999 resultados para Contribuição sindical, controle, Brasil
Resumo:
A presente tese examina a contribuição da liberdade de concorrncia para o estabelecimento da fase de mercado comum na Comunidade Europia, tendo como objetivo propor alternativas para o Mercosul regulament-la e assim possibilitar o alcance do seu verdadeiro mercado comum. O primeiro captulo retrata as etapas que a Comunidade superou desde o seu surgimento at o estabelecimento do mercado comum e confirma que a evoluo do processo, que envolveu um novo objetivo, o mercado interno, e a importncia que para tanto assumiu o direito comunitrio da concorrncia, presente j nos Tratados constitutivos e tutelador da liberdade de concorrncia, determinaram a essa uma nova classificao, qual seja a de quinta liberdade fundamental, o que foi comprovado com entendimentos doutrinrios e esforos jurisprudenciais. O segundo captulo centra-se nas reformas no direito comunitrio da concorrncia e nas suas contribuies para a aproximao do sistema da concorrncia com o sistema das liberdades fundamentais, para a manuteno do mercado interno na Comunidade Europia e para o desenvolvimento do direito da concorrncia em outros processos de integrao, bem como no estudo de propostas de regulamentaes de ordem internacional do direito da concorrncia. No mbito comunitrio, foram consideradas a refoma ocorrida nas regras de aplicao dos artigos 81 e 82 TCE, com o Regulamento n. 1/2003, a acontecida nas regras do controle das concentraes de empresas, com o Regulamento n. 139/2004, e as mudanas nas regras aplicveis aos Estados-membros, como, por exemplo, as trazidas pelos Regulamentos ns. 994/98 e 659/99. No mbito internacional, recebeu ateno o Draft of International Antitrust Code, sugerido OMC. O terceiro captulo apresenta os objetivos alcanados e os no-alcanados desde o surgimento do processo de integrao do Mercosul e o estgio em que ele atualmente se encontra. O estudo caracterizou o presente momento como o apropriado para o processo confirmar o seu desejo de alcanar a etapa de mercado comum, o que dever ocorrer com a implantao de um eficaz direito da concorrncia e com a conformao das demais liberdades fundamentais. As concluses so que a liberdade de concorrncia a quinta liberdade econmica fundamental dos processos de integrao que tenham por objetivo alcanar um mercado comum, que as reformas sofridas pelo direito comunitrio da concorrncia esto em sintonia com essa viso e que oferecem um aval ao sistema previsto para o Mercosul. Alm disso, que a garantia da liberdade de concorrncia integrou os mercados nacionais e contribuiu para que a Comunidade atingisse o mercado comum e que a viso da liberdade de concorrncia como a quinta liberdade fundamental e como permitidora do seu alcance na Comunidade contribui para o estabelecimento de um direito da concorrncia e este para o alcance de um verdadeiro mercado comum pelo Mercosul.
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Esta tese trata de um tema fundamental na sociedade moderna: gesto escolar. O objetivo deste trabalho contribuir com o gestor, ou a gestora, de Instituies de Ensino Superior de tal forma que ele, ou ela, tenha uma orientao calcada em resultados cientficos sobre que aes e medidas devem ser tomadas para melhorar o desempenho de seus formandos em exames padronizados como o Exame Nacional de Cursos (ENC), tambm conhecido como Provo. Com base em uma extensa pesquisa de modelos de desempenho escolar, foi desenvolvido um modelo conceitual estimvel pela tcnica dos Modelos Lineares Hierrquicos. A seguir, o modelo estatstico foi ajustado utilizando-se os dados de desempenho escolar dos formandos do curso de Administrao de Empresas que realizaram o de 2003. Com base nos resultados obtidos, procurou-se sugerir aos gestores escolares aes. Dessa forma, procurou-se preencher dois objetivos no incio deste trabalho: (1) identificar variveis que ajudem a explicar o desempenho de formandos nos cursos de graduao em Administrao de Empresas em exames nacionais como o Provo e o ENADE e (2) oferecer insumos aos gestores de IES de Administrao de Empresas sobre como seria possvel gerenciar aquelas variveis que estejam dentro do controle da instituio. Trs variveis, em especial, tiveram um efeito acentuado sobre o desempenho escolar no Provo: fluncia na lngua inglesa, freqncia de uso de computadores e avaliao que os respondentes fazem das competncias a que foram expostos durante o curso superior. Porm, duas dificuldades de medio associadas a esses resultados devem ser consideradas. Em primeiro lugar, a fluncia em ingls e o uso de computadores incorporam, em seu efeito, o efeito de variveis latentes no incorporadas neste estudo. Dessa forma, a origem do efeito dessas duas variveis no pode ser totalmente esclarecida e o gestor deve tomar diversas aes a fim de cobrir diversas possibilidades distintas. Em segundo lugar, est o fato de que a avaliao que se faz das competncias baseada na percepo de cada aluno e no em medidas intrnsecas de competncias desenvolvidas ao longo do curso. Portanto, parte-se da premissa de que os alunos, em mdia, avaliam, corretamente, as competncias que seus cursos os ajudaram a desenvolver. Nas limitaes a este estudo, destacaram-se a unidimensionalidade do construto de eficcia escolar e o fato de que a varivel utilizada considera o desempenho bruto dos alunos, no sendo uma medida de valor agregado. Alm disso, mencionou-se, como limitao, a impossibilidade de se precisar a origem dos efeitos da fluncia em ingls e do uso de computadores. Finalmente, as oportunidades de pesquisas futuras tratam de quatro reas de pesquisas possveis: (1) estudos comparativos com os resultados de cursos superiores em outras reas; (2) estudos longitudinais; (3) ampliao do construto eficcia escolar e (4) construo de escalas e indicadores. Cada uma dessas reas de pesquisa auxiliariam na superao das limitaes encontradas no desenvolvimento deste trabalho.
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O presente estudo teve como objetivo explicar o comportamento da volatilidade dos retornos das principais aes negociadas na Bovespa no perodo compreendido entre janeiro de 1995 e setembro de 2003. O trabalho buscou contribuir de diversas maneiras para o estudo da volatilidade dos retornos das aes no mercado brasileiro. Primeiro, fazendo uma exposio abrangente das diversas teorias e modelos que tm sido desenvolvidos para explorar os fatores determinantes da volatilidade dos retornos das aes. Dentre as teorias exploradas, o estudo trabalhou com a teoria da alavancagem, a teoria da retroalimentao da volatilidade, o modelo das diferenas de opinio entre os agentes econmicos e os modelos de preovolume. Outra contribuição importante do trabalho foi utilizar uma amostra ampla de 35 aes com nveis aceitveis de liquidez, utilizando a metodologia prpria do estudo. Alm disso, o estudo buscou agregar aos modelos economtricos no apenas variveis microeconmicas mas tambm as macroeconmicas (conjunturais). Finalmente, o trabalho discutiu os resultados dos modelos luz das especificidades do mercado acionrio brasileiro. Dentre os resultados encontrados, foi possvel observar que a volatilidade dos retornos das aes impulsionada pelo grau de alavancagem financeira das companhias. No Brasil, a volatilidade dos retornos das aes segue o mesmo carter persistente encontrado em mercados desenvolvidos, como o dos Estados Unidos. O giro dos negcios com as aes tende a alimentar a volatilidade dos papis. Um giro maior de negcios pode ser resultante de um incremento na quantidade de informaes que chegam ao mercado, o que provoca revises nos preos das aes e estimula um aumento na volatilidade dos retornos. Quando aliado s divergncias de opinio entre os investidores, um giro maior tambm pode alimentar a volatilidade dos retornos. Diferentemente do previsto pelas teorias, os resultados do presente estudo no corroboraram o argumento de que existe maior volatilidade dos retornos das aes em momentos de retornos negativos. Os resultados indicaram ainda clara influncia de algumas variveis macroeconmicas sobre a volatilidade dos retornos das aes. Uma reduo no Produto Interno Bruto do Brasil tende a incrementar a volatilidade dos retornos das aes, possivelmente fruto de uma perspectiva de instabilidade econmica ou recesso. A volatilidade dos retornos no mercado acionrio tambm aumentou quando da alterao do regime cambial implementada no incio de 1999. O estudo mostrou que no parece haver uma dependncia significante entre os mercados de aes do Brasil e dos Estados Unidos. Finalmente, a incluso de variveis relacionadas com caractersticas especficas do mercado acionrio brasileiro mostrou resultados interessantes. Parece existir uma relao direta entre volatilidade dos retornos e aes preferenciais, oriunda possivelmente do alto giro dos negcios com esse tipo de ao ou da ausncia do direito de voto por parte dos investidores, aumentando o risco do ativo. Contudo, testes adicionais so necessrios para confirmar tal associao. No que diz respeito adoo de melhores prticas de governana por parte das companhias, os resultados parecem corroborar o argumento de que a preocupao com a boa governana tende a reduzir o risco percebido pelos investidores com relao s aes.
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Esta tese tem como objetivo propor novos caminhos para a discusso sobre a cultura organizacional. Tradicionalmente, os debates sobre o tema no mbito da teoria das organizaes assimilam referenciais tericos e metodolgicos oriundos da antropologia; em especial, as premissas e conceitos que compem os paradigmas funcionalista e interpretativo. Nesta interdisciplinaridade, as discusses sobre a mudana cultural nas organizaes no assimilaram referenciais de anlise que dessem conta das maneiras como os grupos sociais de fato mudam e evoluem. Na realidade, a matriz disciplinar da antropologia caracteriza-se pela oposio entre diacronia e sincronia que assume a forma dos pares opostos sistema e evento, histria e estrutura, estabilidade e mudana, entre outros. Com base nesta polarizao, os antroplogos construram tradies de estudos que destacam a continuidade em detrimento da mudana, ou ainda, a estrutura em detrimento da histria. Mais recentemente, entretanto, as idias de Sahlins, ou a antropologia histrico-estrutural, sugerem no haver razo para a polarizao excludente entre histria e estrutura, considerando-se a complexidade e especificidade dos fenmenos culturais. Ao sugerir a inseparabilidade entre continuidade e mudana, Sahlins prope redefinies importantes nos conceitos clssicos de cultura, incorporando s discusses antropolgicas uma srie de questes desprestigiadas pelos paradigmas clssicos; em especial, a mudana cultural. Neste sentido, prope-se que a incorporao das propostas da antropologia histrico-estrutural s discusses sobre a cultura organizacional tem o potencial de fazer avanar os debates acerca das maneiras como as organizaes evoluem ao permitir a anlise das continuidades e descontinuidades que caracterizam estes sistemas culturais. Ao problematizar os conceitos tradicionais de cultura organizacional, este movimento contribuiria sobremaneira temtica da mudana cultural nas organizaes, por exemplo, ao viabilizar o desenvolvimento de uma perspectiva cultural aprendizagem organizacional. A contribuição da antropologia histrico-estrutural ilustrada por meio de um estudo de caso etnogrfico realizado no ncleo de Albardo do CEDEJOR Centro de Desenvolvimento do Jovem rural , que rene 30 jovens da comunidade do stimo distrito rural do municpio de Rio Pardo, no Rio Grande do Sul. O CEDEJOR uma ONG que atua na regio Sul do Brasil, tendo como objetivos promover o empreendedorismo e o desenvolvimento do jovem rural atravs de processos educativos e participativos, buscando a sustentabilidade e a melhoria da qualidade de vida das comunidades rurais, e tendo o jovem como protagonista. Com base nas idias de Sahlins, a anlise do caso sugere ser a cultura sistema e evento, ambigidade e consenso, e estrutura e histria, simultaneamente.
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O conceito de turismo sustentvel passou por uma srie de transformaes at chegar proposta atual em que se cr que todo tipo de empreendimento pode ter como objetivo a sustentabilidade. Os empreendimentos hoteleiros conhecidos como resorts vistos, tradicionalmente, como uma forma de hospedagem insustentvel do ponto de vista social - foram escolhidos como objeto desta pesquisa que tem como objetivo explorar como este segmento da indstria hoteleira vm respondendo nova proposta inclusiva do conceito de turismo sustentvel. Para tanto, foi realizada uma pesquisa em duas dimenses. A primeira buscou fornecer um panorama geral sobre o entendimento do conceito de turismo sustentvel e a forma como este conceito vm sendo operacionalizado pelos resorts de praia do Brasil. Explorou, ainda, as formas como este conceito vm sendo operacionalizado pelos resorts. A segunda dimenso da pesquisa buscou aprofundar essas questes num grupo de resorts localizados no litoral norte da Bahia Praia do Forte Ecoresort e Complexo Costa do Saupe bem como verificar os impactos percebidos pelas comunidades locais. Os resultados demonstram que os resorts tm uma boa noo do conceito de turismo sustentvel, mas apresentam dificuldades na operacionalizao do mesmo. Alm da falta de informao e apoio, os resorts no possuem instrumentos gerenciais que incentivem a busca da sustentabilidade, apesar desta questo estar presente nas diretrizes estratgicas de todos eles. Sendo assim, a pesquisa demonstrou uma grande distncia entre o discurso e a prtica na busca pelo turismo sustentvel. Percebe-se que os resorts, apesar de interessados em incluir as comunidades no empreendimento, praticam de maneira mais freqente aes pontuais e assistencialistas que resultam em pouca ou nenhuma mudana positiva nas condies de bem-estar das comunidades. Assim, como comum acontecer em outros setores, o envolvimento dos resorts com a sustentabilidade se d de forma separada dos negcios o que faz com que as iniciativas - a despeito da preocupao de muitos empreendimentos apresentem resultados marginais na dimenso social da sustentabilidade. Nos estudos de caso, identificou-se que o Praia do Forte Ecoresort apresenta resultados mais prximos daqueles desejados pelas comunidades que contam com o turismo para alcanar o desenvolvimento. Apesar de algumas iniciativas significativas do Complexo Costa do Saupe este, at o momento, no apresenta uma atuao que possa ser caracterizada como bem sucedida no que se refere dimenso social da sustentabilidade.
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Este trabalho prope e avalia ex-ante uma poltica pblica, denominada Sociedade de Participantes, para reduzir a desigualdade econmica no Brasil. Para tanto, inicialmente se discute os efeitos da desigualdade no tecido social e no desenvolvimento econmico de um pas. Em seguida, apresenta os conceitos bsicos de justia distributiva, contrapondo os ideais da direita liberal e os da esquerda distributiva, e sustentando que a poltica proposta equilibra os desejos destas duas correntes. O passo seguinte a quantificao do fenmeno econmico em pauta, a desigualdade, sendo ento apresentada uma metodologia indita no Brasil, que permite analisar a contribuição para a desigualdade de cada setor econmico e unidade geogrfica da federao. Tambm so expostas medidas ticas de desigualdade, at agora no discutidas em nossa literatura, que possibilitam avaliar o bem-estar de uma populao. A proposta ento discutida detalhadamente, sendo analisadas as polticas semelhantes que esto sendo implantadas em outros pases, levantando-se os prs e contras em relao poltica de renda mnima garantida e dialogando-se com as crticas contra a poltica proposta existentes na literatura. Para a avaliao ex-ante da Sociedade de Participantes necessrio um ferramental especfico, que inclui conceitos de microssimulao e demografia, discutidos na etapa seguinte. Para sua implementao discute-se tambm uma mudana no sistema tributrio nacional, fortemente embasado em tributos indiretos com caractersticas regressivas, e a adoo de um imposto sobre riquezas, que quantificado no estudo. Finalmente, so apresentados os resultados, simulados entre 2008 e 2080, da avaliao ex-ante da Sociedade de Participantes, na qual se conclui que ela altamente efetiva para combater a desigualdade e a pobreza endmica no Brasil.
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Esta tese tem por tema o estudo da evoluo da Poltica Pblica do Esporte no Brasil. Seu objeto de estudo o predomnio do esporte de alto rendimento. Para tanto, define as trs categorias de manifestao esportiva com as quais trabalha: esporte de alto rendimento, esporte educacional e esporte participativo. Igualmente apresenta a estrutura terica a ser utilizada, a Advocacy Coalition Framework ACF, que se utiliza de estrutura de crenas e valores formatada pelo autor para o estudo do campo esportivo, tratado pela ACF com um subsistema ou rea especfica de poltica publica. Procurando melhor embasar o estudo, a tese resgata os principais conceitos histricos e sociolgicos relacionados ao campo do esporte e refora a interao deste com os aspectos sociais, econmicos e polticos. Em seguida, aborda a gnese do esporte e sua vinda ao Brasil, no incio do sculo passado, passando pela criao das entidades desportivas e apresentando as razes de seus conflitos de interesses. Ainda nesta parte, aborda a discusso sobre os valores e contra valores que permearam a discusso entre intelectuais a favor e contra o desenvolvimento do esporte. No perodo do Estado Novo a tese discute as razes que levaram o Estado a intervir no setor esportivo e a estrutur-lo institucionalmente com o Decreto Lei 3.199, de 1941. Com j apontado por outros autores, este decreto representou acentuada ao do Estado em favor do esporte de alto rendimento, fortalecendo propositadamente sua coalizo de atore, aqui chamada de pr-EAR, bem como reflete seu desejo de implementar valores higienistas e eugenistas que permeavam a sociedade intelectualizada de ento. A tese aborda o carter autoritrio e corporativista do Decreto e como estas caractersticas foram usadas no perodo populistas para desenvolver bases clientelistas na estrutura formal do esporte. Na fase do regime militar, a tese discute o projeto de transformar o Brasil em uma potncia olmpica nos moldes do futebol e como tal ideal determinou ao deliberada de incorporao do setor esportivo educacional aos princpios e valores do esporte de alto rendimento, o denominado como modelo piramidal. O estudo contempla a reao de parte da comunidade acadmica e da prtica educacional da rea esportiva e tambm o surgimento do movimento do esporte para todos. O que assumido pela tese como o incio da coalizo contrria ao alto rendimento, aqui chamada de pr-EPE (esporte participativo e educacional). Na seqncia, analisa o importante perodo da constitucionalizao do esporte, que implicou no embate entre as duas coalizes dentro do processo constituinte, quando, a despeito da supremacia da pr-EAR, redundou em importantes conquistas para a pr-EPE ao se estabelecer o esporte como um direito social e ao se dar prioridade ao esporte educacional na ao do Estado. Ainda como parte do processo de liberalizao do esporte analisa o papel da Lei Zico na reestruturao do subsistema esportivo. No perodo mais recente a tese se concentra, por um lado, na evoluo institucional do esporte dentro de Estado, significando a passagem do nvel de secretaria para o de ministrio. Por outro lado, o esforo legislativo para aprimorar a legislao, acentuadamente a favor da modernizao do futebol e do esporte de alto rendimento. tambm o perodo em que a tese faz sua real contribuição ao abordar a distribuio desproporcional de recursos pblico e a representao no rgo de aconselhamento nacional do esporte entre as trs categorias de manifestao esportiva. Em funo das evidncias apresentadas, a tese conclui pelo fortalecimento da coalizo pr-EAR e seu o efeito no aumento do predomnio do alto rendimento.
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O contexto atual da sociedade do conhecimento impulsiona as organizaes e seus profissionais a buscarem novas de formas de agir para se manterem competitivos. Nessa sociedade, a inteligncia, a criatividade e o prprio conhecimento so recursos produtivos essenciais. s organizaes, cabe um esforo no sentido do desenvolvimento de iniciativas para a gerao de valor a partir desses recursos intangveis. Aos profissionais, cabe buscar sua contnua recapacitao, atendendo necessidade de atuarem como trabalhadores do conhecimento. As universidades corporativas surgiram nesse contexto, como uma abordagem estratgica para a atividade de treinamento e desenvolvimento da organizao, acompanhando o realinhamento do sistema de Recursos Humanos, que assumiu um carter mais estratgico e voltado para o negcio. Os objetivos dessa pesquisa envolvem a compreenso do que so e como funcionam as universidades corporativas no Brasil, analisando seu papel na gesto do conhecimento da organizao. Verificou-se que essas instituies so uma evoluo do sistema de treinamento e desenvolvimento e no atuam, ainda, como gestoras do conhecimento organizacional. A denominao "universidade" adotada por elas confere-lhes certo status, contudo constatou-se que as universidades corporativas no exploraram o potencial que conceito de universidade evoca: a permanente gerao de novos conhecimentos. Apesar disso, no lhes pode ser negado o mrito de representarem um ponto de partida para que as organizaes compreendam o conhecimento como um de seus recursos produtivos principais.
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O presente trabalho trata do suposto dilema existente entre o crescimento econmico e a qualidade do meio ambiente. Apresentamos, primeiramente, uma reviso da literatura existente sobre a Curva Ambiental de Kuznets, pela sua relevncia no que concerne a este tema. Em seguida, utilizando como varivel dependente o percentual de reas estaduais preservadas dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal, testamos empiricamente qual a relao existente no Brasil entre crescimento econmico e preservao ambiental. A maior contribuição deste trabalho oferecer uma compilao dos dados referentes s unidades de conservao estaduais de todos os estados da federao brasileira. A concluso a que chegamos que, no Brasil, existe uma relao positiva entre a criao de unidades de conservao e o crescimento econmico dos estados da federao.
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Este trabalho trata da estratgia de empresas familiares em ramos turbulentos, procurando explorar especialmente duas questes: (1) como empresas familiares situadas em ramo tradicionalmente familiar contemplam o possvel impacto de turbulncias setoriais sobre a dimenso familiar do ramo?; (2) qual o comportamento estratgico de empresas familiares, considerando sua dimenso familiar, num ambiente turbulento? A estratgia em contextos turbulentos tem sido objeto de pesquisa h pouco mais de duas dcadas. O foco, no entanto, no comportamento estratgico das empresas familiares, nesse tipo de contexto, ainda indito na literatura. Atravs de dois estudos de caso, com uma empresa de grande porte e uma de pequeno porte, e sob uma abordagem indutiva de teoria, as questes foram exploradas. O ramo sucro-alcooleiro brasileiro, no perodo de 2003 a 2008, foi o contexto adotado para desenvolver o trabalho. Alm de ser tradicionalmente formado por empresas familiares, o setor marcado, no perodo citado, por turbulncias, especialmente em relao ao crescimento da demanda e expectativa de maior crescimento no futuro prximo. O ambiente turbulento completado por presses para aumento da escala das empresas do ramo, atrao de entrantes, novos investimentos na capacidade de operao e movimentos de consolidao. Os resultados indicam que os principais impactos do ambiente turbulento na dimenso familiar do ramo so presses para a profissionalizao das empresas familiares e para a mudana no mindset dos controladores dessas empresas, especialmente no tocante a solues de funding e de controle. Essas presses tm potencial de gerarem movimentos generalizados entre as empresas familiares do ramo, tornando os resultados uma contribuição importante ao entendimento das turbulncias. Quanto ao comportamento estratgico das empresas familiares no contexto turbulento, os resultados sugerem, primeiramente, que a dimenso familiar faz parte das estratgias dessas empresas nesse tipo de ambiente e est, em grande medida, relacionada a solues de consolidao do controle e de profissionalizao, incluindo o estabelecimento de regras de sucesso. A profissionalizao de empresas familiares em ambientes turbulentos pode ter um papel funcional ou simblico, de exposio da empresa para stakeholders externos. Por fim, os resultados mostram que as estratgias das empresas estudadas, no que tocante profissionalizao, so a composio de elementos previstos por diferentes perspectivas tericas (teoria da agncia, teoria do crescimento da firma, stewardship theory e resource-based view), sendo possvel analisar, atravs de tais perspectivas, os componentes que mais se destacam em cada estratgia, sejam favorveis ou contrrios profissionalizao.
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O presente trabalho apresenta a investigao acerca da aplicao do processo de avaliao de RH, sobretudo no que diz respeito sua funo de verificar se a rea est contribuindo para os objetivos estratgicos das organizaes. O objetivo esclarecer, contribuir para elucidar o processo nessas empresas, tendo em vista a crescente importncia dos funcionrios e a mudana no papel do RH nas organizaes. A pesquisa foi realizada por meio de quatro estudos de caso com as maiores redes hoteleiras do Brasil, sendo duas delas de origem nacional e as outras duas estrangeiras. A anlise dos casos revela que, de forma geral, as empresas buscam a utilizao de indicadores para avaliar os resultados da rea em relao aos objetivos estratgicos de RH e da organizao. As evidncias revelam ainda que h certa convergncia em relao aos desafios especficos do segmento e os aspectos avaliados pelos indicadores. Entretanto, a pesquisa indica que as redes hoteleiras no desenvolvem os indicadores com base na compreenso da forma pela qual a rea contribui estrategicamente para o desempenho das empresas. Em alguns casos, a avaliao verifica a contribuição de atividades especficas para os resultados financeiros e operacionais, mas no se trata de um processo integrado que parte da estratgia definindo os vetores de desempenho de RH. Por fim, a pesquisa mostra que algumas empresas valorizam os resultados de RH de forma estratgica, o que sugere uma abordagem distinta de que necessrio quantificar e mensurar a relao causal entre os resultados de RH e o desempenho financeiro das organizaes.
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O ambiente financeiro internacional vem passando por profundas mudanas ao longo das ltimas dcadas, decorrentes especialmente da evoluo tecnolgica e cientfica, onde a globalizao da atividade bancria e a alta competio por ganhos nunca antes imaginados expem as corporaes bancrias e a prpria sociedade a toda sorte de riscos, considerando-se as possibilidades de perdas decorrentes de uma m gesto dos riscos e de eventuais comportamentos oportunistas dos seus agentes. Tem-se presenciado, por exemplo, os casos de crise recentes do subprime nos EUA e das perdas de mais de 4 bilhes de euros ocasionadas pelo operador Jrme Kerviel do Socit Gnrale. Da mesma forma, paralelamente esforos vem sendo desenvolvidos para padronizao do controle e da regulao dos riscos em escala mundial, como forma de garantir um ambiente de segurana atividade bancria internacional. Trata-se do Comit de Basilia, uma conveno internacional criada em 1974 e cujas recomendaes so hoje seguidas por mais de 100 pases, incluindo o Brasil. Em 2004 o comit publicou o Novo Acordo de Capital (Basilia II) que indica prticas para controle e mitigao de uma nova modalidade de risco, o risco operacional, ou seja, a possibilidade de ocorrncia de perdas resultantes de falha, deficincia ou inadequao de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos. Sua correspondente na legislao brasileira a Resoluo n 3.380/06 do Conselho Monetrio Nacional. A resoluo determina a criao de uma estrutura dedicada para gerenciamento do risco operacional e da adoo das recomendaes de Basilia II sobre o tema em todas as organizaes autorizadas a operar no Brasil pelo Banco Central do Brasil. Trata-se de um grande desafio para as empresas e seus gestores de risco que devem desenvolver e incorporar novos mecanismos de controle, os quais foram convencionados internacionalmente, a despeito de todas as dificuldades de ordem tcnica e organizacional, envolvidas nos processos de adequao. O esprito da lei da busca de total transparncia das organizaes e de seus membros no tocante presena de falhas, deficincias e inadequaes das prticas do dia-a-dia. Entretanto, h aspectos organizacionais como cultura, prticas sociais e elementos de interpretao que interferem na aplicao da lei na prtica (enforcement). Este um trabalho de carter exploratrio, descritivo e emprico que buscou entender atravs de anlise qualitativa se e como esse esprito pode ser disseminado e incorporado dentro das organizaes bancrias brasileiras de forma a se cumprir a lei e os prazos por ela determinados, face s presses internacionais por padronizao dos controles e da regulao do risco operacional, s presses do mercado local e s presses geradas internamente pelo prprio meio institucional da organizao, alm das necessidades prementes de atendimento legislao. Espera-se que os resultados deste trabalho contribuam para o endereamento de futuras pesquisas a cerca do tema.
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O mundo do trabalho vem passando por alteraes substanciais, notadamente em funo do desenvolvimento da tecnologia, e, historicamente, a humanidade vem percebendo a reduo da jornada de trabalho e o conseqente aumento do tempo disponvel. Nesse contexto, um importante campo de estudo o lazer. No Brasil, ainda so relativamente poucos os estudos voltados a essa temtica, o que oferece oportunidades de pesquisa, em especial aquelas voltadas ao entendimento dos fatores que influenciam o comportamento dos indivduos em relao ao lazer. Um dos elementos principais na formao desse comportamento o ciclo de vida familiar, que retrata os principais momentos da vida de um indivduo, notadamente em relao sua idade, sua situao familiar e sua condio laboral. No que se refere a lazer, um dos estgios do ciclo de vida familiar que parece representar uma forte ruptura de comportamento o chamado Ninho Cheio I, quando o casal entra na paternidade. O presente trabalho objetiva compreender de que maneira o comportamento de lazer nesse estgio difere-se em relao ao estgio imediatamente anterior, bem como entender qual o significado de lazer para os indivduos que se encontram nesse estgio. Para isso, foi realizada uma pesquisa de campo, exploratria, de carter qualitativo, com uma amostra de 15 indivduos casados com filhos pequenos e 4 casados mas sem filhos, todos ex-alunos de curso de Administrao da Escola de Administrao de Empresas de So Paulo da Fundao Getlio Vargas (EAESP-FGV). Os resultados indicam que o ciclo de vida familiar representa, sim, um importante fator de formao do comportamento dos indivduos em relao ao lazer. Para os indivduos casados e com filhos pequenos, o lazer , predominantemente, complementar, ou seja, constrangido pelos papis de pai e me. Em comparao ao estgio anterior, h uma forte limitao das atividades externas e reforo das domiciliares. Alm disso, h evidncias de que a idade do filho exerce influncia sobre o comportamento dos pais. Percebe-se que parte do lazer envolve o consumo de bens e servios culturais ou de entretenimento e parte remete a praticas tradicionais como encontros dominicais familiares.
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Dados os altos nveis de competitividade que caracterizam a maioria dos mercados contemporneos, muito tem sido estudado a respeito da lealdade, comprometimento e reteno de consumidores na literatura de marketing. As estratgias propostas focam a conquista de consumidores comprometidos afetivamente com as marcas, que entre outros benefcios seriam responsveis por espontaneamente defend-la e divulg-la. Observando o fenmeno ps-industrial do agrupamento de pessoas em torno de padres de consumo prximos, e em alguns casos mais extremos, em torno de uma marca em especfico, alguns estrategistas propuseram a criao de comunidades de marca como forma de reteno de seus clientes atuais e mesmo de atrao de novos. No setor do entretenimento estas comunidades so muito caractersticas e apresentam-se de forma evidenciada atravs dos inmeros f-clubes que podem ser encontrados. Alm desta caracterstica, observa-se tambm que no setor do entretenimento h uma maior evidncia e concentrao dos consumidores comprometidos, os fs devotos. Assim, com o objetivo de ajudar na compreenso da relao das comunidades de marca com a lealdade de clientes, buscou-se compreender o papel do f-clube para um consumidor que individualmente j apresenta um comportamento comprometido, o f devoto. Entre as diversas possibilidades de f-clubes dentro do setor, optou-se por estudar o caso de uma celebridade, pela importncia cultural e econmica que a fama tem na sociedade ps-industrial. Assim sendo, como objetivo secundrio, o trabalho chama a ateno para as relaes de consumo deste tipo especfico de produto, a celebridade. O estudo de caso foi realizado com o cantor Daniel e seus f-clubes. De fato, o estudo levantou que o comprometimento afetivo do f devoto se d pelo processo de sacralizao da marca que ocorre em mbito individual. Assim, neste trabalho no se evidenciou o f-clube como gerador do comprometimento afetivo com a marca. Este um evento que se mostrou ocorrer anterior e independentemente da agremiao. Porm, nos limites do caso estudado, o f-clube demonstrou ser fundamental para a manuteno e intensificao deste tipo de comprometimento. Ao representar o locus privilegiado para a realizao de procedimentos de sustentao da sacralizao da marca, atravs dos rituais, peregrinaes e sacrifcios coletivos, o f-clube mantm operante o antecedente que gerou o comprometimento afetivo deste f. A intensificao do comprometimento atravs do f-clube acontece porque ele proporciona para o f um senso de comunidade, nutrido tanto pelos rituais como pelos sensos de pertencimento e responsabilidade moral que se estabelecem entre os membros. Fica claro, ento, que apesar das vantagens estratgicas de um f-clube, quando criado pela empresa ele perde a caracterstica de comunidade de marca e passa a representar mais um programa de relacionamento e fidelidade, assumindo um inerente interesse comercial. Este clube de fs no demonstra funcionar plenamente como uma comunidade de marca porque uma vez que os significados so atribudos pelos consumidores, a empresa no domina o processo de sacralizao. O f-clube, enquanto comunidade de marca, no pode ser criado nem gerenciado pela empresa. A empresa pode, porm, dar suporte e incentivo para que o ciclo de vida desta comunidade se prolongue.
Resumo:
Este estudo analisa o comportamento do consumidor brasileiro frente ao recall de veculos automotivos. O processo de compra, uso e descarte dos automveis que sofreram o chamamento analisado sob a tica da teoria da reatncia psicolgica, originria da psicologia e que visa explanar a reao de indivduos a limitaes em sua liberdade. O objetivo do estudo dimensionar a reatncia psicolgica individual e verificar a percepo dos consumidores ao recall de veculos automotivos, atravs dos indicativos de valor percebido e a qualidade no relacionamento percebida pelo indivduo. A resultante do processo foi o comportamento de compra ps recall. Os maiores beneficirios deste estudo sero os prprios consumidores bem como as montadoras de veculos, os rgos de defesa dos consumidores e entidades jurdicas interessadas neste tema. A originalidade de avaliar as implicaes deste acontecimento sob a tica do consumidor uma contribuição deste estudo, pois o recall ainda no foi estudado sob este ponto de vista anteriormente no Brasil, apesar do constante escrutnio do tema na mdia. O estudo tem incio com um histrico do recall nos Estados Unidos da Amrica e no Brasil. Em seguida, foi elaborada uma reviso de conhecimento reunindo os principais conceitos apresentados anteriormente e foi proposto um esquema unindo as variveis. Em seguida, foram elaboradas na cidade de So Paulo duas pesquisas: uma qualitativa, exploratria a fim de examinar o processo de compra e pensamentos sobre o recall e outra quantitativa a fim de traduzir as escalas para o dimensionamento das variveis: (a) reatncia psicolgica (o questionrio para o dimensionamento da reatncia psicolgica de Merz (1983), (b) o valor percebido pelo consumidor (dimensionado atravs da escala PERVAL de Sweeney e Soutar (2001) e (c) a qualidade percebida no relacionamento entre consumidor e organizao de Roberts et al (2003) e apresentar as relaes existentes entre elas. Os resultados indicam que o consumidor no passa ileso pelo recall. Ele cria uma memria e sabedoria das conseqncias do chamamento. Duas perspectivas do consumidor frente ao recall foram identificadas: uma viso negativa, mais reatante, que aparentemente fica mais preocupada com o incmodo que o processo todo causa do que com uma potencial ameaa a sua segurana e mais propensa a mudar de fornecedor; e outra viso positiva, pouco reatante e que considera o processo como uma atitude responsvel, que transmite credibilidade e confiana do fabricante, esta por sua vez mais propensa a permanecer na marca.