1000 resultados para Herbicidas não-seletivos
Resumo:
O destino de herbicidas aplicados em pré-emergência das plantas daninhas varia de acordo com o solo. Dessa forma, objetivou-se avaliar a lixiviação dos herbicidas sulfentrazone, isoxaflutole e oxyfluorfen no perfil de três solos. As doses de 0,5 e 0,75 kg ha-1 de sulfentrazone, 0,113 e 0,169 kg ha-1 de isoxaflutole e 0,72 e 1,08 kg ha-1 de oxyfluorfen foram aplicadas na superfície de colunas de PVC de 30 cm de altura preenchidas com três solos: um franco-arenoso e dois argilosos com teores alto (9,0 dag kg-1) e baixo (4,4 dag kg-1) de matéria orgânica. Após a aplicação, foram simuladas duas chuvas de 40 mm cada, com intervalo de 24 horas, respeitando o período de infiltração em cada solo. A lixiviação dos herbicidas ao longo do perfil dos solos foi verificada pelo método de bioensaio utilizando plantas de sorgo (Sorghum bicolor). A atividade herbicida do sulfentrazone e a movimentação no perfil dos solos foram elevadas na maior dose aplicada. A maior movimentação descendente do produto, na dose de 0,75 kg ha-1 de sulfentrazone, foi constatada no solo de textura franco-arenosa até 27,5 cm, seguido pelos solos de textura argilosa com baixo e alto teor de matéria orgânica até 25 e 17,5 cm, respectivamente. Verificou-se elevado potencial de lixiviação do isoxaflutole, ultrapassando a profundidade de 22,5 cm nos três solos estudados e nas duas doses aplicadas, diferentemente do oxyfluorfen, que permaneceu adsorvido nas camadas superficiais dos solos. Ao comparar os solos, maior atividade herbicida e movimentação ocorreram naquele de textura franco-arenosa. Em relação aos herbicidas, o isoxaflutole apresentou maior mobilidade do que o sulfentrazone, enquanto o oxyfluorfen mostrou baixo potencial de lixiviação.
Resumo:
A alelopatia pode oferecer novas substâncias químicas com propriedades herbicidas menos prejudiciais ao ambiente e ao homem do que os sintéticos em uso na atual agricultura. Nesse contexto, foi avaliado o efeito de extratos de Annona crassiflora sobre a germinação e o desenvolvimento de Brachiaria brizantha, Euphorbia heterophylla e Ipomoea grandifolia, bem como o efeito do extrato mais promissor sobre a soja (Glycine max). Para isso, foram preparados extratos hidroalcoólicos de sementes, folhas e caules de A. crassiflora, a fim de serem avaliados em testes de germinação e desenvolvimento das plantas daninhas. O extrato da parte mais promissora da planta foi fracionado, utilizando-se solventes em ordem crescente de polaridade. Em relação às partes da planta de A. crassiflora avaliadas, o extrato hidroalcoólico preparado a partir das sementes proporcionou maior interferência nas plantas daninhas; a germinação das sementes de Brachiaria brizantha e Euphorbia heterophylla foi totalmente inibida por esse extrato. De modo geral, as espécies receptoras foram mais sensíveis à fração acetato de etila, mas esta não influenciou o desenvolvimento da soja. Portanto, A. crassiflora apresenta potencial para o manejo de B. brizantha, E. heterophylla e I. grandifolia, em pós-emergência na cultura da soja.
Resumo:
No controle de plantas daninhas em pós-emergência na cultura da soja RR®; misturas de latifolicidas com o glyphosate têm sido utilizadas principalmente para melhorar a eficácia sobre espécies de difícil controle, a fim de se obter controle residual ou prevenir o surgimento de resistência. Este trabalho teve o objetivo de avaliar a eficácia de glyphosate isolado ou em mistura com latifolicidas para o controle de Euphorbia heterophylla e Ipomoea grandifolia, em dois estádios de desenvolvimento (1 a 3 folhas e 4 a 6 folhas). Para isso, foram realizados quatro experimentos em casa de vegetação, com glyphosate nas doses de 480 e 960 g e.a. ha-1; isolado ou combinado com os latifolicidas cloransulammethyl (30,24 g ha-1 ), chlorimuronethyl (12,5 g ha-1 ), imazethapyr (80 g ha-1), fomesafen (62,5 g ha-1 ), lactofen (72,0 g ha-1), flumiclorac-pentyl (30,0 g ha-1 ) e bentazon (480 g ha-1), em delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições. Em ambas as espécies, a utilização da dose de 960 g e.a. ha-1 do glyphosate dispensa a necessidade de misturas com outros herbicidas quando os tratamentos são aplicados no estádio de 1-3 folhas. Para aplicações realizadas em E. heterophylla no estádio de 4-6 folhas, aumentos da eficácia de controle em relação ao glyphosate aplicado isoladamente a 480 g e.a. ha-1 foram observados com as misturas com inibidores de protox. Para I. grandifolia em estádio de 4-6 folhas, os herbicidas fomesafen e flumicloracpentyl reduziram a eficácia de controle quando adicionados ao glyphosate a 480 g e.a. ha-1. Já as misturas contendo glyphosate a 960 g e.a. ha-1 proporcionaram incrementos da eficácia de controle. De forma geral, o controle das espécies E. heterophylla e I. grandifolia foi melhor quando os tratamentos foram aplicados no estádio de 1-3 folhas tanto pelo glyphosate (480 e 960 e.a. g ha-1) isolado como em mistura com os demais herbicidas.
Resumo:
Objetivou-se neste estudo avaliar a tensão superficial estática, o pH e a produção da espuma de misturas em tanque de glyphosate + chlorimuron-ethyl, associadas ou não com adjuvantes. Dois trabalhos foram realizados, sendo a primeira etapa desenvolvida em delineamento inteiramente casualizado com seis tratamentos e 20 repetições, representados por soluções dos herbicidas glyphosate (540,0 g e.a. ha-1) e chlorimuron-ethyl (7,5 g ha-1), isolados e em mistura em tanque nas formulações: Polaris®; Roundup Ready®; Classic®; Polaris® + Classic®; Roundup Ready® + Classic® e testemunha (água). Na segunda etapa foram estudados em DIC 70 tratamentos e 20 repetições, em fatorial 2 x 5 x 7, constituído por duas misturas de glyphosate com chlorimuron-ethyl (Polaris® + Classic® e Roundup Ready ® + Classic®), cinco adjuvantes (Joint Oil®; Nimbus®; Assist®; Natur' Oil® e Agr' Óleo®) e sete doses dos adjuvantes (0,000; 0,031; 0,062; 0,125; 0,250; 0,500 e 1,000% de v/v). As soluções de Polaris® e Roundup Ready®; isoladas ou em misturas com Classic®; caracterizaram-se por tensões superficiais estáticas de 43,2 e 35,9 mN m-1 e pH médios em torno de 4,5 a 4,6, respectivamente. As misturas de Polaris®+Classic®; Roundup Ready®+Classic® e Classic® apresentaram a maior quantidade e persistência da espuma ao longo do tempo, quando comparadas às formulações de Polaris® e Roundup Ready®. Os adjuvantes promoveram redução da tensão superficial quando associados às misturas de Polaris® + Classic® e Roundup Ready® + Classic®; caracterizando-se em termos de eficiência pela ordem decrescente: Nimbus® (36,5% e 25,8%) < Joint Oil® (32,2% e 25,2%) < Agr' Oil® (21,2% e 13,4%) < Natur' Oil® (17,4% e 10,6%) < Assist® (8,5% e 10,6%). Os adjuvantes promoveram redução da quantidade e persistência da espuma das misturas de Polaris® + Classic® e Roundup Ready® + Classic®; com pequenas variações dos níveis médios de pH das soluções inferiores a 0,5.
Resumo:
A cobertura do solo é prática importante na produção de hortaliças que também auxilia no controle de plantas daninhas. Praticamente, não existem pesquisas para o controle alternativo de plantas daninhas em beterraba, e são poucos os herbicidas indicados para a cultura. Neste trabalho, objetivou-se avaliar o efeito da cobertura do solo com palha de café ou bagaço de cana-de-açúcar e de doses de lodo de lagoa de decantação de águas residuárias de suinocultura na incidência de plantas daninhas e na produtividade de beterraba, cultivar Early Wonder. O experimento foi realizado na Fazenda Experimental da EPAMIG, em Oratórios-MG. Utilizou-se o esquema de parcelas subdivididas no delineamento experimental de blocos casualizados, com quatro repetições. Nas parcelas foram dispostos três tipos de cobertura do solo: bagaço de cana-de-açúcar, palha de café e ausência de cobertura, e nas subparcelas utilizaram-se cinco doses de lodo de lagoa de decantação de águas residuárias de suinocultura (0, 10, 20, 40 e 60 t ha-1). Aos 45 dias após o transplantio (DAT) das mudas foi avaliada a população de plantas daninhas, e aos 70 DAT realizou-se a colheita. A palha de café e o bagaço de cana-de-açúcar foram eficazes na redução da massa fresca total das plantas daninhas, devido ao efeito supressor da cobertura morta sobre as dicotiledôneas. Todavia, a massa seca de tiririca aumentou com o uso de palha de café, enquanto a massa seca das outras monocotiledôneas não apresentou diferença entre os três tratamentos. O aumento das doses de lodo promoveu redução linear da massa seca de monocotiledôneas, exceto de tiririca. A cobertura com palha de café proporcionou maior massa unitária de raiz e maior produtividade de raízes comerciais, independentemente das doses de lodo.
Resumo:
A prática de associar herbicidas residuais no momento da dessecação tem ganhado destaque em razão da possibilidade de mitigar problemas decorrentes da resistência de plantas daninhas a herbicidas. Objetivou-se com este trabalho determinar a persistência do herbicida residual imazaquin, associado com os herbicidas dessecantes glyphosate ou paraquat em plantio direto. O trabalho foi realizado em campo e em câmara de crescimento, sob Argissolo Vermelho distrófico típico, contendo 28% de argila. O delineamento experimental foi de blocos casualizados, com quatro repetições, sendo os tratamentos distribuídos em parcelas subdivididas. Nas parcelas principais, foram aplicados os herbicidas paraquat (600 g ha-1) ou glyphosate (720 g ha-1); e nas subparcelas, o herbicida residual imazaquin (300 g ha-1) associado ou aplicado sequencialmente aos herbicidas dessecantes, além de uma testemunha contendo apenas herbicida glyphosate, sem aplicação do herbicida residual. A persistência do imazaquin é maior na presença do glyphosate do que na do paraquat. Não há diferença entre aplicação simultânea e sequencial dos herbicidas dessecantes e residuais.
Resumo:
As características físicas e químicas do solo, além das condições climáticas, influenciam o comportamento de herbicidas aplicados em pré-emergência das plantas daninhas. Dessa forma, objetivou-se avaliar o efeito residual de sulfentrazone, isoxaflutole e oxyfluorfen em três solos. O ensaio foi conduzido em ambiente protegido e o delineamento experimental foi em blocos casualizados, com quatro repetições. Os tratamentos, para cada solo, foram dispostos em esquema fatorial 3 x 5, sendo três herbicidas e cinco épocas de semeadura após aplicação dos produtos. Os herbicidas sulfentrazone, oxyfluorfen e isoxaflutole foram aplicados nas doses de 0,5, 0,72 e 0,113 kg ha-1, respectivamente, sobre potes plásticos de 250 mL previamente preenchidos com os dois solos de textura argilosa e um de textura franco-arenosa. Posteriormente, procedeu-se à semeadura da espécie bioindicadora Sorghum bicolor de forma escalonada, aos 0, 15, 30, 45 e 60 dias após a aplicação (DAA). Uma testemunha sem herbicida foi semeada nas diferentes épocas para cada solo e usada como comparação nas avaliações. Aos 21 dias após a semeadura em cada época, realizaram-se avaliações de intoxicação e crescimento das plantas através da massa seca da parte aérea. As plantas de sorgo, no solo argiloso com 9,0 dag kg-1 de matéria orgânica (MO) submetido à aplicação de isoxaflutole, sulfentrazone e oxyfluorfen, produziram massa seca da parte aérea igual a 34, 20 e 40%, respectivamente, aos 60 DAA, em relação às plantas crescidas nesse solo sem aplicação do herbicida. No solo franco-arenoso, observou-se elevado efeito residual dos herbicidas sulfentrazone e oxyfluorfen e diminuição do efeito residual do isoxaflutole ao longo do tempo, com 80, 90 e 40% de controle aos 60 DAA, respectivamente. No solo argiloso com 4,4 dag kg-1 de MO, verificou-se que o herbicida isoxaflutole perdeu a eficácia de controle ao longo do tempo, diferentemente do oxyfluorfen, que apresentou controle praticamente constante em todas as épocas avaliadas, e do sulfentrazone, que mostrou elevado efeito residual ao longo do período avaliado. As características inerentes a cada herbicida, bem como as diferenças nos teores de matéria orgânica e de textura entre os solos, influenciam na persistência do sulfentrazone, isoxaflutole e oxyfluorfen no solo. Maior efeito residual de oxyfluorfen foi observado no solo franco-arenoso e de isoxaflutole no solo argiloso com alto teor de matéria orgânica. Já o sulfentrazone apresentou elevado efeito residual nos três solos estudados.
Resumo:
Nos últimos anos, o processo de colheita da cana-de-açúcar vem sendo modificado, passando da tradicional queima do canavial para a colheita da cana-crua, seja por imposições da legislação ou conscientização ambiental e também por pressões da sociedade. A adoção desse novo sistema de colheita da cana-de-açúcar tem resultado em importantes modificações nas técnicas de cultivo, como o uso de maiores espaçamentos entre as linhas e a deposição de palha à superfície do solo, as quais influenciam diretamente a ocorrência e o manejo de plantas daninhas e a fertilidade dos solos. Mudanças da flora têm sido observadas em áreas cultivadas com a cana-crua em consequência do favorecimento de espécies com maior capacidade de germinação sob espessa cobertura de palha, em comparação com outras que têm a germinação impedida por ação física ou alelopática da palhada. Além disso, herbicidas utilizados em pré-emergência nessa cultura têm apresentado reduções na sua eficácia, pelo fato de que grande parte deles fica retida na palha e não atinge o solo na concentração necessária para o controle das plantas daninhas. Nesta revisão foram descritos os principais resultados envolvendo a pesquisa relacionada ao manejo de plantas daninhas em áreas com cana-crua, com o objetivo de disponibilizar informações aos pesquisadores para implementar técnicas e pesquisas no desenvolvimento do manejo integrado de comunidades infestantes na cultura da cana-de-açúcar. Os resultados mostram que há possibilidade de redução da dependência do uso de herbicidas e melhoria real da qualidade dos solos como consequência do maior acúmulo da palha oriunda da colheita da cana-de-açúcar.
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Herbicidas do grupo das imidazolinonas têm, em geral, fraca adsorção ao solo e alta solubilidade em água, e, por isso, os níveis de umidade do solo podem alterar a disponibilidade desses herbicidas e seu efeito sobre culturas suscetíveis. Com o objetivo de comparar o efeito de doses da mistura formulada de imazethapyr + imazapic (75 + 25 g i.a. L-1) sobre plantas de azevém, cultivadas em solo com três níveis de umidade, foi realizado um experimento em casa de vegetação, no delineamento em blocos ao acaso com quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos pela combinação de sete níveis do fator dose (0, 100, 200, 300, 400, 600 e 800 mL ha-1 do produto formulado), combinados com três níveis do fator umidade do solo (0, -10 e -100 kPa). Houve aumento na toxicidade e na taxa de redução da massa da matéria seca das plantas com o aumento nas doses do herbicida, sendo esses efeitos menores em solo com teor de água de -100 kPa. O teor de água no solo altera a toxicidade da mistura formulada de imazethapyr + imazapic sobre o azevém, sendo a cultura mais afetada em solos com maiores níveis de umidade.
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Conyza bonariensis é uma das principais plantas daninhas da região Sul do País; com a seleção de biótipos tolerantes e resistentes ao herbicida glyphosate, demandas são crescentes por alternativas de manejo para essa espécie. Com esse intuito, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a eficiência de diferentes estratégias de manejo de inverno e de verão sobre o controle de Conyza bonariensis, utilizando a mistura em tanque de glyphosate+2,4-D associada ou não com herbicidas residuais. As combinações de manejo foram realizadas após a colheita do milho safrinha (manejo de inverno), associadas a manejos antecedendo a semeadura da soja (manejo de verão), totalizando 15 tratamentos. Os manejos de inverno avaliados foram eficientes na dessecação das plantas daninhas e mantiveram excelentes níveis de controle residual até a pré-semeadura da cultura da soja. A semeadura da aveia após o manejo de inverno com posterior manejo de verão com glyphosate+2,4-D+diclosulam mostrou-se eficiente no controle de Bidens pilosa. Em todos os manejos em que o herbicida 2,4-D foi associado ao glyphosate houve controle total de Conyza bonariensis.
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Os herbicidas, mesmo quando usados em doses reduzidas ou utilizados como maturadores, podem alterar a morfofisiologia da planta, o que pode levar a modificações qualitativas e quantitativas na produção. O presente estudo objetivou avaliar a eficiência agronômica e os efeitos, durante o crescimento da cana-soca, da aplicação de glyphosate e sulfometuron-methyl em baixas doses. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, com quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos pelos herbicidas sulfometuron-methyl e glyphosate em diferentes doses e misturas e por uma testemunha (sem aplicação dos produtos). Uma linha de plantas de cana-de-açúcar foi destinada à aferição da qualidade tecnológica, sendo estabelecido 1 m aleatório a cada época de amostragem. Os colmos coletados foram submetidos ao desponte na altura da gema apical e à desfolha; em seguida, foram encaminhados para processamento segundo a metodologia do Sistema de Pagamento de Cana pelo Teor de Sacarose (SPCTS), sendo considerados os parâmetros tecnológicos: pol cana (PCC), pureza do caldo (PUI), açúcar total recuperável (ATR) e Brix. Nas soqueiras de cana-de-açúcar, realizaram-se análises de crescimento (altura e perfilhos). As avaliações foram realizadas na pré-colheita (30 dias após aplicação dos maturadores) e 30, 60, 90, 120, 150 e 180 dias após a colheita. Os herbicidas glyphosate e sulfometuron-methyl propiciaram melhoria da qualidade tecnológica da matéria-prima,com incrementos significativos na pureza do caldo e no Brix. A aplicação dos produtos não interferiu na produtividade e no teor de açúcar. Houve efeito estimulante no perfilhamento quando se usou glyphosate na dose de 400 mL ha-1 e redução em crescimento (altura) no início do desenvolvimento da cana, porém, com o tempo, o efeito não se manteve.
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Objetivou-se com este trabalho avaliar a eficácia de herbicidas aplicados em pós-emergência, isolados ou em misturas, no controle de Ipomoea grandifolia, I. hederifolia, I. purpurea, I. quamoclit, Merremia aegyptia e M. cissoides na cultura da cana-de-açúcar. O experimento foi desenvolvido no período de novembro de 2007 a julho de 2008, em área de produção comercial de cana-de-açúcar localizada no município de Jaboticabal, SP. Foram avaliados seis tratamentos com herbicidas [trifloxysulfuron + ametryn (37 + 1.463,07 g ha-1), diuron + hexazinone (1.170 + 330 g ha-1), metribuzin (1.920 g ha-1), (trifloxysulfuron + ametryn, 27,75 + 1097,3 g ha-1) mais (diuron + hexazinone, 702 + 198 g ha-1), metribuzin (960 g ha-1) mais (trifloxysulfuron + ametryn, 27,75 + 1.097,3 g ha-1) e metribuzin (960 g ha-1) mais (diuron+ hexazinone, 702 + 198 g ha-1)] e duas testemunhas sem aplicação: uma mantida infestada e outra capinada. Apesar das injúrias visuais ocasionadas pelos herbicidas, isso não refletiu negativamente no número de colmos viáveis por metro e no diâmetro de colmos de cana. Contudo, as plantas tratadas com diuron + hexazinone apresentaram menor altura de colmos. O tratamento diuron + hexazinone, isolado ou em mistura com trifloxysulfuron + ametryn, foi eficaz no controle de todas as espécies de corda-de-viola. A aplicação isolada de trifloxysulfuron + ametryn controlou satisfatoriamente apenas I. hederifolia. O metribuzin foi eficaz no controle de I. grandifolia, I. quamoclit, M.aegyptia e M. cissoides. Além destas, a associação desse herbicida com diuron + hexazinone resultou em excelente controle de I. hederifolia. A mistura de metribuzin com trifloxysulfuron + ametryn foi eficaz para I. hederifolia, M. aegyptia e M. cissoides. Os novos fluxos de emergência de corda-de-viola constatados após a aplicação dos herbicidas ou eliminação manual das plantas nas parcelas (na testemunha capinada) não prejudicariam o corte mecanizado dos colmos de cana da próxima colheita.
Resumo:
O experimento teve o objetivo de avaliar os efeitos da cobertura de palha e da simulação de chuva sobre a eficácia da mistura formulada clomazone + hexazinone no controle de plantas daninhas em área de cana-crua. Foi avaliado o controle de Brachiaria decumbens, Ipomoea grandifolia, Ipomoea hederifolia e Euphorbia heterophylla. A dose do herbicida utilizada foi de 2,2 kg ha-1 de produto comercial, correspondendo a 880 e 220 g ha-1 dos ingredientes ativos clomazone e hexazinone, respectivamente. Os tratamentos utilizados foram: T1) semeadura + palha 5 t ha-1 + aplicação + chuva de 30 mm (1DAA); T2) semeadura + chuva de 30 mm + palha 5 t ha-1 + aplicação; T3) semeadura + aplicação + palha 5 t ha-1 ; T4) semeadura + palha 5 t ha-1 + chuva de 30 mm + aplicação (12h após); T5) semeadura + palha 5 t ha-1 + aplicação + chuva de 2,5 mm (logo após); T6) semeadura + aplicação + chuva de 30 mm; T7) testemunha sem palha; e T8) testemunha com 5 t ha-1 de palha, totalizando oito tratamentos com quatro repetições, dispostos no delineamento experimental de blocos casualizados. Foram feitas avaliações visuais de controle aos 6, 13, 21, 27 e 35 dias após a aplicação (DAA). Para controle de B. decumbens, os melhores tratamentos foram aqueles nos quais o herbicida foi aplicado diretamente no solo, recebendo ou não uma camada de palha sobre o solo após a aplicação do herbicida, e quando foi aplicado sobre a camada de palha, recebendo uma chuva após a aplicação. Para a espécie E. heterophylla, os resultados foram bastante satisfatórios, proporcionando médias acima de 98% de controle, quando ocorreram precipitações posteriores à aplicação do herbicida. De modo geral, os tratamentos com a aplicação do herbicida, na ausência ou presença de palha, e posterior chuva apresentaram controle total da espécie I. hederifolia aos 35 DAA. Todos os tratamentos mostraram excelente controle para a espécie I. grandifolia.
Resumo:
Cenchrus echinatus é uma importante infestante em áreas de cultivo de milho, sorgo e milheto no Brasil. Embora atrazine seja um dos herbicidas mais utilizados nessas culturas, pouco tem sido feito para determinar a suscetibilidade dessa espécie em função do seu estádio de desenvolvimento em aplicações em pós-emergência. O presente trabalho teve por objetivo avaliar a supressão imposta pelo atrazine, aplicado em pós-emergência, em três estádios de desenvolvimento dessa planta daninha. O ensaio foi implantado em unidades de 10 dm-3 de solo, em casa de vegetação, em esquema fatorial 5 x 3, com quatro repetições, correspondendo a cinco doses de atrazine (0; 0,5; 1,5; 2,5; e 4,0 kg ha-1), combinadas com três estádios de desenvolvimento de C. echinatus (um par de folhas, dois pares de folhas e dois afílhos) por ocasião da aplicação do herbicida em pós-emergência. Aplicações realizadas em estádios mais tardios foram ineficientes no controle dessa espécie, apesar de causarem reduções significativas no acúmulo de biomassa seca, na altura das plantas e na produção de estruturas reprodutivas. Visando controlar essa espécie, os melhores resultados são obtidos com aplicações de doses a partir de 3,5 kg ha-1 em plantas com um par de folhas.
Resumo:
Os herbicidas utilizados no sistema Clearfield® de arroz irrigado são persistentes e móveis no solo, portanto práticas de manejo podem influenciar na sua dinâmica no ambiente. O objetivo deste trabalho foi determinar o efeito de três manejos de irrigação da cultura do arroz na lixiviação da mistura formulada dos herbicidas imazethapyr e imazapic, em solo de várzea. O experimento consistiu de um ensaio de campo seguido de um bioensaio. As coletas de amostras de solo foram feitas por meio da retirada de monolitos em áreas submetidas aos diferentes manejos de irrigação do experimento de campo. As amostras foram seccionadas em intervalos de 5 cm, até a profundidade de 30 cm. Os tratamentos foram compostos pelos manejos de irrigação por inundação contínua, intermitente e por banhos (fator A) e pelas profundidades do solo de 0 a 30 cm (fator B). Foi efetuada a comparação do crescimento de plantas de arroz não tolerantes aos herbicidas, cultivadas em solo submetido aos manejos de irrigação, com o crescimento das plantas em solo com quantidade conhecida dos herbicidas. A irrigação promoveu movimento vertical do herbicida, porém a diferença entre os manejos de irrigação apenas foi observada na camada superficial do solo (0-5 cm), com menores concentrações na irrigação por banhos. A mistura formulada do herbicida concentrou-se na camada de 5-20 cm de profundidade aos 134 dias após a aplicação.