Este estudo mostrou os padrões de expansão e mortalidade de ramos em dez espécies arbóreas comuns em região de cerrado sensu stricto. O crescimento médio anual foi variável entre as espécies estando entre 1 a 17 cm. Miconia pohliana Cogn. e Vochysia thyrsoidea Pohl foram as espécies com os maiores valores de crescimento de ramo. A mortalidade dos ramos ocorreu majoritariamente na estação seca. O estudo demonstra que a mortalidade de ramos é comum nas espécies lenhosas do cerrado e que se deve atentar para seus efeitos em análises e estudos de crescimento e de produtividade.
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Schizolobium parahyba (Vell.) S.F. Blake é uma espécie nativa da Floresta Atlântica, cujos indivíduos arbóreos desapareceram devido a um episódio de mortalidade na Ilha Grande, Rio de Janeiro. Neste trabalho, os anéis de crescimento foram investigados com o objetivo de determinar a idade das árvores mortas, a relação da largura desses anéis com os índices pluviométricos locais e a possível relação do episódio de mortalidade com a estrutura etária da população ou com processos sucessionais. Os resultados demonstraram que os indivíduos morreram com diferentes idades e que a largura dos anéis de crescimento foi significativamente correlacionada com a precipitação anual no período investigado. A possibilidade do episódio de mortalidade refletir um processo de sucessão natural ou um evento particular de uma população senescente foi descartada e é provável que as anomalias climáticas ocorridas entre os anos de 1997 e 2001 tenham contribuído para a mortalidade das árvores.
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INTRODUÇÃO: A incidência e prevalência dos pacientes em fase final da doença renal crônica (DRC) continuam a crescer em todo o mundo. O transplante renal continua tendo preferência na terapia renal substitutiva, mas, dada a limitada oferta de doadores de órgãos, terapias dialíticas são as modalidades mais realizadas. OBJETIVOS: Avaliar um registro de pacientes admitidos para terapia renal substitutiva no período de 1984 a 2009, em um único Centro. MÉTODOS: Este é um estudo epidemiológico retrospectivo. Foram analisadas as características demográficas e clínicas, incidência, principal doença renal de base, modalidades dialíticas, mortalidade e causas de óbitos. Para comparar as variáveis, foram utilizados o teste do qui-quadrado, teste t de Student, ANOVA e teste de Tukey. Curvas de Kaplan-Meier foram utilizadas para estimar a sobrevida dos pacientes. Um valor de p < 0,05 foi considerado estatisticamente significativo. RESULTADOS: No período compreendido, 878 pacientes foram admitidos em diálise. A média de idade dos pacientes foi 47,0 ± 16,2 anos, 549 (62,5%) eram do sexo masculino e 712 (81,1%) eram brancos. As principais causas da DRC foram a hipertensão, encontrada em 351 (40,0%) pacientes; nefropatia diabética, em 174 (19,8%); e glomerulonefrite crônica, em 180 (20,5%) pacientes. A principal modalidade dialítica foi a hemodiálise. A taxa de mortalidade em um ano foi de 10,4%. As causas mais comuns de morte foram as cardiovasculares, em 126 (34,6%) pacientes. CONCLUSÕES: Neste estudo esta coorte de pacientes apresentou baixa mortalidade. A doença cardiovascular permanece a principal causa de óbito na população com doença renal crônica em estágio terminal. Triagem para doença cardiovascular é altamente recomendada para esses pacientes.
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A doença cardiovascular (DCV) permanece sendo uma das maiores causas de morte em pacientes com doença renal crônica (DRC). A hipertrofia ventricular esquerda (HVE) está presente em 75% dos pacientes ao iniciarem diálise, sugerindo que esta deve estar presente precocemente no curso da DRC. Poucos estudos avaliaram a prevalência de HVE na pré-diálise. Foram avaliados 309 pacientes clinicamente estáveis em acompanhamento por pelo menos três meses em cinco Centros no Brasil. Perfil bioquímico e marcadores inflamatórios foram avaliados. Dados são apresentados como media ± DP. Observamos que a HVE esteve presente em 53% dos pacientes, idade = 60 ± 13 anos, e 55 ± 14 anos para aqueles sem HVE. Diabetes mellitus como doença de base esteve presente em 35% dos pacientes em ambos os grupos. Filtração glomerular estimada foi 30 ± 11 e 32 ± 12 mL/min para pacientes com HVE e sem, respectivamente (p = 0,19). A distribuição de pacientes mostrou que 60% com HVE se encontravam no estágio 4. Análise logística multivariada mostrou que eram determinantes independentes para HVE: idade (p < 0,001), cálcio (p < 0,001), hemoglobina (p < 0,048) e pressão arterial diastólica (p < 0,001). Pressão arterial sistólica, lipídeos e marcadores inflamatórios não se correlacionaram com a HVE. Em conclusão, a incidência de HVE foi alta mesmo entre pacientes sob tratamento especializado e com exceção da idade, a HVE se correlacionou com fatores reversíveis. Alertamos para a necessidade do diagnóstico da DRC e prevenção da HVE na pré-diálise de forma rigorosa para diminuir a mortalidade decorrente de DCV nesta população.
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INTRODUÇÃO: O transplante renal (TR) é considerado como a melhor terapia para a Doença Renal Crônica (DRC). Fatores associados à sobrevida dos receptores de TR devem ser avaliados tendo em vista a implementação de condutas adequadas no manejo desses pacientes. OBJETIVOS: Analisar a sobrevida de receptores de TR e fatores associados à sua mortalidade. MÉTODOS: Estudo observacional de coorte, retrospectivo, com todos os 215 pacientes submetidos a TR no Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão-HUUFMA, entre 18 de março de 2000 e 18 de setembro de 2008, com seguimento mínimo de 12 e máximo de 101 meses. Características demográficas e clínicas dos pacientes foram observadas. Utilizou-se o método Kaplan-Meier para construção das curvas de sobrevida do paciente, sendo as mesmas comparadas pelo teste log-rank. O modelo de riscos proporcionais de Cox identificou fatores associados à mortalidade. RESULTADOS: A prevalência de óbito no período foi de 10,6%. A sobrevida de 1, 3 e 5 anos com doadores vivos foi de 97,8%, 94,1% e 92,9%, respectivamente, e com doadores falecidos, 95,6% e 95,6% para 1 e 3 anos, respectivamente. Foram fatores associados à menor sobrevida do paciente: idade > 40 anos (RR = 6,19; p = 0,001; IC 95% = 2,01-18,99) e intercorrência cirúrgica (RR = 4,98; p = 0,041; IC 95% = 1,07-23,27). CONCLUSÕES: As taxas de sobrevida do receptor de TR no HUUFMA foram semelhantes àquelas encontradas em outros trabalhos, nacionais e internacionais. Idade do receptor acima de 40 anos e intercorrências cirúrgicas foram significantemente associados à mortalidade do paciente neste estudo.
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INTRODUÇÃO: A hipopotassemia pode ser um problema grave e promover a mortalidade de pacientes em diálise peritoneal (DP). Vários fatores podem desencadear a hipopotassemia nesses pacientes, como a desnutrição pré-existente, a baixa ingestão alimentar de proteínas e de potássio, e o uso de certos medicamentos. OBJETIVOS: Verificar a prevalência da hipopotassemia e sua associação com a mortalidade, estado nutricional, indicadores clínicos, testes laboratoriais e eletrocardiograma em pacientes em diálise peritoneal. MÉTODOS: Este foi um estudo observacional. Um questionário foi aplicado para identificar seis sinais e sintomas associados à hipopotassemia (definida como potássio sérico < 3,5 mEq/L). O estado nutricional foi avaliado pela avaliação subjetiva global (SGA) e pelo índice de massa corporal (IMC). Dados demográficos, testes laboratoriais, características da diálise e taxa de sobrevida foram coletados. Também foi realizada a análise de eletrocardiograma. RESULTADOS: Dos 110 pacientes avaliados, a hipopotassemia foi detectada em 13,6% (n = 15). A sobrevida foi menor no grupo hipocalêmico (p = 0,002). A hipopotassemia teve associação significativa somente com a albumina e ureia séricas, e com os resultados da SGA. CONCLUSÃO: Baixos níveis de potássio sérico foram associados com pior sobrevida em pacientes em DP e pareceu estar relacionada à desnutrição.
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INTRODUÇÃO: A classificação de RIFLE define três classes de gravidade da lesão renal aguda (LRA): Risco, Injúria e Falência; foi associada à mortalidade conforme a gradação da gravidade da LRA, porém, é pouco avaliada em estudos prospectivos. OBJETIVO: Analisar prospectivamente a associação da classificação de RIFLE com a mortalidade em pacientes criticamente enfermos. MÉTODO: Estudo de coorte prospectiva de 200 pacientes admitidos na unidade de Terapia Intensiva (UTI), no período de julho/2010 a julho/2011. Os pacientes incluídos eram maiores de 18 anos, permaneceram por mais de 24 horas na UTI e assinaram o termo de consentimento livre esclarecido. RESULTADOS: A frequência da LRA na UTI foi de 47% (n = 95), sendo o RIFLEmáximo: Risco 4,5% (n = 9), Injúria 11% (n = 23) e Falência 31,5% (n = 63). A mortalidade geral na UTI foi de 25,5% (n = 51). O RIFLE categorizado em RIFLEmáximo classe Injúria + Falência, apresentou maior mortalidade quando comparado ao subgrupo categorizado sem LRA + com LRA classe Risco (53,3% vs. 4,4). A maior classe de RIFLE alcançado apresentou maior risco relativo em associação à mortalidade: χ2 de Person = 62,2, RR = 7,46 IC: 3,2-17,2; p < 0,001. O RIFLE categorizado em RIFLEmáximo classe Injúria + Falência, o TISS-28 e o escore SOFAmáximo não renal associaram-se independentemente à mortalidade na UTI. CONCLUSÃO: A gravidade da LRA, de acordo com critério de RIFLE foi um marcador de risco para mortalidade nessa população. O grupo com LRA classe Injúria + Falência, foi associado a maior mortalidade quando comparado ao subgrupo sem LRA + com LRA que permaneceu na classe Risco.
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A Injúria Renal Aguda (IRA) é cada vez mais prevalente nos países desenvolvidos e nos em desenvolvimento, e está associada com morbidade e mortalidade severas. A maioria das causas da IRA pode ser evitada por meio de intervenções em nível individual, comunitário, regional e intra-hospitalar. Medidas efetivas devem incluir, em toda a comunidade, os esforços para aumentar a consciência dos efeitos devastadores do IRA e fornecer orientações sobre as estratégias de prevenção, bem como o reconhecimento e tratamento precoces. Os esforços devem ser focados em minimizar as causas de IRA, aumentando a consciência da importância de medidas seriadas de creatinina sérica em pacientes de alto risco para IRA, e documentar o volume de urina em pessoas gravemente doentes para obtenção de diagnóstico precoce; até o momento, não há ainda um papel definitivo para outros biomarcadores. Há a necessidade de protocolos para sistematizar a conduta em condições de IRA pré-renal e em infecções específicas. Dados mais precisos sobre a verdadeira incidência e o impacto clínico da IRA ajudarão a melhor conhecer a importância desta doença, a aumentar o conhecimento de IRA por parte dos governantes, dos médicos em geral e de outros profissionais de saúde para ajudar na prevenção da doença. A prevenção é a chave para evitar a pesado ônus de mortalidade e morbidade associada com IRA.
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Os estudos que relacionaram lesão renal aguda (LRA) e trauma surgiram durante a Segunda Guerra Mundial e, desde então, tem havido progressiva evolução dos cuidados para a prevenção da LRA. Entretanto, a determinação dos fatores de risco para o desenvolvimento de LRA pós-trauma permanece crucial e pode ajudar a reduzir esta complicação. OBJETIVO: Este estudo tem como objetivo identificar os fatores de risco para o desenvolvimento de LRA em pacientes com trauma grave e sua influência na mortalidade. Trata-se de um estudo retrospectivo com 75 pacientes incluídos por apresentarem trauma grave; seis foram excluídos por terem chegado ao hospital sem condições de ressuscitação. MÉTODO: As variáveis estudadas foram: idade, sexo, gravidade do trauma de acordo com Injury Severity Score (ISS) e Escala de Coma de Glasgow (ECG), mecanismo de trauma, pressão arterial média na admissão, reposição volêmica nas primeiras 24h, níveis séricos de creatinina, uso de antibióticos nefrotóxicos, tempo de internação, necessidade de internação em UTI e mortalidade. RESULTADOS: A prevalência de LRA em traumatizados graves foi de 17,3%, sendo que os fatores associados à IRA nessa amostra foram TCE, ECG < 10. A mortalidade, o tempo de internação e a necessidade de UTI foram significativamente maiores nos pacientes que desenvolveram LRA. CONCLUSÕES: A identificação desses fatores de risco é de suma importância para a formulação de estratégias de atendimento aos pacientes vítimas de trauma grave, visando à prevenção da lesão renal aguda e da elevada mortalidade.
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Introdução: O comprometimento da cognição e memória (CM) é comum em indivíduos com Doença Renal Crônica (DRC) em hemodiálise, o que prejudica a aderência ao tratamento. Objetivo: Avaliar a capacidade cognitiva de indivíduos renais crônicos em hemodiálise por meio do Miniexame do Estado Mental (MEEM) e a relação com as características sociodemográficas e clínicas desses indivíduos. Métodos: Foram obtidas informações clínicas e sociodemográficas de 75 indivíduos. Para avaliação da MC, foi aplicado o MEEM, o qual foi analisado segundo os diversos pontos de corte propostos na literatura. Após classificar os participantes de acordo com as diferentes propostas e pelas causas da DRC, os indivíduos foram alocados em grupos com e sem comprometimento da CM, na tentativa de identificar diferenças entre eles. Resultados: A maioria dos participantes eram homens, com idade média de 59,2 anos. O escore médio do MEEM foi 24,16 pontos e não houve diferença (p < 0,05) quanto às diferentes causas da DRC. Os escores do MEEM se correlacionaram (p < 0,05) positivamente com os anos de escolaridade e renda per capita e inversamente com a idade. Segundo os diversos pontos de corte, seis a 34 participantes apresentaram comprometimento da CM e apenas três desses foram classificados com déficit de CM por todas as propostas avaliadas. Conclusão: O escore do MEEM reduziu com o aumento da idade e se elevou com os anos de estudo e com a renda per capita. Não foram encontradas relações que justificassem efeitos prejudiciais do processo dialítico sobre a CM.
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Introdução: Doenças cardiovasculares (DCVs) são as principais causas de mortalidade em pacientes portadores de falência renal crônica (FRC). Diversos fatores de risco estão envolvidos na patogênese e são classificados em tradicionais - que afetam a população em geral; e não tradicionais - que são peculiares aos pacientes renais crônicos. Hiperparatireoidismo secundário, um fator não tradicional e comum na FRC, causa aumento da taxa de reabsorção óssea e mobilização do cálcio e do fósforo. À medida que o produto cálcio x fósforo aumenta, a solubilidade desse par iônico pode ser excedida e ocorrer deposição de fosfato de cálcio nos tecidos cardiovasculares (denominada calcificação metastática). Objetivo: Verificar possível relação entre a espessura da artéria carótida primitiva e os níveis de PTH em pacientes com FRC. Métodos: Foram realizados exames ultrassonográficos com Doppler para medir a espessura da artéria carótida e avaliar possíveis correlações entre diferentes elevações nos níveis séricos do PTH, distúrbios minerais e fatores de risco tradicionais e as alterações encontradas na carótida de portadores de FRC dialítica e hiperparatireoidismo secundário. Resultados: Foi observada diferença no nível de colesterol e na idade dos pacientes que apresentavam sinais de calcificação arterial. Também foi detectada relação significativa entre os níveis de PTH e a espessura da parede da carótida (r = 0,31; p = 0,03). Conclusão: Dados desse estudo mostram a possível concomitância de fatores tradicionais e os relacionados com a FRC na gênese das DCVs na uremia.
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Introdução: A doença renal crônica (DRC) caracteriza-se pela perda progressiva da função renal. Intervenções em estágios iniciais melhoram significativamente o prognóstico dos pacientes com DRC e vários estudos mostram que o encaminhamento precoce (EP) ao nefrologista reduz a taxa de mortalidade. Objetivo: Analisar o perfil dos pacientes em diálise e o tempo transcorrido entre a primeira consulta na unidade de diálise e o início do programa dialítico. Métodos: Foi realizado um estudo de coorte retrospectivo com dois eixos de análise: perfil socioepidemiológico e clínico dos pacientes em hemodiálise e o tempo transcorrido entre a primeira consulta na unidade de diálise e o início do programa dialítico. Utilizaram-se métodos analíticos para comparar estes dados com o EP e com a mortalidade em 12 meses após o início da diálise. Resultados: Foram analisados 111 pacientes. A taxa de mortalidade dos pacientes encaminhados tardiamente e precocemente foi, respectivamente, de 47,8% e 20,5% (razão de risco [HR] = 2,38; intervalo de confiança [IC] = 1,06-5,36; p = 0,035). Os pacientes que iniciaram a diálise por cateter e fístula arteriovenosa (FAV) tiveram mortalidade, respectivamente, de 51,4% e 10,3% (HR = 4,61; IC = 1,54-13,75; p = 0,006). Conclusão: O tempo de encaminhamento foi predominantemente tardio. Foi demonstrado que o encaminhamento tardio (ET) esteve relacionado a maior mortalidade. Outros fatores associados a maior mortalidade foram a idade maior ou igual a 70 anos, presença de DM e uso de cateter ao início da diálise.