1000 resultados para História Brasil, Norte


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A regio costeira do Brasil Meridional, definida como Provincia Costeira do Rio Grande do Sul constituida por dois elementos geolgicos maiores, o Embasamento e a Bacia de Pelotas. O primeiro, composto pelo complexo cristalino pr-cambriano e pelas sequncias sedimentares e vulcnicas, paleozicas e, mesozoicas, da Bacia do Paran, comportando-se como uma plataforma instvel durante os tempos cretcicos, deu origem ao segundo, atravs de movimentaes tectnicas. Desde ento a Bacia de Pelotas, uma bacia marginal subsidente, passou a receber a carga clstica derivada da dissecao das terras altas adjacentes as quais constituam parte do seu embasamento que na parte ocidental atuou no inicio como uma rea levemente positiva, estabilizando-se aps. A sequncia sedimentar ali acumulada, cerca de I 500 metros de espessura, fruto de sucessivas transgresses e regresses. Controladas no princpio pelo balano entre as taxas de subsidncia e de sedimentao, a partir do Pleistoceno estas transgresses e regresses passaram a ser governadas pelas variaes glacio-eustticas ocorridas no decorrer da Era Cenozica A cobertura holocnica deste conjunto considerada como outro elemento geolgico importante da provincia costeira pelo fato de compor a maioria das grandes feioes morfograficas responsveis pela configuraao superficial da regio. Ela constituida por um pacote trans-regressivo cuja poro superior expe-se na plancie litornea, encerrando uma srie de unidades lito-estratigraficas descontinuas e de idade varivel resultantes do deslocamento de vrios ambientes de sedimentao por sobre a mesma regio. O estabelecimento de sua história geolgica somente tornou-se possivel aps detida anlise geomorfolgica. A planicie arenosa litornea que separa a Lagoa dos Patos do Oceano Atlntico, revelou-se composta pela sucesso de quatro sistemas de barreiras, constituindo a denominada Barreira Mltipla da Lagoa dos Patos, cuja origem est diretamente relacionada s oscilaes eustticas que se sucederam na regio,durante os ltimos 6 000 anos, aps o final da Transgresso Flandriana. A primeira barreira formou-se durante o nivel mximo atingido pelo mar no final da grande transgresso holocnica, construida a partir de longos espores arenosos ancorados aos promontrios existentes na entrada das vrias baias que ornamentavam a costa de ento. Sobre tais espores acumularam-se, durante pequenas oscilaes do nivel do mar, extensos depsitos arenosos de natureza elica Outra barreira foi desenvolvida a partir da emerso de barras marinhas durante a fase regressiva que se sucedeu, aprisionando um corpo lagunar sobre um terrao marinho recm exposto. Ainda no decorrer desta transgresso, grandes quantidades de areia trazidas da antepraia foram mobilizadas pelo vento construindo grandes campos de dunas sobre a barreira emersa.Na rea lagunar, igualmente afetada pela regresso, depsitos lagunares e paludais foram acumulados sobre o terrao marinho. Assim estruturada, a barreira resistiu a fase transgressiva subsequente quando o aumento do nivel do mar foi insuficiente para encobri-Ia. Na margem ocenica a ao das ondas promoveu a formao de falsias, retrabalhando o material arenoso e redistribuindo-o pela antepraia. Na margem da Lagoa dos Patos de ento, o avano das aguas causou a abraso do terrao marinho parcialmente recoberto por depsitos paludais e lagunares. Nova fase regressiva ocasionou o desenvolvimento de outra barreira no lado ocenico isolando uma nova laguna enquanto que na margem da Lagoa dos Patos emergia um terrao lagunar. Obedecendo a este mesmo mecanismo a quarta barreira foi acrescentada a costa ocenica e um segundo terrao lagunar construido na borda da Lagoa dos Patos. O constante acmulo de sedimentos arenosos que se processou na rea aps a transgresso holocnica, atravs de processos praiais e elicos desenvolvidos num ambiente de completa estabilidade tectnica, aumentou consideravelmente a rea emersa da provncia costeira A parte superior da cobertura holocnica constitui assim uma grande sequncia regressiva deposicional, que teve como principal fonte os extensos depsitos que recobriam a plataforma continental adjacente. De posse de tais elementos, a costa atual do Rio Grande do Sul uma costa secundria, de barreiras, modelada por agentes marinhos, conforme a classificao de Shepard. A tentativa de correlaao entre as vrias oscilaoes eustticas deduzidas a partir da anlise geomorfolgica da regio ( com aquelas que constam na curva de variaao do nlvel do mar o corrida nos ltimos 6 000 anos, apresentada por Fairbridge, revela coincidncias encorajadoras no sentido de estender o esquema evolutivo aqui proposto, como uma hiptese de trabalho no estudo dos terrenos holocnicos restantes da Provncia Costeira do Rio Grande do Sul. A sua utilizao tornar muito mais fcil a organizao crono-estratigrfica das diversas unidades que nela se encontram.

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A presente dissertao de mestrado teve como objetivos verificar o efeito da inundao sobre os adultos de Efflagitatus freudei Pacheco, 1973 pelas mars de ressaca; caracterizar os tipos de tneis realizados pela espcie no substrato e descrever a dinmica populacional de E. freudei, analisando a sua distribuio espacial e temporal em funo de alguns parmetros ambientais. Para tanto, foram realizadas amostragens e observaes quinzenais na praia de Rondinha, Arroio do Sal, RS (292955S - 495047O), entre junho de 1999 e julho de 2000. Tambm foram realizados experimentos em laboratrio. Os adultos apresentaram sobrevivncia de 100% inundao, entretanto apresentaram dois tipos de comportamento: permanecer dentro dos tneis ou abandonar a rea inundada atravs de vo. Foram encontrados trs tipos de tneis: horizontais, verticais com uma sada e verticais com duas sadas. Em relao aos tneis verticais houve diferena na profundidade dos mesmos em relao ao estgio de desenvolvimento e localizao no perfil da praia. O padro de distribuio da espcie variou durante o ano. No inverno os animais estavam retrados regio superior da praia. Na primavera migraram para a regio central da praia e colonizaram praticamente toda a faixa praial at o vero. No outono, a populao voltou a subir para a regio ocupada no inverno anterior. No inverno foram encontrados apenas adultos; os estgios imaturos surgiram na primavera e ocorreram at metade do outono. As densidades mximas para posturas e larvas foram encontradas na primavera; j para adultos e pupas, os valores mximos foram registrados no outono. A espcie mostrou-se extremamente adaptada dinmica da praia, atravs da construo de tneis efetivos na proteo de inundao e da capacidade de acompanhar as modificaes da faixa praial.

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A globalizao e o surgimento dos mercados internacionais tm trazido no bojo de sua evoluo o interesse pela compreenso da relao entre a nacionalidade e o comportamento do consumidor ao redor do mundo. Embora a globalizao seja um tema em evidncia na literatura de marketing (Hadjimarcou, 1998), poucos so os estudos que analisam o comportamento trans -cultural do consumidor em ambientes de varejo na Amrica do Sul. Verifica-se, nesta rea, um franco predomnio da produo cientfica norte-americana, que se restringe a investigar a dinmica do comportamento do consumidor entre as diversas naes existentes nos Estados Unidos (Czinkota e Ronkainen, 2001). Diante do desafio de se compreender a dinmica existente entre a nacionalidade e o comportamento do consumidor em ambientes de varejo no contexto internacional, elegeu-se como cenrio de pesquisa trs pases que guardam entre si similaridades e distines marcantes: Brasil, Uruguai e Estados Unidos. Na busca de se colaborar com a consolidao do tema no escopo da rea de marketing, este estudo investigou a relao entre a nacionalidade e o comportamento do consumidor nos shopping centers regionais em contextos internacionais. Brasileiros e uruguaios encontram-se imersos num caldo tnico e econmico que se confunde com a prpria formao scio-cultural dos dois pases. Os resultados alcanados neste estudo revelam que a proximidade que eiva a relao histrica comum de Brasil e Uruguai manifestam-se valores pessoais e na forma como brasileiros e uruguaios se comportam nos shopping centers. Empregando-se a tcnica de modelagem de equaes estruturais, revelou-se que a nacionalidade guarda uma relao causal com os valores pessoais e o comportamento do consumidor nos shopping centers regionais dos trs pases. O modelo estrutural final obteve bons ndices de ajustamento, indicando que a nacionalidade exerceu influncia indireta sobre comportamento do consumidor nos shopping centers regionais atravs da mediao dos valores pessoais e atitudes em relao aos atributos daqueles centros de compras. No captulo de concluso apresenta-se as implicaes dos resultados obtidos, as limitaes do estudo e novas possibilidades de pesquisa que surgiram com a realizao deste estudo.

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O presente trabalho analisa a manuteno/transformao das concepes de conhecimento e de sociedade, nos currculos de cincias agrrias, no Brasil e nos cursos de Veterinria e de Agronomia da UFRGS. Parte do pressuposto de que ir s razes da regulao social e procurar opes, necessariamente envolve o questionamento das grandes reformas, como as que foram levadas a efeito pelos cursos objeto desta investigao, para delas derivar possibilidades de futuro. Esta tese organizada em trs partes: a primeira traz uma descrio histrica da problemtica curricular das carreiras agrrias no Brasil, com foco na Veterinria e na Agronomia. Tambm introduz a retomada dos questionamentos formao profissional que, ao final dos anos 90, se depara com o aprofundamento das contradies no resolvidas e potencializadas no momento atual; a segunda parte busca as razes da formao profissional, contextualizando o projeto scio-cultural da modernidade na sua articulao com o capitalismo enquanto modo de produo e, tambm, nas suas relaes com a produo cientfica, a educao geral e o ensino agrcola superior; a terceira parte resgata panoramicamente as relaes entre os currculos e a história da educao universal para embasar a anlise da metodologia de construo dos projetos curriculares da Veterinria e da Agronomia da UFRGS, localizar seus conflitos e suas contradies, a par de aventar possibilidades que possam estar postas para esses cursos, na busca de rupturas com a racionalidade cognitivo-instrumental, hegemnica no ensino, na pesquisa e na extenso.

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Este trabalho pretende contribuir para lanar luz sobre a poltica de colonizao implantada no Norte de Mato Grosso, em especial, sobre a poltica educacional embutida nos projetos de colonizao de Reforma Agrria. Poltica pensada pelo Governo Federal no sentido de resolver os conflitos pela posse da terra nas regies de ocupao antiga, mas, que, na verdade, escondia todo um conjunto de intenes e prticas que vinham a atender to somente aos interesses do grande capital. Ao migrante, colocado nos projetos como protagonista dessa poltica, no restou outro espao a no ser o de fornecedor de mo-de-obra barata ao grande proprietrio, ou seja, o de tornar-se um proletrio rural, um excludo do processo produtivo, quando no vtima da violncia e dos desmandos das colonizadoras. A pesquisa resgata as polticas de colonizao tendo por referncia histrica dois perodos, a ditadura Vargas (1930 45), principalmente a poltica adotada a partir do Estado Novo (1937), e a ditadura militar (1964 85) com destaque para os projetos de colonizao implantados na dcada de 70. Nesta pesquisa interessa-me, sobremaneira, a anlise das polticas educacionais implantadas nos projetos de colonizao, tendo, como estudo de caso, o Assentamento Projeto Casulo, no municpio de Santa Carmem/MT, onde a coleta de informaes deu-se atravs de entrevistas semi-estruturadas e da observao participante O analfabetismo vem-se mostrando como um dos grandes problemas ainda existentes entre os trabalhadores rurais em todo o pas, o que no diferente no caso dos pequenos agricultores que vieram para povoar Mato Grosso. Uma realidade que pode ser verificada nos mais diferentes projetos de colonizao de Reforma Agrria implantados neste estado. So frutos de uma poltica econmica e educacional adotada ao longo de nossa história e que, como resultado, deixam um saldo de milhes de trabalhadores rurais que carregam a marca do analfabetismo, do preconceito e da no valorizao d seu trabalho.

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O presente estudo identifica os efeitos dos novos acordos de livre comrcio sobre os produtores de arroz no Brasil e nas demais regies relevantes no mercado mundial. Inicialmente , so analisados os acordos comerciais de mbito multilateral e regional, bem como as principais tendncias. Na anlise, verificam-se as distores de mercado e os efeitos sobre os mercados agrcolas. Entre os produtos agrcolas comercializados no mercado internacional, o arroz tem a maior proteo por parte dos pases e dos blocos regionais. Em funo disto, o comrcio de arroz est limitado a 5% da quantidade produzida no mundo, e os preos apresentam uma te ndncia de queda ao longo das ltimas dcadas. A fim de compreender o funcionamento deste mercado, so definidas as principais regies, analisados os desempenhos destas no mercado internacional e avaliadas as polticas domsticas e de comrcio exterior adotadas pelos pases. Neste sentido, a rea de est udo foi definida com base na afinidade comercial e regional com os pases do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) e no desempenho em termos de produo, consumo e comercializao de arroz. Entre as regies de maio r relevncia em termos de produo e consumo, destacamse a China, a Associao das Naes do Sudeste Asitico (ASEAN) e o Acordo Preferencial de Comrcio do Sul da sia (SAPTA), enquanto por afinidade regional e comercial com os pases do MERCOSUL salientam-se os pases do Acordo de Livre Comrcio da Amrica do Norte (NAFTA), da Comunidade Andina (CAN) e da Unio Eur opia (UE) Na anlise do desempenho dos pases e regies no mercado internacional, observa-se que a performance de cada regio influenciada pelas polticas intervencionistas, de tal forma que grande parte dos pases exportadores adota algum tipo de incentivo exportao de arroz. Para analisar os efeitos dos novos acordos comerciais, como, por exemplo, da rea de Livre Comrcio das Amricas (ALCA), MERCOSUL-UE e MERCOSUL-CAN, desenvolve- se um modelo de alocao espacial e temporal utilizando-se de um Problema Complementar idade Mista (PCM). Este modelo permite considerar as diferentes barreiras tarifrias e os subsdios concedidos pelas regies em estudo, incluindo diferentes cenrios que contemplem redues tarifrias e de subsdios. Desta forma, no primeiro cenrio so includos os aspectos relacionados com os acordos multilaterais junto OMC. Por outro lado, os cenrios 2, (MERCOSUL-CAN), 3, (ALCA), e 4 (MERCOSUL-UE) simulam acordos de livre comrcio de mbito regional, considerando aspectos como, por exemplo, a eliminao (reduo) das barreiras tarifrias e a eliminao (reduo) de subsdios Por ltimo, o quinto cenrio subdividido em dois grupos: o primeiro deles considera a formao da rea de livre comrcio entre a ASEAN e a China; o segundo trata dos efeitos sobre o me rcado internacional de arroz dada a entrada da China na OMC. Entre os cenrios analisados destacam-se, como os mais favorveis aos produtores brasileiros , os acordos de livre comrcio com a CAN e os acordos de livre comrcio com a UE. Em ambos os cenrios existem perdas aos consumidores brasileiros e aos produtores dos pases da CAN e da UE.

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A reflexo sobre o conhecimento produzido pelos autores que marcaram e influenciaram geraes de pesquisadores no Brasil um instrumental terico importante para o avano do pensamento cientfico na Sociologia. Neste sentido, prope-se analisar a problemtica agrria a partir do Socilogo brasileiro Jos de Souza Martins. Esse autor, em uma srie de livros e artigos ao longo da sua trajetria intelectual, forneceu-nos vrios conceitos e interpretaes significativas sobre o mundo rural brasileiro. Assim, dada a importncia da contribuio de Jos de Souza Martins para o tema dos processos agrrios, este estudo procura analisar parte da obra do autor, especialmente aquela que trata da reforma agrria, do papel dos mediadores nesse processo e os conceitos-chave principais presentes em sua obra. Os captulos que se seguem analisam algumas fases do autor, a partir do final da dcada de 1970 at perodo recente, buscando evidenciar e analisar, em sua trajetria intelectual, as suas inspiraes tericas, ou seja, os autores que se tornaram referncias para a construo do seu conhecimento, os conceitos-chave que marcaram sua obra, o papel dos mediadores como a Comisso Pastoral da Terra (CPT), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra, os Partidos Polticos e, finalmente, ao longo dessa trajetria, os fatos, acontecimentos que interferiram em suas anlises Duas hipteses nortearam este trabalho, sendo a primeira a importncia de alguns conceitos-chave como a renda fundiria, na anlise do autor, e a segunda dizendo respeito atuao dos mediadores principais da reforma agrria. Tais hipteses foram, ao longo do trabalho, comprovadas, pois o conceito de renda fundiria permanece como referencial na obra de Martins, refletindo os interesses conflitantes existentes no espao rural. Alm disso, segundo a anlise do autor, os mediadores continuam a exercer, de uma forma ou de outra, a conduo da reforma agrria baseados em concepes do marxismo ortodoxo, que tem como sujeito principal da História a classe operria. Finalmente, esta investigao pde ser realizada atravs da seleo de algumas obras emblemticas do autor.

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Esta tese discute trs temas: polticas pblicas, gesto tecnolgica, e setor automotivo. Tendo por objetivo abreviar o ciclo de absoro e desenvolvimento de tecnologia, um volume expressivo de recursos tem sido transferido do setor pblico para o setor privado atravs do que denominado de Poltica Pblica Indutora (PPI). Os governos pretendem, assim, atrair aquelas empresas tecnologicamente mais capacitadas, na expectativa de que transfiram para a localidade onde se instalam o conhecimento que detm. No Brasil, um dos setores-alvo deste tipo de poltica tem sido o automotivo, circunstncia observada em diferentes momentos da história. Efetivamente, o Regime Automotivo Brasileiro pretende no apenas acelerar o desenvolvimento do pas, mas tambm promover uma significativa transferncia de tecnologia. A anlise das PPI, por ser de extrema importncia, bastante influenciada e dificultada quer por seus defensores, quer por seus destratores, que as vem sob os aspectos de sucesso ou no; mas, no bastasse essa dificuldade, h tambm o elevado contedo ideolgico que sustenta as argumentaes, que faz com que a avaliao se perca num quadro inconclusivo. Afinal, estas iniciativas so benficas ou no para o pas e para as economias regionais? Finalmente, a eficcia, e portanto o acerto desta estratgia s pode ser avaliado expost facto, quando j comprometidos, qui irremediavelmente, os recursos pblicos. Por essa razo, este estudo desenvolve uma anlise ex-ante das polticas pblicas do tipo indutoras, fazendo uso de um modelo compreensivo que permite uma anlise longitudinal, captando assim, as mudanas no ambiente. Entre outras, procurou-se responder seguinte questo: possvel, hoje, inferir quanto contrib uio, se positiva ou negativa, que o Regime Automotivo Brasileiro e os seus desdobramentos estaduais traro capacidade tecnolgica no entorno da empresa atrada? O problema e a questo de pesquisa foram abordados, predominantemente, sob um enfoque qualitativo, e o mtodo escolhido foi o estudo de caso. Com o auxlio do modelo proposto foi analisada e avaliada a potencialidade de aumento na capacidade tecnolgica induzida pela instalao da unidade montadora da General Motors do Brasil, em Gravata, Rio Grande do Sul. Ao final conclui- se que os benefcios previstos pelo Regime Automotivo Brasileiro, no que diz respeito a capacitao tecnolgica local, dificilmente sero atingidos pela instalao de novas empresas automotivas ou a modernizao das existentes.

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Um histrico das recentes Polticas de Combate Inflao no Brasil apresenta uma descrio dos planos econmicos ocorridos no pas desde o Plano de Metas da era Juscelino at o recente Plano Real. Esta discusso feita atravs dos aspectos econmicos tericos e prticos que foram se desenvolvendo no pas e no mundo e traz alguns aspectos polticos e sociais quando determinantes a esses aspectos. A dissertao est organizada em trs captulos: Aspectos Histricos determinantes dos Planos Econmicos da Nova Repblica; Planos Econmicos da Nova Repblica e Plano Real. No decorrer desses captulos h a descrio, objetivos, propostas de aplicao e decorrncias de cada um dos planos aplicados economia nacional na história recente. Relaciona as maneiras ortodoxas e heterodoxas de tentar debelar a inflao e a postura dos presidentes e seus ministros da rea econmica frente a essa que tantas variveis trouxe ao desenvolvimento do Brasil. H uma anlise mais detalhada do Plano Real, explorando seus antecedentes, o contexto social e poltico em que surgiu, a sua natureza, seu impacto na dvida pblica e no relacionamento comercial com outros pases. Como os objetivos do plano ainda esto em prtica, a concluso traz, alm de uma apreciao sobre ele, algumas perspectivas ao seu futuro.

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O roedor subterrneo tuco-tuco Ctenomys minutus (Rodentia, Ctenomyidae) habita campos arenosos da Plancie Costeira do RS. Esta espcie uma das cinco existentes no Rio Grande do Sul (Brasil), ocorrendo desde o Farol de Santa Marta (SC) at So Jos do Norte (RS). O objetivo deste trabalho foi descrever a biologia populacional de C. minutus e desenvolver um mtodo para classificao etria individual que utilize medidas corporais de fcil obteno em campo. Foram realizadas 22 campanhas de amostragens em 14 meses em trs locais de amostragem. Foram capturados 191 animais (73 machos e 118 fmeas) e foram obtidas 39 recapturas ao longo do estudo. Os animais foram capturados com armadilhas Oneida Victor n 0, anestesiados, marcados e soltos aps serem tomadas medidas corporais de peso, comprimento total, comprimento da cauda e largura do dente incisivo. Durante os trabalhos, foram registradas evidncias de atividade nas tocas, indicadas pelo bloqueio das aberturas das tocas aps a colocao das armadilhas. Foi desenvolvido um mtodo de classificao etria com base em diagramas de disperso de pontos entre medidas corporais e sua associao com estado reprodutivo de fmeas. Os resultados demonstram que a utilizao de pelo menos duas medidas corporais, associadas s informaes de estado reprodutivo permite a construo de um diagrama consistente com os dados biolgicos obtidos em campo. Com base nesta constatao, proposto o Diagrama de Classificao Etria que pode ser utilizado para quaisquer duas medidas, associado a dados de estado reprodutivo, podendo ser adaptado para outras espcies de tuco-tucos Entretanto, o mtodo deve ser aperfeioado para machos, possivelmente a partir de informaes sobre estruturas reprodutivas internas. As classes etrias utilizadas foram jovem, subadulto e adulto. As fmeas foram classificadas quanto ao estado reprodutivo em no perfurada, perfurada, cicatrizada e prenhe. O estado reprodutivo de machos no foi determinado porque estes no possuem testculos aparentes. A populao de C. minutus estudada foi composta por 84,8 % de adultos, 9,4 % de subadultos e 5,8 % de jovens, com razo sexual nas fases jovem e subadulta de 1:1 e na fase adulta de 0,5 machos:1 fmea. H uma poca preferencial de acasalamento nos meses de inverno e de nascimentos no final do inverno e primavera. Entretanto, ocorrem indivduos com atividade reprodutiva durante todas as estaes do ano, porm em menor nmero. Ctenomys minutus atinge a maturidade sexual com aproximadamente seis ou sete meses de idade, com o comprimento do corpo por volta de 155 mm e a partir de 170 mm todos os indivduos so considerados adultos. Os machos tendem a ser mais pesados que fmeas de mesmo comprimento, principalmente a partir de 150 mm de comprimento de corpo. O tamanho aproximado de primeira maturao (incio da fase adulta) de 155 mm de comprimento do corpo Com dados de captura-marcao-recaptura foi demonstrado que esta espcie pode viver at aproximadamente trs anos. Ctenomys minutus uma espcie solitria, que compartilha as galerias somente para o acasalamento e durante o cuidado das crias. Aparentemente, os machos no participam do cuidado da prole, uma vez que somente fmeas foram capturadas na mesma toca que jovens. O menor nmero mnimo de indivduos na populao de um local de amostragem foi de 20 indivduos (setembro/2001) e o maior foi de 39 indivduos (maro/2002). A densidade absoluta encontrada em cada dia de amostragem foi de no mnimo sete indivduos/ha (janeiro/2002) e de no mximo 15 indivduos/ha (setembro/2002). No foram detectadas diferenas sazonais no padro de atividade (IAp), nem no nmero mnimo de indivduos na populao ou na densidade absoluta (indivduos/ha) da populao estudada.

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A famlia Hydrobiidae, que apresenta maior diversidade entre os moluscos lmnicos e estuarinos, com mais de 300 gneros e cerca de mil espcies Recentes, constitui-se em um importante componente bitico de guas continentais. A monofilia da famlia ainda duvidosa, uma vez que a maioria das espcies apenas conhecida pelos caracteres da concha, oprculo, pnis e rdula, insuficientes para traar relaes filogenticas em Hydrobiidae. Apresentam alta diversidade especfica e genrica, nos diferentes continentes, sendo a Amrica do Sul uma exceo, com 120 espcies em sete gneros recentes, enquanto que na Amrica do Norte as mais de 200 espcies da famlia esto distribudas em 40 gneros, como registrado pela literatura. Estes caracis acham-se distribudos ao longo de toda Plancie Costeira do Rio Grande do Sul, Brasil. A presente tese objetiva: identificar, definir e redefinir os hidrobiideos ocorrentes em ambientes lmnicos e estuarinos da Plancie Costeira do Rio Grande do Sul, a partir de colees cientficas e amostragens de material vivo. Examinou-se Hydrobiidae das colees: Museu Museu de Cincias Naturais da Fundao Zoobotnica do Rio Grande do Sul (MCNZ); Departamento de Zoologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); coleo particular de Rosane Lanzer (RL); The Academy of Natural Sciences of Philadelphia (ANSP); The Natural History Museum, Londres (BMNH). Realizou-se coleta no rio Herclio em Santa Catarina, nas lagoas Itapeva, Tramanda, Rondinha, Fortaleza e arroio do Carvo (bacia do rio Maquin) no Rio Grande do Sul, utilizando peneira com malha de 1mm de abertura para a amostragem. Material coletado est depositado na coleo de moluscos da UFRGS. Obtiveram-se dados conquililgicos, conquiliometricos e morfoanatmicos in vivo - cabea-p, cavidade palial, sistemas reprodutores feminino e masculino e rdula. As ilustraes correspondem a desenhos da morfo-anatomia, e fotomicrografias da concha, oprculo, cabea-p e rdula. Foram inventariados 145 txons do grupo da espcie de Hydrobiidae, descritos para a Amrica do Sul, acrescidos de lista sinonmica e informaes morfolgicas de material-tipo. Registram-se os seguintes hidrobdeos para Plancie Costeira do Rio Grande do Sul: Heleobia australis (Orbingy, 1835) (rio Tramanda, lagunas Tramanda e Armazm, lagoas Custdia e Paur e laguna dos Patos); Heleobia bertoniana (Pilsbry, 1911) (lagoa Caieiras); Heleobia cuzcoensis (Pilsbry, 1911) ( lagoa Rondinha); Heleobia doellojuradoi (Parodiz, 1960) (lagoas Figueiras, Bojuru Velho e Mangueira); Heleobia parchappei (Orbigny, 1835) (lagoas Itapeva, Quadros, Ramalhete, Negra, Malvas, Marcelino, Quinto, Barro Velho, Moleques, Peixe, Jacar, Mangueira e Laguna dos Patos); Heleobia xi sp. (lagoas Itapeva, Quadros, Malvas, Palmital, Pinguela, Lessa, Peixoto, Marcelino, laguna Tramanda, lagoas Gentil, Manuel Nunes, Fortaleza, Rondinha, Cerquinha, Rinco das guas, Cip, Porteira, Capo Alto, Quinto, Charqueadas, Barro Velho, So Simo, Veiana, laguna Mirim, lagoas Nicola e Jacar); Potamolithus kusteri (Strobel, 1874) (arroio Carvo); Potamolithus philippianus Pilsbry, 1911 (lagoas Itapeva e Figueiras). Registra-se pela primeira vez para o Brasil, H. bertoniana, H. doelojuradoi e P. kusteri; para o Rio Grande do Sul, P. philippianus; e para a Plancie Costeira, H. cuzcoensis. A partir de toptipos, redescrito o txon Potamolithus catharinae Pilsbry, 1911, assinalado na literatura para o litoral norte da Plancie Costeira do Rio Grande do Sul, cuja ocorrncia no confirmada. Heleobia charruana (Orbigny, 1835), registrada na literatura para o litoral norte do RS, no tem sua ocorrncia confirmada. Transfere-se o gnero monotpico Parodizia, arrolado entre os hidrobdeos, para Pyramidellidae (Gastropoda, Heterobranchia), a partir da morfologia das partes moles, desconhecidas at o presente. A morfologia do pnis de exemplares de Potamolithus kusteri (Strobel, 1874), do arroio Carvo, justifica sua remoo de Heleobia para Potamolithus. Heleobia australis nana (MARCUS & MARCUS, 1963) considerada sinnimo de H. australis, por tratar-se de txons morfoanatomicamente iguais. As distintas dimenses da concha (2,0 a 8,4 mm) de populaes, ao longo da distribuio da espcie (Rio de Janeiro Baa San Bls), decorrem de fatores ambientais, provavelmente relacionados com o grau de variao da salinidade.

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Esta dissertao enfoca o jornal Brasil Mulher resgatando a trajetria do tablide a partir da tica de sua fundadora, Joana Lopes, e da anlise descritiva das vinte edies publicadas entre 1975 e 1980. Analisa como o Brasil Mulher contribuiu para a constituio da imprensa alternativa feminista e a luta das mulheres pelas causas feministas e contra a ditadura militar. A pesquisa insere-se nos estudos feministas e no mtodo histrico, especificamente, na perspectiva da história das mulheres e da história oral. Mostra como o jornal primordialmente feminista antes de alternativo, sua representatividade como registro de um perodo marcante do pas, as ingerncias polticas que levaram a rupturas internas e a recorrncia hoje de temas abordados pelo jornal. Enfatiza ainda o papel da mdia na contemporaneidade para manter a estrutura do sistema patriarcal.

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O presente trabalho aborda, atravs da perspectiva histrica da Comunicao, a trajetria de uma agncia de publicidade brasileira: a MPM Propaganda. Primeiro lugar no ranking brasileiro por uma dcada e meia, esta empresa fundamental para o entendimento do contexto da atividade publicitria, pois o seu sucesso no mercado ilustra o potencial atingido pelas agncias de capital nacional. A inaugurao da MPM no Rio Grande do Sul, em 1957, possibilita articular o contexto gacho com o nacional, devido expanso da agncia a partir da dcada de 1960. Parte-se da relao histrica entre a publicidade e o capitalismo, ambientando-se na realidade brasileira as conformaes da atividade publicitria tpicas de um capitalismo retardatrio. Ao tratar o pressuposto da publicidade como agente fundamental no sistema capitalista, articula-se a história da atividade publicitria a partir de fases da industrializao e da publicidade no Brasil, permitindo um entendimento sobre o contexto que envolveu a entrada da MPM no mercado, sua ascenso no contexto nacional, e o fim de sua trajetria ao ser adquirida por uma agncia multinacional em 1991.