981 resultados para Mediadores da inflamação


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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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Alimentos ricos em compostos antioxidantes têm sido difundidos como protetores à saúde devido a sua associação com a redução de fatores de risco para doenças crônicas, como o diabetes mellitus tipo 2, doenças cardiovasculares, entre outras. Tem sido sugerido que as flavanonas cítricas apresentam potencial para reduzir o estresse oxidativo em estados de inflamação crônica, como, por exemplo, na obesidade. O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade antioxidante da hesperidina, eriocitrina e eriodictiol em camundongos submetidos a uma dieta hiperlipídica, indutora da obesidade. Foram utilizados 50 camundongos C57BL/6J machos divididos aleatoriamente em 5 grupos (n=10 cada), sendo: (1) grupo controle, tratado com dieta padrão; (2) grupo tratado com dieta hiperlipídica; (3) grupo tratado com dieta hiperlipídica e hesperidina (100 mg/kg peso); (4) grupo tratado com dieta hiperlipídica e eriocitrina (200 mg/kg peso); e (5) grupo tratado com dieta hiperlipídica e eriodictiol (200 mg/kg peso). O estudo teve duração de 30 dias e cada grupo recebeu o composto específico juntamente com a dieta, com base na média de ingestão diária e peso corporal. Foram avaliados a glicose, triglicerídeos, colesterol total, HDL-C e LDL-C no soro através de métodos enzimático-colorimétricos, a capacidade antioxidante pelo método ABTS, e o estresse oxidativo no soro e fígado pelo método de TBARS. Os camundongos alimentados com dieta hiperlipídica tiveram aumento da glicose (20%), colesterol total (36%), LDL-C (55%) e peroxidação lipídica hepática (44%), quando comparados aos animais controle. O grupo suplementado com hesperidina reduziu 28% LDL-C em relação à dieta hiperlipídica. Todos os grupos suplementados com flavanonas apresentaram aumento da capacidade antioxidante total no soro (≈ 9,3 %), e redução do TBARS no fígado (≈ 64%). Além disso, os grupos suplementados com eriocitrina e eriodictiol reduziram os níveis de ...

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A inflamação é basicamente uma resposta de proteção tissular cuja função é proteger o organismo de micro-organismos e toxinas que promovem a lesão celular. A resposta inflamatória gera o aparecimento dos quatro sinais cardinais dor, edema, calor e rubor podendo posteriormente ocorrer a perda de função do tecido ou órgão. Os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) promovem sua atividade alterando a atividade de prostaglandinas (PGs), por inibição das isoformas de ciclo-oxigenases constitutivas (COX1) e induzidas (COX2). A inibição não seletiva destas enzimas (por AINEs clássicos) gera reações adversas graves, como as reações gastrointestinais, em pacientes pré-dispostos e/ou que as utilizam por um período prolongado. Os AINEs de segunda geração (inibidores seletivos de COX2), também se mostraram tóxicos, podendo causar alterações cardiovasculares. Neste sentido, o planejamento de novos compostos com atividade anti-inflamatória e destituídos de toxicidade ainda é um desafio para a química farmacêutica e medicinal. Dois derivados de ibuprofeno (AINE clássico) foram obtidos anteriormente no Lapdesf por Castro (2008) e Vizioli (2006), demonstrando atividade anti-inflamatória em modelo de inflamação aguda (edema de pata) e crônica (colite ulcerativa), destituídos de gastroulceração (VIZIOLI, 2009). Diante destes resultados o presente estudo visou à preparação dos compostos e o estudo pré-clínico de toxicidade em dose única (aguda) e em doses repetidas em camundongos, bem como as análises comportamentais, histopatológicas dos órgãos e ensaios bioquímicos. Os achados comportamentais, bioquímicos e histopatológicos permitem concluir que não foi observada toxicidade nos modelos estudados, exceto para o grupo de administração dose única de 2000 mg/kg via intraperitoneal do composto Lapdesf ibu-tau.